domingo, 8 de janeiro de 2023

HQ "As férias da Turma do Penadinho"

Nessa postagem mostro uma história de como foram as férias da Turma do Penadinho em um hotel abandonado no Pantanal. Com 7 páginas, foi publicada em 'Cascão Nº 88' (Ed. Abril, 1985).

Capa de 'Cascão Nº 88' (Ed. Abril, 1985)

Penadinho vê seus amigos tristes, cabisbaixos e fala que mesmo lá sendo um cemitério, precisam levantar o astral. Zé Vampir fala que a monotonia os deixam assim e Lobisomem diz que está tudo morto. Penadinho tem ideia de todos tirarem férias. Dona Morte diz que não tira férias desde o cruzeiro do Titanic e Zé Vampir, que precisa pegar um amarelo legal.

Todos vão animados no carro do Penadinho que arrumou no cemitério de automóveis e vão parar em um hotel abandonado à beira do Pantanal. Todos entram, menos o Lobisomem, atendendo a ordem de que é proibido animais de estimação e ele acha discriminação ficar em casinha de cachorro. Logo depois começa um tempestade, eles ficam animados de tomar banho de lodo no pântano. 

Em seguida, o casal Austragésilo e Heliodora está ali perto de carro e resolve entrar no hotel para se protegeram da chuva. Eles batem a porta, Frank atende e o casal se assusta e tentam fugir. Ao verem o Lobisomem, acham melhor voltar. O casal acha o lugar esquisito, Lobisomem resolve entrar para não ficar na chuva e Penadinho lhe dá boas vindas, falando que eles estão passando férias e o casal diz que querem se proteger da chuva.

Austragésilo acha que eles são uma turma de punks e Heliodora, uma banda de rock. Reparam na mobília, põem a mão no Cranicola, que manda tirarem a mão dele e o casal se assusta, achando que é um aparelho eletrônico. Penadinho apresenta seus amigos ao casal e eles pensam que estão dando um baile à fantasia. Penadinho gosta da ideia de darem uma festa.

Heliodora acha todos simpáticos e pergunta ao Frank, com quem estava dançando,  porque ele tem tantas cicatrizes e ele diz que foi porque o criador dele era meio picareta. Ela diz que o Frank é espirituoso e Penadinho complementa que são espíritos e ossos. Todos ficam animados com a festa, Dona Morte diz que não se divertia tanto desde a erupção do Vesúvio. Austragésilo e Heliodora falam que foi uma noite maravilhosa, pena que não vieram fantasiados como eles e perguntam se não vão tirar as máscaras porque gostaria de conhecê-los. Penadinho fala que não estão usando máscaras, todos se apresentam e descobrem que são monstros de verdade,

O casal se assusta, fogem desesperados quebrando a parede, e saem acelerados no carro. A turma fica triste por eles terem ido embora e Dona Morte vê a lista dela e diz que eles vão voltar. No final, aparece o casal morto e já como fantasmas por terem batido com o carro e perguntando se tem lugar para mais dois na festa.

História engraçada em que a Turma do Penadinho resolve entrar de férias e vão para um hotel abandonado e tudo ia bem quando aparece um casal lá para se abrigarem da chuva. Pensam que eram só pessoas excêntricas e fantasiadas e curtem até uma festa juntos, mas quando descobrem que eram monstros de verdade, se assustam, fogem e bate o carro por excesso de velocidade e aí voltam para o hotel porque como estavam mortos não se importavam mais ficar juntos com fantasmas e monstros.

Se Austragésilo e Heliodora não perguntassem se a Turma do Penadinho estava fantasiada e continuassem pensando que não eram gente fantasiadas, não teriam morrido. Como de costume, personagens secundários figurantes como esse casal só apareceram nessa história, sem dúvida, esse foi o núcleo que mais apareceu secundários de aparições únicas.

Foi engraçado ver Penadinho animado, reunir todos para tirarem férias, deixar o Lobi no lado de fora, tratando como cachorro, o trocadilho de espirituoso com que são espíritos e ossos, o casal assustado no início, mas que depois ficam amigos deles e morrerem por terem batido o carro de tão assustados que ficaram. Na época sempre que davam, colocava um humor negro nas histórias do Penadinho. 

Tiveram absurdos como Penadinho dirigir sem mão atravessar volante do carro por ser fantasma, casal quebrar parede e ainda ficar pneu neles depois de mortos, sem atravessar sendo fantasmas. Até lembra desenhos animados famosos como Gasparzinho e Scooby Doo com personagens se assustando e fugindo das formas mais absurdas ao verem fantasmas e monstros. De curiosidade, o Lobi se chamava Lobisomem na época, só nos anos 2000 que passaram a chamá-lo apenas Lobi. 

Legal também Dona Morte ter citado acontecimentos históricos em que ela esteve presente há muito tempo como o naufrágio do Titanic e a erupção do vulcão Vesúvio e fazer piadas como que não se divertia tanto porque matou muita gente nessas tragédias. Também destaque ao próprio anos 1980 em que punks e o Rock estavam em alta e tinham um lado gótico e comparação com monstros. Interessante os principais personagens da Turma do Penadinho todos juntos em uma mesma história, o que era raro até então, normalmente apareciam separados, até para mostrar a personalidade de cada um e os leitores se familizarem mais com eles, já que não era muito comum histórias da Turma do Penadinho nos anos 1970. Então, no máximo apareciam 3 personagens juntos de acordo com o roteiro. 

Teve até um prólogo antes de começar a história propriamente dita, deixando título para segunda página, o que deu um charme a mais. Incorreta hoje por envolver personagens mais assustadores (hoje fazem mais o estilo de monstros agindo fofos para não traumatizar as crianças), Dona Morte fazendo piadas com tragédias famosas do Titanic e vulcão Vesúvio, e, principalmente, pelo final triste  para o casal e com humor negro, fora as palavras "Droga!"! e "Credo!" proibidas atualmente nos gibis.

Os traços ficaram sensacionais assim, uma obra de arte, demonstrando um ar sombrio, de fato, é de ficar admirando, apreciando os desenhos assim, cada detalhe fantástico que dava gosto de ver. E a Turma do Penadinho ainda não tinha traços definidos para cada desenhista ter a liberdade de criarem a forma que queriam para eles em cada história, por isso vemos o Frank, o Lobisomem e até mesmo Alminha bem diferentes do que hoje. Essa história foi republicada depois em 'Almanaque do Cascão Nº 31' (Ed. Globo, 1995), termino mostrando a capa desse almanaque.

Capa de 'Almanaque do Cascão Nº 31' (Ed. Globo, 1995)

41 comentários:

  1. Olá. Boa noite, Marcos. Eu sou JP, de Salvador-Bahia. Por gentileza, é verdade que neste ano de 2023, terá uma Revista Especial falando sobre os 60 anos da Mônica ou não?. Por gentileza, uma pergunta: é verdade, que no mês de Março do ano de 2023, terão uma Edição Comemorativa, falando sobre as 600 Edições da Revista Magali e os 60 anos da Mônica, nos quais os 60 anos da Mônica aparecerão nas Revistas Quinzenais: Mônica; Cebolinha; Cascão; Magali; Chico Bento e Turma da Mônica Edições #27 (Edições #197-Terceira Temporada), é isto?. Por gentileza, uma pergunta: é verdade, que no mês de Abril do ano de 2023, terá uma Edição Comemorativa falando sobre as 200 Edições das Revistas Quinzenais publicadas pela Editora PANINI COMICS Brasil: Mônica; Cebolinha; Cascão; Magali; Chico Bento e Turma da Mônica, é isto?. Por gentileza, é verdade que nos meses de Julho e Agosto do ano de 2023, terá uma Edição Comemorativa falando sobre as 100 Edições dos Almanaques Bimestrais publicados pela Editora PANINI COMICS Brasil: Mônica; Cebolinha; Cascão; Magali e Chico Bento, com a exceção do Almanaque da Turma da Mônica, é isto?. Por gentileza, é verdade que no mês de Agosto do ano de 2023, terá uma Edição Comemorativa, falando sobre os 15 anos da Revista Turma da Mônica Jovem, é isto mesmo?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    1. Vai ter livro especial Mônica 60 anos e as edições # 27 terão histórias interligadas em homenagem aos 60 anos da Mônica. Magali #600 será a Magali #27 e acho que não vai ter história especial de 600 edições por causa da Mônica 60 anos. Não sei se terá comemoração nas edições #30 comemorando 200 edições da Panini e não sei se terão almanaques especiais de 100 edições em julho e agosto. E vai ter edição especial de 15 anos de Turma da Mônica Jovem em agosto.

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    2. Ok. Muito obrigado, então, Marcos. Por gentileza, você pode informar-me se, no início do mês de Dezembro do ano de 2023, terá uma Edição Comemorativa dos 30 anos da Revista CARAS Brasil, e na semana seguinte do mês de Dezembro do ano de 2023, terá uma Capa da Revista CARAS Brasil, falando sobre a Festa de Gala dos 30 anos da Revista CARAS Brasil, no Rio de Janeiro, é isto?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    1. Outras coisas que você esqueceu de falar é da discriminação do Lobi não poder entrar no hotel - provavelmente seria racismo - como outra coisa proibida e a paródia da famosa música "Eu Vou", de "Branca de Neve e os Sete Anões".

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    2. Sobre a discriminação do Lobi eu falei, sobre a paródia da música da branca de neve eu não sabia que era proibida.

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    3. Ah, sim, até porque não via nada incorreto nisso.

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  3. Zé Vampir se pegar um bronzeado fica como? Laranja ou amarelo-ouro? Se bem que, ouro, prata e... bronze(ado), a pele do vampiro deve ficar amarelo-bronze, mas... a espécie dele abomina (S)sol, contudo, pode estar se referindo a banho de (L)lua, daí, jamais ficaria branco como a neve, nem mesmo branco-gelo, ficaria "amaranco" ou "branquerelo".
    Falando em prata, metal que outra espécie assombrosa abomina, Lobisomen passa por discriminação, com base nisto posso deduzir que pelo menos para ele o politicamente correto linha-dura da atualidade seja conveniente.
    Falando em cores, a mais escura de todas se faz presente de forma... hilária(?), com últimas férias de Dona Morte sendo em cruzeiro no Titanic, não consegue relaxar, trabalha até em período de lazer, pergunta que fica é: a (C)ceifadora seria uma workaholic? É o humor negro que não pode faltar em HQs antigas com a ilustre presença dela.

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    1. Provavelmente seria banho de Lua porque vampiros não podem pegar Sol. O bronzeado pode ser tipo um amarelo-ouro. O Lobisomem acabou sofrendo de politicamente correto como na atualidade. A Dona Morte trabalhava nas férias quando fazia viagens que envolveram tragédias como o Titanic. Sem dúvida humor negro não podia faltar nas histórias dela, era muito engraçado.

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    2. E não para no Titanic, ela falando que não se divertia tanto desde a erupção do Vesúvio é outro momento em que o humor negro atua. Há uma erupção relativamente famosa sobre o vulcão italiano (acho que é napolitano) ocorrida no século XX, foi na Segunda Guerra Mundial e chega abater aviões estadunidenses, todavia, certamente Dona Morte se refere a 79 ou 80 d.C., ferrou com as cidades de Herculano e Pompeia, Itália como se conhece nem sonhava em existir, catástrofe se dá em Roma (Império Romano).

      "Tá tudo tão morto...". Esta fala poderia ter sido proferida por qualquer outro membro do núcleo, portanto, torna-se mais irônica saindo da boca do único vivo da turma, pois a espécie da qual pertence não carece fazer a passagem para assombrar, condição dele certamente é algo sobrenatural, mas, não é uma criatura do (A)além, sua sina pode ser de lá, já ele em si não é. Embora Lobisomem conheça Dona Morte de longa data, não conhece na própria pele o que a sombria figura promove, não está sob jurisdição dela.

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    3. Sim, erupção do Vesúvio foi outro acontecimento histórico famoso lembrado por ela. Crianças nem iam se ligar nisso, só se pesquisasse. Humor negro foi grande nessa história, assim foi boa. Foi engraçada essa frase do Lobisomem sem dúvida.

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  4. So uma observacao, Marcos: na epoca, por vezes, eles abreviavam o nome do Lobisomem para 'Lobi', como uma alcunha (como 'Lu' para Lucas, por exemplo.)

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    1. Pedro Benoliel, assim como o Zózimo, eu não lembro do Lobisomem ser chamado de Lobi nos anos 1980, só vi a partir dos anos 2000, no mínimo final dos anos 1990. Também não creio que alterariam Lobisomem das originais só pra ter um nome atual nos almanaques, seria lamentável se fizessem isso. Sendo que a ideia de passarem a chamá-lo de Lobi é essa que você falou, de abreviação de Lobisomem, igual como Lu de Lucas, Fred de Frederico, etc.

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    2. Zozimo, eufalava dos anos 90, a 'minha' era da Turma.

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    3. Nos anos 90 já teve vestígios com ele sendo chamado de Lobi, mas na segunda metade da década.

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    4. Os 90's também fazem parte do meu período como colecionador de gibis da MSP, quando parei de colecionar, o personagem ainda não era tratado pelo nome encurtado. Por aí mesmo, segunda metade da década, e de acordo com o que dizem vai alternando com o original até se efetivar na década seguinte. Encerrei minha coleção antes, aí passei comprar esporadicamente só edições novas até 1999, maioria almanaques por conta das HQs oitentistas do período Abril e primeiros anos de Globo, só fui perceber o até então ainda novo nome do Lobisomem em meados dos 00's.

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  5. Muito boa!

    Esses quadrinhos tortos e o sereno da noite desenhado no ar do cemitério!

    Se essa HQ fosse produzida hoje-o que é pouco provável,a não ser que fosse HQ adulta-Penadinho deixaria de dirigir um carro velho para guiar um carrinho de cemitério mesmo,tipo usado em campos de golfe.

    Melhor atitude essa de renomear o Lobi.Nunca gostei de ele ter um nome tão genérico e óbvio.

    Roteiro e traços excelentes,com pitadas de humor mórbido,essa é a Turma do Penadinho raiz!

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    1. Maravilhosa. Eu adorava a Turma do Penadinho assim, hoje conseguem ser mais fofos que a Turma do Arrepio antiga. Descaracterizaram muito. Se produzem hoje, não teria a metade da graça como foi essa, várias piadas de humor negro ficariam de fora, mudariam o final, etc. Eu já sou indiferente de passaram a chamá-lo de Lobi, só que sempre tive costume ler como Lobisomem.

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  6. Acredito que não seja o mesmo de Cascão Porker, acho que foi arte-final do Alvin Lacerda e desenhos da Rosana, mas difícil confirmar, infelizmente. Muito lindo desenhos assim. Já pra mim, acho trato digital ficaria pior, prefiro cores naturais feitas a mão e o fundo branco a revista tinha quando estava nova comprada em banca na época, normal ter um amarelamento de papel e que fica mais natural ainda, acho melhor amarelo mesmo. Odeio essas cores digitais da Panini, mil vezes melhor feitas a mão da Abril e Globo.

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  7. Fantastica essa hq e os traços então!? kkk

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    1. Perfeita. Os traços, um show a parte, só ficar olhando e admirando.

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  8. Quando ouço falar em Pantanal, já lembro da novela("Araaaaa!"/"Larga a mão!).

    O José Bento, pai do Chico, iria combinar bastante com os peões da novela. O estilo é semelhante. Supondo que você tenha visto a novela, é claro.😛

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    1. Bem que podiam ter feito uma paródia da novela Pantanal, mas digo que seria mais chance de terem feito em 1990 a 1991, já que atualmente sem chance porque não querem envolver novelas nos gibis por causa do politicamente correto, novelas não são apropriadas pra crianças.

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  9. Pessoal, o desenhista de Cascão Porker é o tal do Nicolosi, já o arte-finalista dessa HQ de luxo de Clássicos do Cinema não sei quem foi.
    José Márcio Nicolosi é um dos pais do estilo fofinho, de acordo com o que li, quem mais arte-finalizou os desenhos dele foi o Alvin Lacerda.

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  10. É, não creio que arte-finalistas dessas edições da Clássicos do Cinema já estavam lá na época da Abril. Mais chance de ter sido o Alvin Lacerda nessa história do Penadinho.

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  11. Nicolosi tem uma trajetória muito interessante na MSP, junto com uma tal de Emy Acosta são os principais representantes da fase fofinha. Parece que sai dos quadrinhos mais ou menos em 1980 e parte para o setor de animação, depois sai da MSP e retorna em algum ano dos 1990 ainda para atuar com animação e seu retorno às HQs da TM clássica se dá em 2008 ou 2009, 'Cascão Porker e a Pedra Distracional' foi publicado em 2009, não sei se produziu mais histórias após essa edição de Clássicos do Cinema.
    O que descobri lendo sobre esse profissional é que Alvin Lacerda já fez a passagem. Nas HQs dos 1970 ele e Nicolosi foram parceiros de atuação, formavam meio que uma dupla, pelo menos foi o que entendi sobre a figura do Alvin nessa entrevista.

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  12. A entrevista, Fabiano, está disponível em um tal de Raio Laser. Achei muito interessante a história desse profissional. É de 15/04/2021 e começa da seguinte forma:
    "O MELHOR DA MSP RAIZ: ENTREVISTA COM NICOLOSI"
    Outro nome mencionado nessa entrevista é de um tal de Jayme Cortez, também funcionário da MSP à época (70's). Vale dar uma conferida, acho que você vai gostar.

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  13. Zózimo, não sabia que o Alvin Lacerda tinha partido. Sei que ficou na MSP até m 2002 a 2003, as últimas artes dele foram em histórias do Papa-Capim.

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  14. Falou, Fabiano, de nada!
    É que abordamos muito sobre Reinaldo, Alvin, Rosana, Sidão, Olga, etc, porém, há outros nomes relacionados à fase de ouro dos quadrinhos da MSP que não são devidamente reconhecidos e foram profissionais que acrescentaram tanto quanto esses que volta e meia lembramos.
    Fiquei sabendo que Alvin Lacerda faleceu através da entrevista do Raio Laser, seria bom que fosse fake news, mas, creio que não.
    Uma HQ que Nicolosi desenhou e foi arte-finalizada pelo Alvin é a clássica "Baile à fantasia" (Mônica nº97 1978).

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  15. Deixam o Lobi de fora por ser parcialmente lobo(ou cão, como gostam de confundir), mas permitem o Zé Vampir, embora ele seja um morcego, ou parte dele.

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    1. Deixaram Lobi lado de fora por causa de cachorro. Zé Vampir vira morcego, não deixa de ser bicho e podia ter mesmo tratamento. Vai ver porque estava o tempo todo em forma de vampiro, se tivesse como morcego, aí podiam deixá-lo de fora também.

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  16. Eu tô sem palavras para os traços dessa história! Um dos melhores que já vi! Que magnífico.

    A turma do Penadinho sempre foi um dos meus núcleos favoritos! Eu adoravas as histórias desses personagens! Como de costume, está destruído hoje em dia! Os traços atuais da turma do Penadinho, apesar de digital, até que estão bons ainda (nada comparável a obras de arte como o dessa história, é claro), mas os roteiros são tristes.

    O melhor desse núcleo é que a dose de terror e comédia era muito bem balanceada. Ao mesmo tempo que se tratava de personagens sinistros, como cenários sombrios, e roteiros mórbidos, a comédia era ponto fortíssimo. Ontem li um dos meus gibis antigos pra passar o tempo (Parque da Mônica 64, de 1997) e como ri da história da turma do Penadinho dessa edição, onde Dona Morte, Zé Vampir, Penadinho e Lobi vão fazer um piquenique e encontram um homem e uma garota mimada lá. Tem até cara de um roteiro antigo do Emmerson. Que suades do bons tempos da turma como um todo.

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    1. Só uma correção! A Revista que citei é de 1998, não 1997.

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    2. Sensacional esses traços, sem dúvida. O bom era mostrar terror com doses de comédia, fazer umas piadas em cima, se tornavam muito divertidos. Histórias deles atuais são fracas. Eu lembro dessa história na revista do Parque de 1998, pode ser do Emerson, sim, porque no início ele escrevia para todos os núcleos e tinha um estilo diferente de roteiro. Hoje ele só escreve pra Turma da Mônica e bem raramente pra Chico Bento.

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  17. Acho que aquela parte em que a moça perguntou se a turma do Penadinho não iria tirar as máscaras e o fanstasma responde que não são máscaras foi uma referência ao livro O Rei de Amarelo, de Robert Chambers. É uma coletânea de contos cujo elemento comum é a existência de uma peça de teatro chamada O Rei de Amarelo, cujo segundo ato provoca loucura em quem o lê ou assiste, por conta das verdades que são reveladas. A peça em si nunca é mostrada completamente em nenhum dos contos do livro, apenas alguns trechos são citados, e nenhum deles é do tenebroso segundo ato.

    Essa cena dessa história do Penadinho provavelmente faz referência ao seguinte trecho:

    A máscara

    Camilla: O senhor deveria tirar a máscara.
    Estranho: É mesmo?
    Cassilda: É mesmo, está na hora. Todos tiramos nossos disfarces, menos o senhor.
    Estranho: Eu não estou de máscara.
    Camilla: (Horrorizada, em particular para Cassilda.) Não é máscara? Não é máscara!
    - O Rei de Amarelo, Ato I, Cena 23

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    1. Pode até ser, se bem que tinham desenhos animados com temáticas e piadas assim com máscaras que roteirista também pode ter se inspirado.

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    2. Concordo que o roteirista possa ter se inspirado noutras cousas, mas como o livro O Rei de Amarelo foi publicado em 1895, também é plausível supor que os outros desenhos animados e quadrinhos com essa mesma piada ou plot twist de "não é máscara" tenham bebido dessa fonte.

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    3. Capaz, não duvido que desenhos animados antigos e quadrinhos possam ter se inspirado.

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