quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Mônica: HQ "O homem que veio de longe"

Mostro uma história em que um mago quer roubar o Sansão da Mônica para dar para a filha do Rei que estava doente.  Com 10 páginas, foi história de abertura publicada em 'Mônica Nº 24' (Ed. Globo, 1988).

Capa de 'Mônica Nº 24' (Ed. Globo, 1988)

Em um reino do passado, aparece um feiticeiro para salvar a filha do Rei que estava muito doente. O Rei, desacreditado na cura da filha, deixa o Mago Merlão entrar, apesar de já ser o décimo a tentar, um a mais ou a menos não vai fazer diferença. Merlão quer o peso do Rei como recompensa porque é mais gordinho e o Rei o leva até ao quarto da filha.

No quarto, Merlão faz feitiços, palavras mágicas, tomar poção que é capaz até pedra ficar de pé e nada resolve. Até que a menina começa a falar que quer o coelhinho azul que viu no sonho. O Mago estranha já que nunca viu coelhinho azul e invoca seus poderes ocultos para saber onde acha e vê a visão da Mônica com o Sansão e acha que é feio e encardido. Como é o único azul que existe e pensando na grana, resolve ir para o futuro buscar o Sansão para a filha do Rei.

Chegando em 1988, o Mago Merlão surge diante de um motoqueiro em alta velocidade, que desvia e bate em um poste. Merlão acha que a moto é um cavalo esquisito perigoso que não tem arreio, depois vê um avião achando que é um pássaro enorme e barulhento e não admira ter coelhos azuis naquele mundo. 

Em seguida, pergunta ao Cebolinha uma informação e ele diz que não sabe de festa a fantasia ali. Merlão diz que não está fantasiado, Cebolinha pergunta se vai à reunião anual dos bruxos, o Mago fala que foi mês passado e quer saber sobre um coelhinho azul. 

Cebolinha conta que de azul só o coelhinho da Mônica e por pensar que o Mago não gosta dela, o ajuda a pegar o Sansão, desde que deixe dar uns nós nele. Depois, avistam a Mônica brincando com o Sansão, Cebolinha tenta pegar de fininho e entrega ao Merlão, que leva surra junto com o Cebolinha e ainda Mônica dá nó na barba dele. 

Merlão fica furioso, ninguém pode fazer mal a ele e lança uma ave gigante para atacar a Mônica, mas a Mônica a derruba com uma coelhada. Merlão concentra todos os seus poderes para conseguir o coelho e faz o Sansão se transformar em um monstro gigante perigoso. Primeiro ele grunge e depois de transformado, persegue a Mônica, que fica com medo e não quer mais saber dele. Merlão faz o Sansão voltar ao normal e o leva para o passado. 

No Reino, a menina fica saudável e feliz com o coelhinho azul e Merlão vai pegar a recompensa do peso do Rei em ouro, com o manto, a coroa e tudo. Os anos passam, a Princesa vai crescendo, até ficar adulta e conhece um Príncipe e joga o Sansão no baú. Depois do casamento, se mudam para outro reino, o baú cai da carroça e Sansão fica na estrada. Passam-se os anos e séculos e Sansão fica sempre ali quase enterrado até que em 1988 a Mônica, chorando que nunca será a mesma sem o Sansão, o encontra e termina com ela feliz que reencontrou logo o seu coelhinho.

História legal em que o Mago Merlão vai para o futuro buscar o Sansão da Mônica para tirar a filha do Rei de depressão por querer um coelhinho de pelúcia azul. Merlão tem ajuda do Cebolinha para roubar o Sansão e Mônica até faz não conseguirem seus objetivos, mas com o Merlão transformando o Sansão em um monstro, consegue levá-lo para a filha do Rei. Quando cresce, ela não quer saber mais do coelhinho e na caída na mudança, Sansão fica enterrado por séculos até Mônica consegui-lo de volta.

O sonho da filha do Rei foi uma visão já que não existia coelhinhos de pelúcia azul na época dela. Cebolinha tinha interesse em Merlão ficar com o Sansão para poder conseguir derrotar a Mônica. Podemos perceber que o Reino no passado ficava no Bairro do Limoeiro, bem próximo do local onde a Mônica estava brincando com o Sansão, dá pra concluir que o Reino ficava exatamente de onde o Mago Merlão surgiu diante do motoqueiro, foi parar onde ele estava só que no futuro. Tanto que depois que o Mago levou o Sansão, a Mônica conseguiu recuperar poucos minutos depois. 

Foi engraçado ver o Merlão querendo a recompensa com o peso do Rei por ser gordo e mais pesado, o Merlão estranhando os veículos do futuro como moto e avião que não conhecia, o diálogo do Cebolinha pensar que o Merlão estava fantasiado, só descobrindo que era Mago de verdade depois, Merlão fazendo dupla com o Cebolinha para roubar o Sansão e até apanhar junto com o Cebolinha, Mônica bater no Merlão, um adulto, e na ave gigante e dar nó na barba do Mago. Era muito bons esses absurdos e explorações da força da Mônica. Narrador-observador, que representa o próprio roteirista, contando a história, principalmente nas de fábulas, sempre era legal. O nome do Mago Merlão foi uma paródia do Mago Merlin.

Foi legal também que foi uma mistura de fábula e realidade atual por causa da viagem ao futuro do Mago Merlão, não ficou restrita ao Reino de época. Antes de priorizarem Magali com histórias de fábulas depois que ela ganhou gibi próprio, histórias assim podiam ser com qualquer personagem, sendo com mais vezes com a Mônica e o Cascão. Inclusive, em 1988 e 1989, tiveram bastantes histórias de fábulas e ambientadas em outras épocas protagonizadas pela Mônica e pelo Cascão.

Incorreta hoje em dia por mostrar menina doente com depressão sofrendo para ter coelhinho, Mago Merlão quase ser atropelado e acidente do motoqueiro e estar sem capacete, Merlão surrado e Cebolinha com olho roxo com surra da Mônica, Sansão como monstro que podem achar que traumatiza crianças e fora a palavra "Diacho!" ser proibida atualmente.

Os traços ficaram muito bons, típicos de histórias da segunda metade dos anos 1980 e as cores nesse estilo com um rosa mais voltado para o roxo davam um charme a mais. De erro foi o olho do roxo do Cebolinha sumir depois da Mônica bater na ave, embora isso acontecia muitas vezes, considero mais absurdo de olho roxo recuperar rápido do que erro em si. Já o Merlão aparecer sem nó na barba no quadrinho com ele chamando o Sansão monstro e logo depois voltar a ter nó, foi erro mesmo.

38 comentários:

  1. Que criatividade essa história nos apresentou e que belos traços tbm.

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    1. A criatividade era alta, tinham liberdade pra criar e aí tínhamos histórias tão boas assim. Esses traços eram lindos demais, sem dúvida.

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  2. Olá. Bom dia, Marcos. Eu sou JP, de Salvador-Bahia. Por gentileza, uma pergunta: é verdade, que, a Capa da Revista Mônica Especial de Natal Edição #18 (Primeira Temporada), ela é Capa provisória, ou, não?. Por gentileza, é verdade, que as duas Capas das duas versões do Livro Turma da Mônica E Marcelo Marmelo Martelo, elas são Capas provisórias, ou, não?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    1. Devem ser capas provisórias dessas edições. Abraços.

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    2. Ok. Marcos, por gentileza, uma pergunta: você irá comprar o Livro Turma da Mônica E Marcelo Marmelo Martelo, ou, não?. Por gentileza, é verdade, que as duas versões do Livro Turma da Mônica E Marcelo Marmelo Martelo, elas estarão disponíveis, nas Bancas de Revistas, e, Livrarias das Regiões Todas do Brasil todo, é isto mesmo?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    3. Não vou comprar esse livro e vai ser vendido em bancas e em livrarias físicas e online. Abraços.

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    4. Ok. Muito obrigado, então, Marcos.

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  3. Curioso o nó na barba do feiticeiro sendo que o coelhinho não passou pelo mesmo, Mônica costuma agir assim em reciprocidade aos nós que aplicam nas orelhas dele, inclusive, no terceiro e quarto quadros da antepenúltima página, está com barba normal ao falar com a criatura e, ao fazer Sansão voltar à forma de brinquedo, o nó retorna.

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    1. Eu nunca tinha prestado atenção que a Mônica tinha dado nó na barba dele quando deu a surra, legal, mais engraçado ainda. Aí no caso, foi um erro de terem esquecido do nó no quadrinho que ele fala com a criatura, diferente do olho roxo do Cebolinha sumir de repente, que considero como absurdo dos quadrinhos.

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    2. Com ela não tem esta de respeitar os mais velhos, se deu ao trabalho de dar nó na barba, creio que por entender como tamanha afronta um idoso tentar lhe tirar seu amado brinquedo.
      Até que rendeu quatro quadros, com a ave desfalecida Cebolinha ainda aparece de olho roxo, e isto certamente não é erro, é um padrão bem comum em HQs antigas.

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    3. Definitivamente a Mônica não respeitava os mais velhos, eram punidos como todo mundo se a provocaram ou fizeram mal a ela. Ninguém escapava. Com o Cebolinha de fato era padrão, não ia ficar de olho roxo história toda se apanhasse no início. Era uma situação semelhante a desenhos animados como dos Looney Toones, Pica-Pau, etc, que personagens caíam de precipício, se machucavam na hora e na outra cena já estavam normais sem um arranhão sequer. Era uma tendência e não achava ruim.

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    4. Nó não pode e nem deve ser traduzido como desrespeito e, muito menos, como requinte de crueldade, pela simples razão de não ser um ancião fisicamente ou mentalmente debilitado e deu motivo para tal, e, até bem pelo contrário, pois está muito longe de alguém indefeso, é poderoso e, do tipo perigoso, portanto, o que Mônica fez na barba foi para achincalhar, foi com "requinte de ridicularidade", foi pelo desaforo.
      Ausência de capacete no motoqueiro que se acidenta feio ao desviar do mago reflete uma época em que pilotar com crânio, olhos e rosto desprotegidos era usual, era comum subestimar riscos e contar somente com a sorte, leis de trânsito não eram tão rígidas.

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    5. É, o Merlão teve o que mereceu, a Mônica faria nada se ele não quisesse roubar o seu Sansão. Fora que ele nem era daquele mundo aí independe de idade. Era normal motoqueiros sem capacete, motoristas sem cinto de segurança, as leis de trânsito eram bem mais leves, não tinham punições por isso. Hoje até quem a da de bicicleta devem usar acessórios de segurança e fazem questão de colocar personagens com os acessórios nos gibis novos.

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    6. Além do retorno do nó, pedacinho da orelha esquerda e antebraço esquerdo do monstro estão no tom de azul de fundo, terceiro da antepenúltima página.

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    7. Sim, pintaram com a cor azul de fundo sem o azul forte dele, se o fundo fosse outra cor, seria também a cor que colocassem.

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    8. Aí, os discretos erros ficariam evidentes se o fundo fosse amarelo, rosa ou qualquer outra cor, quem sabe talvez não ocorressem.
      No primeiro da quarta (pág.6) há um ainda mais discreto, quiçá nem é erro, sei lá, ficou estranho como traço da manga conecta com dorso do nariz, mão e rosto parecem amalgamados, acho que não estou viajando, ainda que possa parecer, não procuro pelo em ovo, creio que falta sim algum traço que os delimitaria e exerceria o devido acabamento, contudo, sendo erro, é deveras minúsculo.
      Peço que releve meu olhar sherlockiano, Marcos. Traços como estes, devoro com os olhos...

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    9. O traço está ali só que mais claro devido à falha da impressão da tinta, então não considero erro de desenhista, só de impressão. Esse foi bem mínimo, não consegue ver se não ampliar imagem.

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    10. Você confundiu com traço da manga, e este está ligeiramente apagado e mesmo assim bem visível. O ausente traço em questão, Marcos, representaria o malar (osso) ou, mais popularmente, maçã do rosto, pois, caso não fosse esquecido, traço da manga não iria de encontro ao traço superior do nariz e mão e rosto não ficariam amalgamados, entretanto, é um erro tão insignificante que em nada prejudica a imagem do feiticeiro zonzo sentado no asfalto. Tipo de ausência que só é identificável aos olhares sherlockianos, e não estou me gabando, longe disso, é que sempre gostei de desenhar, daí, em cérebros propensos a isso, detalhismo é inerente, é algo natural.

      Conhece o livro Mauricio de Sousa Edição de Artista? Também conhecido por Mônica Edição de Artista, contém HQs dos 1970 e parece que estão em preto e branco, você tem isso, Marcos?

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    11. Ah, vi agora, muito insignificante, difícil de reparar, só detalhista mesmo. Não tenho esse livro Mônica Edição de Artista, muito caro, 150 reais de preço de capa pra ter rascunhos do Mauricio escaneados de umas 5 histórias e que tenho conteúdo da Coleção Histórica. Esse só compro se encontrar um desconto de 80%.

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    12. Cento e cinquenta pilas é um valor deveras inflado, tem que esperar abaixar bastante, bastante mesmo, tipo um pouco acima de trinta contos já anima adquirir um exemplar desse livro, cuja proposta parece interessante já que traz informações de bastidores das confecções de cinco ou seis histórias da Mônica publicadas nos primórdios do título dela.

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    13. É, foram 6 histórias neste livro. Parece que no momento está em promoção, com desconto de 50%, custando 75 reais. Ainda assim caro, se comprar, tem que ser por menos. Apesar das informações contidas, não quero pagar caro por isso, só mais barato.

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  4. Gostei dessa história, roteiro até bem criativo, unir passado com presente e tudo. A menina deprimida por querer um coelhinho de pelúcia de outra... eu achava que era mimada quando criança, mas isso... típico porte de princesa, também ein? Acho que nessa época medieval não devia existir muitos brinquedos na verdade...
    O Cebolinha tirando onda com a cara do velho, quanto sarro, depois ficando impressionado com ele (até parece como se ele nunca viu bruxo ou magia em sua vida), o bruxo apanhando da Mônica, inclusive com nó na barba, detalhe discreto e divertido... e no final tudo acabou bem hein, a princesa teve o que queria e a Mônica também, ninguém saiu triste ou perdendo (o mago provalemente ficou ricão também). E esse paradoxo temporal no final... meio que de me dá nó no cerébro, meio que futuro afeta passado e passado afeta futuro, tudo vice-versa. É esquisito mas legal.
    Admito que quando criança não era grande fã de histórias de fábulas na turma da Mônica, achava, sei lá, qualquer coisa. Agora estou curtindo mais histórias assim, tem uma pegada mais diferentada, paródia. Por outro lado, adoro essas histórias aonde o personagem do passado vem parar no presente, e estranha tudo, nesse caso o Merlão achando a moto era um cavalo, e o avião um pássaro. Ótima comédia, sempre muito boa de ler.

    Uma história que gosto muito é aonde aparece o Mago Cebomerlin e a Bruxa Monimorgana, em homenagem aos personagens clássicos, mas que são exatamente como o Cebolinha e a Mônica, eternos rivais. Eles viajam para o presente e acabam até encontrando as versões atuais dos personagens e duelando com eles por engano.

    (adoro essas histórias aonde a Mônica bate em adultos ou pessoas mais velhas, ninguém está fora do alcance de sua ira, nem aqueles que tecnicamente estão acima dela. Só falta bater nos próprios pais)

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    1. Acredito que não tinham brinquedos na era medieval, no máximo bolas ou bonecas de pano, aí por isso a menina sonhar com coelhinho azul e saber que não existe, ficou deprimida que nunca poderia ter. Os diálogos e tiradas foram todas boas, e foi legal isso que todos se deram bem, a princesa ficou com o Sansão por muito tempo, o Mago ficou rico e tudo isso a Mônica sem o Sansão só por alguns minutos.

      Eu também curtia menos as histórias de fábulas, as que misturavam passado e presente eram melhores. As da Magali depois dos anos 2000 ficavam bem chatas assim porque ficavam repetitivas. Ainda assim as fábulas antigas eram muito melhores que as histórias atuais. Essa Mago Cebomerlin e a Bruxa Monimorgana foi ótima, capricharam muito. Mônica bater em todo mundo, seja quem for e perdoar ninguém era muito bom, a verdadeira Mônica assim.

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    2. Se há alguma em que Mônica agride os pais, não sei. Acho mais adequado imaginar se existe alguma em que os fere acidentalmente, pois jamais os ameaçou de modo consciente, até por esse tipo de incorreção ser intolerável em qualquer época. Parece que sob influência de alguma condição ou, por acidente, atinge coelhada em Seu Sousa, mas isso pode ser mero fruto da minha cachola, isto é, memória falsa que se apresenta de maneira tão convincente que chego a ficar em dúvida.
      O que posso afirmar com mais absoluta certeza é que já deu uma boa sacolejada no pai e sabendo muito bem o que está fazendo, isso ocorre em "Briguinhas", trama que abre sua edição nº9, de 1987, e não foi atitude desrespeitosa, é até bem hilária visto que fica como porta-voz de mãe e pai por estarem numa crise conjugal, daí, Dona Luísa, um tanto cega pela raiva que sente do esposo, nem percebe o baita sacolejo que dá na filha ao dizer tal coisa para que ela diga a ele, e Mônica apenas reproduz o recado de forma literal, ou seja, sacolejando o pai com zero falta de respeito, somente uma piada bem encaixada, cujo foco é a força dela.

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    3. Depois de tantas histórias da turma enfrentando bruxas, fadas, entidades sobrenaturais, até o próprio Capitão Feio, é um tanto estranho para mim ver o Cebolinha se impressionar com a feitiçaria e não saber o que é o mago, por isso que falei acima. Nós leitores já estamos mais que acostumados, mas os personagens... é quase como se cada histórias fossem universos separados.

      A Mônica bater com vontade nos pais, acredito que nunca aconteceu, até porque seria incorreto demais até para os anos 80 ou 90, foi só uma hipérbole... mas acredito que pode ter acontecido por acidente algumas vezes, acertar o pai sem querer (tipo ela acerta a Magali em algumas histórias), até porque histórias com Seu Sousa sempre acontece algo ruim com ele assim. Sempre me dá curiosidade saber como os pais dela lidavam com uma criança super forte em casa, especialmente porque ela muitas vezes causa acidentes e destruição indevida, e inclusive até uma certa negligência deixarem ela correr solta por aí. Parece até que não conhecem a própria filha.

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    4. Com tantas aventuras sobrenaturais o Cebolinha devia saber que feiticeiros é bruxos existiam. Como aa histórias não têm relação uma com as outras, não tem cronologia, aí é como se fosse a primeira vez que viam uma bruxa, um bruxos,fadas, etc. Só vilões fixos como Capitão Feio que sabiam e se lembravam de fato.

      Mônica nunca bateu nos pais, só por acidente, tem uma que a Mônica bateu a porta na xará da mãe, que pôs a filha de castigo, saiu na abertura do gibi do Cascão 15 da Editora Abril. Com Seu Sousa também algumas vezes só por acidente mesmo.

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    5. Essa que abre Cascão nº15 (1983) é supimpa, e a cena da portada na cara e em seguida puxando-a pela orelha para o castigo é da hora, tudo nessa história é muito bom, até aquele baita erro com coelhinho que repentinamente some e já logo reaparece, pela excelente qualidade, de certo modo, até isso agrega...

      Pessoal, puxando pouco mais pela memória, parece que há sim uma em que atinge em cheio Seu Sousa com uma coelhada, quase certo que não é memória falsa. Tanto ele quanto a esposa ficam consideravelmente assustados com a reação da filha, creio que até comentam sobre pedir ajuda, chamar polícia, algo nesse sentido, entretanto, o agride sob algum efeito, se foi por conta de hipnose ou, influência diabólica, não sei, talvez sonambulismo, quem sabe ingeriu alguma poção, seja de cientista ou elaborada por algum mago... Pelo que lembro tem um ar dos primeiros anos de Editora Globo, pode até ser aquela com um sujeito anão que se disfarça de Mônica para assaltar bancos, aí, provavelmente não foi ela que acertou o pai, mas, acho que a cena em questão não é dessa trama.

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    6. Foi excelente que saiu na revista do Cascão, qualidade era de alto nível na época em quase todas as histórias. Não estou lembrando dessa da Mônica, mas sempre que aconteceu de pais apanharem seria por acidente ou ela não estar em plena consciência como sonambulismo, por exemplo. De certo que não foi nessa trama do anão bandido que se disfarça de Mônica, isso não aconteceu na trama.

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    7. Encontrei a história cuja cena cheguei acreditar que fosse coisa da minha cabeça, a certeira coelhada sofrida pelo Seu Sousa ocorre em "Membros ativados", primeira HQ da Mônica pela Editora Globo. Por crer que seria groselha, bebe uma fórmula ou poção, desenvolve sonambulismo por conta disso e é nessa condição que desfere a coelhada, o impedindo de ligar para o médico, e foi esse profissional que desenvolveu o que ela ingeriu por conta própria e de maneira ingênua - essa de encontrar determinadas substâncias e, sem menor desconfiança, sem questionamentos, comê-las, bebê-las, acreditando que seriam alimentos convencionais devido ao que aparentam, volta e meia recorriam a esse prático e irresponsável comportamento por parte dos personagens crianças para desenrolarem os roteiros, tornando-se um clichê nos antigos quadrinhos da MSP.

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    8. Bem lembrado, essa mesma. Mas aí deu coelhada no pai e depois correr atrás dos pais por estar sonâmbula, sem sua plena consciência e ainda pensar que estava falando com o Cebolinha e o Cascão, foi sem querer. Apesar de roteiros assim serem clichês, até que ficavam engraçados.

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  5. Salve, Marcos! encontrei aqui um unboxing/review da edição especial MAGALI 60 ANOS, feito pelo canal ABRINDOBOX, para que o amigo não perca tempo indo comprà-lo: https://www.youtube.com/watch?v=9MO8EWmsaEk

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    1. Já era previsível que seria nada de mais. Vejo depois o vídeo, gosto da surpresa de abrir o livro e saber o conteúdo só na hora. Por ser mais barato, até compro, só que vai ser sem pressa, vai ser quando encontrar um bom desconto na internet, nem que seja daqui 1 ano.

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    2. Como prefere surpresa, Marcos, vou evitar spoilers. Pelo o que vi, posso adiantar que, apesar de não ter classificação etária, pois, abaixo do código de barras consta "Livre para todos os públicos" e só por esse detalhe já indicaria se tratar de uma edição deveras fraca, mais que a da outra sessentona, entretanto, paradoxalmente o conteúdo me pareceu melhor do que o de Mônica 60 Anos, não estou falando sobre alterações, imagino que nisso devam empatar, ou, quem sabe, pela frase já citada, a da Magali até supere nesse maldito quesito, contudo, focaram mais em HQs do século passado e, do período Abril, é "daquele jeito" que imagino que você já espera, daí, dentro das limitações, não me pareceu tão, tão ruim, é que, de acordo com as informações que você nos trouxe, o livro comemorativo da dentuça é de fato péssimo e, certamente, algum grau de "decepção programada"* o da Magali irá lhe proporcionar.
      *O que já se espera da obscuridade atual.

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    3. Zózimo, tendo classificação livre, sinal de não terem histórias com conteúdos muito incorretos, já que da Mônica bem ou mal teve cenas incorretas, apesar de tantas alterações. Tendo histórias clássicas inclusive da Editora Abril e conteúdos divertidos da personalidade da Magali, mesmo que não explorem absurdos exagerados, já é alguma coisa e consegue ser melhor que da Mônica. Se não tiver tantas alterações como da Mônica já ajuda muito, fato que algumas mudanças são certas de ter.

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    4. Reforçando: "daquele jeito" histórias do memorável período Abril, não obstante, compensaram com quantidade considerável das dos 1990, todas com traços que dão gosto de ver e ao menos três são de 1989, isto é, com Magali nos primórdios da titularidade - acho que acabei "spoilerizando" no final deste primeiro parágrafo...
      Quanto às alterações, pela ordem vigente, a edição comemorativa deve estar abarrotada...

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    5. Zózimo, não vi o vídeo, não fica dando spoilers, muitos detalhes, estraga a minha surpresa. Enfim, tendo anos 1980 bem mais explorado que os da Mônica e do Cebolinha já é uma melhora em relação aos outros. Não duvido que tenham várias alterações, mas acredito que não bata recorde como da Mônica.

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    6. Certo, Marcos. Surpresas têm que ser preservadas.
      Essa edição comemorativa é recordista em alterações, contudo, o que mais abomino são as que modificam desenhos e, de acordo com o que você postou, isso não tem em Mônica 60 Anos.

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    7. É, mudanças em desenhos realmente não tiveram, o que foi menos mal, é bem desagradável mudá-los e tirar trabalho de quem fez na época. As alterações ficaram restritas a textos mesmo.

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