quarta-feira, 10 de abril de 2024

Mônica e Magali: HQ "Invejinha"

Mostro uma história em que a Mônica sentiu inveja da Magali porque é gorda e a Magali ccome de tudo exageradamente e não engorda. Com 9 páginas, foi história de abertura de 'Magali nº 85' (Ed. Globo, 1992).

Capa de 'Magali Nº 85' (Ed. Globo, 1992)

Mônica se assusta quando vê na balança que engordou 2 quilos, ainda mais que na semana a mãe fez macarronada, pavê e pizza. Magali diz que não é para esquentar, logo ela volta ao normal e  depois Magali se pesa e continua o seu peso normal de 15 quilos. Mônica acha pouco e Magali lembra que havia comido antes 3 lasanhas, 5 tortas, uma travessa de maionese, melancia, pão.

Em seguida, Magali vê um vendedor de sorvete e pergunta para Mônica se ela vai querer também. Mônica até aceitaria, mas ao lembrar da balança rindo, indicando que vai ganhar mais peso, ela recusa. Magali pede 5 sorvetes, ainda oferece para Mônica, que recusa por engordar só de sentir o cheiro. Depois, Magali come 4 cachorros-quentes e bebe um garrafão de refrigerante. Mônica leva Magali para se pesar de novo na balança e ela continua com 15 quilos.

Mônica quer saber o segredo de ficar sempre magrinha e Magali responde que não tem segredo, ela é assim e deve continuar magrinha a vida inteira. Mônica imagina Magali e Denise adultas, com Denise elogiando que Magali está esbelta e ela diz que foi contratada para ser modelo e ainda continua comendo muito como na infância. Depois, Denise vê Mônica obesa, pergunta se ainda estava fazendo regime e Mônica responde que estava, mas ao comer duas azeitonas deu nisso e Denise fala que ela está um caco.

Mônica acorda e as meninas vão brincar no parquinho. Magali pede para Mônica empurrar no balanço e Mônica diz que não vai dar, as mãos dela são muito delicadas. Magali pede para o Xaveco, que aceita e fala que ela é levinha. Mônica pede para o Xaveco empurrá-la e ele fala que outra hora por já estar indo, como desculpa para não empurrar por Mônica ser pesada.

Quando vão brincar de gangorra, Mônica fala que não vai dar porque ela tem peso normal e como Magali era tão magrinha, que não teria força suficiente para fazer subi-la. Fala também que por um lado é bom ser magricela, como não precisar abrir a porta, só passar por baixo, se não quiser que a vejam, só ficar de perfil, economiza na roupa já que uma meia pode virar suéter, mas pode ter alguns apelidos como palito, cotonete, pau-de-tirar-tripa, só não é para ligar, sempre vai ter alguém que goste de uma menina esquelética.

Magali chora e Mônica se desculpa, falou por despeito e por ter sentido invejinha porque Magali come, come e está sempre elegante e ela vai ficar uma barrica. Magali fala que tem ter mais autoconfiança nela, está ótima e jura se ela não falar que está esquelética. Mônica diz que ela é uma amigona e sabe que nunca teria inveja dela, por isso se sente envergonhada. As amigas fazem as pazes e, enquanto caminham, um menino elogia as pernas grossas da Mônica e no final Magali fica com invejinha porque gostaria de ter as pernas como da Mônica. 

História legal em que a Mônica fica com inveja da Magali comer muito e continuar magrinha enquanto ela é gorda. Tentou provocar a Magali com as desvantagens de ser magra, mas se arrependeu e as amigas voltaram a ficar de bem. Só que a Magali acabou sentindo inveja da Mônica no final por ter perna grossa e ela não, coisa que a Mônica nunca imaginaria que a Magali teria inveja dela, e Magali nem seguiu os próprios conselhos de autoconfiança que havia acabado de passar para a Mônica. 

História envolve a característica da Magali de comer muito sem engordar, era muito comum esse tema e sempre eram divertidas. Além de se divertir, ainda dá pra refletir sobre problemas do gordos na vida real e as cobranças que têm da sociedade de o padrão de beleza de ser magro. Pior quando são as crianças que são gordas serem cobradas pelos outros, inclusive pelos próprios pais, e se sentirem tristes por isso, e a história ajudou nisso das crianças que se sentem gordas para não ligarem e aceitar que é normal e são bonitas de qualquer jeito.

Foi muito engraçado ver a reação da Mônica de ver a Magali comendo sem engordar e ela dizer que engorda só de sentir cheiro, a Mônica pensando na balança rindo de que ela ganharia mais peso ao tomar sorvete, a imaginação delas adultas com a Magali esbelta e a Mônica obesa, o Xaveco não empurrar a Mônica no balanço por ela ser gorda e pesada e as falas da Mônica fazendo bullying da Magali magricela e ainda se imaginar com chifres de Diabo, se achando diabólica. 

Mônica disse que tinha mãos delicadas, na verdade, se empurrasse a Magali no balanço, ia fazer com que ela fosse parar longe com sua superforça, sem querer foi até um favor. Gostava também quando mostravam os personagens como adultos em pensamentos sendo um futuro imaginário deles ou até mesmo passarem os anos e eles crescerem para mostrar a piada final, aí cada desenhista deixava o visual dos personagens adultos de acordo com a sua visão. E os pensamentos e sonhos em tons azuis e verdes, diferente da colorização normal, davam um charme a mais.

Interessante mostrar que a Magali tem 15 quilos, realmente é pouco na média para uma criança de 6 anos, pena não mostrar o peso real da Mônica, só uma noção comparado ao que mostra na balança. Interessante também de dizer que a Mônica é gorda e a Magali é magra, os meninos chamarem Mônica de gorducha, mas todos são desenhadas com corpo da mesma forma. Nessa história mesmo, as duas foram desenhadas fofinhas iguais, só em alguns quadrinhos que a perna da Magali saiu ligeiramente mais fina para mostrar que a Mônica tinha perna maior, mas pouca coisa. Até anos 1970 de fato a Magali era desenhada mais magra que os outros, depois todos foram desenhados com porte de corpo iguais, inclusive os meninos, e atualmente na era digital de "copiar e colar" desenhos prontos, aí que são idênticos mesmo.

Incorreta atualmente por mostrar crianças com inveja, menosprezar gordos e magros, Mônica fazer bullying de Magali magricela e até ela se imaginar obesa como coisa ruim, assim como a Magali comendo exageradamente, o menino dar cantada na Mônica e ela ser sensual. Os traços da fase clássica muito caprichados que davam gosto de ver. Teve erro de texto de falarem "balança" em vez de "balanço" ao mostrar o brinquedo na 5ª página da história (página 7 do gibi).

27 comentários:

  1. Por causa de inveja, em determinada altura da trama pega pesado com a melhor amiga, assim que a magrela abre o berreiro, a gorducha se arrepende e imediatamente se retrata, e isto é uma qualidade da Mônica, pois sabe que o que há entre elas é genuíno, é amizade "mermo", daí, está léguas e léguas de distância de ser uma invejosa contumaz.
    Legal foi o Xaveco, só há um dia em que se dispõe a empurrar peso: 30 de (F)fevereiro.

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    1. Verdade, a amizade prevaleceu, é maior do que uma inveja por outra ser magra e Mônica não. Empurrar peso não é com o Xaveco, principalmente sendo a Mônica, foi engraçado o Xaveco dizer que ela era gorda de uma forma elegante e discreta e nem apanhou.

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    2. O Xaveco nem disse que a Mônica era gorda, ele só inventou essa desculpa pra não empurrá-la no balanço, dizendo "Er... Outra hora!"

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    3. Marília, ele não disse diretamente que a Mônica era gorda, mas quis insinuar que era pesada demais para ele empurrá-la, que não era levinha como a Magali e peso grande ele não empurra, aí deu essa desculpa que tinha que ir embora.

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    4. Xaveco soube chegar e soube sair, foi inteligente... Mônica sabe o motivo de não querer empurrá-la, e não aproveitou ensejo para tirar sarro e correr risco de apanhar, não a irritou, só reforçou, sem intenção, a frustração dela. Se fosse Cebolinha, provável que tentasse se divertir às custas da coitada e terminasse machucado.
      Se Magali, que tem entre seis e sete de idade, pesa quinze quilos, quanto pesa Mônica? Elas têm mesma idade, seria o dobro do peso da esfomeada?

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    5. O dobro seria maldade demais, imagino que Mônica teria 24 quilos e setecentos quilogramas, até que não é tanto assim, mas ela se vê como mais gorda do que é realmente, por causa das provocações dos meninos e as neuras que fica. É mais ou menos o peso médio-máximo de uma criança de 6 anos, não?

      Não sou assim uma especialista em peso infantil, no entanto. Me corrijam qualquer imprecisão.

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    6. Nove ou dez quilos a mais comparando com quanto Magali pesa... deve ser por aí mesmo, Isabella. Quem é bem mais gordo que a Mônica, aparentando ter por volta de trinta e cinco quilos, é Quinzinho, é também mais alto por ter dois ou três anos a mais que ambas, regulando em idade com Titi, Jeremias e Franjinha.

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    7. Se Cebolinha aparecesse, não perderia oportunidade de azucrinar a Mônica, jogando na cara que não ia empurrar balanço porque era gorducha ou algo do tipo, mesmo sabendo que apanharia depois. Também acho que a Mônica teria entre 24 a 25 quilos, Magali já é abaixo do peso de criança de 6 anos e a Mônica teria que ser um pouquinho a mais que a média normal para ela ser considerada gorda, mas não obesa. Quinzinho pesa mais, além de ser gordinho bem visível, e também por ter uns 8 a 9 anos, mais velho que Mônica e Magali.

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  2. Muito boa essa parte da Mônica se imaginando gorda no futuro. É igual a imaginação negativa do Rolo numa HQ em que ele acha que tá perdendo cabelo, sendo que os fios que estavam no pende eram do pai dele. Daí Rolo se imagina careca no futuro e a namorada deixando ele pra ficar com um cabeludo. Aí ele diz: "Eu pensei que eram dos carecas que elas gostavam mais" e aparece um menino e diz: "Olha, um aeroporto de mosquito".

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    1. Achei engraçada essa parte da Mônica imaginando. Sempre são divertidas essas cenas com eles se imaginando adultos. Lembro dessa do Rolo, muito boa também.

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  3. Consegui voltar, depois dessa semana muito puxada, e mal tive tempo para nada (áliais, eu perdir muita coisa?)
    Essa história, eu adoro essa história. Conheço desde criança, e tenho uma memória afetiva. As inseguranças da Mônica, a desconstrução da personagem, a comparação com a Magali... eu sempre fui muito magra, mais a Magali mesmo, mas meio que entendo ela, chamada de gorducha o tempo todo, sempre cria um pouco de neura ou trama. Inveja é um sentimento mesquinho, pode te levar a fazer e dizer coisas que você normalmente nunca faria ou diria. E a Mônica sempre foi uma personagem muito insegura e vulnerável. A fantasia delas adultas, tudo bem desproporcional na cabeça dela... A passagem com o Xaveco foi demais. Senti pena da Magali, ouvindo aqueles ''semi-desaforos'' da Mônica. E eu adoro a amizade delas, imperfeita mas bem especial e bonita de se acompanhar. E é uma faca de dois gumes, como mostra bem o desfecho.
    Taí uma coisa que eu gosto na turma, as amizades são verdadeiras e ainda assim imperfeitas. Não é só uma coisa bonitinha e intocável, tem suas complexidades e picuinhas ocasionais. Assim como as crianças do mundo real. Crianças e amigos brigam, é inevitável. Eu sempre gostei das histórias de amizade, com dias bons e ruins, companheirismo, briguinhas aqui e ali, com boas lições de moral no final, fica muito gostoso de ler. Mônica e Magali tem várias histórias assim, assim como Cascão e Cebolinha. Todos os melhores amigos tinham sua cota de desentendimentos e rusguinhas, com a amizade prevalecendo acima de tudo.
    Sobre a gordura e magreza... eu acho irônico imaginar que quando elas crescerem e entrarem na adolescência, acho que a Mônica vai acabar pendendo mais pro lado vencedor. Maioria dos meninos gosta de carne, coxas, bunda e pernas grossas, então acho mais provável a Mônica fazer mais sucesso no futuro. Já a Magali magrelinha... meninas magras demais não tão lá em cima não, não tem toda essa audiência não, não tem muito o que olhar nelas. Acho que o jogo vai virar bem quando elas estiverem na adolescência.

    Enfim, ótima história. O tema, as tiradas muito engraçadas, bem desenhada, é nostálgica para mim. Nota 10.

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    1. Bem vinda de volta, acho que não viu umas 3 postagens. A história é toda boa, bem simples e com grande conteúdo. Esse tema de peso, gorda e magra, envolve todas as idades, embora foi mais pensada nas crianças que sofrem bullying por serem gordas, mas tem identificação com muitos adultos. Mônica se deixou muito influenciar com o seu peso e descontou na Magali, que também viu que não é tudo flores ser magricela. Parte do Xaveco muito engraçada mesmo. Eu também gostava dessas histórias de relação de amizade entre as meninas e entre os meninos, eles tiveram outras muito boas também, sempre deixavam próximos da gente já que brigavam, faziam as pazes, não deixavam tudo perfeitinho. Tendência é meninos gostarem das meninas mais cheinhas, com pernas grossas, não sendo obesa, atrai mais que as magrinhas, bem normal isso.

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    2. Agora, é interessante como algumas histórias retratam a Magali tendo problemas por ser magra demais também, como uma história ''Magrali''. Ou na história ''Familía de Peso'' que mostra ela e a Mônica procurando alguém na familía tão magro como ela e tal. Tem até algumas histórias em que os meninos provocam e xingam ela por ser magricela também. É engraçado como é uma faca de dois gumes.

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    3. Verdade e eu gostava dessas histórias retratando a Magali como magricela, tiveram até algumas que ela voava com vento forte de tão magra que era, muito engraçado.

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  4. Sobre a brevíssima interação contida no terceiro e quarto quadros da sexta página (pág.8), não lembro de outra, seja tão curtinha quanto ou com diálogo maior entre Mônica e Xaveco em alguma outra trama publicada nos anos 1990 e nem dos 1980, não quer dizer que não exista(m), afinal, estou longe de poder afirmar que conheço todas as histórias do núcleo do Bairro do Limoeiro provenientes dessas décadas.
    Há "O dia em que a Terra se partiu", em que, se passando por locutor, Xaveco e Mônica dialogam bastante, entretanto, não considero esse tipo de interação para o que coloco em questão, porque Mônica não sabe que é com ele que ela conversa e quando descobre o acerta sem dizer uma palavra especificamente direcionada ao secundário.
    Ademais há aquela breve passagem na HQ de abertura do gibi promocional Mônica(-)Coca-Cola em que Xaveco, outrossim disfarçado, e, no caso, de menina, também apronta com a Mônica e o que acontece nesses três ou quatro quadros vai (ou vão) na linha do que menciono no segundo parágrafo, ou seja, não é isso que quero destacar, daí, impressão que passa, pelo menos para mim e desconsiderando expressiva reformulação do guri a partir da década de 2000, é que as interações mais elaboradas entre Mônica e o bom e velho Xaveco estão nas HQs setentistas.

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    1. Nessa, o Xaveco fez apenas uma participação especial. Acredito que tenham outras com interação só com a Mônica, mas não lembro agora e se tiveram, foram poucas, até porque ele não aparecia muito nos anos 1980, um pouco maior de presença nos anos 1990. Nos anos 1970 Mônica e Xaveco juntos foram mais na primeira metade da década e a partir dos anos 2000 com certeza tiveram bem mais interações entre eles.

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    2. Ah, lembrei agora que na história "Pesadelos" (Cebolinha Nº 7 de 1987), tem uma breve passagem só com Mônica e Xaveco juntos em 2 quadrinhos em que ele a xinga de dentuçona e ela passa adiante sem bater, seguindo a recomendação do "psiquiatra" do plano infalível. De qualquer forma, foram poucas vezes que interagiram só os dois, maioria, provavelmente, envolvendo plano infalível.

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    3. Conheço essa história, e como você mesmo diz, nessa passagem não há reciprocidade por parte dela, o ignora devido à tal "recomendação médica", daí, o que há entre eles nesses dois quadros não é interação. Há uma singela tira oitentista do Cascão composta por três quadros, também pode ser considerada como piada da Mônica, ou até dos dois, mas, analisando-a, é mais do sujão do que dela, porém, isso não vem ao caso, o foco está no segundo quadro por conter Mônica e Xaveco, ele fugindo dela, que o persegue girando o coelhinho para o alto, isso, por exemplo, é uma forma de interação entre a dentuça e o secundário.
      Permita-me discordar, Marcos, pois Xaveco conta com vasta presença em HQs oitentistas, claro que maioria de suas aparições em histórias dessa década são com pouco destaque e também com nenhum destaque, interagindo aos borbotões com personagens de peso como Cascão e Cebolinha. O que chama certa atenção em Xaveco nas antigas HQs é como foi consideravelmente dichavado pela Mônica nos 1980 e nos 1990.

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    4. O Xaveco aparece nos anos 1980, só que é mais por figuração, interação maior com os meninos, por isso que só com a Mônica é difícil encontrar e no máximo com aparições rápidas. História completa só com Mônica e Xaveco nem existe. Em "Pesadelos ", não teve um diálogos entre eles, mas chegaram a ficar sozinhos em um curto momento, o que também era raro.

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    5. Embora não haja interação por parte da Mônica, olhando pelo quesito raridade... sim, é válido considerar essa curtíssima passagem, tem razão.
      Há uma tão curta quanto essa de "Pesadelos", entretanto, é, digamos, "aberta", pois inclui Cascão e Franjinha, e bem mais marcante pelo grau de nonsense a que se propõe. Consiste em Mônica, absurdamente emergindo por sobre a cabeça de Xaveco, passando para cachola dela o que até então estava na dele, ficando literalmente entre o guri e seu chapéu de vaqueiro, em pé, equilibrada sobre o secundário. Mais engraçado é que Xaveco não percebe, não sente peso sobre a cabeça, e a presença dela também não é notada pelo Franjinha e ambos a caráter por estarem brincando de bangue-bangue (bang-bang). Só o sujão a vê e por causa dessa aparição absurda se vê pressionado a não iniciar o que pretendia fofocar a respeito dela e os dois ficam olhando sem entender o motivo de repentinamente Cascão sair correndo, gritando desesperado sendo que se dirigiu a eles empolgadão. Não há interação entre Mônica e Xaveco, mas, o fato do roteirista optar por ele em vez de Franjinha ou qualquer outro garoto conhecido ou desconhecido do público para servir de base para ela se sustentar primeiramente agachada e depois de pé, deixa esse trecho da trama ainda mais memorável do que por excelência já é.
      Você deve conhecer essa HQ, Marcos. Primeira publicação situa-se como encerramento ou como miolo de Cascão nº79 de 1985.

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    6. Pois é, bem raro. Lembro dessa do Cascão Nº 79, acho que escolheram o Xaveco por ser mais baixo que o Franjinha e encaixaria melhor para o quadrinho já que se colocassem a Mônica em cima da cabeça do Franjinha, ia ultrapassar o quadrinho. Bem nonsense mesmo, além da Mônica em cima do Xaveco, ainda teve ela dentro do carrinho de sorvete e aparecer na projeção do filme no cinema, tudo para o Cascão não contar fofoca pra todo mundo que ela escorregou em uma casca de banana.

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    7. Por ser mais alto, teria de haver certo cálculo para dispor Mônica sobre Franjinha de maneira harmoniosa, no entanto, ela poderia emergir em Humberto ou em Cebolinha* ou em algum desconhecido dos leitores de mesma estatura do "secundário-mor", daí, essa passagem seria memorável com a dentuça empoleirada no cocuruto de qualquer moleque, mas, como Xaveco foi escalado para suporte, sendo ele tão dichavado por ela nos 80's e 90's, a junção é um tanto rara, fazendo dessa uma passagem ainda mais antológica.
      Além do telão da sala de cinema e do carrinho do sorveteiro, Mônica também está como garçonete de uma pizzaria, tudo para impedir que Cascão abra o bico a respeito do tombo que sofreu. Essa HQ é sen-sa-ci-o-nal!!
      *Cebolinha como suporte, Xaveco poderia preencher a cena da Mônica malocada no carrinho de picolé(s) e haveria o risco dela machucar as plantas dos pés devido aos fios capilares que, acidentalmente, volta e meia estouram bexigas e espetam as pessoas.

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    8. Verdade, dava para ser outro personagem com mesma estatura do Xaveco, mas o preferiram e ficou bom. De qualquer forma ele fez só figuração como de costume da época. A Mônica também virou garçonete, sim, essa história é muito engraçada.

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    9. Percebe o paradoxo entre as duas passagens, Marcos? Nesta, Xaveco não empurra a Mônica motivado por "evitar a fadiga" (como diz o carteiro Jaiminho, personagem do humorístico Chaves), já em "Fofocar? Nem por sonho!!", empolera na cabeçona dele e... nem "tchum", nem percebe que suporta vinte e quatro quilos e setecentos gramas sobre a moleira - esse é o peso da gorducha deduzido pela comentarista Isabella.

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    10. Pois é, em "Fofocar? Nem por sonho!!" o Xaveco nem sentiu peso da Mônica em cima dele, já em "Invejinha" ele não quis arriscar. Quem sabe, ela engordou mais entre as duas histórias, já que em "Invejinha" ela apareceu mais fofinha.

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    11. Bem observado. Está ligeiramente horizontalizada em comparação com sua forma nessa tremenda comédia nonsense de 1985, e não é por tratar de estar acima do peso e "peso ideal"*, e sim pelo estilo do/da desenhista.
      *Entre aspas por às vezes Magali sofrer por ser muito magra.
      Outro detalhe é "Mônica Magali em", como o gibi é da magrela, nome dela deveria vir primeiro. Indica que talvez "Invejinha" esteve inicialmente escalada para publicação em Mônica.

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    12. O estilo do desenhista varia e as duas, tudo indica, feitas por desenhistas diferentes. Também pensei nisso de colocarem Mônica e Magali no título, capaz de ter sido pensada inicialmente para sair em um gibi da Mônica, mas depois acharam melhor da Magali por envolver comida e sua magreza.

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