quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Um tabloide do Cebolinha na praia

Compartilho um tabloide com Cebolinha e Mônica na praia fazendo castelinho de areia. Foi publicado em 'Cebolinha Nº 1' (Ed. Globo, 1987).

Cebolinha fez um castelinho de areia na praia, diz para a Mônica que nenhuma garota é capaz de fazer um igual ao dele e ela derruba. Cebolinha grita e faz escândalo que a Mônica é invejosa e chamando atenção de todos na praia. Então, ela faz um novo castelinho e no final ele derruba para dar o troco do que ela fez. 

Mostra um Cebolinha provocativo e vingativo, provoca por preconceito pelas garotas e fazer raiva para Mônica e se vinga derrubando o castelinho novo para não ficar por baixo. Mônica não devia derrubar, podia era ter batido nele, pelo menos provou que meninas também são capazes de fazer castelinho como os meninos. Permitiu essa mensagem que somos todos iguais, nem homens nem mulheres são melhores no que fazem. 

Hoje em dia eles não agiriam assim, principalmente com vingança e ideia de homens são inteligentes e mulheres, burras e também permite o leitor imaginar a sequência apóso final, o que Mônica fez depois do Cebolinha ter derrubado o castelinho de areia. Foi legal ver o Sol personificado interagindo com as cenas, com rosto feliz ou impressionado de acordo com cada momento. Os traços muito caprichados como sempre na época. A seguir, a historinha de 1 página completa:

28 comentários:

  1. Detalhe que o castelinho do Cebolinha caiu em cima do caranguejo. E é verdade, ser homem ou mulher não define a capacidade de ninguém.

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    1. Verdade, coitado do caranguejo, depois ele conseguiu sair. Esses detalhes pequenos faziam diferença.. Mensagem para refletir depois foi essa de que ninguém é melhor que outro, homens e mulheres são iguais, Cebolinha está por fora.

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    2. Pois é, não define capacidade, nem caráter. Não se deve santificar nem demonizar nenhum gênero, no fim são todos iguais.

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    3. Sim, Gabriel, assim como tem que ser.

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  2. Cebolinha não perde oportunidade de aprontar com a Mônica.

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  3. Hoje em dia não sei como são meninos em relação às meninas, se a maioria as enxerga como iguais - iguais a eles, pois as diferenças naturais entre os gêneros nada têm a ver com superioridade e inferioridade, embora isso tenha sido uma espécie de regra social histórica e que parece de origem pré-histórica. Lembro que em minha infância era(m) comum(ns) meninos que se julgavam superiores ao gênero feminino, na verdade, pensava-se que havia uma superioridade em ser homem, guris machistas na década de 1980 foram uma espécie abundante.
    Será que ainda se usa assobiar para a beleza feminina? O clássico "fiu-fiiuuu"... Rolo das antigas praticou muito. Haviam aquelas que realmente não gostavam, haviam as que abertamente adoravam e o terceiro tipo era o melhor, pois tinha certo charme em fingir não gostar dos invasivos assobios elogiosos.

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    1. Acredito que melhorou bastante isso, os pais devem estar ensinando que deve ter igualdade, que meninos não são superiores. As histórias novas também têm esse cuidado, tipo histórias que meninos falavam que meninas não sabiam jogar futebol não tem mais, hoje jogam meninos e meninas no mesmo time pra não ter essa superioridade. Agora pais conservadores, aí tendência filhos seguirem mesmo pensamento machista deles. Pra confirmar, só se conversar com as crianças perguntando como trata amiguinhos do sexo oposto. Já Rolo mudou bastante, não é paquerador nem faz coisas machistas, histórias dele são raras envolver namoro. Assobiar também não tem mais.

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    2. Machismo é sem dúvida algo muito negativo, no entanto, as HQs antigas em que Cebolinha e outros meninos agem a partir desta conduta em relação às meninas são sempre muito boas, já essa igualdade uniformizada antinatural que foi implementada nas tramas da atual TM clássica só serve para retardar os pequenos, pois restringe a liberdade criativa dos roteiristas que são obrigados a compactuar com tal imposição ideológica. Meninos não poderem optar por jogar futebol, basquete, etc entre eles, sem envolvimento de meninas e o mesmo valendo para elas em relação a eles, ou seja, restritas de jogarem entre elas, isso pode ser qualquer outra coisa, menos igualdade, problema é que para quem não é íntimo da crítica algo assim passa como igualdade. De vez em quando é normal, sadio, só faz acrescentar ambos os gêneros jogando juntos e, frisa-se, "misturados" para fomentar igualdade, problema é algo assim ser obrigatório, tornando-se padrão inquestionável, militância enrustida(?) (dá para dizer que é descarada), bigodagem.

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    3. Concordo, como eles agiam antes era na dosagem certa, sem exageros. Tirar tudo fica chato, só alimenta o politicamente correto.

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    4. Na minha época de infância e adolescência, entre os anos 90 e 2000, notava que as meninas abusavam muito mais dos meninos, principalmente quando eles eram bonzinhos, de modo a provocar. E elas sabiam que eles não revidariam, pois menino não pode bater em menina, pois desde cedo os meninos são ensinados a respeitar as meninas. Acabava que as coisas ficavam mais difíceis para os garotos, que acabavam tendo que tomar muito mais cuidado com as meninas, de modo a evitar sofrer bullying ou ator agressão delas. Note que dificilmente se vê histórias de meninas sofrendo bullying de meninos (turma da Mônicaé exceção, rs), mas o inverso, meninas fazendo bullying em meninos, sempre foi mais comum.

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    5. Gabriel, tem meninas que provocam mesmo, aí fica mais difícil para os meninos. De bullying, na Turma da Mônica não tinha isso, tanto meninos provocavam meninas quanto o inverso.

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  4. Ele destruiu o castelo que ela fez...para ele!

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    1. Julio Cesar, mesmo sendo pra ele, a diversão maior é perturbar a Mônica, queria ve-la com raiva e se vingar de ela ter trabalho de fazer e ser tudo destruído depois.

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    2. Pois é.
      E ele deu mole de não ter desenhado na areia as pichações e caricaturas de "Mônica dentuça".

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    3. Julio Cesar, seria engraçado também se ele fizesse essas caricaturas da Mônica.

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  5. A história é engraçada, eram sempre excelentes estes roteiros curtos, iam direto ao ponto. Bem interessante os detalhes do cenário que o desenhista se preocupou em fazer: outras pessoas, ao fundo, brincando de bola, nadando e até um rapaz assobiando pra uma mulher de biquini, este último, deixa a história mais cômica ainda. Legal demais!

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    1. Verdade, esses detalhes no cenário da praia foram muito bons, mostrando um cotidiano. Gostei muito também. E roteiros simples assim eram ótimos, sem enrolação e davam conta do recado.

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    2. Ressalto, também, além dos detalhes citados pelo Ricardo, o Sol que ficou surpreso com a reação do Cebolinha ao destruir o castelo que a Mônica fez. Concordo: esses detalhes dão um charme a hq. Abraços.

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    3. Sim, Ronieri, o Sol interagindo foi um charme, ficou muito bom pr dar mais graça ainda à historinha. Abraços

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  6. O que está um pouquinho estranho é o pé do Cebolinha com a parte superior exposta, aparecendo todos os dedos, ajoelhado era para o dorso estar ocultado pelo contato com a areia, dando para ver da perspectiva dos leitores apenas o dedo mindinho devido à exposição da lateral externa do membro. Até tem como ficar ajoelhado com pés virados desta forma, entretanto, não é anatomicamente confortável para maioria das pessoas.
    No último quadrinho o pé do mesmo apresenta certa deformidade.

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    1. Bem observado, Fabiano! Acho que se deve à facilidade de, digamos, desenhar o padrão do ato de estar sentado independente do gênero, compreende o que digo? Já vi Rolo sentado de modo mais despojado, mais masculinizado, mas, você tem razão, maioria das vezes os homens adultos das HQs e tiras da Turma da Mônica clássica sentam-se como se fossem eunucos.
      Nunca reparei esse detalhe nas HQs da TMJ, devo ter folheado revistas desse título três vezes no máximo, curto nada de cunho adolescentista, nem quando eu era adolescente curtia conteúdos assim.

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    2. Provavelmente foi porque é mais fácil desenhar, normalmente desenham assim mesmo quando estão ajoelhados.

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    3. Procure observar a média de quando Cebolinha, Franjinha e outros que usam sapatos estão ajoelhados descalços e focalizados na mesma perspectiva contida nesta HQ, ou melhor, já que habitualmente não usam calçados e também possuem pés humanos, Chico Bento e Zé Lelé são melhores referências para o que estou dizendo. O que há neste tabloide não é a média, discretamente desafia a anatomia, da perspectiva que o personagem é visto, correto seria dorso do pé ocultado pela areia ou chão, ficando visível lateral externa do membro com somente o dedo mindinho aparecendo.

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    4. Percebi logo de cara, caros Fabiano e Marcos, evitei comentar a princípio para não passar como chato detalhista, todavia, acabou sendo mais forte que eu, não resisti, tive que ressaltar o pé virado do Cebolinha que, grosso modo, passa batido porque, olhando superficialmente, não é algo que chame atenção, e o que ressalto certamente encontra-se em outras HQs e tiras da TM clássica (antigas e deste século) mesmo sendo anatomicamente incorreto nesta combinação de perspectiva e posição física para personagens descalços que não têm pés alienígenas como os de Mônica, Papa-Capim, Piteco, etc e etc.
      Interessante os pés padrão Mônica, desenvolvidos para serem descalços, aí pergunto: e pisar em asfalto muito quente? Não parece ser problema para o tipo de pé. Alguém pode contrapor com Vila Abobrinha, visto que lá também possui asfalto e seu principal integrante mais o primo igualmente matuto têm por hábito andarem descalços com sinuosos pezões tipicamente da nossa espécie, daí, o que dá para dizer é que asfalto, muito mais associado à urbanização, não é um elemento de destaque em um núcleo de predominância rural.

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    5. Acho feia a Mônica dos 1960, não só feia, uma brucutuzinha, entretanto, ela na primeira metade dos 1970 já acho uma feia bonita, sei que é um paradoxo, mas é assim que vejo a personagem nesse tempo, só pode ser devido ao carisma que ela adquire a partir dessa década, antes era um tanto inexpressiva, só intimidava, assustava, parecia até pré-histórica.
      Esse personagem de bigode antagonista da Pantera Cor-de-Rosa é um tanto esquisito mesmo, há episódios em que atua meio que de qualquer jeito no tocante à aparência, parecendo tocado para o pau, mal-acabado, desenhado de qualquer jeito, é estranho, pois o desenho animado dela é bem maneiro, sem contar que, independente de gostar ou não, é um clássico do nível de Pica-Pau, Tom & Jerry, Looney Tunes, Popeye, Zé Colmeia, etc e etc. Gosto quando ele aparece trajado de detetive, acho que é o Inspetor Clouseau, visto que a(o) felina(o) (macho ou fêmea?) deriva dos filmes em que esse detetive é o personagem principal.

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    6. É, a Mônica ficou mais bonita a partir dos anos 1970, principalmente por volta de 1978 com os traços superfofinhos e até os normais já começando a ficar parecidos com os anos 1980.

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  7. Marcos Porque Na MSP As Meninas E Meninos Não Tem Uma Cor de Roupa de Banho Fixa ?

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    1. Vai ver que porque usam com pouca frequência, aí pelo menos nessa situação, eles variavam. Ainda assim, costumavam colocar biquínis vermelhos na Mônica e amarelo na Magali, por exemplo, imitando a cor dos vestidos dela.

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