Compartilho uma história em que Cebolinha e Cascão foram parar no futuro ao entrarem em uma máquina do tempo e se depararam com a triste situação ambiental que se encontrava a Terra. Com 8 páginas, foi história de abertura de 'Cebolinha Nº 141' (Ed. Abril, 1984).
Capa de 'Cebolinha Nº 141' (Ed. Abril, 1984) |
É apresentado o planeta Terra no ano de 2084 como um lugar cinzento, esfumaçado e poluído e mostra o laboratório do Doutor Vandoido, um cientista inteligentérrimo do século XXI. Ele comenta com o seu assistente Tortus que terminou de criar o seu maior invento, a máquina do tempo, era só baixar a chave e a cápsula do tempo os levam para a época que quiser. O assistente Tortus abaixa a chave e acaba a máquina sumindo. Vandoido reclama que tinha que ter o esperado ter entrado na máquina para acionar a chave e agora tem que recarregar os geradores para trazer a máquina de volta e ele nao sabe em qual época foi parar.
A nave vai parar em 1984, bem ao lado de Cebolinha e Cascão, que estavam jogando bolinha de gude. Eles estranham a nave surgir do nada e entram de curiosidade. Cascão aperta uns botõezinhos da nave e eles acabam parando no ano 2084, de quando a nave foi criada. Eles veem tudo diferente e pensam que foram parar em outro planeta como Marte e acham tudo feio. Um habitante fala que lá é o planeta Terra. Cebolinha diz que eles moram lá, tem árvores, plantas, passarinhos e o céu é azulzinho. O habitante diz que a Terra foi assim, mas isso é coisa do passado e ele diz que estão em 2084.
Cascão acha que a folhinha do homem está adiantada e Cebolinha deduz que entraram em uma máquina do tempo. Cebolinha pergunta onde estão as árvores, os pássaros, os peixes e os rios. O homem responde que árvores foram derrubadas para construírem mais prédios, pássaros não aguentaram a fumaça preta, os rios foram canalizados e os peixes extintos há muito tempo. Cascão diz que dos rios não sente falta e o homem fala que seria uma boa se pudessem voltar atrás e mostrar para todos como o mundo ficou por causa do desrespeito à natureza.
Cebolinha diz que se soubessem guiar a nave poderiam voltar para casa. Só que nesse momento percebe que a nave foi levada enquanto conversavam. Logo veem que foram o cientista Vandoido e o assistente Tortus que levaram e vão atrás. Quando Vandoido está prestes a testar a máquina do tempo, cebolinha e Cascão surgem e entram nela. Vandoido pergunta por que invadiram a nave dele. Ao falar para saírem lá, Tortus aciona a chave e Cebolinha e Cascão somem. Vandoido fica uma fera que não o deixou entrar de novo e nunca saberá se a máquina funciona. O habitante fala que quem sabe os garotos conseguem mudar o presente deles.
Cebolinha e Cascão voltam para 1984 e ficam contentes em ver tudo ao normal, com árvores, pássaros, céu azulzinho e cascão fica até contente de ver o riacho. Cebolinha comenta com cascão que eles têm que juntar a turma e os leitores, contar toda a história para eles e lutar para que não acabem com a natureza. No final, é mostrada a Terra de 2084, cheia de árvores, pássaros, rios e progressos, concluindo, assim, que Cebolinha e cascão conseguiram a missão de modificar o futuro com ações contra desmatamento e poluição. Conseguiram modificar o futuro e o planeta Terra agradece.
Uma história sensacional e com bonita mensagem, envolvendo máquina do tempo e conscientização dos problemas ambientais do planeta Terra. O cientista teve problemas de entrar na sua máquina do tempo, mas acabou servindo para que Cebolinha e Cascão, que viveram 100 anos antes, conseguissem mudar o presente deles com conscientização da sociedade para não derrubarem árvores e não acabarem com os rios. As atitudes do passado conseguiram reverter o futuro.
Incrível como continua um tema tão atual, desde aquela época já tinham problemas ambientais na Terra e se nada for feito para combater e continuar o desrespeito ao meio ambiente, acontecerá algo bem parecido como aconteceu nessa história daqui a 100 anos. Hoje muitos não estão nem aí para o meio ambiente, fazem desmatamento, poluem rios, matam animais, tudo em nome de progresso, para ganhar mais dinheiro, aumentar economia, daqui uns anos o equilíbrio ecológico será totalmente prejudicado sem ter como reverter e todos vão se lamentar pelo passado. Assim, a história serve para refletir e tentar mudar alguma coisa nas atitudes contra o meio ambiente antes que seja tarde demais.
Dava tranquilamente para encaixar essa história com o Chico Bento ou Papa-Capim, mas preferiram Cebolinha e Cascão para diferenciar. Nota-se também que não era só Franjinha que inventava máquinas do tempo, qualquer um podia conforme melhor para o roteiro. Bem criativo e engraçados os nomes do Vandoido e Tortus, eles caprichavam nos nomes de personagens secundários. Como de costume em personagens assim, eles apareceram só nessa história. Curioso que o filme "De volta para o futuro" não havia sido criado ainda, foi só em 1985, mas essa história teve uma pegada de tema do filme, só que com foco aos problemas ambientais.
Interessante como gostavam de retratar o futuro como nos desenhos "Os Jetsons", sempre era desse estilo, com transportes voadores, roupas que permitem voar e prédios futurísticos, pessoas voando. Quando a gente estiver em 2084 ou além disso não será assim desse jeito. Essa, então, era a visão deles de como seria o mundo no aspecto visual depois de 100 anos, hoje cada um pode também imaginar como será o mundo em 2084 ou até mesmo no ano 2120.
Os traços ficaram muito bons, quase igual aos traços consagrados dos anos 1980, dessa vez o cabelo do Cascão ficou bem visível que tinha arte-final de impressão digital do Sergio Graciano. Algumas vezes eram bem mais nítidos o efeito. Hoje até dariam para fazer história com esse tema, só mudariam quando o Doutor Vandoido chamou o Tortus de burro por ser ofensa. As imagens eu tirei do 'Almanaque do Cebolinha Nº 21' (Ed. Globo, 1993). Nota-se que não alteraram anos originais, poderiam adaptar para 1993 se quisessem, mas nem isso eles mudavam. Depois, ainda mesmo na Globo, costumavam alterar anos de histórias originais em almanaques para pensarem que era história atual, principalmente em almanaques com histórias de Ano Novo. E isso continua mais forte na Panini.
Capa de 'Almanaque do Cebolinha Nº 21' (Ed. Globo, 1993) |
Adorei a história, me pergunto se um dia todos no mundo vão dar valor a natureza.
ResponderExcluirExcelente. Vai ser difícil, cada vez piora as queimadas em florestas, poluição, povo também não é educado, não obedece nada, joga lixo na rua, tendência é piorar, mas esperança nunca morre.
ExcluirMuito boa..nunca tinha lido está antes! :o
ResponderExcluirEu também, as histórias da Editora Abril eram muito boas.
ExcluirÉ demais, como eles eram criativos.
ExcluirRealmente essa história é muito bonita,as histórias da editora abril sempre tinha histórias muito boas nas suas edições,os traços ficaram muito bons,deveriam ficar assim até hoje.E esse negócio de mudar a palavra burro é muito estupido,eu não acho a palavra burro uma ofensa,essas pessoas do politicamente correto estão ficando muito irritantes com a turminha,eu acho até que o Maurício aguenta mais os pais reclamando.Daqui a pouco vão reclamar que o cascão é um péssimo exemplo,e que ele pode ensinar as crianças a não tomar banho.Isso é muito revoltante.
ResponderExcluirSem necessidade não poderem chamar alguém de burro, nem Chico Bento pode na escola. Povo se ofende com tudo agora. Atualmente já é assim de acharem o Cascão ser mau exemplo, por isso não tem mais histórias com ele no lixão, lata de lixo, fugindo de banho, etc, e cada vez mais colocam ele fazendo apologia à limpeza.
ExcluirGente, não foi uma nem duas e sim várias entrevistas em que o Mauricio de Sousa afirmou que teve receio de lançar o título Cascão imaginando repúdio por parte dos pais, antes de ser titular o Cascão teve um expressivo espaço nos gibis do Cebolinha, o título do troca-letras não sofreu boicote algum por causa do Cascão que em várias edições teve no mesmo nível do titular, em Mônica sua presença era mais moderada, porém, se destacava bastante também, os leitores funcionam como um termômetro, esfriam pra certos personagens e esquentam pra outros, nos anos 1970 o Cascão tava sempre "quente" com relação aos leitores, tava sempre em evidência, mesmo com tamanha aprovação por parte do público, o Mauricio ainda receava alguma manifestação se o Cascão se tornasse titular, até que tomou coragem e lançou o bendito título, acredito até que tava contando com um determinado prazo de vigência, tipo uns cinco anos de duração mais ou menos, pois contava com uma eventual chieira por parte dos pais e responsáveis, portanto, foi sucesso de público e crítica, durante muito, muito tempo mesmo, o Mauricio nadou num mar de rosas com o personagem na condição de titular e mantendo suas características intactas.
ExcluirO que quero dizer com esta explanação é que aquele antigo receio que o cartunista tinha e que bem depois foi superado, sendo lembrado por ele muitas vezes até de forma irônica como um excesso de preocupação, um equívoco, que não era pra tanto, coisa e tal, muitíssimo tempo depois o maldito receio veio a se concretizar transformando o colosso que foi o Cascão em mais um personagem descaracterizado entre tantos outros da TM que perderam suas características essenciais, se transformaram em personagens uniformes, as individualidades foram suprimidas.
Se fossem pra lançar a revista do Cascão hoje em dia com aquelas histórias, ia chover críticas em cima, podia até ter ser cancelado o título. Infelizmente mudaram muito o personagem, completamente diferente, principalmente aderindo à limpeza,com direito a varrer rua e ensinar coisas boas da limpeza. Lamentável.
ExcluirE o temor do Mauricio veio tardiamente a se corroborar, se naquele tempo ocorresse desaprovação por parte dos pais e responsáveis referente ao título, acredito que seria cancelado e o personagem continuaria fiel aos seus costumes, porventura até mais afastado da turma ou até completamente como foi feito com o Nico Demo, porém invicto, nada de lavar as mãos e banho menos ainda.
ExcluirMarcos, falando em varrer, tu tens Cebolinha 75 da Editora Abril ou o almanaque dele de nº8 da mesma editora com a HQ "O campeão da calçada varrida"? Não tenho e nem tive, portanto, tive acesso ao último almanaque do Cebolinha pela Abril, o conteúdo dispensa comentários!
Cebolinha 75 eu não tenho, só o Almanaque Nº 8. Essa história é legal.
ExcluirO último almanaque dele publicado pela Abril é ótimo, abre com a história da varrição.
ExcluirInteressante o Cascão ter tido pela primeira editora quatro almanaques a mais que o Cebolinha, o camisa verde tinha cancha pra ter tido até uns vinte se o Mauricio de Sousa quisesse.
Provavelmente a ideia de publicar quatro ou cinco almanaques do Cascão antes de estrear seu título quinzenal foi pra constatar se seria realmente viável elevar o personagem à condição de titular, podemos dizer que foi feito um teste e o Cascão foi aprovado por mérito.
Na Editora Abril os almanaques eram edições especiais sem periodicidade definida. O do Cebolinha foi praticamente anual e com o Cascão eles fizeram bastante quando ele não tinha gibi, provavelmente isso como experiência. Se bem que os últimos do Cascão foram basicamente Almanaques do Cebolinha com título do Cascão na capa, pois a maioria das histórias eram do Cebolinha com participação do Cascão.
ExcluirMarcos, pegando um gancho no que cê comenta, as primeiras pequenas alterações que ocorreram nas histórias da TM se deram no período Abril, através de vídeo conheci todo o conteúdo de Almanaque do Cascão 2 de 1979, constatei que algumas HQs originalmente creditadas ao Cebolinha ou à dupla ao serem republicadas foram creditadas ao Cascão, em nada depreciam, mas, são alterações.
ExcluirAí seriam os primeiros casos de alterações, viso que as histórias na sua grande maioria eram tiradas de gibis do Cebolinha. Tinham algumas solo do Cascão e outras que ele fazia participação nas do Cebolinha, aí mais justo histórias originais terem crédito ao Cebolinha.
ExcluirSão os primórdios das alterações, não sou a favor, sou fiel ao conceito original, portanto, considero como alterações irrelevantes, pois não ferem as essências dos personagens e conteúdos das histórias, todavia, republicar HQs mantendo-as intactas é sempre o mais adequado, é o ideal.
ExcluirJá as alterações que vêm ocorrendo de bom tempo pra cá, considero levianas, são tapas nas caras dos fãs veteranos.
Na Abril eu sei que mudavam nos almanaques as falas do Chico depois da transição para o caipirês. Onde ele falava certo eles mudavam para o caipirês. Em 1980, inclusive alteravam também Hiro e Zé da Roça falando caipirês. Também não gosto dessas alterações não, sendo que as da Panini conseguem ser piores.
ExcluirMarcos, não fazia ideia, então as alterações que ocorreram no período Abril foram mais longe do que imaginei, mesmo assim nada aberrativo perto do que ocorre de algum tempo pra cá, a grande surpresa mesmo é saber que Hiro e Zé da Roça já falaram caipirês sendo fruto de alterações, ou seja, os dois passaram a falar caipirês nas republicações, é isto que cê tá dizendo?
ExcluirParece que a princípio, Hiro e Zé da Roça também eram pra falar caipirês e depois mudaram de ideia, deve ter tido histórias regulares de 1980 e 1981 com eles falando caipirês. Aí nos almanaques quando mudavam o caipirês, mudavam também as falas deles. No Almanaque do Chico Bento Nº 1 teve histórias com eles falando caipirês graça às alterações.
ExcluirMais uma informação preciosa que tô sabendo através de você, obrigado, Marcos!
ExcluirJá acostumamos com os dois falando certo.
Marcos, falando em personagem que não fala caipirês, existe alguma HQ publicada na década de 1980 em que o Zeca interage com as outras crianças de Vila Abobrinha além de seu primo? Há algumas HQs da fase Globo onde ele aparece interagindo com o Zé Lelé, pelos traços tenho certeza que é da década de 2000, atualmente sei que ele interage com a criançada e adultos da roça, e na icônica década de 80, interagia somente com Chico, Cotinha e Nhô Bento?
De mais antigo, já vi Zeca interagindo com Zé Lelé em Chico Bento 94 de 1990 e com Rosinha em Chico Bento 107 de 1991. Nos anos 80 eram mais com histórias do Chico na cidade do que o Zeca na roça, aí menos chance de ter Zeca interagindo com os personagens da roça. Hoje é o contrário, aparece mais o Zeca na roça e raro o Chico na cidade. As historias do Chico na cidade eram muito mais engraçadas.
ExcluirVerdade, as histórias antigas do Chico com seu primo na cidade são todas primorosas, muito bem executadas, verdadeiras comédias.
ExcluirTô lembrando de uma antiga onde Zeca e Chico estão na roça e a Rosinha aparece no final da HQ, o Chico Bento até bate nele por ter paquerado sua namorada, conheci através de um livro didático de Português, deve ser a que cê menciona de 1991.
Tive Chico Bento 94 de 1990, nunca me esqueço de "O mal que vem pelo ar", uma HQ que trata de alguma doença que tava em evidência até então, acho que tem até a participação do Fido, não sei ao certo. A capa é com o moleque pedindo um empurrãozinho. Não me lembro da HQ do Zeca interagindo com o Zé Lelé. Como os dois são primos do Chico, existe a possibilidade de Zé Lelé e Zeca serem parentes? Espero que não, mas, a TM clássica mudou muito.
A história de abertura de Chico Bento 94 fala sobre a doença maleita (malária). Nessa história do Zeca com Zé Lelé mostra eles se conhecendo e sabendo que são primos também e ficam os 2 juntos conversando sozinhos com Zé Lelé fazendo muita confusão com o Zeca.
ExcluirÉ, tô panguado igual ao Zé Lelé! Tive a revistinha, devo ter lido a história várias vezes, não a tenho de memória e provavelmente se revê-la a resgatarei no meu HD cerebral, trinta anos atrás foi feita tal revelação e eu pensando que se houvesse possibilidade do parentesco, seria revelado na fase distorcida da TM clássica, desde 1990 que o Zeca vem pelejando com outro primo panguado, aliás, o Chico Bento comparado com seu primo de nariz elíptico é quase um intelectual. Obrigado, Marcos, por mais esta!
ExcluirÉ, de fato foi nessa história que os primos se conheceram. Os 3 juntos. Valeu!
Excluir1984,ano/número que sempre dá o que falar!
ResponderExcluir1984 era citado décadas antes,foi citado durante e é citado hoje,que é o depois!
Mesmo ano de lançamento da saga "O Exterminador do futuro".Aliás,naquela década tudo que era filme tinha "futuro" no título,sempre se imaginava o porvir do século XXI,as músicas pop eram feitas de muitos sintetizadores,tudo isso quando se vivia há poucos anos de 2000,nos fazendo voltar a imaginar o futuro cheio de tecnologia.
Aliás,me ocorreu de lembrar de músicas dos anos 70.Em 1973,o recém-ex-Beatle Paul McCartney,em seu bem-sucedido álbum "Band on the Run",incluiu a faixa "Nineteen Hundred And Eighty Five(1985)",que é a última faixa.No ano seguinte,seu conterrâneo britânico David Bowie lançou "1984" como uma das faixas de "Diamond Dogs".Aliás,em 1984 o Van Halen lançou o disco "1984",o último com o exótico vocalista David Lee Roth.
Sim, eles estavam na expectativa do século XXI com tecnologias, mudaram a forma da música, criando o pop com umas batidas mais eletrônicas, depois foi modernizando mais. "1984" foi muito citado mesmo na música, teve também um livro com esse número.
ExcluirComo já havia comentado, não conhecia a história, muito interessante, Marcos!
ExcluirCoincidentemente com sua penúltima postagem, o Cascão está também com borrões bem caprichados, tá bem cabeludo.
Curioso o carinha futurista dizer pro contemporâneo Doutor Vandoido: "Quem sabe aquele garoto consegue mudar o nosso presente?", não usou o plural, sendo que ele trocou ideia com dois garotos do passado, pra ele, duas crianças centenárias, pra quem seria a singularidade, em quem ele botou fé? Além do Cascão ser a cara daquele nebuloso 2084, ainda falou que não sente falta de rio, o cidadão logo deduziu quem é joio e quem é trigo, tá explicado "aquele garoto" em vez de "aqueles garotos", deve ter pensado: "Se depender deste moleque de cabelo borrado e calção xadrez, o extinto Tietê que conheço dos livros de História vai se tornar lá pra 2010 um rio caminhável!". A história termina com um 2084 bem bonito, sinal que a mobilização iniciada pelo Cebolinha que mais à frente inspirou Greta Thunberg rendeu bons frutos.
Sim, o homem poderia ter falado "garotos" naquela parte. Pode ser que como o Cascão havia falado que não sente falta dos rios, não seria confiável pra mostrar ações a favor do meio ambiente, aí se referiu apenas ao Cebolinha.
ExcluirImaginava que o Cascão na história também sentisse um certo medo, assim como é mostrado na capa. Capas referentes às HQs nem sempre eram 100% de acordo com elas, o que também era um padrão, muitas aludiam parcialmente e muitas fielmente.
ExcluirSim, muitas não seguiam o que realmente acontecia na historia, só o tema principal que era igual.
ExcluirMarcos, ainda falando de capas, porém mudando o tema, o quadrinho em que os garotos saem da máquina falta um fio de cabelo do Cebolinha, até aí tudo bem, o que considero grosseiro é o mesmo ter ocorrido na capa de Cebolinha 9 de 1987, equivale a esquecer de desenhar os dentões da Mônica ou aqueles três fiozinhos que ela e a Magali têm nas testas, ou esquecer de desenhar aqueles dois pares com três fios de cabelo cada que Capitão Feio, Maria Cebola e Magali possuem abaixo de suas nucas, ou esquecer as sujeiras do rosto do Cascão, se ocorrerem tais erros em capas considero todos igualmente grosseiros, revisar quadrinho a quadrinho é muito mais cansativo, é normal que algo passe batido às vezes, requer atenção muito maior do que revisar capas, erros nas artes das capas são bem mais fáceis de serem identificados, corrigidos e evitados, até porque elas são cartões-de-visita das edições.
ExcluirNem tinha reparado esse erro no cabelo do Cebolinha. Concordo que quando eram erros nas capas era desleixo. Pelo menos foram poucas vezes com erros assim nas capas.
ExcluirMantendo o foco no cabelo do Cebolinha, porém mudando o tema, todos estão "carecas" de saber que o personagem possui somente cinco fios de cabelo, portanto, na maioria dos ângulos é composto de quatro traços, o traço horizontal representa dois fios, representando os outros três fios são dois traços transversais e um vertical, seria mais apropriado que o Cebolinha tivesse oficialmente sete fios de cabelo, porém, mudaria absolutamente nada em seu aspecto, mantendo os quatro traços que compõem seus cabelos na maioria dos ângulos, ou seja, nada de mudança perceptível, zero de alterações, quantas e quantas vezes sendo focalizado de cima o garoto apresenta seis, sete, oito fios, por questões de perspectiva e lógica sete fios seriam o ideal, temos um exemplo aqui mesmo, a capa de seu almanaque nº21 da Globo ele não está com cinco fios de cabelo, o Mauricio não atinou pra esta questão que envolve perspectiva lógica quando decidiu reduzir seus cabelos pra apenas quatro traços, é uma questão matemática, sete fios seriam o mais adequado oficialmente, continuaria exatamente igual, nem um traço a mais ou a menos, seria "Jimmy Seven".
ExcluirAcho que quando aparecia ângulo assim, eles consideravam os pelos diagonais como um fio só começando da extremidade de cima terminando com a de baixo. Considerando isso, aí seriam 5 fios. Mas as vezes chegava a ter umas 8 pontas, aí ficava estranho mesmo.
ExcluirPoderia muito bem ter oficialmente sete fios de cabelo e mantendo os quatro traços de seus consagrados cabelos, ou seja, exatamente como está, era pra ter sido determinado assim que o cartunista decidiu diminuir drasticamente sua cabeleira.
ExcluirÉ, não seria ruim.
ExcluirO conceito de cinco fios é faltoso, fisicamente não cobre 100% da perspectiva, citei sete fios, mas poderiam ser até mais, porém sem mexer nos clássicos quatro traços consagrados, continuaria o mesmo careca de cabelos espetados, os traços a mais sempre apareceram quando o moleque é focalizado de cima, ou seja, sempre existiram e não são reconhecidos oficialmente.
ExcluirPra encerrar, até "Jimmy Nine" seria uma boa pedida.
Parece que até já vi Cebolinha com 9 fios de cabelo nessas imagens vistas e cima.
ExcluirTambém acho que já vi, com oito tenho certeza!
ExcluirInteressante a interpretação,no passado,para envio "online" de dados,chamando-o de "teletransporte".É tipo gente do passado prevendo os aviões,e sem saber direito o que seriam,chamavam de algo como "grandes pássaros de ferro".
ResponderExcluirVerdade, na época era diferencial, uma ou outra mais didática. Hoje todas tem esse estilo didático. Porém não teriam essa pegada como foi nessa história, fariam algo mais bobo e infantil demais pra mostrar a mesma mensagem.
ResponderExcluirBacana essas previsões do Monteiro Lobato, de fato saem despercebidas e depois que a gente nota. Sem dúvida, tem grande diferença pra 1926 até hoje.
Curioso é que nessas publicações do começo do século passado há essas previsões por parte de escritores,mas quando se tratavam de invenções já existentes(porém novas) na época,como aviões e carros,por exemplo,outros desdenhavam e não acreditavam no potencial daquelas máquinas novas,chegando ao ponto de dizer que automóveis jamais substituiriam os cavalos e carroças,e que aviões não teriam utilidade militar.
ResponderExcluirTenho essa revista do Cebolinha da Editora Abril, que é excelente. Nessa época estavam fazendo várias histórias com o tema meio ambiente, uma conscientização muito importante. No inicio dos anos 80 havia muita coisa sobre o futuro, foi uma época que abusavam deste tema e se imaginar como seria o futuro era muito interessante. Hoje muita coisa evoluiu, várias tecnologias atualmente disponíveis eram coisas somente de ficção científica em 1984. O comportamento da época, as tendências também foram bem exploradas nas histórias, nessa revista do Cebolinha 141 tem uma história que Cebolinha e Cascao se vestem como "new wave" na história "sou new wave e daí? " e histórias como em Mônica 175 da Abril: "Quem é o bom de break? ". Bons tempos!
ResponderExcluirRicardo, a HQ do Cebolinha e Cascão seguindo a moda new wave conheci reeditada, apesar disso não tenho e nem tive o almanaque onde a vi, sempre quis saber em qual edição foi publicada originalmente, agora já sei, agradeço!
ExcluirRicardo, exatamente como você falou, tanto meio ambiente quanto expectativa do futuro do século XXI estavam em alta na época, aí tiveram várias histórias com esses temas, a mídia em geral abordavam bem esses temas.
ExcluirLegal que você tem esse gibi do Cebolinha, devo ter quase todas as histórias em almanaques variados. Eu gostava quando as histórias abordavam o que estava acontecendo na época. New wave e break estavam na moda, no auge de quando essas histórias foram publicadas, um retrato de anos 80. Eu conheço essa história do New wave com Cebolinha e Cascão querendo conquistar as garotas que adoravam New wave muito engraçada. Tenho essa no Almanaque do Cebolinha 28 de 1995.
Linda história,e uma grande lição,cuidar da natureza para que no futuro a natureza não seja prejudicada.
ResponderExcluirVerdade, bonita mensagem de conscientização. Fica a esperança de um dia todos se importarem com a natureza.
ExcluirSim a natureza é muito importante.
ExcluirEssa foi a revista com a qual iniciei minha coleção... quem diria ver essa capa aqui no blog
ResponderExcluirLegal saber que foi sua primeira revista sempre é inesquecível. Deve ser muito boa essa revista, devo ter histórias aleatórias em almanaques.
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