quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Tirinha Nº 108: Magali

Nessa tirinha, Magali ouve no beco uma criança que estava com seu pirulito sendo roubado, aí ela vai lá, não para tentar impedir, mas pra disputar com o ladrão o roubo do pirulito. Definitivamente Magali era capaz de tudo para comer, até ser assaltante de pirulito era possível. Coitada da criança que foi assaltada por dois ao mesmo tempo e fica na imaginação como era o ladrão, qual dos dois roubou o pirulito ou se conseguiram de fato e se o assaltado era um menino ou uma menina. Muito boa.

Essa é completamente impublicável hoje em dia, não só por envolver bandido, como também a própria Magali ser uma ladra. Foi a primeira tirinha que a Magali teve crédito dela, já que não tinha gibi próprio e normalmente o crédito no alto era fixo da personagem titular do gibi, no caso, seria da Mônica, mesmo se ela não aparecia ou se não fosse piada sobre ela.

Tirinha publicada originalmente em 'Mônica N° 59' (Ed. Abril, 1975).

21 comentários:

  1. Toma jeito, Magali... sua larápia! E se o pirulito estiver babujado, saliva alheia não a faz desistir da disputa... Gostaria de saber quem é o outro gatuno e quem está sendo assaltado, a vítima certamente não é Mônica, nem Cebolinha, pois não há dislalia e ela não pede socorro, resolve na porrada e, se for o Cascão, pela agitação em não deixar que levem o que lhe pertence, se começar suar, provável que ambos desistam...

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    1. Provavelmente a criança já tinha começado a chupar o pirulito e Magali ia querer do mesmo jeito. O bandido fica na imaginação da gente, tudo indica que não é ninguém conhecido da turma, não vejo ninguém com índole pra isso, só a própria Magali que poderia roubar primeiro se visse a criança com pirulito ou outra guloseima na rua, aí mais fácil ser um bandido adulto e gordo como costumavam mostrar ou um jovem, eu imagino como um bandido gordo mesmo.

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    2. Dois contra um (ou uma) é fogo, é desigual...
      Como falei no primeiro comentário e, claro, por não haver áudio em tiras de piadas, Cebolinha não é por não ter dislalia no pedido de ajuda e Mônica, pela capacidade de resolver no braço, não pede socorro, daí, esses estão descartados como vítima. Cascão, quem sabe, até pode ser, mas, se ele se agitar muito ao resistir e começar a suar, os dois larápios desistem do pirulito, acima utilizei "provável", mas, não, se caso for ele o dono da guloseima e começar a feder, COM CERTEZA a característica principal da Magali arrega, porém, se estiver resfriada, a "tática involuntária" do sujão não surte efeito nela.

      Por conter "sorveteria" no título da trama, Magali participa da história de abertura de Mônica nº59, da Editora Abril?

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    3. Ah, tinha lido rápido e que você tinha perguntado quem era o assaltante, aí sendo o assaltado também acredito que seja um figurante qualquer, quem sabe um menino menor, da idade do Dudu. Imagino ser um menino nesse caso, não uma menina, acho que combina mais. Agora se for alguém da turma, Mônica resolveria na força, sem chance para o ladrão, Cascão o mais provável da turma principal, mas poderia ser o Xaveco que não teria um empecilho para o ladrão desistir do roubo como cheiro de suor do Cascão.

      Na história de abertura dessa revista a Magali não aparece, nessa Cebolinha e Cascão se convidam para ir à sorveteria com a Mônica causando confusões lá.

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    4. Imagino que o dono do pirulito seja um guri desconhecido com a mesma idade da Magali, e o primeiro ladrão imagino alguém como os Zelões e Tonhões da vida, algum moleque fortão, do tipo intimidador.
      Mencionou Dudu, fico imaginando como seria esse personagem naquela época, pois, se surgisse uns quinze anos antes, Magali, que já era bastante conhecida, por conta dessa antítese teria uma visibilidade ainda maior nos anos 1970.

      "Quem tem boca vai à sorveteria!" foi republicada?

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    5. Sim, o assaltante pode ser um Tonhão tranquilamente. Se o Dudu tivesse sido criado nos anos 1970 seria muito bom e com visibilidade bem maior, visto que quando tinham histórias com a turma lidando com um menino pestinha menor que eles eram bem engraçadas. Não sei se "Quem tem boca vai à sorveteria!" foi republicada, acho que não, se foi, seria na Editora Abril a partir de 1982 até 1984.

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    6. Se Dudu fosse dessa época provavelmente a presença da Magali seria elevada para um nível semelhante ao do Cascão, que mesmo não sendo titular nos 1970, em presença se equipara com Mônica e Cebolinha nesse período.
      Falando em meninos pestinhas que em idade regulam com o guri ruim de garfo, me lembrou de um assim, só que esse é meio perigoso, um, digamos, aprendiz de mau-caráter. Convence Mônica a bater nos garotos sendo que nada fizeram contra ela e faz com que seja injusta até com Bidu, que passava pelo local e se aproxima dos dois tranquilamente, ela o espanta, o toca para longe devido o gurizinho dar chilique ao perceber o cão se aproximar sem expressão de ameaça. Quando a mãe surge lhe dando bronca, tenta se passar por vítima da própria Mônica e, a progenitora, por conhecer bem sua cria, não cai no papo dele. Trama curta que une o singelo e o profundo, não lembro como se chama essa HQ (título), primeira publicação foi em Mônica nº130, de 1981.

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    7. Sim, a Magali também teria mais destaque se o Dudu tivesse sido criado nos anos 1970. Conheço essa história do menino chorão, é engraçada, o menino se deu mal, levando até puxão de orelha da mãe, coisa inadmissível nos gibis hoje.

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    8. Isso mesmo, "Mônica e o menino chorão", e o choro só ocorre para desenrolar a trama. Título simplório e impreciso para a proposta do roteiro, no lugar desse adjetivo poderia ser "embusteiro" ou "ardiloso" ou "dissimulado", no entanto, soaria rebuscado intitular com qualquer uma dessas opções, pois afastaria a compreensão primária do público infantil.
      "Mônica e o menino chorão" é uma das HQs que compõe(m) minha introdução à Turma da Mônica e ao conceito de quadrinhos. Lembro que olhando as figuras consegui entender pelo menos um quarto da história, até alguém ler para mim e daí compreendê-la de fato, acho que foi alguma tia minha que fez esse favor.

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    9. Acho que o menino foi bem ardiloso no seu comportamento, tudo pelos seus interesses. Essa é uma que mesmo sem ler dá pra entender o conceito da história, semelhante a histórias mudas criadas pra esse fim de crianças que ainda não liam, mas compravam os gibis. Quando tem texto e os que não sabem ler conseguem entender são melhores ainda. Essa vi primeiro em Almanaque da Mônica 16 da Globo de janeiro de 1990, concidentemente eu também ainda não sabia ler, ia me alfabetizar naquele ano.

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    10. Almanaque da Mônica nº16 da Editora Globo fez parte da minha coleção na época, lembro que adquiri novo. Foi bom ter falado, Marcos, pois não lembrava que essa HQ foi republicada nessa edição.
      Mônica nº130 da Editora Abril me pertenceu quando estava na fase da selvageria, isto é, curti a edição intacta durante um tempo e depois recortei, devia ter uns cinco ou seis de idade, já adorava gibis, porém, colecioná-los era algo que eu ainda não atinava, mas chegou fazer parte da minha coleção de outrora, através de sebo readquiri a edição e há muito não está entre os meus.
      Quanto ao título da história, um vocábulo simples e direto que qualquer criança a partir dos quatro de idade e não alfabetizada compreende facilmente é "mentira", esse conceito é apresentado à nossa espécie desde tenra idade, daí, poderiam ter substituído "chorão" por "mentiroso", entretanto, creio que a forma imprecisa como foi intitulada não foi por falta de criatividade, foi proposital, ou seja, quem escreveu não quis entregar logo de cara o tipo de caráter do personagem, e ficou melhor assim, deu um singelo charme na trama.

      Desculpe a curiosidade, Marcos. Quanto pagou pelo exemplar de Mônica nº59 da Editora Abril?

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    11. Legal, acabou tendo de novo a história de quando ainda não lia e relembrar já que não tinha mais, era bom quando almanaques podiam mostrar de novo o início da infância da gente, de perder o gibi e voltar a ler história de outra forma. O título acredito que foi proposital, sim, fora que ele ficava chorando pra ter o que queria. Mônica Nº 59 eu comprei por 10 reais em um sebo há algum tempo.

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  2. Terá edição 700 da Mônica e esses livros vão ser vendidos em bancas e livrarias. Abraços.

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  3. Não sei quando vão divulgar capas no site, só Panini que pode informar. A compra da Magali 60 Anos vai depender das promoções dos sites, acredito que só ano que vem. Abraços.

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  4. Simples e a cara dos anos 70. Gostei demais dessa hq.

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    1. Essa simplicidade era ótima, deviam ter mantido. Eram boas essas dos anos 1970 por isso.

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  5. Magali, você não existe... essa menina não existe, é inacreditável ela. Quando se trata de comida, coisas como ética e educação são jogadas pela janela, vê essa situação. E ela geralmente é a mais '''''certinha''''' da turma. Nos piores dias, pode ser uma ameaça geral a qualquer um.
    Alguém PRECISA por limites nela.

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    1. A Magali é certinha para qualquer coisa, mas se tiver comida na jogada, faz de tudo, vira outra pessoa esquece que é a boa samaritana. A gente pensa que ela ia salvar o menino e vai lá roubar também o pirulito, só Magali mesmo...

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  6. Marcos, tem um roteirista... creio que o Emerson de Abreu! É vegetariano e, nas histórias dele, a Magali não come carne! Que opinião você tem disso?

    E, mais uma vez, excelente matéria a sua!

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    1. Valeu por ter gostado. Não sabia disso de Emerson ser vegetariano e nem que não colocava Magali comendo carne em suas histórias. Aí, ele queria incorporar seus gostos nos comportamentos dos personagens e até era comum isso nas histórias dele já que personagens geralmente eram mais sarcásticos, debochados, até quem não era naturalmente como a Magali. Acho que em relação a comida, não chega a descaracterizar a Magali porque ela estaria comendo alguma coisa, e nem necessariamente só vegetais, a não ser se mostrou ela recusando carne ou que não come carne de jeito nenhum, aí não ia gostar.

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