terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Cebolinha: HQ "Bem-vindos ao estúdio da Mauricio de Sousa Produções!"

Em dezembro de 1982, há exatos 40 anos, era lançada pela Editora Abril a revista 'Cebolinha Nº 120' com a história especial em homenagem aos 10 anos da revista dele. Nessa postagem mostro como foi essa história comemorativa.

Capa de 'Cebolinha Nº 120' (Ed. Abril, 1982)

Escrita por Reinaldo Waismann e com 14 páginas, Mauricio De Sousa e os funcionários apresentam a "Mauricio de Sousa Produções", é um dia especial que estão preparando a revista 'Cebolinha Nº 120' comemorativa de 10 anos da revista dele e estão recebendo convidados  no estúdio. Mauricio pensa que tinham mais convidados, mas só tinha uma senhora com um bebê e o roteirista Reinaldo aproveita para ir ao banheiro. 

Mauricio tenta agradar o bebê, que tenta mordê-lo e fala para mostrar logo o estúdio. Mauricio estranha e a Senhora diz que ele só sabe dizer "gu gu dá dá" e que crianças nessa idade gostam de morder tudo que encontram e coloca uma mamadeira na boca dele para não falar e quer que o Mauricio apresente o estúdio. 

Mauricio estranha que não tenha vindo mais ninguém para visitar estúdio, o bebê diz que foi por causa da placa que ele colocou lá fora de que está proibido visitas. Mauricio quer saber que placa é essa e a Senhora diz que foi nada, coloca mamadeira na boca do bebê e pede para ver o estúdio.

Na apresentação, Mauricio diz que estão fazendo 'Cebolinha Nº 120' comemorando 10 anos de revista. A Senhora pergunta se ainda não começaram a fazer. Mauricio responde que não e apresenta os roteiristas Robson Lacerda e Rubão. Depois de aprovada as histórias, vão para os desenhistas, depois para letristas, arte-finalistas e acabamentistas, e em seguida, coloristas.

A Senhora pede para tirar fotos deles, todos ficam animados, Reinaldo manda esperar sair do banheiro. Quando ela tira as fotos, acontece um clarão no estúdio no momento em que Cebolinha e Cascão estão quase chegando para visitar, com Cebolinha animado para comemoração de 10 anos da sua revista. A Senhora e o bebê saem correndo, atropelando os meninos e levando a placa. Cascão acha o bebê esquisito e Cebolinha pensa que está acontecendo festança lá dentro, quando chega veem estúdio todo revirado.

Reinaldo aparece no banheiro, falando que se rende, mas que não o fotografe. Fica aliviado que era Cebolinha e Cascão lá e diz que estava saindo do banheiro, quando viu uma máquina fotográfica chupando a equipe toda, até o Mauricio. Cebolinha se desespera que sem equipe não tem desenho e não tem revista nem comemoração de 10 anos da revista e eles vão atrás dos 2 vilões.

No caminho, encontram leite derramado, seguem a trilha e vão parar em frente a um estúdio fotográfico. Ao correr em direção, caem em uma armadilha e ficam presos na rede. Aparece a Senhora, tira o disfarce e revela que é Zé Flachildo, o maior fotógrafo do mundo e graças a sua máquina fotográfica catadora de gente, Mauricio e a equipe estão nas mãos deles, todos viraram fotografias.

Zé Flachildo explica que aprisionou a equipe na comemoração da revista porque além de fotógrafo, ele é  maior fotonoveleiro do mundo, faz fotonovelas, e o Mauricio e os gibis do Cebolinha roubaram a clientela dele e agora que prendeu todos, não vai ser lançada a revista e não terá mas concorrência.

Quando ele vai disparar máquina para tirar fotos dos 3, os outros personagens secundários dobram a página com o raio atingindo nela. Jotalhão joga pedra, Mônica, o Sansão, Rolo, chinelo e Bidu corre atrás deles, e, assim, conseguem derrotar os vilões. Chico Bento pega as fotos e Tina solta Cebolinha, Cascão e Reinaldo. Os personagens contam que estavam indo lá de surpresa para comemorar os 10 anos da revista do Cebolinha, quando ouviram tudo.

Cebolinha pergunta como vão fazer com o Mauricio. Rolo diz que entende de fotos, dá um rasgãozinho na ponta das fotos e, então, consegue libertar Mauricio e toda equipe. Cebolinha fica feliz que todos estão salvos, Mauricio diz que isso merece uma comemoração especial, ele pergunta se está pronta, roteiristas e desenhistas dizem que já fizeram tudo e então no final eles tiram a foto que seria capa da revista 'Cebolinha N° 120' comemorativa.

História sensacional de aventura e metalinguagem com o vilão Zé Flachildo e seu ajudante invadindo a MSP para prender o Mauricio de Sousa e toda a equipe em fotos tiradas da sua máquina fotográfica catadora de gente para impedi-los de lançar a revista 'Cebolinha Nº 120' comemorativa de 10 anos e não ter concorrência para vender as suas fotonovelas. Seu plano quase deu certo se não fosse o resto da turma ter ouvido a conversa e eles conseguiram derrotar os vilões.

As revistas do Cebolinha eram tão boas que as pessoas deixavam de comprar fotonovelas do  Zé Flachildo para comprar gibis e, sem a concorrência nas bancas, voltaria a vender. Ele foi bem inteligente em criar uma máquina fotográfica assim, além de ser fotógrafo e fotonoveleiro, também é um excelente cientista com uma invenção dessa, mas como era usada para o mau, teve que ser punido. Mauricio podia ter sido mais espertos nos deslizes do ajudante como bebê e evitaria esse sufoco que passou. 

Foi legal ver o crossover dos personagens da Turma da Mônica com personagens de outros núcleos, principalmente Tina e Rolo, que era bem raro de contracenarem juntos. Rolo que conseguiu liberar a equipe. Procuraram colocar personagens que tiveram mais histórias na trajetória das revistas do Cebolinha, como Turma da Tina, Turma da Mata, Chico Bento e Bidu, só acho que faltou o Astronauta, que também tinha bastante histórias nas revistas dele.

Tudo era motivo de comemoração na época, até aniversário de revista, e a gente ganhava presentes assim. Foi primeira vez que foi mostrado como são feitos os gibis e leitores conheceram os roteiristas, desenhistas e toda a equipe que trabalhavam na MSP através de fotos até então. Antes, tinham as vezes histórias de metalinguagem e com os funcionários caracterizados como desenhos. 

Foi muito interessante mostrar fotografias reais da equipe misturadas com desenhos dos personagens, Mauricio ainda usava barba, e ver como era o estúdio antigamente, que nem era um prédio ainda, deixando os leitores mais próximos do estúdio. E hoje vemos grande diferença de como era o visual das pessoas há 40 anos. A fotografia no final deu origem a capa, já tiraram imaginando posições que iam inserir os desenhos dos personagens junto com a foto. Bem bolado.

O roteirista Reinaldo Waismann foi o grande destaque da história, geralmente roteirista que aparecia contracenando com personagens era o criador da história e quando tinham todos reunidos, o que teve mais destaque era o roteirista. Reinaldo tinha uma frequência bastante em roteiros de metalinguagem e sempre desenhado assim com cabelo loiro encaracolado e com sorriso e dentes a mostra. E era ele que era o Reinaldinho, menino fofo por quem as meninas eram apaixonadas. Reinaldo ficou na MSP até em 1986, quando saiu para trabalhar com a Xuxa na produção do programa "Xou da Xuxa" da Rede Globo de Televisão, criou cenário, foi também o Moderninho do programa dela e ainda foi supervisor da revista em quadrinhos da Xuxa da Editora Globo, sendo como uma espécie de Mauricio dos gibis dela.

A história tem várias coisas datadas como máquina fotográfica lambe-lambe, estúdio fotográfico para revelar fotos de filmes e, principalmente, envolver fotonovelas. Nada disso tem mais hoje. Em especial sobre fotonovelas, eram muito comuns entre os anos 1950 a 1970, sobrevivendo até início dos anos 1980, que eram revistas mostrando história de novela através de fotos de atores com balões demonstrando falas dos personagens. Tipo, uma história em quadrinhos, só que em vez de desenhos eram fotos. Nas partes que mostravam o Mauricio e a equipe falando em fotos nesta história, não deixa de ter sido fotonovela. Hoje, ninguém se interessaria por isso. E máquinas com filmes e revelação foram substituídas por celulares e fotos digitais.

Os traços ficaram muito bons, típicos do início dos anos 1980, quase parecendo com a fase consagrada, mas ainda com umas bochechas dos personagens diferentes. Foi do estilo de 6 quadros por página deixando mais bonitos e as fotos deram um charme a mais. Povo do politicamente correto podem implicar os funcionários presos em fotos, Reinaldo e os personagens presos em rede, vilões eram perversos demais, e homem vestido de milher. As coisas datadas fariam substituições em republicação hoje porque não gostam mostrar coisas que faziam parte do cotidiano de uma determinada época. E tirariam o charuto do ajudante porque não pode mais mostrar personagens fumando.

Nunca foi republicada até hoje porque foi uma história comemorativa específica. Daria para ser republicada a partir de 1987, com chance maior em 1990, só que não faria sentido republicar por ter passado dos 10 anos da revista do Cebolinha. Histórias especiais comemorativas assim raramente são republicadas, tipo especiais de edições "Nº 100", "Nº 200", por exemplo. Uma boa solução para isso seria criar um 'Almanaque Temático' reunindo só histórias comemorativas desse tipo, mas nunca fizeram, então essa é bastante rara hoje e só quem tem a original que conhece.

Essa história acho que devia ter sido na edição 'Cebolinha Nº 121', de Janeiro de 1983, quando de fato, a revista completou 10 anos. Eles colocaram na "Nº 120" para fazer relação à 'Mônica Nº 120' comemorativa , de 1980. Só que a Mônica teve a sua "Nº 1" em maio de 1970 e então a sua "Nº 120" foi no ano 1980, mas o Cebolinha teve lançamento da "Nº 1" em janeiro de 1973, a sua "120" saiu em dezembro de 1982, ano anterior ao lançamento. 

Falando um breve sobre essa edição 'Cebolinha N°120', as outras histórias foram normais e não teve uma tirinha no final, foi uma história de 1 página no lugar. Foram 132 páginas com lombada e duas revistas em uma. Metade da revista com histórias inéditas e a segunda metade reservada para a reedição da 'Cebolinha Nº 1' de 1973, a exemplo como foi a 'Mônica 120', e aí os leitores deram para ver a diferença dos traços e estilo de histórias em 10 anos, foi o período que mais teve mudanças na MSP e mesmo sendo só 10 anos, vimos que era grande a diferença. Foi a segunda vez que a revista do Cebolinha teve lombada, a primeira foi a "Nº 100", de 1981.

Contracapa com a capa da edição 'Cebolinha Nº 1' de 1973

Na reedição "Nº 1" diferenciou da original de não republicarem um tabloide da página 2 e as propagandas foram as atuais de 1982 e não as originais de 1973. De resto, tudo igual. 'Mônica N° 120' não teve história inédita especial na abertura, teve um texto de algumas páginas homenageando e as histórias seguiram normais. 'Cebolinha N° 120', então, foi melhor com essa história especial de homenagem fantástica, não só homenagem à revista do Cebolinha, mas também à própria MSP. Muito bom relembraressa história e edição histórica há exatos 40 anos.

59 comentários:

  1. EXCELENTE! eu me lembro desta HQ! Até hoje, tenho esta edição! Sobre o grande Reinaldo Waisman, atualmente ele tem um canal no YouTube, aonde ele conta histórias do tempo em que trabalhou na MSP e com a Xuxa, além de dar dicas, truques e macetes para quem quer se tornar um desenhista profissional e trabalhar com quadrinhos. Canal altamente recomendado! Deixo aqui o link para o canal:
    https://m.youtube.com/@reinaldowaismandesenhista/featured

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    1. Maravilhosa. Muito bom que você tem também esse gibi, guarde bem que é relíquia. Eu conheço esse canal do Reinaldo, é bom. Vi até ele redesenhando essa história para mostrar como eles faziam os gibis naquela época sem tecnologia. Muito legal.

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    2. Fizeram trabalhos excelentes, quadrinhos de primeira categoria com tecnologia deveras limitada. Atualmente, com tudo que se possa imaginar em termo(s) tecnológico(s) à disposição, não conseguem chegar nem no gramado sob os pés de traços e acabamentos como os que vemos aqui e de inúmeros outros dessas épocas do século passado, vai entender tamanho paradoxo. O negócio era mesmo sangue fluindo nas veias, elemento humano foi prioritário em produções de HQs e tiras, outros tempos...

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    3. Zózimo, o bom para os gibis era assim pouco ou nenhum recurso tecnológico e tudo feito a mão, principalmente os desenhos, Víamos desenhos espetaculares nas mãos desses artistas, nada dos carimbos digitais de hoje. Única coisa que ainda poderia aceitar ser digital é a colorização, o resto podiam ter mantido tudo como era.

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    4. Embora a qualidade artística da maioria dos desenhistas da casa já estava muito aquém da excelência bem antes da implementação do recurso, deveriam ter segurado a onda tecnológica e mantido a forma convencional de produzir HQs e tiras. Poderiam ter recorrido a algum tipo de estudo para entenderem o motivo da expressiva queda de qualidade dos desenhos que estavam produzindo antes da virada do século. São inúmeras HQs visualmente formidáveis confeccionadas nos 90's pela MSP, todavia, é nessa década que o negócio começa claudicar, não somente com traços questionáveis, outrossim com surgimentos de personagens fracos que tiveram bastante espaço e nenhum know-how para tal. Poderiam, sei lá, ter feito algo para recuperarem o excelente padrão visual alcançado nos 80's antes que o "consagrado" Emerson tomasse as rédeas e começasse a defecar no batatal.
      Certamente encontrariam na (M)matemática respostas para que a periclitante situação fosse revertida, mais precisamente na (G)geometria, mas não, pareciam acreditar que tudo se ajeitaria naturalmente, sem que movessem uma palha nesse sentido, e foi esse relaxamento que deu margem para completa devastação visual da TM clássica.

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    5. Concordo. ideal eram ter mantido os traços dos anos 1980, ia valer mais. Parece que eles queriam que cada década tivesse uma identidade própria, olhar pra desenho e dizer que aquele era anos 80. Até poderiam manter essa ideia, aí que criassem novos traços, mas sempre serem feitos a mão, nada de digital, que deixam personagens estáticos e sem vida. E mesmo que a gente elogia anos 80, tinham uns traços de histórias de miolo que eram abaixo do que o padrão, ainda assim, até esses menos empolgantes, eram infinitamente melhores que os digitais de hoje.

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    6. Sim, com certeza! Olho para tiras e HQs da TM de todas décadas sempre com olhar crítico, por mais que eu goste das fases dos 70's e 80's, é sempre com a crítica como locomotiva que eu as aprecio, pois adoração, essa de fã, coisa e tal, não são comigo. Fã deriva de fanatismo, fanáticos são avessos à crítica, avessos ao discernimento, só sabem adorar, elogiar, cultuar cegamente, e isso não é bom para manter a boa saúde mental. Enquanto criança e nos primeiros anos de adolescência certamente fui fã da TM nos quadrinhos, depois, continuei gostando tanto quanto, só que com outro olhar, já apurado, dispondo de filtro, e foi bem antes de me tornar adulto.
      De fato existem determinados visuais de HQs da TM dos tão aclamados 1980 que não são lá essas coisas, e eu seria leviano se dissesse que é um ou outro do tipo, que são poucos, não, nada disso, são até uma quantidade a se considerar, a diferença em relação à década posterior é que, embora seja sim marcante, não há predominância desse padrão visual.
      Os quadrinhos da MSP dos anos 1990 também são fora de série visualmente, o negócio é que a década apresenta um acentuado declínio nesse tocante, parece quase meio a meio, oscila bem. Na verdade, pelo menos para mim, considero como uma década de nove anos em relação aos traços não tão atrativos, pois os do ano de 1990 estão no mesmo patamar de qualidade dos de anos anteriores consecutivos - contagem regressiva.
      Deixando claro para a moçada jovem que acompanha este blogue que não estamos nos referindo ao padrão de traços que foi estabelecido a partir da década de 2000 nas histórias da Turma da Mônica, mas que o movimento de declínio originado nos 90's desemboca nesse estilo de menor acabamento e qualidade inferior, e sabemos que os 00's também contam com tramas visualmente caprichadas, diferença é que não são a parcela predominante.

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    7. Até que gosto dos traços dos anos 90, um ou outro nas de miolo menos que o esperado. Varia também do gosto de cada um, ser mais exigente. Pra mim decaiu bastante a partir de 2002 e a partir daí só ladeira abaixo, em cada período piorando os desenhos.

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    8. Eu também gosto bastante dos traços dessa década, dos vários estilos, uns excelentes, outros bons e os medianos também consigo apreciar. Lembro que em 1991 me dei conta de que estavam mudando visual dos traços, foi em gibi do Cascão de meados daquele ano que percebi. Os 90's são tão repletos de tramas antológicas quanto as duas décadas anteriores, não a considero inferior na comparação com essas do mesmo século, o negócio é que nela são originadas algumas características negativas que mais à frente tornam-se predominantes, passam a tomar conta de boa parte das HQs da década seguinte, e como qualquer origem, elas apareceram como inofensivas.

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    9. Alguns traços de histórias de miolo começaram em 1991 e foi maus visível em 1992, depois de alguns anos já percebeu bem diferente do que início da década com os traços novos criados consolidados.

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  2. Esta é "A Equipe", e a HQ de abertura desta edição é um patrimônio histórico. Mesmo com um baita recurso como a internet, é um patrimônio que poderia ser mais difundido se contasse com republicações.
    Em 1982 o universo conspirava a favor da MSP. Mauricio ainda não era um cinquentão.
    Mais tarde, com o fenômeno Xuxa na Rede Globo, Reinaldo deu "beijinho, beijinho e tchau, tchau" para a magnífica equipe.

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    1. A equipe que deu muitas alegrias. Essa arrebentava. O Mauricio tinha 47 anos em 1982 e era o auge da MSP, sem dúvida. Uma pena o Reinaldo ter saído, mas foi melhor pra ele, fez muita coisa com a Xuxa e deu alegria a tantas outras crianças. Bom que foi uma saída da MSP amigável, tanto que suas histórias eram republicadas normalmente inclusive as que ele era personagem. Se tivesse continuado na MSP, faria outros excelentes trabalhos lá, mas o trio de roteiristas que ficaram, deram conta do recado com excelentes histórias também.

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    2. Desmerecendo nenhum dos profissionais que contribuíram para com as tiras e HQs da TM antes de 1982, mas, este, sem exagero algum, é o time dos sonhos, o "dream team" foi devidamente estampado em gibi comemorativo. Claro que a formação contida nas fotografias foi sendo composta nos 70's, quiçá todos que aparecem na trama já estavam na MSP antes de janeiro de 1980.
      Gostaria de ter visto estes cidadãos de perto, pessoalmente. No ano desta edição eu era muito pequeno, além de nunca ter residido na cidade de São Paulo ou em algum município dessa região metropolitana. Visitas do público ao estúdio eram constantes, e parece que é assim até hoje.

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    3. Ah, sim, eles estavam lá antes de 1982, alguns desde início dos anos 1970, e tem uns que estavam desde os anos 1960 na fase de tiras. Acho que poucos entraram nos anos 1980 mesmo ou menos de 5 anos, quem sabe o Robson estava lá pouco tempo. Seria excelente vê-los pessoalmente, tem visitas no estúdio até hoje, só que teria que viajar para São Paulo e agendar. Pena que poucos dessa equipe de 1982 estão lá, mas tem os que trabalham ainda lá.

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    4. Você já esteve lá, Marcos? Já cruzou a(s) porta(s) da MSP?

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    5. Acho que você ainda vai pisar nesse lugar.
      Deve ser mesmo muito maneiro conhecer as instalações da MSP. Confesso que já tive muito mais vontade de visitar do que tenho atualmente, é que me baseio muito no passado rico das HQs da TM, e as coisas mudaram consideravelmente de lá para cá, mesmo assim, para leitores veteranos ainda vale muito a pena visitar a MSP dos dias atuais.

      Os erros são insignificantes.
      Um é com cores, localizado no segundo quadro da terceira página (pág.5). As cores da fralda e da pele do vilãozinho foram trocadas de forma quase imperceptível, chegando nem perto de parecer que está pelado e com parte da pele azul, o que parece é fazer uso de uma fralda mais curta, bem esticada e bem suspensa, a fralda mesmo foi pintada como sendo pele do personagem.
      O outro é um tanto raro, localizado no terceiro da décima primeira (13). Traços do tripé da máquina fotográfica não estão limitados à linha inferior do quadrinho, foram interrompidos, o verde do gramado está entre eles e o que deveria delimitá-los.
      Há também falta de acabamento em Cascão do quadro em que, tirando a peruca, é revelada identidade do fotonoveleiro. Passa impressão da camisa do guri estar esticada como se estivesse cobrindo as pernas que, logicamente, estão dobradas ou recuadas por conta de como se encontra acomodado na armadilha, mesmo com amarelo expansivo, não é erro de colorista, foi de quem desenhou ou arte-finalizou.

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    6. Apesar que teria mais encanto antigamente, mas sempre vale a pena mesmo. Quem sabe um dia e você também pode ir lá um dia, nada é impossível. Esses erros são mais difíceis de perceber de imediato, tem que ser bem detalhista ainda mais com roteiro assim nem presta atenção nesses detalhes enquanto lê.

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    7. Vai que até eu chegue a conhecer a MSP. Há muito já não é mais um desejo que sustento, mas, ainda que remota, não descarto a possibilidade.

      Marcos, além de Reinaldinho, que por muito tempo foi o galãzinho fixo do núcleo do Limoeiro, há um personagem de aparição única que foi inspirado no roteirista, o tal do Antifolião. Será que Waisman não gostava (e continua com a mesma opinião a respeito) de Carnaval? Ele tem jeito de quem gosta de cair na folia, ou foi folião durante muito tempo, pode ser que a ideia de criar um antagonista para a TM carnavalesca tenha surgido apenas por conta do nome dele, como o vilão é obeso e é xará do profissional, é uma antítese do Rei Momo que faz analogia com a primeira sílaba, 'Rei'-nal-do.

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    8. O antiflião foi baseado no Reinaldo Waisman, ele gostava de se colocar como personagem em suas histórias, muitas vezes como vilão. Não se pode dizer se na vida real ele não gosta (va) de Carnaval, aí não se sabe se ele criou porque não gosta ou foi só uma brincadeira para colocá-lo como vilão na história. E ideia de obeso deve ter se inspirado no Rei Momo.

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    9. E o nome dele é também do vilão, o personagem não aparece apenas denominado como Antifolião, nunca li essa trama carnavalesca completamente, mas sei que há frase (ou parte de uma frase) em que se encontra em letras garrafais algo como "Reinaldo, o Antifolião(!)", não lembro exatamente se contida(o) em balão e se funciona como um segundo título ou subtítulo.
      Do jeito que era* sagaz* suponho que inspiração tenha surgido do próprio nome: Reinaldo começa com "Rei", Carnaval é a base do roteiro, sílaba em junção com tema remete a Rei Momo desembocando no porte adiposo do vilão que é o oposto da personificação balofa desse evento puramente festivo - de pureza, tem é nada, é só malícia, pelo menos com crianças felizmente não funciona assim, gostaria de saber a partir de qual século se permite que guris pulem (C)carnaval, tipo de evento de cunho adulto pautado em sensualidade e consequentemente sexualizado. Imagino que a inspiração de Reinaldo para criação dessa figura tenha se dado nesta ordem.
      **Foi, e certamente, continua sagaz, não é porque envelheceu que significa ser menos do que era enquanto moço. Waisman é tipo whisky.

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    10. Deve ter sido essas inspirações e coincidiu ter Reinaldo no nome um rei de Rei Momo, que foi tudo a ver. De certo, o vilão era personificação dele.

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    11. E Reinaldo Waisman é o único desta formação memorável que dá as caras atualmente na mídia, e conta com duas frentes, porque Xuxa também reside na memória afetiva de boa parte da população brasileira. Trabalhou mais tempo com ela do que com Mauricio de Sousa, entretanto, meu interesse nele se restringe à marcante passagem pela MSP, à contribuição dada aos personagens da casa.
      Meneghel foi, sem dúvida, um baita fenômeno assim que passou a compor a grade de programação da TV Globo, mas gostei bem mais do Balão Mágico e da TV Colosso do que Xou da Xuxa, assistia programa dela por causa de desenhos animados, apesar de beleza e carisma, ela em si não me atraía. Acho que fui única criança não picada por ela em todo território nacional, lembrando que Dengue foi personagem da turma dela, deve ter aprendido a picar com ele.
      Nos outros programas meu foco também foram desenhos, porém, me identificava com o quarteto infantil que ainda contava com presenças de Fofão e Cascatinha (comediante Castrinho) e achava Simony uma gatinha. Todas aquelas situações com cães marionetes (dois ou três eram atores fantasiados) dublados por vozes consagradas que atuavam em filmes e séries gringas, gostava à beça, esses personagens de propriedade da TV Globo eram complementares às animações internacionais, esse formato de programa infantil foi uma sacada e tanto, e eu já era burro velho quando estreou, isto é, estava em plena adolescência, com direito a bigodinho de cobrador de ônibus (bigode de Seu Antenor) e espinhas na lata (rosto), ê, miséria...

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    12. Pra mim o Reinaldo foi mais marcante na MSP. O tempo que trabalhou com Mauricio e com Xuxa parece que foi praticamente igual, com Xuxa um pouco mais de tempo. Ele ficou uns 12 anos com Mauricio e uns 14 com Xuxa. Não lembro de Balão Mágico, assisti de Xou da Xuxa em diante, aí nem posso.opinar e comparar. Na verdade, eu via esses programas por causa dos desenhos animados e eram praticamente os mesmos em cada programa, ficaram muitos anos passando aqueles desenhos.

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  3. Histórica essa edição. Um túnel do tempo nao só nos quadrinhos cimo nas fotos...engraçado eram quase todos morenos de cabeloscmeuo grandes e barras.. não havia essa guerra de estilos de hoje kkk algumas dessas pessoas devem estar na msp ainda

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    1. Do fundo do baú, fotos históricas, sem dúvida. Pessoal antigamente tinha um estilo igual, homens todos usavam camisas sociais, parecia até uniforme. E tem os que continuam até hoje, sim, como o roteirista Robson Lacerda, desenhista Sidnei Lozano (Sidão), entre outros.

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  4. Marcos Falando Dos Times Que Os Personagens Torcem No Caso A Mônica É São Paulina O Cebolinha É Palmeirense O Cascão É Corinthiano Fanático Já A Magali É Santista Porém A Ela Só Passou A Ser Santista Recentemente Porque Durante Muito Tempo A Magali Não Torcia Pra Nenhum Time Porque Será Hein ?

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    1. Acho que foi porque a Magali aparecia pouco até meados dos anos 1980. Ela passou a ser santista a partir dos anos 1990.

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  5. Só faltou o Louco ter aparecido nessa HQ!

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    1. Cheguei a pensar na presença de Magali, poderia arremessar nos vilões algumas cascas de fatias de melancia, no entanto, Julio Cesar, sua observação é ainda mais interessante, pois haveria singularidade na presença do Louco, há coisas que só ele é capaz de fazer, participação desse doido no salvamento seria de fato funcional, claro que todos são funcionais ao surpreenderem os malfeitores, porque (U)união faz a força (e dizem que faz também açúcar - piadinha batida), porém, o Louco é "o cara" para determinadas situações, superando facilmente até a forçuda Mônica. Outrossim seria uma das poucas vezes que Cebolinha ficaria feliz em vê-lo, fez mesmo falta. Como é um expert em nonsense, ficaria na medida certa ele libertando a equipe do modo como faz o Rolo.

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    2. Seria uma boa, mas parece que a intenção seria aparecer os personagens secundários que não contracenavam com o Cebolinha e que mais tinham histórias nos gibis dele, além da Mônica, que não podia faltar. O Louco contracenava com o Cebolinha, aí não deem ter colocado por isso. Magali pelo menos apareceu na capa, não ficou completamente em branco. Como tiveram muitos personagens da Turma da Mata, por mim, no lugar de dois deles, eu colocaria o Astronauta e o Horácio. Não colocaria Penadinho e Papa-Capim porque eles quase não tinham histórias nos gibis até aquele momento, nem eram muito conhecidos, só de vez em quando que tinha alguma história deles.

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    3. Jotalhão não poderia ser substituído, porque além de intimidar pelo tamanho, conta ainda com "tromba-canhão".

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    4. Jotalhão, de jeito nenhum poderia ser substituído, ainda mais que foi importante na trama. Jotalhão e Raposão tinham que manter por serem os principais da Turma da Mata e tirariam Coelho Caolho e Tarugo colocando Astronauta e Horácio no lugar ou outros 2 personagens quaisquer como Magali e Louco como vocês lembraram. Quatro representantes da Turma da Mata achei muito, mas nada que esse detalhe tire o brilho da história.

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    5. Digamos que ficou mal distribuído, mas até que deu uma boa diversificada. Tina e Rolo, Turma da Mata, Chico Bento, Mônica, representando o Bairro do Limoeiro, e Bidu, que possui a façanha de ser "binuclear".
      Louco e Magali são do mesmo núcleo do dono da edição comemorativa que vem representado pela dona da rua, melhor seria com participações de Horácio e Astronauta, explicitando ainda mais a envergadura do título, denotando a quantidade de núcleos que ele até então abrigava.

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    6. Ficou diversificado mesmo, o Bidu representa as histórias solo dele com Bugu conversando com objetos e metalinguagem. Ficou melhor
      com os personagens fora do núcleo do Limoeiro, se mudassem, que fossem outrosfora do núcleo do Cebolinha.

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  6. Fantástica... tenho essa edição especial na coleção!! *-*

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    1. Muito bom que você tem essa revista. Grande relíquia.

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  7. Hoje andam meio repetitivas as histórias de metalinguagem de edições comemorativas, mas na época era novidade, aí dá pra aceitar, deve ter agradado bastante o público que leu comprado nas bancas. Na Abril, bandidos que eram repetitivos, chegou fase que todo gibi tinha alguma história com bandido, nem que fosse participação especial, Até em histórias de Natal, de Páscoa tinham bandidos, quase sempre uma dupla de um alto e um baixinho, aí nesse ponto, quem lia na época na sequência podia reclamar que estava cansativo.

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  8. Marcos Se A MSP Ficasse Na Abril Até 92 E Na Globo Até 2012 Eu Contei Quantas Edições Teriam Em Cada Editora Inclusive Numa Fase da Globo Onde Todas As Revistas Seriam Quinzenais :
    Editora Abril :
    Mônica : 272 Edições
    Cebolinha : 240 Edições
    Cascão : 270 Edições
    Chico Bento : 270 Edições
    Magali : 92 Edições
    Editora Globo
    Mônica : 434 Edições
    Cebolinha : 434 Edições
    Cascão : 498 Edições
    Chico Bento : 498 Edições
    Magali : 498 Edições
    Seria Bem Interessante Mais Seis Anos Pra Abril E Pra Globo No Caso A Abril Até 92 E A Globo Até 2012 Porém Na Globo Teriam Bem Mais Edições Por Causa Desse Período Onde Todas As Revistas Seriam Quinzenais

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    1. Se tivessem continuado quinzenais nesse período não seria ruim, ia gostar.

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    2. Se Fosse Assim Até Esse Ano Quantas Edições Cada Revista Teria :
      Mônica - 826 Edições
      Cebolinha - 794 Edições
      Cascão - 888 Edições
      Chico Bento - 888 Edições
      Magali - 710 Edições
      Teriam Bem Mais Edições Se Fosse Quinzenal Por Mais Tempo

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  9. Não conhecia esta história. Muito bom o estilo a fazer lembrar o primeiro filme da Turma, que aliás também é de 1982.

    Também não sabia isso do Reinaldo Weisman e a revistinha da Xuxa. Explica o porquê de a revistinha ser bem melhor que a maioria dos gibis de 'segunda linha' da época.

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    1. Sim, foi um estilo parecido com o filme. Estava na moda misturar live action com animação, era um recurso avançado na época. E o Reinaldo era responsável pelos gibis da Xuxa, sim, ele supervisionava, aprovava roteiros, as vezes ele até era roteirista também, escolheu equipe que desenhava bem, não eram ruins os gibis dela.

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  10. Sensacional! Sempre quis ter essa revista, por pouco a comprei em sebo virtual, mas compraram antes de mim. Depois disso, só achei essa revista com preço alto, vou aguardar uma oportunidade melhor. Bem legal a questão da republicação da edição número 1, realmente essa revista 120 da Abril é histórica e quem coleciona, precisa adquirir. Grande postagem, Marcos!

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    1. Valeu, Ricardo! Além da história de abertura comemorativa, essa edição se torna mais especial por causa da reedição da Nº 1, é como ter também a original, até porque encontrar essa de 1973 é difícil e quando encontra é preço exorbitante. Essa edição 120 mesmo já cobram muito caro na internet, tive sorte de encontrar em sebo físico. Não tenha pressa, vai conseguir achar e com preço justo, sem exploração.

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    2. Sim, vou ter paciência para encontrar esse gibi por um preço justo. Valeu!

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  11. Olá. Boa tarde, Marcos. Eu sou JP, de Salvador-Bahia. Por gentileza, você vai comprar a Revista As Grandes Paródias da Turma da Mônica ou não?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    1. Boa tarde, JP! Não vou comprar, até tenho a edição original da Clássicos do Cinema da Avaturma, aí não faz sentido comprar.

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    2. Ok. Muito obrigado, então, Marcos.

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  12. queria saber se a Rosana já trabalhava na MSP na época desse gibi, e se ela aparece na foto

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    1. Ela trabalhava, sim, mas era só desenhista ainda. Ela não apareceu nas fotos pelo menos não deu pra reconhecer. O estúdio tinha mais funcionários, faltaram mais gente pra aparecer.

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    2. Acho que é Rosana quem está com a mão sobre o ombro esquerdo da mulher de fenótipo nipônico, que tem todo jeito de ser a Olga. Destaco os traços orientais devido a haverem outras (e outros) assim.
      Das quatro mulheres sentadas, há apenas uma de aspecto caucasiano, e quem é ela? Só pode ser a Rosana, sorrisão entrega. Parecia ser uma pessoa muito prosa.
      Na página em que o vilão exibe fotografias para os que estavam prestes a se tornarem novas vítimas dele, podemos vê-la também, está em meio ao Sidão, Olga e outros dois que suponho serem Alvim Lacerda e Júlio Sérgio Maurício - acentuei os três nomes do sujeito, parece que dois não são acentuados ou até mesmo os três, sei lá! Por via das dúvidas, melhor deixar como manda o script.
      Pelo o que já percebi através de fotografias contendo Rosana, é que ela, independente de fotogenia para posar para o público, parecia que tinha uma natural propensão em "exibir as canjicas", isto é, parecia ser de fato sorridente. É impressão que tenho, mas, vai que nos bastidores era normalmente sisuda, imagino que não.

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    3. Também acho, Zózimo, Rosana era bem nova e essa aparenta ser jovem. Bem sacado. Os outros difícil saber, teria que ver outras fotos deles, quem sabe atuais pra ver semelhanças na fisionomia, pois por mais velhos que estejam, tem coisas que não mudam como olhar, nariz, boca...

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  13. Marcos, o quadrão de encerramento contém dois detalhes que valem ser ressaltados:
    Quem fala "Sorria, turma!"? O cabeleireiro* do Cascão ou o criador dele?
    Ausência de "fim" na forma escrita. Por que a palavra não foi integrada à imagem fotográfica? Superstição?
    *Saudoso Graciano.

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    1. Quem fala "Sorria, Turma!" seria o Graciano. Não teve palavra "Fim" talvez foi esquecimento. Daria pra colocar no canto direito, o espaço ali já deve ter sido pra inserir o "Fim" e acabaram não colocando.

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    2. Sei não, Marcos... Me soa mais à superstição do que erro.
      É só uma teoria boba minha. Penso que Mauricio gostou tanto desta imagem fortemente simbólica que não quis a palavra no canto inferior direito e em nenhuma outra parte dela, como é um registro de um tempo áureo, pode ser que tenha associado o termo como agourento estando ao lado desta imagem fotográfica. Imagino ele pensando:
      "Pronto! Finalmente! Este é o quadro do fim da hist... Peraí! "Fim"?! Fim de quê? Da equipe? Da minha preciosa equipe? É muito cedo ainda, melhor não arriscar! Sei que é só um detalhe como outro qualquer, mas, neste caso, nesta data, melhor deixar de fora esta palavra, por mais inofensiva que possa parecer, não a quero vinculada à esta imagem!"

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    3. Olhando por esse lado, tem essa possibilidade, poderia dar azar pra equipe. Ou pela fotografia ter saído tão bonita, ele não quis poluir com muita coisa, fora os balões necessários para a cena.

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    4. Tendo a sustentar que Mauricio é um supersticioso moderado, ou melhor, "supersticioso de mente aberta", o que soa um tanto contraditório, mas acredito que ele é assim mesmo como descrevo, pois se fosse supersticioso radical jamais criaria figuras como Dona Morte e Nico Demo, não inseriria e não permitiria que inserissem Diabo e diabos asseclas em inúmeras tramas e não abordaria o Céu, o universo celestial com tanto senso de humor. Se fosse supersticioso radical jamais conheceríamos a Turma da Mônica nos moldes que marcou época, e que por mais que o tempo passe, o modelo que há muito deixou de vigorar continua despertando interesse pela impressionante autenticidade.

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