quarta-feira, 3 de junho de 2020

Um tabloide da Thuga

Mostro um tabloide da Thuga tentando conquistar o Piteco que foi publicado originalmente em algum gibi da Editora Abril por volta de 1982 e republicado no 'Almanaque da Mônica Nº 12' (Ed. Globo, 1989).

Thuga vê uma mulher bonita piscando para o cara e ele se encanta na hora e ele se ajoelha apaixonado por ela. Thuga resolve fazer o mesmo para ver se consegue conquistar o Piteco enquanto ele cozinhava sua carne de dinossauro na lenha. Ele pensou que a Thuga estava com cisco no olho e queria assoprar e acabou ela dando um soco no olho nele pelo seu desprezo.

É engraçado, a Thuga nunca conseguia ter atenção do Piteco e não seria uma piscada que ia fazê-lo se apaixonar. Raiva foi tão grande dessa vez que acabou dando soco no olho dele. Muito bom. Pelo visto o Piteco realmente pensou que ela estava com ciscos, uns podem achar que isso foi uma desculpa para disfarçar que ela estava interessada nele com a cantada da piscada, fica na imaginação de cada um.

Os traços muito bons do início dos anos 1980, uma transição do que seria a fase consagrada no meio da década, e como era bom ver a Thuga bem gorda. Legal ver o pensamento de ideia formando uma fogueira, já que não existia lâmpada na Pré-História. Eles gostavam de adaptar o pensamento de lâmpada de acordo com característica dos personagens. A seguir mostro essa história completa.


29 comentários:

  1. Gostei da postagem , a Thuga que na época era bem ciumenta dava boas histórias,hoje ela é menos ciumenta ,os traços ficaram ótimos,bem estilo dos anos noventa.Adorava quando tinha histórias da editora abril nos primeiros almanaques da turma da monica da editora Globo,eram tão legais e sem um pingo do politicamente correto.Hoje,a maioria dos almanaques só tem histórias com o politicamente correto,e as vezes até repetem a mesma histórias,bem que podiam colocar histórias da editora abril nos gibis de hoje,né?Lamentavel.

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    1. As histórias da Editora Abril eram encantadoras, perfeitas. Nos almanaques podiam ter, mas acham que são incorretas demais aí não colocam. Pelo menos ainda não tem histórias da própria Panini nos almanaques convencionais, mas acho que tá próximo de colocarem Panini neles, pois ultimamente tem colocado mais os últimos da Globo.

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  2. Eu errei dizendo que os traços são dos anos noventa,mas na verdade é dos anos oitenta,desculpa,mais erro de digitação meu.

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  3. Legal a ingenuidade e grosseria do Piteco, o quadrinho que ele coloca a mão no olho dela é demasiado cômico, aliás, todos os sete quadrinhos do tabloide são chiques, sintetiza muito bem a instável relação de Piteco e Thuga que eram quase um casal e o “quase” é que era o charme da dupla. Tive, me desfiz e felizmente hoje tenho novamente Almanaque da Mônica 12 da Globo, uma curiosidade dele é que sua história de encerramento “A discórdia” foi republicada com as páginas fora de ordem, resta saber quem cochilou, se foi a MSP ou a Editora Globo, pra mim foi o estúdio, o que acha, Marcos?

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    1. É, foi bem engraçado Piteco arregalado os olhos pra tirar o suposto cisco. Eu gostava da relação dele fugindo da Thuga e fazendo de conta nem tava ai para ela pra não se casar, mas no fundo gostava dela.

      Você se lembra disso em “A discórdia” com 1 página fora de ordem? Nem lembrava mais. Quando acontece erro de encadernação a culpa é da Editora. História maravilhosa, por sinal, até Magali apanha da Mônica no final kkk.

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    2. Me lembro porque tenho a edição, tenho um aparelho celular Nokia de teclado de borracha, se lembra como essa marca bombava? Ela não prosperou com a tecnologia smartphone, pelo menos não no Brasil, com o obsoleto dispositivo filmei quadro a quadro da bagunçada historinha a deixando em ordem, ficou um videozinho meia-boca, até cogitei em jogar no YouTube, já faz uns seis anos que filmei, penso em fazer com smartphone.
      Quando criança fiquei bastante encafifado com a história daquele jeito, sabia que era erro da editora ou do estúdio, não conseguia achar sua correta ordem, já adulto ao readquirir a edição, foi moleza decifrar sua seqüência.
      Todas as histórias de Almanaque da Mônica 12/Globo parecem ser de 1982, sabe de qual edição é "A discórdia"?

      Antes de ser alfabetizado, pensava que a Ogra fosse homem, ela é tão musculosa, alta, feia e ainda usa cabelo curto, essa combinação ofuscava pra mim o fato de ela ter seios, quando comecei a ler, fiquei surpreso com a descoberta de ser "uma" personagem, só assim reparei os seios da dracena Ogra.

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    3. Entendi. A página 2 da história ficou mais pro final. Acho que seria uma boa postar no YouTube pro pessoal curtir, é muito legal. Pra esse caso eu postaria na sequência correta.

      Parece que todas histórias desse almanaque é de 1982, talvez algumas 1981. Não sei o número da edição dessa. A Ogra parecia homem mesmo.

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    4. Filmei quadro a quadro na seqüência correta, a tornando inteligível, mas, a qualidade da imagem ficou uma "mercadoria", postar na ordem da republicação não faria sentido. A história possui sete páginas, sendo que a primeira, a quarta e a última estão devidamente posicionadas, o restante se encontra fora de ordem. Marcos, cê que já tá no ramo poderia futuramente postar a bendita na ordem correta, quem sabe?
      Era bem raro a Magali apanhar da Mônica, gostava disso! Tanto dos fatos em si quanto da qualidade de raros, não sei quantas vezes ocorreu, não deve ter passado de cinco, acidentalmente não conta, só quando houve dolo, ou seja, intenção de traulitar, sei que em Mônica188/Abril há uma história de miolo que a Mônica também troveja sua melhor amiga e merecidamente, por sinal. No caso de "A discórdia", a turma apanha por causa do linguarudo do Jeremias, o correto seria só ele apanhar, mas, ele falou "dentucinha" em nome de todos.

      "A bronca" é de abertura de Mônica 154 de 1983, "Mais uma campanha do verde" é de abertura de Mônica 151 de novembro de 1982, "Cuco! Cuco!" é de Mônica 144 também de 82, as demais não sei dizer com precisão, creio que a maioria do conteúdo do almanaque seja de 82, 1981 pode ser que tenha alguma.

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    5. Era raro a Magali apanhar, algumas vezes dessas foi ate por engano Era mais nos anos 70 depois passou a focar mais a Mônica batendo só nos meninos. Quando der eu posto.

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    6. Marcos, sabemos que a Mônica é a personagem que possui maior força física de todos os personagens criados por Mauricio de Sousa, o segundo mais forte só pode ser o Garotão, a terceira posição provavelmente haveria um empate técnico entre Jotalhão e Antão, a quarta posição, pra mim fica com a Ogra, porém, me lembrei do Montanha Suja, quem cê considera que conquistaria o cinturão de quarto colocado?

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    7. Piteco, em relação a caçar dinossauros e carregar até à sua aldeia.

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    8. Do ponto de vista de garra, sim, é um sujeito destemido, é com certeza o mais corajoso personagem da TM, mais que o Astronauta que dispõe de tecnologia de ponta, provavelmente possui mais destreza que a Ogra, imagino que seja mais habilidoso que ela combatendo animais ferozes, porém, Piteco e Ogra disputando uma queda de braço...
      Marcos, conheci o tal do Vartolo pesquisando na rede, é um personagem antigo, conheço desde criança o Bolota, a Ogra, o Juiz, os gêmeos Zum e Bum, o clássico delegado brutamontes gordão que não me lembro o nome e o Vartolo não conheci nos anos 80, se o via, não o registrei na memória como personagem efetivo do núcleo.
      Qual é o nome do delegado ou inspetor de Lem?

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    9. Sei quem é o Vartolo, fazia mais figuração nos anos 70. Não sei o nome do delegado de Lem.

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    10. Me perdoe a tagarelice, Marcos! Me lembrei de mais um personagem pra disputar a quarta colocação, o morto-vivo do Frank, ainda assim tô com a Ogra, num pega pra capar, acho que ela o desmontaria fácil.
      Prova de que o Mauricio não é machista, foi ter criado a Mônica forçuda e ter lhe atribuído o status de principal personagem.

      Se lembra de uma história onde o Piteco não sei exatamente por que cargas d’água vem parar no nosso tempo? Na verdade, nosso tempo de julho de 1985, mais de trinta anos atrás, não sei ao certo se foi o clichê de máquina do tempo ou uma fenda natural ou artificial no espaço-tempo que o tragou acidentalmente ou propositalmente pros dias “atuais” de 85, sei que ele provocou pânico e também experimentou da mesma sensação, choque de dois mundos, muito boa! É de Mônica 183 daquele ano.

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    11. Conheço essa história do Piteco, foi parar em 1985 atual por causa de máquina de tempo. Muito legal.

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    12. Tive a edição usada, a história do Piteco nunca me esqueci apesar da dúvida de como havia ingressado em nossa era, cena que considero marcante é quando ele ao avistar um prato saboroso ou carne suculenta, atravessa a vitrine de um restaurante sem a menor cerimônia, espalhando vidro pra todo lado e causando pânico nos clientes e funcionários, mostrando o contraste comportamental humano entre as duas eras.
      A história de abertura é uma aventura típica daquele tempo, com uma pegada thrash, quem dá jeito na situação é o Anjinho.
      Não só nos quadrinhos, nas artes de um modo geral a década de 1980 foi claramente thrash ou claramente punk, ou melhor, thrash-punk.
      É inegável que havia também muita idiotice artística, porém, uns 75% do que se produziu no campo das artes é excepcional! Digo "é" porque foi um tempo tão rico, tão farto que tá sempre presente nas memórias, inclusive presente até pra quem não viveu esse glorioso tempo artístico.

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    13. Sim, é muito legal essa edição da Mônica 183. Os gibis daquela época eram excelentes.

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  4. Sim, representava a lâmpada deles. Muito bom. Pena que emagrecerem os personagens gordos, descaracterizando todos. Dá raiva.

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  5. Será que a Thuga nunca vai casar com o Piteco? Ela tenta,tenta uma hora eles têm que casar ou ela se casar com outro.

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    1. Tomara que não senão perde a graça. Era divertido ver como o Piteco se livrava do casamento com Thuga.

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    2. Vai ser uma eterna perseguição.

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  6. Eu amo a Thuga e torcia para que ficassem juntos. Mas hoje vejo que nunca vai acontecer, tadinha. abraço

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    1. Dava pena da Thuga ficar tentando e casar com Piteco e sempre em vão. Mas a graça era essa de nunca conseguir. Abraço

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    2. O Marcos tem razão, Marcelo! A graça da dupla consiste na resistência de um e insistência de outro ou melhor, de outra.
      Dentro do universo lúdico, o método de conquista romântica pré-histórica consiste nos homens baterem com suas clavas nas cabeças das mulheres, elas desmaiam e recobram suas consciências apaixonadas pelos seus agressores, são arrastadas pelos cabelos até as cavernas dos conquistadores trogloditas e se tornam suas esposas.
      Nunca pesquisei, acredito que isso tenha origem em alguma literatura lúdica do século XIX, as histórias em quadrinhos têm origem na década de 1890, mas, não creio que o famoso clichê pré-histórico tenha origem nos quadrinhos.
      O Mauricio com sua sensibilidade, sua sagacidade, pegou o clichê, o reformulou e o resultado foram Piteco e Thuga que são a antítese do clássico clichê, coisa de quem é safo, de quem tem veia cômica aflorada, coisa de gênio, um homem pré-histórico que é avesso à vida conjugal, avesso ao matrimônio, uma mulher pré-histórica que o persegue literalmente e sistematicamente, feito cão e gato, feito gato e rato, quebrando o protocolo pré-histórico feminino que consiste em aguardar passivamente seu futuro marido lhe cacetar a moleira, se algum dia a Thuga for atingida na cabeça por uma clava, o autor da traulitada com certeza não será o Piteco, só se for acidentalmente, não em plena consciência.

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