sábado, 11 de julho de 2020

Astronauta: HQ "O fim de um mundo"


Mostro uma história em que um profeta previu que um planeta ia acabar, deixando Astronauta preocupado porque ele estava lá. Com 6 páginas, foi publicada em 'Cebolinha Nº 19' (Ed. Globo, 1988).

Capa de "Cebolinha Nº 19' (Ed. Globo, 1988)

Astronauta está em mais de uma de suas viagens espaciais, comentando que precisa de um descanso e ar fresco e vai parar a nave no planetoide mais próximo para esticar as pernas. Ao chegar no planeta Turano, ele vê um bando de extraterrestres correndo apavorados em sua direção, atropelam o Astronauta e viajam na sua nave para fora do planeta.


O Profeta Xucrutis Xicletis da Silva avisa que eles não vão voltar. Ele previu que aquele planeta vai acabar em questão de minutos., o interior do planeta tremerá e sua estrutura ira explodir em fogo e lava, os astros deram um sinal que uma nave quadrada surgiria no céu minutos antes do fim e a nave dele apareceu. 

Astronauta questiona que a nave dele é redonda e o Profeta diz que são só detalhes e que as previsões dele nunca falharam. Ele não está preocupado porque o povo se salvou e ele quer se imortalizado como m grande profeta e o destino do Astronauta será morrer lá.


O planeta Turano começa a tremer e eles vão no alto de um morro para apreciar o fim do planeta. Xucrutis fica maravilhado com o momento do tremor enquanto Astronauta reza o Pai-Nosso. No momento que seria a grande explosão, apenas um vulcãozinho solta uma pequena lava, o planeta para de tremer e tudo volta ao normal.


A nave do Astronauta volta com o povo, que ficam felizes que o planeta está salvo e o Profeta se enganou. Todos ficam revoltados, reclamando que o Profeta era fajuto, que queria o planeta só para ele e que ainda bem que ficaram por perto observando tudo. O povo expulsa Xucrutis do planeta e Astronauta oferece carona até o asteroide mais próximo, onde ele ficará isolado no resto dos seus dias. Xucrutis lamenta como ele foi se enganar, os astros não mentem jamais, até que surge um extraterrestre em uma nave quadrada perguntando onde fica o planeta Turano. Ou seja, o planeta ia acabar mesmo e as previsões do Xucrutis estavam certas.


História legal mostrando como seria o fim de um planeta previsto por um profeta, que aparentemente era charlatão, mas que acabou confirmando que era tudo verdade que ele previu. Engraçado ver o Astronauta preocupado ia morrer com o fim do planeta até descobri que não ia acontecer, pelo menos enquanto ele estava lá.


Final do mundo é um tema bem recorrente na imaginação popular, sempre espalham noticia falsa inventando uma data qualquer que o mundo vai acabar. geralmente data remetendo à alguma mística e nunca acontece. Só Deus sabe quando vai ser, pelo menos serve pra gente imaginar e possível ter histórias assim. Histórias com profetas, videntes também são bem envolventes, principalmente quando erram suas previsões.  Hoje tudo indicam que evitariam histórias envolvendo fim de mundo e profetas, por acharem temas pesados para crianças.

Ficou um final aberto e os leitores podem imaginar a sequência se o planeta foi destruído mesmo, se os habitantes levaram a nave do extraterrestre  quando chegou lá como fizeram o Astronauta, por exemplo. Eram comuns histórias abertas permitindo leitor imaginar sequência. gostava quando tinha.


O nome do Profeta Xucrutis Xicletis da Silva foi bem legal, eram mito criativos em colocar nomes dos extraterrestres. Dessa vez colocaram um título na história, normalmente era apenas "Astronauta". Traços ficaram bons, um pouco mais fofinho, bem caprichados.assim, davam gosto de ver.

36 comentários:

  1. Interessante toda a população turaniana caber dentro da nave do Astronauta, é capaz de ter mais habitantes no Bairro do Limoeiro do que em Turano.
    Será que o profeta recém-exilado vai dar as coordenadas corretas de seu planetoide ou planetinha natal pro piloto emissário do caos só pra recuperar sua boa reputação com seu povo que será extinguido? Pra ele parece importar mais ter razão do que sua raça e seu orbe sobreviverem.

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    1. São os absurdos dos gibis que a gente gosta. Se bem que a nava é bem grande, dá mitas pessoas, principalmente se ficarem bem encolhidas. A sequência ficaria na imaginação de cada um, se for um bom ser, vai indicar o ET chegar ao planeta pra salvar os habitantes de lá.

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    2. Marcos, a superlotação dentro da nave do Astronauta me lembrou de uma história do Cascão que é a mais pura comédia, é edição da Abril e é história de encerramento, sei que o Cascão embarca em um ônibus superlotado e se sente incomodado demais com a situação, ou são os passageiros que se incomodam com seu cheiro, não sei bem, sei que ele resolve desembarcar antes do ponto previsto devido a se sentir incomodado ou por incomodar, algo assim, quando o ônibus para pra ele descer relampeja e troveja, o tempo fecha ameaçando chover e logicamente ele muda de ideia e acho que só ele ia desembarcar naquele momento e acaba dando alguma desculpa esfarrapada como ter se enganado de ponto pois parece que os passageiros estavam olhando pra ele com reprovação por ter desistido de descer, sei lá se é bem isso, sei que empurra de lá, empurra de cá e o Cascão acaba vazando involuntariamente por um dos tetos solares, fica em cima do ônibus e começa a correr dos primeiros pingos que se aproximam do ônibus e consegue adentrar novamente no veículo pelo outro teto solar ou por alguma janela, acho que ele vaza novamente devido ao empurra-empurra e entra de novo até que no meio daquele sufoco avista a Mônica que aparentemente tá tranqüila apesar da superlotação e não sabe que o Cascão se encontra desesperado na mesma condução, entre ele e ela tem gente a rodo, depois que o Cascão a viu teve uma ideia pra acabar com a terrível ameaça de se molhar, provoca a menina com xingamentos e ela executa um papel parecido com bola de boliche para alcançá-lo, um verdadeiro strike, passageiros sendo ejetados pelas janelas, portas e tetos solares, quando ela o acerta o ônibus se encontra vazio, somente com os passageiros Mônica e Cascão em seu interior, a chuva finalmente decide cair, antes eram pingos esporádicos creio, apesar de conhecer muito bem o moleque, Mônica estranha o fato dele estar com uma cara de felicidade depois de ter apanhado, sendo que ela tá vendo a chuva lascando fora do veículo, acho que o ônibus se mantém circulando até o último quadrinho, pois colocar pra fora o motorista na base da truculência com o ônibus em movimento seria um roteiro que beirasse o absurdo mesmo pros malucos anos 80.
      Nem tudo que relatei deve fazer parte da história que é uma comédia espetacular, também não sei se é correto chamar de teto solar as aberturas que os ônibus têm nos tetos.
      Sabe de qual HQ tô falando, Marcos? Tive a edição e não sei mais qual é, talvez seja Cascão 106 de 1986 ou 80 de 1985.

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    3. Já vi situações piores,como a nave d'O Astronauta puxando TODA a água da Terra,que estava dentro de um saco gigante,ou num episódio de Superamigos,o Superman empurrando a Terra no meio do espaço!
      Este último que citei,qu preciso encontrar essa cena,salvar e mostrar!

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    4. Xeclinghe, já vi essa história do Cascão em algum gibi da Editora Abril, mas eu não lembro o numero.

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    5. Pro Super-Homem, tais absurdos são de praxe, já um feito de envergadura similar executado pelo Astronauta é novidade pra mim, ainda mais sabendo que 80% de sua esférica nave interestelar foi confeccionada na Base de Alcântara no Maranhão, a mesma base onde perdemos o nosso V.L.S. e também vidas preciosas de profissionais altamente gabaritados, lembra?

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    6. Esses detalhes da nave esférica dele eu não conheço...😆
      Esses detalhes da nave esférica do nosso Astronauta eu não conheço...😆

      Mas essa do Superman eu acho absurdo não é nem pela superforça por sinal ilimitada dele,mas pela total desproporção do tamanho dele em relação ao nosso planeta!Ora,um ser-humano ou qualquer outra criatura terrena é microscópico em relação à Terra!

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    7. Beira a comédia, ainda que o Super-Homem fosse real, boa parte de seus feitos produzidos na ficção são inaplicáveis no nosso plano físico extremamente complexo, sou muito mais o Hulk que equipara com o Super em força física e não comete metade dos ridículos absurdos praticados por ele, sem contar que Bruce Banner vive o dilema do médico e o monstro, o famoso dois em um, o sofrimento acrescenta muito aos personagens dessa categoria que é completamente diferente da categoria da TM, o sofrimento, o drama nas devidas proporções só beneficiam os personagens, o Super-Homem já nasceu pronto, tudo é muito fácil pra ele, o único perrengue dele é a tal da criptonita, mesmo assim é somente um tipo que o afeta, acho que a vermelha é nociva e a verde lhe faz bem ou é inofensiva, talvez eu tenha trocado as cores, sei lá! Só sei que o Super-Homem não sabe o que é perrengue, parece que vive numa bolha.

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    8. Como nunca li sequer um gibi do Super-Homem, descobri há pouco que a grafia mais usual nos quadrinhos é "kryptonita", mesmo assim a palavra grafada com "C" e "I" "criptonita" se encontra em vários textos da internet e da mídia impressa escritos em português, não sei se o correto seria grafar sempre com maiúscula ou se permite variação no português, me baseei nos nomes dos metais e elementos químicos, que alternam bastante suas grafias entre maiúsculas e minúsculas, uso sempre como base fontes onde as regras da língua são levadas a sério como Veja, Carta Capital, Estadão, etc.

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    9. Agora com a inclusão do K,W e Y no nosso alfabeto não saberia dizer se seria correto ou não escrever o nome da pedra com C ou K.
      Mas pelo que lembro,a verde é ruim e a vermelha é muito pior.Já a azul é a cura da vermelha.

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    10. Então são três tipos, bom saber! Quando criança adorava o personagem na animação dos Superamigos ou Super Amigos e interpretado pelo falecido Christopher Reeve, quanto aos quadrinhos, tanto dele quanto os demais títulos da DC nunca me seduziram.
      Personagens da DC que me atraem são o Chefe Apache e o Lobo.

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    11. Confesso que tive duas edições da DC que realmente apreciei: Batman Versus Predador III nº1 e uma edição muito comédia do Lobo em inglês, a do Batman foi desenhada por um brasileiro, tô na dúvida se foi Roger Cruz ou Rodolfo Damaggio, tive também duas edições de DC Versus Marvel e a primeira edição de Amálgama que foi fruto do crossover, foi a fusão dos universos, avalio o histórico crossover de mediano pra bom, quanto ao título série Amálgama considero ridículo.

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  2. Em 1988 eu tinha apenas 9 anos, tempos em que a pouca grana que eu obtinha, não me permitiu comprar muitas revistas naquele ano. Do Cebolinha, só consegui comprar 3 e essa ai foi uma delas. Ótimas histórias, a de abertura, se não me engano, é "Cebolinha Programado" bem engraçada. Acho que hoje em dia gosto mais das histórias do Astronauta do que naquela época.

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    1. Cebolinha teve boas revistas naquele ano, pena que você não conseguiu tantos, mas o que conseguiu com certeza foram muito bons. Essa revista foi excelente, a de abertura foi "Cebolinha programado" sim, e a revista teve foco em histórias de secundários, foram poucas do cebolinha. As do Rolo e da Pipa foram hilárias.

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  3. As histórias antigas do astronauta eram as melhores,os traços,tudo era perfeito.Hoje em dia,as histórias do astronauta não tem mais graça e são só histórias educativas com o politicamente correto,são tão sem graças.Uma pena.

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    1. Tudo é voltado ao politicamente correto hoje em dia, todos os núcleos estão assim com boas maneiras exageradas.

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  4. Nossa que história bacana, me fez lembrar outra do astronauta, uma que tenho o gibi, é o "cebolinha 163 - a cama voadora" da globo.
    Nessa história o astronauta volta pra terra e encontra a ritinha, ela estava com muitas saudades pois os 2 estavam compromissados, eles se casam e ele volta pro espaço para uma missão por um tempo, porém ele vai se chocar com um asteróide sem poder reagir, ai vemos ele no hospital, os médicos dizem que ele estava delirando pois perguntava pela mulher, e diziam que ele não era casado e que não havia nenhuma ritinha, no final da história ele está numa cadeira de rodas se recuperando e se pergunta se teria sido tudo um sonho e então vemos uma aliança na mão dele.

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    1. Já li essa história de Cebolinha 163. Muito bem bolada. essas com personagens viajando no tempo são bem envolventes.

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  5. Marcos, sei que sou um tagarela digital, infelizmente às vezes sou verborrágico, me perdoe se talvez eu tenha causado polêmica quanto à capa de sua penúltima postagem, talvez os outros já iam comentar independente do meu comentário, pelos horários fui o primeiro a tocar no assunto, pode ser que eu tenha puxado o bonde, sei lá, vai saber! De qualquer modo são críticas construtivas que só acrescentaram, aprendi até sobre aerografia, veja só! Espero que não tenha se irritado, pois o considero o melhor que tá tendo no setor, é realmente de utilidade pública o que cê promove aqui.

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    1. Tranquilo, sem problema. Pelo menos fica informação certa.

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    2. Fica aí a sugestão pra uma postagem sobre capas diferenciadas, incluindo é claro a capa de Cebolinha 131/Abril que foi o pivô da polêmica, entre Abril e Globo umas quinze mais ou menos é capaz de ter, capas unindo desenhos e fotografias, unindo desenhos comuns com desenhos aerográficos e alguma outra combinação que possa haver, ou já postou algo assim?
      Quanto à história do Cascão no coletivo, considero uma das mais cômicas do personagem, tenho quase que certeza absoluta que é de encerramento, tive o gibi com a bendita e não me lembro mais qual é a edição.
      Tu deves ter visto talvez em Cascão 106/Abril, sei que tu tens porque vi uma postagem tua com uma tira do Penadinho que foi retirada desse gibi, capa com o moleque pegando um bronzeado no deserto, verifique também os números 80, 105 e 110 dele da Abril, se tiver, por favor!

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    3. Algumas dessas capas e á coloquei aleatoriamente no Blog seja na Capa da Semana ou pra mostrar capa de gibi de história. Se der e faço postagem assim. Só procurando aqui essa do Cascão, vai que eu li em algum almanaque.

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    4. Há uma história de abertura chamada "A lotação", que pelo nome se deduz que é a relatada por mim, porém esta é com o Cascão pilotando um carrinho de madeira e pertence ou ao nº105 ou ao nº106 da Abril.

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    5. Na Nº 106 se chama "A lotação" com o Cascão pilotando carrinho de madeira, não tem nada a ver com ele no ônibus. Quando der, eu vejo onde vi essa história.

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  6. No final ele previu certo apareceu a nave quadrada,eu adoro as aventuras do Astronauta pelo espaço.

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  7. Sempre impera o sensacionalismo quando o tema é o Apocalipse,na intenção de assustar as pessoas e obter ganhos pessoais em cima disso.
    Na verdade esses "fins de mundo" são apenas mudanças de eras,transformações pelas quais passam o planeta e a sociedade.

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    1. Exato, sensacionalismo puro. Pior que tem gente que acredita rs.

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    2. E há quem diga que este ano de 2020 mesmo está passando por uma espécie de mudança de fase.Mudanças sempre trazem certas perturbações,mesmo que sejam para melhor.

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  8. Pessoal uma dúvida, estou aqui no blog a pouco tempo mas me apaixonei ainda mais por gibis antigos da turma e to muito a fim de ter mais gibis antigos da Abril e da globo pra minha coleção aumentar, porém estão raros e caros demais esses antigos, principalmente o numero 1 de cada, então gostaria da opinião e do conhecimento de voces no assunto...
    Tive uma ideia de baixar as páginas(alguns gibis abril inclusive eu já tenho baixado de um site que postava mas nao existe mais) e imprimir e montar eu mesmo o gibi.
    Só que eu não conheço nada de papel, qual tipo de papel ia precisar pra formar as páginas e a capa?
    Será que essa impressora "Multifuncional HP Deskjet Ink Advantage 2136" seria boa pra isso? diz no anuncio que ela imprime Papel comum, Papel fotográfico, Papel para brochura, A4, Carta, Oficio, Envelope e Ficha. Serve ela? Como faço? Acham que compensa ou seria muito gasto?
    vlw

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    1. Nenhum desses seria igual, principalmente o fotográfico. Papel de gibi seria tipo papel de jornal, mas não sei nome técnico que dão. E você gastaria muita tinta de impressora, ficaria muito caro pra não ficar igual a gibi convencional. Edições Nº 1 podem ser difíceis de encontrar, mas pode ver se consegue gibis na internet, lotes. Se tiver sebos aí perto seria uma boa.

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  9. Pois é, essa é muito engraçada rsrs. Assim que era bom ler gibis só pra diversão sem se preocupar com nada.

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  10. A prova de que nem todos os habitantes foram dizimados é o Morro do Turano no município do Rio de Janeiro, foi fundado por seres remanescentes da devastação daquele planetinha, acho que é a única comunidade carente brasileira fundada por alienígenas, como qualquer comunidade carente carioca a violência é praxe, os ufólogos evitam pesquisar por lá, que eu saiba nem Varginha tem algo semelhante, olhando no Google Earth e também no Maps há uma travessa chamada Xucrutis Xicletis da Silva, resta saber se teve dedo do Astronauta nisso.

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    1. Não sabia disso, talvez se inspiraram nisso então.

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  11. Não tem nada a ver, mas Marcos, você tem passado no Instagram? Lá tem um pessoal que anda postando umas histórias da Turma da Mônica, tanto novas quanto antigas.

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    1. Sim, tem várias páginas mostrando historinhas no Instagram. Também tá moda isso no Youtube

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