terça-feira, 28 de abril de 2020

Chico Bento Nº 86 - Editora Abril


Em novembro de 1985 chegava nas bancas o gibi 'Chico Bento Nº 86' pela Editora Abril. Nessa postagem faço uma resenha de como foi esse gibi. 

Com lançamento oficial em 28 de novembro de 1985 (os gibis da Editora Abril dos anos 1980 mostravam as datas no expediente final), com 36 páginas da fase quinzenal, teve uma capa bem caprichada com uma dupla interpretação de Chico Bento em recuperação na escola e só pensando na festa do Revéillon enquanto fazia a prova ou o Chico achar que a prova era uma "bomba" representada pelos fogos de artifícios de tão difícil que estava. Teve 7 histórias no total, com secundários dessa vez com Turma do Penadinho e Papa-Capim. 

Abre com história "Bom Português", com 5 páginas, em que a professora Marocas implica com o jeito de falar do Chico Bento tudo errado. Ele pergunta quais foram as notas dele e a professora mostra o jeito certo de falar e ele acha que a professora estava falando que ela fez a prova também. Marocas diz que isso não é português que se fale e põe o Chico de castigo sentado em uma cadeira isolado da turma. Enquanto ela ensina sobre predicativo do sujeito, Chico acaba dormindo em aula com onomatopeia de sono "SSS"  ao invés de "ZZZ" e a professora fala que até dormindo ele é errado. No final da aula, Marocas ordena que Chico esteja fino no Português na próxima aula.

Trecho da HQ "Bom português"

No caminho, Chico encontra com a Rosinha, ele fala que está danado com o português e a Rosinha fala que é só amizade, pensando que ele falava de traição com um menino português, mas ele explica que está falando da aula. Depois Chico tenta estudar, mas não consegue e resolve pedir ajuda para o pai e como ele falava errado também, acaba desistindo da ajuda.

Chico resolve estudar na marra, fica o dia todo estudando até anoitecer. No dia seguinte, na aula, ele está falando corretamente, de norma culta, com palavras até difíceis, e a professora comemora. No final da aula, ele se dirige aos leitores falando que acabou com a professora, voltando a falar caipirês, ou seja, só aprende o suficiente,pra falar certo na frente da professora.

História curta e bem legal. É incorreta atualmente pelo Chico ser burro, teria que ser bom exemplo na sala de aula, e, principalmente, a professora ser carrasca, colocando o Chico de castigo em sala de aula e exigindo que fale certo, sendo humilhado pelos outros alunos. Hoje em dia essa atitude da Marocas seria condenada, no lugar ela teria que ensiná-lo a falar certo durante a aula com toda paciência do mundo e não colocá-lo de castigo por causa do caipirês e ele se virar para aprender a falar certo sem ajuda. Com o politicamente correto atual, ela pode obrigar o aluno a escrever certo nas provas, mas implicar com o sotaque no dia a dia, não.

Trecho da HQ "Bom português"

Em seguida vem "Negócios da China", com 4 páginas, Chico e seu pai, Seu Bento, estão na cidade, para fazer compras para o sítio, e são abordados por um homem querendo dar golpe neles de vender um terreno de mil  metros quadrados e a 50 metros da praia por 10 milhões de cruzeiros, mas que na verdade, seria no fundo do oceano. Seu Bento diz que só tem dois milhões e o golpista aceita, porque diz ele que precisa de dinheiro por sua mulher estar doente.

Trecho da HQ "Negócios da China"

Seu Bento fala que gastou o dinheiro com ração e o golpista tenta levar a caminhonete, mas Seu Bento não aceita pois teria que levar as compras para casa e também não aceita o golpista levar as compras porque não cobre o dinheiro do terreno. O golpista pergunta se ele não tem nada de valor e Seu Bento diz que tem o chapéu de palha que foi do avô e pai dele antes. O golpista os chamam de burros e vai embora. No final, Seu Bento e Chico comentam que pode no futuro aparecer outra coisa melhor como o Pão-de-Açúcar ou Parque Ecológico, sem saberem que se livraram de um grande golpe.

Essa foi para alertar sobre golpistas na vida real, principalmente pobres ficarem atentos a não cair em conversas de vendedores. Impublicável um tema desse hoje em dia, ainda mais para enganar caipiras pobres inocentes.

Trecho da HQ "Negócios da China"

Depois vem "Nascer de novo", com 3 páginas, em que o Cranicola deseja reencarnar. Ele fica pensando em ser uma águia, leão ou tubarão e comenta com o Penadinho que cansou de ficar paradão em uma pedra, sem pode ir ou vir, e gostaria muito de reencarnar como um lobisomem para correr por aí, o um morcego para voar, ou em um cavalo de corrida, bicho-preguiça ou até um legume. Dona Cegonha aparece falando que Cranicola vai reencarnar, deixando bem emocionado, mas para sua surpresa reencarnou como um coco de um coqueiro, ficando paradão no lugar que nem quando era caveira de cemitério.

Eram boas essas histórias dos personagens da Turma do Penadinho reencarnando e ver o que seria vivo. Sacanearam bem o Cranicola deixando paradão até em outra vida. Histórias de reencarnação não são mais abordadas nos gibis novos por envolver religião.

Normalmente secundário nos gibis do Chico Bento era só o Papa-Capim. Nos últimos gibis do Chico de 1985 e 1986 eles estavam fazendo experiência colocando histórias da Turma do Penadinho e do Bidu, que eram tradições nos gibis do Cascão. As vezes nem tinha Papa-Capim nos do Chico. Mas depois quando foram para a Editora Globo em 1987, eles voltaram à tradição com só Papa-Capim no gibis do Chico; e Penadinho e Bidu nos gibis do Cascão.

Trecho da HQ "Nascer de novo"

Em "As dores do Chico", de 4 páginas, Chico Bento inventa desculpa que está sentindo dor sempre que é abordado para fazer algum trabalho ou um favor. Ele inventa que está com dor de cabeça pra professora como desculpa que não fez lição de casa, dor nos braços para não capinar com enxada na roça com o pai, torceu o pé para não ir na venda ajudar a mãe e dor nas costas para não ajudar a carregar a lenha que o Zé da Roça estava levando. No final, Chico resolve pescar e acaba caindo da ponte, ficando todo quebrado e olhando para Santo Antônio, falando que eles não perdoam.

Mostra a fase de quando Chico era preguiçoso e dessa vez acabou levando castigo do santo por ter inventando desculpas de dores para não estudar nem trabalhar. Mostravam as coisas erradas do Chico, mas sempre se dava mal da pior forma possível para aprender. Chico preguiçoso, trabalhando na roça, plano infalível para não estudar nem trabalhar, sofrer acidente caindo da ponte, religião, nada disso não tem hoje nos gibis.


Trecho da HQ "As dores do Chico"

Em "Eta, sacrifício!",de 3 páginas, Chico provoca os animais do nada e sai correndo. Provoca um touro, uma colmeia de abelhas e um bode. No final, é mostrado que ele provocou os bichos só para conseguir chegar mais rápido na escola em dia de prova. Hoje em dia não tem mais histórias com Chico contracenando com bichos, muito menos sendo perseguido por eles.

Trecho da HQ "Eta, sacrifício!"

Papa-Capim teve a sua história "Um Dia da Caça". Com 3 páginas, Papa-Capim resolve caçar uma onça, mas acaba sendo perseguido por ela e na correria sobe em uma cobra na árvore pensando que era cipó e passa a ser perseguido por ela e, ao cair no rio, é perseguido por jacaré. Ele volta para casa e a mãe reclama que voltou com mãos vazias, sem caça nenhuma e para a surpresa dos leitores, as esposas da onça, da cobra e do jacaré que perseguiram o Papa- Capim também reclamaram que eles voltaram sem caça nenhuma. Ou seja, os bichos estavam na selva caçando os índios. Mais uma história proibida, personagens caçando animais, nem pensar. E vamos sentir saudades do Papa-Capim assim sem roupa depois da nova mudança de agora ele aparecer com camisa e bermuda nos gibis novos.

Trecho da HQ "Dia da caça"

Termina com "Um homem imensamente rico", de 6 páginas, em que o Seu Bento leva para o Coronel Agripino a lenha que havia encomendado e o Coronel convida para entrar na sua mansão. Seu Bento acha um luxo, pergunta se não se perde lá dentro de tão grande, gosta de ser servido por mordomo e se encanta com a fazenda com muitos porcos limpos, galinhas, cavalos e bois e fala que o Coronel é imensamente rico.

Trecho da HQ "Um homem imensamente rico"

Depois, Coronel dá carona para o Seu Bento até o seu sítio e é convidado pra entrar. Tudo era bem simples, poucas galinhas, casa muito humilde. Coronel conhece a família do Seu Bento (o filho Chico e a esposa Dona Cotinha), come uma rosca caseira preparada pela Dona Cotinha e curte muito toda aquela simplicidade. No final, Coronel Agripino volta para a sua mansão, solitário, e comenta que o Seu Bento não sabe o quanto ele é rico.

Essa mostra a diferença de rico e pobre e mensagem, sem deixar piegas, que o que vale mais é a riqueza interior. Seu Bento apesar de não ter um grande poder aquisitivo, mas tem a riqueza humana que vale muito mais que qualquer mansão e bem material que o Coronel Agripino tinha. E a história mostra o Seu Bento como um fornecedor da região, bem comum na época. O enquadramento de 6 quadros por página ao invés de 8 quadros fez com que a história ocupasse mais páginas no gibi.

Trecho da HQ "Um homem imensamente rico"

Esse gibi não teve tirinha final, como era de costume nos gibis da Editora Abril nos anos 1980. No lugar era reservado uma propaganda qualquer ou anúncio do que teria na próxima edição. Então, nesse gibi teve propaganda dos brindes das miniaturas de bonecos das personagens que aquele gibi e os outros de novembro de 1985 estavam dando, em cada gibi vinha uma miniatura de brinde.

Propaganda das miniaturas da Turma da Mônica

Como podem ver, o gibi foi formado com histórias curtas e simples entre 3 a 6 página, todas muito divertidas e sem sombra do politicamente correto, até as mudas eram boas e sem enrolação. Todas também com traços excelentes seguindo estilo de desenhista e assim que era bom. Não é a toa que todos se encantavam com os gibis do Chico com esse estilo. Mesmo consideradas histórias normais na sua época, todas incorretas e não seriam publicadas atualmente, com exceção da última, mostrando como os gibis mudaram muito ao longo dos anos.  Enfim, um gibi muito bom que vale a pena ter na coleção.

27 comentários:

  1. Aliás, o título da HQ de abertura se parece com "O bom português", que você já comentou numa resenha de gibi no ano passado!

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    1. Sim, eles colocavam as vezes o mesmo título em histórias diferentes. A outra foi em Chico Bento Nº 53 de 1989, mas os roteiros são diferentes.

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  2. Marcos, lhe agradeço pela postagem, Chico Bento 86/Abril representa muito pra mim, deu pra resgatar muito mais de seu conteúdo, lembrava vagamente da história de abertura e a de encerramento também tinha vaga lembrança, porém, pensava que fosse do nº88, a última daquele ano que foi a segunda edição do Chico Bento que eu tive. Comecei a colecionar gibis da Turma da Mônica nos últimos quinze meses de parceria com a Editora Abril, em 1989 conheci a cultura dos sebos, fiquei maravilhado porque ainda dava pra se obter edições da TM Abril, antes disso só conhecia a cultura dos jornaleiros.

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    1. Valeu por ter gostado, de fato foi um gibi muito bom que não fazem mais. Naquela época ainda era fácil arrumar gibis da Editora Abril e por preço normal de sebo, até porque tinha pouco tempo. Eu até consegui alguns da Abril assim em sebos, mas evitava de comprar porque os almanaques estavam republicando as da Abril, aí via muito material igual acabava deixando de lado e comprava os primeiros gibis da Globo. Se soubesse que iam ser raros os da Abril até comprava mais na época nos sebos.

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    2. Marcos, "Um homem imensamente rico" termina com um quadrão onde o Coronel Agripino aparece sozinho sentado numa cadeira de balanço sendo focalizado de cima e refletindo sobre o que realmente importa na vida depois de ter visitado a simplória residência do Chico? Pergunto por que talvez eu esteja fazendo confusão. Sabe dizer em qual almanaque da Editora Globo ela foi republicada? Cheguei a pensar também que talvez pertencesse ao nº91, outra edição que tive.

      Dos quinze meses em que ainda vigorava o contrato MSP/Abril tive somente seis edições do caipira, sendo que duas eram de piadas, encontrar edições da TM/Abril em bom estado em sebos físicos é quase utopia nos dias atuais, digo o mesmo da fase Globo com edições dos cinco primeiros anos, quando encontro algumas raridades, estão quase sempre estropiadas, o que tá salvando a galera são os sebos virtuais.

      Os bonequinhos de brinde me lembro bem, tivemos uma Mônica amarela, um Cebolinha azul e um Bidu também azul, das seis miniaturas o Bidu era o único que estava com a cor correta.

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    3. Xeclingue, se costuma até achar boa parte das edições antigas na Internet, o grande problema é o preço. Revistas na casa dos 20, 30 reais ou mais, fora o frete. Talvez ainda valha a pena dar uma garimpada pelos sebos. Há pouco mais de um ano, encontrei uma revista da Mônica de 1978 em bom estado por 3 reais.

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    4. Este comentário foi removido pelo autor.

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    5. Na cidade onde moro, Ricardo, deve ter somente uns sete sebos, em 2013 readquiri em ótimo estado e abaixo de cinco pilas Mônica 188/Abril, três anos depois consegui em bom estado e por merreca também Mônica 9/Globo, os da Coca-Cola só não readquiri Chico Bento, os quatro bem conservados e por mixarias também, formatinhos da Marvel adquiri vários baratos e inteiros, me arrependo de ter perdido a oportunidade de readquirir Magali nº1 de 1989, o gibi tava barato, inteiro e o bestalhão aqui tava com bufunfa naquele momento, tsc, tsc! Tudo que citei e muitas outras edições comprei em sebos físicos, quando se trata de compras online, tô bastante analógico.
      Moçada, como sou um pouco neurótico com a lusofonia e principalmente com a lusografia, digitei “por que” separado como resposta no meu comentário acima, sendo que o correto na condição de resposta seria “porque”, talvez passou batido por vocês, pensei em excluir, depois mudei de ideia.

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    6. Termina assim mesmo com um quadrão com o Coronel sozinho em casa falando que o Seu Bento é muito rico e nem sabe quanto é rico. Não lembro qual almanaque foi republicada, mas deve ter sido entre 1995 a 1998, que foi período que teve histórias de 1985 do Chico republicadas com frequência.

      Sebos hoje em dia estão muito difíceis de encontrar até edições da Globo, maioria que tem é Panini. Uma vez ou outra que tenho sorte de encontrar algumas da Abril, bem raro. Sem contar que muitos sebos fecharam nos últimos anos. Nunca vi esses bonequinhos de brindes, nem na internet, devem ter sido legal ter bonequinhos de brindes, mesmo tendo só uma cor.

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    7. Valeu, Marcos, pela confirmação!
      O Cascão cheguei a ver quando as miniaturas ainda estavam nas bancas, me parece que era azul também, nunca vi as da Magali e do Chico. Quando adquiri Chico Bento 91/Abril, me lembro que a edição trazia de brinde um marcador de livros, o meu era com a ilustração do Anjinho, além dele os marcadores traziam também mais cinco personagens ilustrados, os quatro titulares e a Magali, se lembra ou descobriu pesquisando, Marcos? Do jeito que tu é sagaz, deve ter alguma postagem a respeito.
      A Editora Abril era muito mais “brindeira” que sua concorrente platinada, não me lembro de brindes nos gibis da TM de 1987 até 1996.

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    8. Xeclingue, eu tenho 2 marcadores de livros do Anjinho, que estavam dentro dos gibis comprados em sebos, os antigos donos deixaram os marcadores nas próprias revistas ao venderem nos sebos, um deles foi da Cascão nº 92. E na época nos sebos ainda vendiam gibis por 1 real independente de época, aí foi muita sorte. Muitos gibis antigos da minha coleção consegui em sebos por 1 real, atualmente 2 reais. Eles vendem baratos pra se livrarem logo.

      Na Globo foram poucos brindes, a maioria saíam nos Almanacões de Férias. Na Globo eram mais promoções. Falei de algumas promoções aqui.

      http://arquivosturmadamonica.blogspot.com/2014/01/brindes-e-promocoes-da-editora-globo.html

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    9. Xeclinghe Picarmendotelso você é de qual cidade? Eu sou de Paranavaí-PR e aqui não tem sebos, mas as vezes frequento em Maringá (cidade vizinha), lá tem uns 4. Porém é como o Marcos disse, gibis da Abril e Globo são difíceis achar. E pelos preços atuais em sebo, nem tá valendo a pena. Compensa procurar em sites que não cobram absurdos ou pacote de várias edições no ML.

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    10. Sou da terra onde o então candidato Jair Messias Bolsonaro tomou a histórica facada no bucho, quero ver se tu adivinhas, Marcelão! Tenho visto algumas edições raras por aqui como uma edição do Hulk de 1977 ou 78, não sei ao certo se é da Ebal ou RGE, vi Pateta de 1974 e Zé Carioca de 1972, já vi até Speed Racer de 1979, vejo edições da TM de 1985 até 1990, porém, sempre sambadas, decrépitas, não animo de comprar gibis antigos zoados mesmo que sejam baratos, o que ainda dá pra comprar por aqui da TM em bons estados são almanaques dos anos 90, ano passado vi num sebo chamado Livraria Flamingo uma quantidade expressiva de gibis do Chico Bento, Cascão e Magali todos em ótimos estados e baratos, edições de 1993 a 1996, dei mole de não ter comprado pelo menos umas cinco, de vez em quando aparecem oportunidades interessantes por aqui, tenho perdido algumas e aproveitado outras algumas, porém, o que mais se vê da Turma da Mônica nos sebos daqui são edições da Panini e Globo 2001-2006, com a pandemia os sebos daqui tão fechados e sem previsão de quando voltarão a funcionar.
      Tenho vontade de conhecer o Paraná, principalmente Maringá, Londrina e Curitiba, sei que aí é terra de gurias bonitas e é também o berço de Mário Sérgio Cortella.

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  3. Revista maravilhosa com certeza, legal que você gostou. Papa-Capim caçador já não tinha mais há algum tempo quem nem Chico e Piteco caçando. mas agora lamentavelmente Papa com roupa também pra estragar de vez.

    Eu gostava do Cranicola sendo trolado, muito engraçado a cara que ele fazia. E na capa também interpreto com Chico em recuperação em fim de ano pensando em festa, tanto que ele estava sozinho na sala fazendo prova.

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  4. Essa revista do Chico Bento é sensacional, que postagem legal! É uma pena eu não ter esta edição. Histórias e desenhos de excelente qualidade, como era comum naquela época. Uma curiosidade, Marcos: Qual seu gibi mais antigo da TM? Você já o postou aqui?

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    1. É demais esse gibi, bom que todos eram desse nível pra qualquer personagem. Por isso eram tão divertidos. Quem sabe você consiga um dia. O gibi original mais velho que eu tenho hoje é o da Mônica Nº 47 de 1974. Coincidentemente foi falado um pouco no post da Coleção Histórica 47, porém eu consegui o original depois da Coleção Histórica.

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  5. Eu amo essas edições antigas da abril. Dá gosto de pegar, o papel diferente, os traços, a falta do politicamente correto, as histórias com absurdos... Ótima postagem, tenho essa edição também. Abraço

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    1. Eram muito boas as da Abril, só não ter politicamente correto á anima. Legal que você tem essa revista. Abraço

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  6. Se histórias com reencarnação não podem ser publicadas por envolver religião,então também não pode mostrar céu nem inferno,pelo mesmo motivo!Fazem isso hoje em dia?
    Como fica o Anjinho?

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    1. Eles não mostram mais nada envolvendo religiões como católica, espírita, evangélico, etc, pra não ficar privilegiando uma. O céu mostra por ser universal, sendo que tudo bobinho, apenas Aninho no céu, sem temática religiosa. Já inferno não mostram, nem Diabos aparecem para não traumatizarem as crianças. É muito raro e uma vez ou outra republicação de almanaques e olhe lá.

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    2. Os bons tempos da TM se foram mesmo.
      Lembrei agora de uma HQ estrelada pela "Turma do Penadinho",de duas páginas,em que cada quadro mostrava um vidente diferente.Era mãe-de-santo com búzios,cigana nas cartas,um que lia cristais,etc,falando com alguém que nunca aparecia,que sempre recebia notícias muito ruins para o ano que iria começar.Um chegou a sugerir que o "alguém" se mudasse para a lua!

      No último quadrinho,aparece a Dona Morte(o interlocutor misterioso) alegre,dizendo ao Penadinho que teria um ano muito produtivo!

      Tempo bom de politicamente incorreto e humor negro!

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    3. Tudo perdido hoje, sem graça mesmo. Eu lembro dessa história, a Dona Morte até faz cara super contente falando que eles vão ter um ano novo movimentado. Humor negro ao extremo, mas foi engraçado. É de Cascão 130 de 1992.

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  7. Fabiano,referiu-se à aprovação automática de atualmente?

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  8. Por favor se possível posta a história completa principal, a Bom Português ❤️

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  9. Respostas
    1. Não teve. Por ordem da Editora Abril, preferia colocar o que ia acontecer na próxima revista ou anúncio geral no lugar das tirinhas. Ficou assim de meados de 1983 até final de 1985.

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