domingo, 5 de maio de 2024

Tirinha Nº 104: Chico Bento

Nessa tirinha, Chico Bento acorda na hora do almoço, com Sol bem alto, e se pergunta por que o galo não cantou. Quando vai ver, a mãe tinha preparado galo assado para o almoço, mostrando que não cantou porque foi para panela. 

Coitado do galo que foi abatido pela Dona Cotinha e não teve direito nem a seu último canto do dia e Chico bem dorminhoco e cansado a ponto de acordar só na hora do almoço no dia que o galo não canta. Dona Cotinha bem que podia o ter acordado antes, vai ver que queria fazer a surpresa para o filho e também provavelmente não era dia que ele precisaria ir para escola ou trabalhar na roça com o pai. 

Mostra o cotidiano da roça que o povo acorda através do canto do galo e que criam animais para comê-los depois. Pelo menos não foi a Giselda, galinha de estimação do Chico, senão ia ter briga com a mãe. Incorreta hoje em dia por ter maltrato a animais e o galo ter um final triste, mesmo que seja um cotidiano da roça não aceitam atualmente. 

Tirinha publicada em 'Chico Bento Nº 93' (Ed. Abril, 1986).

15 comentários:

  1. Galo, coitado, dançou... Para o Chico levantar quase na hora do almoço, sem Dona Cotinha acordá-lo para o café da manhã, o dia da semana da piada só pode ser domingo, até pelo que será servido no almoço, reforça ainda mais a teoria de que não é dia de escola e de labuta.
    Chico Bento, por ser da roça, nos anos 1980 provavelmente comia galinha (e galo) mais de uma vez por semana, já eu, quando criança, lembro muito bem, frango era prato dominical.

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    1. Também acho que seja domingo, a mãe não deixaria o filho perder escola, pelo menos. E reforça que é domigo também isso de ter muitos lares que comem frango assado aos domingos como tradição e até hoje é assim, não ficou restrito aos anos 1980. Mesmo que Chico não tivesse aula e trabalho na roça, Dona Cotinha foi errada de não acordá-lo, deveria ter acordado lá pras 9 horas da manhã, até pra ele poder tomar café da manhã e dar um tempo pro almoço.

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    2. Trazendo para cá nosso papo sobre HQs cujos títulos não correspondem aos roteiros, "O foquinha" (Mônica115/1979) é outro que aparentemente* soa desconectado do tema. Consiste num diálogo entre Mônica e Cebolinha exibido por meio de um gravador, na verdade, ele tenta entrevistá-la e acabam se desentendendo. Participação dela se dá por áudio, os únicos que aparecem e ademais apenas no quadro de encerramento, são Cascão e Cebolinha, e, esse, tentando falar, pois a boca foi vedada pelo fio do microfone do gravador que envolve o corpo do guri, foi deixado completamente atado.
      *Pode parecer erro, mas algo me diz que esse título faz sentido, como se fosse uma gíria, sei lá, um termo utilizado em algum meio profissional, mais ou menos isso.

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    3. Tudo indica que seja gíria mesmo e não teve erro. No caso, a gíria é foca, que vem de jornalista iniciante e como o Cebolinha entrevista a Mônica, o chama de foquinha por ser um menino jornalista.

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    4. Isso aí, Marcos, matou a charada do título dessa história.
      Tipo de coisa que me deixa aperreado são catástrofes naturais. O que me preocupa atualmente é a situação do Rio Grande do Sul.

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    5. 7 de maio de 2024
      'CASCÃO ENTRA NOVAMENTE NA ÁGUA PARA AJUDAR VÍTIMAS DAS ENCHENTES'

      É o que consta no Planeta Gibi Blog. Acho que merece uma postagem redigida por vossa senhoria, caro Marcos.
      Cascão de hoje em dia não é mais aquele adorável personagem que marcou época, ainda assim, penso que pela envergadura do teu blogue, o que o sujão está se propondo atualmente - e pela segunda vez, primeira foi lá em 1983 - não é só mais uma mera descaracterização, o feito merece ser oficialmente citado neste espaço.
      Deixo claro que é só sugestão, pois aqui é vossa senhoria quem apita.

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    6. Muito triste mesmo catástrofes assim como foi no Rio Grande do Sul. Vi essa postagem do Planeta Gibi, a mesma imagem de 1983, só que colorida. E já fiz postagem mostrando momentos que o Cascão perdeu invencibilidade do banho, foi essa aqui:

      https://arquivosturmadamonica.blogspot.com/2020/04/momentos-que-o-cascao-perdeu-invencibilidade-do-banho.html?m=1

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    7. Na verdade, é outra ilustração com a mesma base da de 1983, a cena foi redesenhada.
      Modo como a iniciativa do Cascão para demonstrar solidariedade se dá, água na cintura, é desnecessária(o) e perigosa(o). Certo seria se dirigir às vítimas por meio de canoa, remando seguro e trajando capa de chuva.

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    8. Foi redesenhada seguindo a ilustração original, tanto que tem esses detalhes perigosos que hoje reclamariam. O que podiam era ter a base e fazer essas adaptações de seguranças, que pelo menos teria uma ilustração totalmente diferente.

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    9. Nem é questão de ajustar campanha para atualidade por conta de histeria politicamente correta, o que enfatizo outrossim nem é descaracterização, trata-se de uma clara incoerência nessas campanhas, pois, o modo como Cascão se coloca para ajudar, caminhando com água até a cintura, dado que enchentes não são compostas por águas incolores e/ou translúcidas, isto é, ele não consegue enxergar aonde está pisando, correndo risco de passar da condição de heroico socorrista para condição de vítima, podendo se tornar mais uma em meio a tantas e tantas produzidas pelas cheias.
      No objetivo de demonstrar o quão o guri é humanizado, o quão é solidário, seja em 1983 ou 2024, o que Cascão realmente fez e faz foi e é papel de orelhudo inconsequente, papel de jumento.

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    10. Realmente dessa forma atrapalha mais do que ajuda, ainda poderia se afundar se tiver um trecho mais fundo. Acho que queriam mesmo nessa campanha mostrar solidariedade e sacrifício do Cascão de entrar na água pra ajudar as pessoas, tudo por uma boa causa, apesar de não ser a forma correta de ajudar, o que vale é a intenção.

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  2. Aí coitadinho, deu dó do Chico, sempre tão apegado a seus bichinhos. Será que ele teve coragem de comer depois?

    Isso me lembrou uma história que ouvi há muito tempo de minha professora. Ela tinha uma sobrinha que sempre ganhava um porquinho novo de estimação, que ela amava, brincava, cuidava, mimava e tudo... Só que o porquinho sempre ia para panela, virava carne de porco, linguiça, e depois os pais davam um novo para ela repor, e o ciclo recomeçava. Fico pensando como ela lidava com isso, e se concordava em comer muito bem depois...

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    1. Acho que o Chico não teve coragem de comer, afinal o galo sempre cantava nas manhãs, lembrança forte pra ele. Uma pena quando cria pra comer, se apega ao bichinho, não merecia, era melhor comprar carne de porco no mercado, pelo menos não teve acesso qual porco foi abatido.

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    2. Áliais, pensando agora... será que o Chico algum dia seria vegano/vegetariano? Considerando o apego dele aos animais e seu papel de protetor em algumas histórias.

      ''pelo menos não teve acesso qual porco foi abatido'', desculpe, não sei te entendi bem aqui. Ela só tinha um porco por vez mesmo.

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    3. O Chico come carne, mas também já mostraram histórias com ele escondendo os bichos para a mãe não matar pra comer, depende do roteiro. Teve até uma que ele some com os bichos do sítio e convence a mãe fazer uma ceia de Natal vegetariana para não sacrificar os bichos. E quando eu disse que não teve acesso a porco abatido, digo se comprasse os porcos que no mercado ou açougue, não ia saber que porco era, já os que ela teve , sempre sabia qual foi abatido, principalmente por ter um por vez.

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