domingo, 29 de setembro de 2024

Magali: HQ "Quem prova, nem sempre aprova!"

Em setembro de 1994, há exatos 30 anos, era publicada a história "Quem prova, nem sempre aprova!" em que a Magali arruma confusão em querer tomar várias amostras grátis de sorvete que o supermercado estava oferecendo. Com 6 páginas, foi história de abertura publicada em 'Magali Nº 138' (Ed. Globo, 1994).

Capa de 'Magali Nº 138' (Ed. Globo, 1994)

Magali está comprando balas no supermercado quando vê a atendente Dona Odete chamando pra provarem amostra grátis do sorvete "Gelabom". Magali aceita, Odete dá um sorvete de rum com jaca, Magali quer mais, Odete dá a amostra, avisando que o certo é um copinho por pessoa. Depois, Magali volta para o final da fila para conseguir outra amostra, Odete diz que já deu duas amostras e agora chega, são ordens do chefe. Magali diz que é tão pouquinho que nem dá para sentir gosto do sorvete, é regulagem, aí Odete dá outro copinho, avisando que é o último.

Depois, Magali se disfarça com esfregão na cabeça para pedir mais uma amostra. Odete dá uma, mas desconfia. Magali ainda se disfarça mais três vezes com apetrechos do supermercado e na última, Odete arranca o disfarce dela e chama o gerente Afrânio. Quando voltam, veem Magali tomando todo o sorvete no pote original.

Seu Afrânio tem ideia de Magali fazer publicidade para eles e avisa que ela pode tomar o sorvete que quiser, é só dar uma opinião sobre ele. Assim, manda chamar câmeras para gravar o comercial e na hora, Afrânio pergunta, diante das câmeras, por que Magali tomou tantas amostras do sorvete "Gelabom" e ela responde que é ruim para caramba, mas de graça até injeção na testa. No final, Afrânio e Odete saem correndo furiosos atrás da Magali pela rua para bater nela e Magali fala que desconfia que o que eles querem dar agora não é amostra.

História curtinha para padrão de abertura e muito divertida. Magali não se contentava tomar só uma amostra grátis do sorvete que o supermercado estava oferecendo e faz de tudo para tomar outras amostras. Após o gerente descobrir, deseja que ela faça a publicidade do sorvete, só que não contava que a Magali seria sincera demais dizendo que é ruim, mas tomava porque era de graça.

Magali não entendia que amostra grátis é uma tática do supermercado de oferecer só um pouco do produto para cada pessoa que possa provar como é e incentivar comprar o produto completo se gostar. Não daria só uma pessoa tomar várias amostras que até não sobraria par aos outros. Ela que comprasse o sorvete se queria tomar mais, a atendente até foi legal com ela, mas tudo tem limite. Os pais não dão limite à filha e dá nisso de passar vergonha no supermercado.

O gerente Afrânio tinha que ter orientado o que ela devia dizer no comercial, pelo visto imaginava que a Magali queria sorvete porque era gostoso, não contava que ela ia dizer aquilo. Teve sorte que não foi transmissão ao vivo, se quisessem podia gravar de novo com as devidas orientações, mas por causa da sinceridade dela contra o sorvete, não quiseram conversa, não mereceria sorvete, e, sim, surra, até por causa do prejuízo que já tinha dado antes, afinal, foram 7 amostras que ela tomou, fora o pote do sorvete quando ficou sozinha no momento que a Dona Odete chamou o gerente.

Mostrou que a Magali tem coisas que não gosta, mas come porque o negócio dela é comer, seja o que for, não pode ficar sem comer por muito tempo e come qualquer coisa por compulsão mesmo se não gosta do paladar. Foi engraçado ver Magali pegando uma amostra de sorvete atrás da outra, pessoal da fila com cara feia com a atitude dela e, principalmente tomando o pote todo, os disfarces da Magali para enganar a atendente e o final rachar de rir. Interessante darem sorvete de rum para criança por ter bebida alcoólica, deveria ser oferecido só para os adultos do supermercado. Também sempre era legal a  autonomia das personagens crianças irem sozinhas em supermercados, cinemas, etc, sem os pais ou adultos, rendiam ótimas histórias assim.

Os disfarces que a Magali fez pareciam situações de desenhos animados como Pernalonga, Pica-Pau, Manda-Chuva, Scooby Doo, por exemplo, que se disfarçavam para se livrarem de perigo ou tirar proveito de algo, eles se inspiravam em desenhos para fazerem histórias. O sorvete "Gelabom" foi paródia do sorvete "Kibom". É incorreta atualmente por egoísmo da Magali de querer todo sorvete para ela, criança tomar sorvete de rum e ir sozinha em supermercado, adultos quererem bater na Magali, poderiam também implicar com orelhão por ser algo mais datado, se fosse hoje, o Afrânio ligaria através do celular dele. 

Os traços ficaram bons, típico de histórias dos anos 1990. Teve erro da Odete aparecer sem lábios com batom em alguns quadrinhos. Vale destacar que a partir de setembro de 1994 começou o "3D Virtual" nos gibis da Turma da Mônica, que marcou época. Primeiramente em capas como essa da 'Magali Nº 138' e a partir de novembro daquele ano em histórias também. Consistia de desenhos repetidos que adotando a técnica indicada dava para ver as imagem em profundidade virtual como se tivessem saindo do papel. Então, o "3D Virtual" está completando 30 anos também este mês, mais detalhes dessa técnica, pode ver AQUI. Muito bom relembrar essa história há exatos 30 anos.

19 comentários:

  1. Que nostalgia!! Essa historinha marcou a minha infância. Eu amava a Magali se disfarçando pra poder comer mais sorvete. As historinhas dos anos 90 são fantásticas.

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    1. Muito boa essa. Personagens se disfarçando pra enganar os outros sempre era engraçado.

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  2. kkkkkkkk. Essa hq me fez lembrar de quando a gente ficava na fila do lanche na escola e era sanduíche no dia. Eu mesmo conseguia 2 sandubas, colocando um boné para a mulher da copa não me reconhecer. kkkk. As vezes dava certo, as vezes não. Ri para caramba com a sinceridade da Magali ao achar o sorvete ruim. Abraços, Marcos!!

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    1. É, tem que sorte pra não ser reconhecido ou atendente fingir que não reconheceu e deixar pra lá rsrs. Pra Magali achar alguma coisa ruim porque era ruim mesmo, também pudera rum com jaca é nada agradável, não valia a pena pagar, só de graça pra tomar aquele sorvete. Eu também ri muito nessa parte. Abraços.

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  3. Boa tarde. Não comprei Turma da Mônica Nº 62 e vou comprar a Nº 65. Abraços.

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  4. Não vou comprar Biblioteca Mauricio de Sousa: "MAGALI-1989!" nem o omnibus MSP 50. Abraços.

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  5. Se empanturrou de sorvete ruim gratuito, e a cara nem arde, a boa e velha Magali é assim mesmo, costuma ser mal-agradecida...

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    1. Pois é, tomou tanto sorvete à custa deles, deixaram relevar, bem que a Magali podia falar bem do sorvete pra agradá-los. Isso era típico da Magali antiga, assim que era legal.

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    2. Marcos, passando os olhos por Capas Semelhantes, não encontrei, lado a lado, a de Chico Bento, nº120, de 1991 e, a de Magali, nº279, de 2000. Parece que não foram incluídas nessa seção.

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    3. Não coloquei essas. Algumas capas semelhantes faltaram, não cheguei a pesquisar outras. E também não lembro quais foram as capas que foram semelhantes dessas citadas aí.

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    4. São gags com esqueletos enormes de peixes que foram pescados. Para constatar a semelhança, Get Back, ou Getback é o mais apropriado para esse tipo de busca.

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    5. Ah, sim, a semelhança é entre essas 2 revistas. Como visualmente não são parecidas, ainda mais que no Chico colocou o esqueleto de peixe e um quadro, aí nem associei. Minha fonte de pesquisa naquelas postagens era o Getback por ter quase todas as capas e mais rápido de visualizar.

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  6. Oh Magali, mas que gracinha... Muito engraçadinha de fato. Uma pestinha, realmente. Baita sacanagem essa. Prejuízo pelo puro prejuízo. São bonzinhos demais com ela. Só vive de atrapalhar a vida dos outros, ou então não deixa que os outros possam ter o mesmo prazer também. Não toma jeito.

    Essa menina nem deveria mais ser permitida em super-mercado algum considerando tudo que o que apronta sempre, antes e depois. Devia estar na lista negra.

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    1. Pois é, toda vez que a Magali entra em supermercado é confusão na certa, deviam bani-la dos supermercados, pelo menos não ir sozinha. Em compensação, histórias memoráveis sempre quando ela aprontava em supermercados. Prejuízo foi grande, atrapalhou os clientes na fila, e ainda deram uma chance era ela e não pôde aproveitar. Perdeu a oportunidade de tomar sorvete que quisesse com a sua sinceridade.

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    1. Até que conseguia, aliás, ainda consigo. Só encostar o papel perto da vista e ir afastando aos poucos que as ilustrações saem do papel. Consigo até com tela de computador e celular. Acho que varia de casa pessoa.

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  8. História excelente da Magali 😂
    Também faço parte das pessoas que não conseguem ver o 3D, mas a ideia parecia legal mesmo.

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    1. História bem legal. A ideia do 3D era boa, dava entretenimento para as crianças, conseguindo ou não ver, elas se divertiam e aí era válido.

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