domingo, 1 de janeiro de 2023

Cebolinha: HQ "O Garrafão de Ano-Bom"

Mostro uma história em que a turma faz brincadeira de "Garrafão de Ano Bom" em que eles teriam que seguir a resolução de Ano Novo de acordo com a mensagem do papel que puxar da garrafa. Com 10 páginas, foi história de abertura de 'Cebolinha Nº 24' (Ed. Abril, 1974).

Capa de 'Cebolinha Nº 24' (Ed. Abril, 1974)

Mônica aparece, falando para a turma parar com a brincadeira boba de bolinha de gude para eles brincarem de Garrafão do Ano-Bom. Ela explica que é um garrafão cheio de boas sugestões, cada papelzinho dobrado nele tem uma resolução de Ano Novo e quem tira o papelzinho tem que fazer o que está escrito durante todo o ano que se inicia.


Cascão pergunta quem bolou as tais resoluções, Mônica fala que foi ela e cebolinha não gosta, ainda que se soubessem o que estava escrito nos papeizinhos. Mônica pergunta se ele está insinuando que ela escreveria coisas em benefícios para as meninas, Cebolinha acha que sim. Magali vê Cascão saindo de fininho, ele diz que cansou de brincar de bolinhas e ouviu a mãe chamá-lo. Cebolinha arrasta Cascão para lá e Cascão diz que está na hora do banho dele.

Cebolinha fala que não esta com medo, mas só tira se todo mundo topar a brincadeira, que eles são só quatro e têm papeizinhos para um batalhão. Mônica fala que eles gostam de complicar, vai fazer toda a turma topar depois, mas quer que comece com eles quatro porque já estão lá juntos. Cebolinha fala se quer saber o que ele pensa disso e Mônica fala que não e aponta o garrafão, ameaçando tacá-lo na cabeça dele e assim ele concorda começar brincadeira com os quatro.

Cascão cochicha com o Cebolinha que se ele tirar que é para tomar banho, a Mônica leva a primeira surra na vida. Cebolinha puxa o papel cheio de medo, se espanta e diz que faz questão de ler a sorte de Ano Novo. O papel diz que ele era gentil e fiel a todos os amigos e que tem que continuar assim e como recompensa tem que cobrar e ganhar um sorvete por dia de cada um. Mônica reclama com a Magali que elas não escreveram assim em nenhum bilhete e confirma que estava escrito. Cascão fala que não vai dar sorvete para Cebolinha todo dia e ele diz que com ele perdoa, mas com as meninas que inventaram a brincadeira, vão até o fim.

Cascão tira o papel e diz que a Mônica está boazinha, com papel mostrando que ele é uma criatura linda e que deve continuar como é porque assim não desapontará seus amigos. Mônica se espanta que a letra é dela, mas não escreveu aquilo e diz que há um grande mistério, não escreveu o que constava nos dois bilhetes. Ela puxa um na vez dela e era o mesmo texto que o Cebolinha tirou. Os meninos não gostam de ter que pagarem sorvete para ela. 

Magali também tira a mesma coisa e logo depois descobrem que todos os papeis estão escritos a mesma coisa e alguém imitou a letra da Mônica para dizer que devem continuar como são e pagarem sorvete um para o outro e deduzem que foi o sorveteiro, acham que ele descobriu tudo e trocou papeis para obrigá-los a comprar mais sorvetes. Eles vão falar com o sorveteiro Juca, que diz que não tem sorvete porque o refrigerador pifou e não pôde comprar outro. E com dias de frio, tem prejudicado um pouco os negócios, o filho Juquinha não estava bem de saúde, e pensa em fechar a sorveteria e procurar um lugar mais quente.

As crianças ficam tristes, Mônica pergunta se ele teria coragem de deixá-los sem os sorvetes deliciosos. Seu Juca diz que foi só por causa deles que ainda não mudou de cidade e Mônica diz que graças ao Garrafão do Ano Bom vai conseguir alavancar sorveteria. Seu Juca fica mais animado, promete consertar o refrigerador e fica mais confiante nos negócios. 

A turminha deduz que não foi o Seu Juca que trocou os papeizinhos, não importa quem trocou e resolvem ajudá-lo fazendo todas as crianças da turma a fazerem a brincadeira do Garrafão do Ano Bom e como sabem que vão tirar que vão pagar sorvete para os outros, vão fazer aumentar a clientela do Seu Juca. No céu, Anjinho vê tudo e comenta que deu certo e a turminha ajudou sem ele ter combinado, valeu a pena ter trocado as papeletas porque nem a turma e nem ele vão ficar sem os sorvetes do Juca. No final, aparecem dois anjinhos chamando o Anjinho para brincarem de Garrafão do Ano Bom e dessa na realidade, sem ter papeis trocados.

História legal em que a Mônica inventa a brincadeira do garrafão do Ano Bom de papel que tirar da garrafa seria a resolução que teriam que fazer no ano que se iniciaria. Na verdade, Mônica pretendia fazer plano contra os meninos para fazerem coisas que ela queria, algo do tipo dos meninos não a provocarem e não fazerem plano infalível contra ela e o Cascão tomar banho, mas acabou se dando mal porque os papeis foram trocados misteriosamente falando para pagarem sorvetes um para o outro. Pensaram que era o sorveteiro que trocou e no final descobrimos que foi o Anjinho para eles não ficarem sem os sorvetes do Seu Juca, que estava pensando em mudar de cidade.

Interessante que a turma não descobriu que foi o Anjinho quem trocou os papeis, ficaram mais preocupados em ajudar o sorveteiro para continuar vendendo lá. Quando descobrimos que foi o Anjinho dava até para pensar que foi para evitar a discórdia entre a turma, ficarem em paz na virada do ano, mas vimos que foi plano dele para ajudar o sorveteiro, ao mesmo tempo uma boa ação e um interesse próprio do Anjinho de não querer ficar sem os sorvetes dele. Como Anjinho já sabia da situação do Seu Juca, podia muito bem ter falado com a turma que eles ajudariam, não precisava trocar os papeis do garrafão sem a turma saber, só que com esse seu plano ajudou também a turma a não fazer as resoluções de Ano Novo propostas pela Mônica. Todo mundo saiu ganhando. 

Se não tivesse a troca dos papeis, teriam coisas como Cascão ter que tomar banho, coisa que não conseguiria cumprir. Até foi engraçado Cascão dizer que se tirar que é para tomar banho, a Mônica leva a primeira surra na vida e ele seria capaz, sim, porque  personagens ficam mais fortes quando estão em ameaça de perigo contra a sua personalidade, como já tiveram histórias do Cascão dando surra em super-heróis e na Mônica para não tomar banho ou sair em chuva. E engraçado também Cascão dizer para Magali que se não está satisfeita com o cheiro dele, que fique resfriada o ano todo.

O sorveteiro não é o Seu Juca que conhecemos, ele só começou a aparecer em 1975, inicialmente tinha cabelo loiro e com  traços completamente diferentes e depois que fixaram os traços como moreno, cabelo pretos e bigode como conhecemos. Esse Seu Juca sorveteiro só apareceu nessa história como de costume personagens figurantes secundários. Na parte das crianças juntas no final teve o Manezinho, que já estava começando a ficar sumido na época. Ele teve uma frequência maior entre 1970 a 1972 e depois foi perdendo espaço e com aparições esporádicas até sumir de vez e retornar fixo nos gibis a partir de 2004 como integrante da Turma do Bermudão. Essa história parece ter sido a última vez que o Manezinho apareceu nos anos 1970.

É incorreta atualmente por conta de crianças envolvidas com resoluções de Ano Novo, tanto que nem fazem histórias novas de Réveillon há muitos anos, fora as crianças segurarem um garrafão de vidro, ser perigoso se cair e a Mônica não age mais assim extremamente autoritária, a ponto de obrigar os meninos a fazer o que ela quer e o que ela manda senão taca a garrafa na cabeça deles. A palavra "bandido" é proibida atualmente nos gibis, principalmente nesse sentido de chamar alguém de bandido quando não é na verdade. Curioso por ser dos anos 1970 ter algumas palavras datadas como "tirar sarro", "pifou", "bocado", etc, que também poderiam mudar em republicações porque não gostam de mostrar gírias, objetos e  memórias datadas de uma determinada época. 

Os traços seguiram a primeira metade dos anos 1970 com personagens com bochechas pontiagudas, que já estava com uma certa modificação se comparado às histórias de 1970 e 1971. Era uma mudança bem gradual que quem acompanhava nem percebia se lesse histórias na sequência, só se pegasse um gibi antigo para reler. Destaque dos anjinhos com um visual bem hippie "setentista". Também teve uma grande frequência de personagens falando de boca fechada, coisa muito comum na época, depois foram reduzindo isso, aparecendo só de vez em quando entre os anos 1980 e 1990.

Dava para ter saído em gibi da Mônica tranquilamente, provavelmente deixaram para o do Cebolinha porque devia chegar nas bancas mais para o final do mês na época. A capa do gibi do Cebolinha não teve referência ao conteúdo da história de abertura, como era de costume, mas teve piadinha de Ano Novo, que foi o tema da história. E essa piada foi depois aproveitada várias vezes em capas e histórias dos gibis da Magali.

Nunca foi republicada em almanaques convencionais da própria Editora Abril nem da Globo. Só republicaram na Editora Panini em 2011 na 'Coleção História Nº 24' na reedição do gibi do 'Cebolinha Nº 24' da Abril. As imagens da postagem tirei dessa Coleção Histórica, pelo menos aparentemente história não teve alterações em textos, se teve alguma mudança foi e correção de erros de colorização, que eram comuns na época.

FELIZ ANO NOVO A TODOS!!!

27 comentários:

  1. Tudo correu bem, e com a magnífica sintonia da MSP 70's - maravilhosa década "descompromissada", não somente com quadrinhos TM, no geral, artisticamente falando, e no melhor sentido da expressão destacada.
    Como não conhecia, fiz questão de lê-la sem me adiantar, isto é, nem olhei por cima ou de relance antes de ler, me permiti o efeito surpresa, cheguei pensar que o bicho pegaria, pois Mônica de traços pontudos é fogo, ainda mais considerando sua cor preferida no que tange a vestuário, guria "fogo na roupa", não tem por hábito deixar barato, relevou por uma causa nobre.

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    1. Foi uma ótima fase da turma, sem dúvida. Você leu da forma que tem que ser, sempre ter a surpresa ao ler. Dava pra pensar que ia ter briga, Mônica não ia deixar barato até descobrir quem foi que trocou, mas pela boa causa de ajudar o sorveteiro, se deixou levar. Gostei do lado autoritário dela de obrigar os meninos a participar da brincadeira, ameaçando tacar garrafa na cabeça deles. Era muito esquentada, quando Mônica era Mônica.

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    2. Engraçado é a coincidência dos anjinhos (parecem meninas) acreditarem na originalidade do que inventaram, deram à brincadeira até mesmo nome, se Mônica visse e seguisse ouvindo o que é dito no primeiro e segundo balões do quadrinho de encerramento, se sentiria plagiada, certamente iria se manifestar, e com agravante da cisma pela troca de conteúdo do garrafão, dependendo do que lhe dissessem, poderia até depená-las (se é que são gurias, e dizem que anjos não têm sexo), visto que possuem asas exuberantes, diferentes do parzinho mixuruca contido nas costas do Anjinho, que mais parece passarinho, um "pardaljinho". Poderia ser um incidente bastante desagradável, com penas, papeizinhos e cacos de vidro espalhados pelas nuvens, a ponto de, se Mônica eventualmente falecesse na infância, o risco de não ir para o Céu por tal arruaça em ambiente celestial seria grande, teria de ser acomodada em meio às almas do Purgatório do núcleo do Penadinho.
      Graças a Deus correu tudo bem, é assim mesmo que se deve recepcionar o ano que chega, seja 1975 ou 2023, tanto faz. Deixando violência mais para o meio do primeiro mês, claro que refiro-me à boa e velha Mônica, porque a atual mais parece um anjinho, ataca nada, está com nada no garrafã... digo, no balaio. Gírias ultrapassadas são comigo mesmo...

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    3. Os anjinhos seriam meninos, só que com um visual "setentista". Eles pensavam que a brincadeira era originalidade deles por conta de não terem visto a Mônica. Se ela soubesse, não ia gostar do plágio, se créditos a ela. Asas deles ficaram bem grandes e diferenciadas. A Mônica de hoje infelizmente lembra nada dessa aí, a de hoje prega paz o ano inteiro, não só no final do ano.

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    4. O que não é correto é "pararelo", termo digitado por mim, traduzindo para nossa língua, significa PARALELO.

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    5. Entendi, pela analogia, pode ser anjinhas, vai da imaginação de cada um por não ter ficado claro. O plano da brincadeira foi criada pela Mônica, mas Magali ajudou como ficou claro na história quando a Mônica diz "Nós não escrevemos assim em nenhum bilhete" fora a insistência da Magali para os meninos participarem, explicando e mandando como tinham que fazer. Aliás, em outras épocas ela falaria "a gente não escreveu", provando que a norma culta gramatical ainda estava em alta nos gibis.

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    6. O que se tem no quadrinho de encerramento são dois casos de androginia.
      Até podem ser meninos, mas, pelas aparências e pelos jeitinhos, pelo modo como a figura que porta o garrafão fala com Anjinho, com típico arzinho feminino de quem toma frente da situação, sei lá, não consigo identificar traços masculinos nestas figuras angelicais, e considerando o que deduzo por parte do argumentista, duas meninas fecham a trama de um modo mais redondo pela coincidência, pela repetição da brincadeira partir do mesmo gênero que a iniciou.
      Como já falei, Marcos, você pode estar certo, vai que são garotos, o interessante é que esta dúvida levanta a clássica questão sobre "sexo dos anjos", expressão esta que também é nome de novela antiga.

      Quanto à brincadeira que os meninos dizem nunca terem ouvido falar e que surge como algo novo, como uma invenção da Mônica, algo me diz que quem escreveu esta história brincou com isto na infância, pois tem muito jeito de brincadeira antiga, não parece coisa oriunda de ficção, ainda mais surgir em HQ de meados dos 1970, mesmo assim não descarto possibilidade, é até plausível que tenha origem ficcional, mais precisamente nos quadrinhos, daí partindo para vida real, só que não na década da (D)disco (M)music e dos berços do (P)punk e do (H)heavy (M)metal, parece ser brincadeira oriunda de um tempo bem mais romântico, ou que pelo menos tratamos de forma romantizada quando olhamos para décadas como 1920, 30 e 40. Talvez o próprio Mauricio de Sousa tenha brincado com o que é mostrado como sendo criação da Mônica.

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    7. Aí ficou na imaginação dos leitores sobre os anjos. Não seria brincadeira nova, é como se tivessem sorteando algo na sorte, colocando papeis em uma garrafa, mas podia em um caixa, por exemplo. Acredito que essa história foi criada pelo Mauricio e algo ele brincou ou viu na infância ou juventude dele. Tem muitas características de ser história dele, principalmente o linguajar formal.

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    8. Quanto à norma culta, Marcos, você até exemplifica com o modo como Mônica se expressa no penúltimo quadrinho da quarta página (pág.6), entretanto, perceba que a mesma também se expressa em linguagem coloquial, no último quadro da antepenúltima (pág.10), ela fala:
      "O senhor teria coragem de DEIXAR A GENTE sem O SEU SORVETE DELICIOSO?"
      Poderia ter dito:
      "O senhor teria coragem de NOS DEIXAR sem OS SEUS SORVETES DELICIOSOS?"
      A trama contém as duas formas, porém, você tem toda razão, a maneira formal de se expressar se faz muito mais frequente na TM em HQs e tiras dos 1970 do que nas das décadas seguintes.

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    9. As primeiras dos anos 1970 eram extremamente linguagens formais, depois diminuíram isso aos poucos, deixando prevalecer a coloquial. Aí nessa mostra que já estavam inserindo coloquial, mas ainda prevalecia a formal.

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    10. Qual marca de xampu Magali usava na época? Pois vale destacar o brilho dos cabelos na gag de Réveillon/Ano Novo. Em outras capas o discreto recurso também se faz presente nela, como nas de Mônica números 27 (1972) e 39 (1973) e em Cebolinha nº33 (1975). Não lembro de ter isto em histórias, mas acredito que deva haver algumas aparições dos 70's em que está com brilho capilar. Característica que não permaneceu no visual da personagem provavelmente por não fazer diferença, por não dar aquele "tcham", ou até por talvez ficar melhor sem mesmo, diferente dos cabelos de Rosinha, Titi e dos indígenas cujos brilhos funcionam para que esses personagens fiquem visualmente mais atratitivos.

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    11. Parece que o correto é "Ano-Novo", com hífen. Ê idiomazinho... Tanto falado quanto escrito, não dá um refresco...

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    12. Difícil saber qual xampu Magali usava? Dependendo do desenhista ou arte-finalista, colocam brilho no cabelo dela, depois padronizou em não colocar. Já Titi e Rosinha prevaleceram cabelo com brilho, mas tinham algumas vezes que desenhistas não colocavam, provavelmente coisa de um desenhista específico. "Ano-Novo no sentido de festa Réveillon e com hífen, pra falar sobre um ano novo que inicia, aí sem hífen.

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    13. Já ouviu falar em gagueira digital, Marcos? É só obversar a última palavra do meu comentário de 06/01/2023 de 02:00 da madruga, "atratitivos", só pode ter sido brilho dos cabelos do Titi que ofuscou meu raciocínio... Até eu, que assim como Didi Mocó, sou muito macho, acabei me rendendo ao charme do guri dentuço, "atraTITIvos", ora, vejam só... Rosinha só namora o matuto Chico Bento por não conhecer o infiel Titi.
      O cabelo da Magali só é vistoso focalizado a partir da nuca, sendo assim, não há muito espaço para aplicação de brilho, tanto que nesta capa e nas outras que mencionei, o detalhe capilar aplicado nela passa naturalmente batido, não desperta atenção, só quem é detalhista que nota.

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    14. Acontece erros de digitação, principalmente se tiver cansado, com sono. Não dá pra perceber muito o brilho do cabelo da Magali nessa capa, mais com detalhistas pra notar.

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    15. É um detalhe que passa batido não somente nesta gag, o brilho capilar aplicado nela também não se destaca em outras capas. Suponho que em HQs (e dependendo, em tiras também) o recurso tenha um pouco mais de destaque devido à repetição, isto é, por conta da quantidade de quadros contendo Magali - e é claro que também dá na mesma de continuar sem chamar atenção se, por exemplo, histórias em que ela tenha aparições muito curtas, apenas em um, dois, três quadrinhos.

      Esta é a primeira e única piada de capa promovida por Magali no título Cebolinha dentro do período Abril, a segunda é do nº10 de 1987, e essa, por sua vez é a primeira gag do período Globo focando na característica principal de Magali, no entanto, pela mesma editora, a primeira que a envolve como parte funcional, como uma das agentes promotoras da piada é a da capa de Mônica nº2, sem foco no apetite voraz, dividindo a função humorística com a amiga titular.

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    16. Acho que não tiveram histórias grandes com a Magali com brilho no cabelo. Foram poucas como ela sendo piada nos gibis do Cebolinha e em Mônica 2, a piada foi dividida com a Mônica.

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  2. Bem legal e bem antiga! E agora fui conferir as datas e reparei que a revista do Cebolinha comemoraria 50 anos agora em janeiro. Acredito que vai passar em branco, assim como a Mônica em 2020. Feliz 2023 pra todos!

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    1. Raríssima e muito antiga, com certeza. Revista do Cebolinha completa 50 anos e é certo que não vai ter comemoração, ainda mais agora com menos páginas em cada revista. Feliz Ano Novo pra você, tudo de bom.

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  3. Grande história, gostei muito! As raras histórias de Ano Novo da turma são sempre muito boas! Outro exemplo é a de Mônica 36 da Abril, que conta com a participação do Capitão Feio! Boa também! Aliás, o Cascão nessa época era bem mais "selvagem", é praticamente outro personagem se comparado ao atual. Aliás, só não entendi pq seria incorreto fazer resoluções de anovo rs...o lance da garrafa de vidro e tals até entendo que implicariam, mas o que tem demais as promessas? Será que a MSP está exagerada a este ponto?

    Ah, só uma curiosidade/informação. O Maneniznho ainda tem aparições em 76/77. Comprei mais de 20 gibis dessa época do fim dos anos 70 e dos que tenho aqui, a última aparição do personagem nos anos 70 foi em Cebolinha 53 (Maio de 1977), onde ele faz uma rápida aparição numa hq junto com Xaveco e Zé Luís (com camisa branca nessa história).

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    1. Mas de fato é bem raro. Em quase 30 gibis de 75 - 80 que comprei até agora, ele só aparece em duas histórias. Nessa que falei e em uma outro em apenas um quadrinho.

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  4. Eu não acho tão incorreta essa história. Por que não fazem mais histórias de Réveillón?

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    1. Não é muito incorreta, se mudassem garrafa de vidro para uma caixa de papelão por exemplo, dava pra passar. Não sei dizer porque não fazem mais histórias de Réveillon, talvez porque acham que não é apropriado pra crianças, ficariam acordadas até tarde e também costumavam envolver resoluções e promessas, que também não são apropriadas pra crianças. Difícil saber o motivo certo, só não fizeram mais.

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    2. Interessante como que Réveillon/Ano-Novo sempre foi (foram) um tipo de evento com pouquíssimo espaço nas HQs da TM dos velhos tempos. Minha leitura é que, o evento, por ser colado ao Natal, são só seis dias entre um e outro, daí, para crianças Natal sempre teve tremenda importância por conta de ser um evento em que presentear, dar e ganhar presentes são o principal foco, já Réveillon, na inconsciente ótica pueril, é apenas algo que vem a tiracolo da data natalina, uma extensão do Natal (e na prática é o que de fato acontece, crianças não sabem que são sábias).
      Até então o público alvo da MSP era a criançada, e com quadrinhos como segmento protagonista, desempenhando papel central, tiras e HQs na condição de carro-chefe para alavancar diversos produtos com seus personagens, foi assim durante toda existência da TM no século XX (1959-2000). O que entendo é que, na instintiva percepção de qualquer criança que vive em cultura ocidental (que vive com o mínimo de dignidade, diga-se de passagem, pois há aquela parcela em que infelizmente não é possível contemplar tais datas), o Natal naturalmente ofusca o Ano-Novo. Natal possui um apelo muito forte no imaginário infantil, por conta disso a MSP explorou muito bem o tema através de suas HQs, relegando a segundo (quiçá terceiro) plano Réveillon/Ano-Novo, o que a meu ver foi uma decisão equivocada, poderiam ter dado um pouco mais de visibilidade às viradas antes de destruírem as personalidades de todos os personagens que compõem a velha guarda, e, de preferência, sem mencionarem os anos nas tramas para fim de evitarem alterações em republicações.

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    3. Zózimo, Natal é mais importante para as crianças, tem sentido melhor pra elas até por causa de ganhar presente do Papai Noel. Ainda assim não precisava extinguir Réveillon de vez, podia ter algumas histórias não todo ano. Deixariam de Natal na abertura e Réveillon no miolo ou encerramento. Não põem porque não queremos.. E a preferência era colocar sem ano exposto pra não alterarem em possíveis republicações, mas as vezes colocavam anos, normalmente alterando depois nos almanaques quando acontecia.5

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  5. Bela história! Pena que hoje em dia a MSP raramente faz histórias com a Mônica mandando em todo mundo kkkk

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  6. Não fazem mesmo. Mônica autoritária assim ser tudo do jeito que ela quer, não existe mais. Era engraçada assim.

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