Em abril de 1994, há exatos 30 anos, era publicada a história "O supercérebro" em que o Cebolinha fica inteligente depois de levar choque de um fio de uma invenção de robô do Franjinha. Com 16 páginas, foi publicada em 'Cebolinha Nº 88' (Ed. Globo, 1994).
Capa de 'Cebolinha Nº 88' (Ed. Globo, 1994) |
Cebolinha convida seus amigos para um plano infalível contra a Mônica, inclusive a Magali e o Bidu, e todos recusam. Cebolinha reclama que convidou todo mundo e ninguém topa, faltaria a Mônica, que não aceitaria por motivos óbvios, quando lembra de que faltou convidar o Franjinha, quando estava em frente ao laboratório dele.
Quando entra no laboratório, Cebolinha vê que o Franjinha estava terminando a sua última invenção, o Robotildo, o supercérebro, para ajudá-lo na lição de casa da escola. Na caixa tinha um disquete com toda informação de 10 enciclopédias, 20 almanaques e a coleção completa do "Sherloque Bolmes". Cebolinha caminha para lembrar Franjinha do plano infalível e enrosca fio descascado da caixa na perna e quando o Franjinha conecta o fio no robô, Cebolinha leva um choque grande e fica tonto. Franjinha pede para ele voltar outra hora porque as invenções podem ser perigosas.
Na rua, Cebolinha passa a falar difícil ao comentar as experiências do Franjinha e percebe que o choque o fez ficar diferente. Agora sabe por que o céu é azul, que respira oxigênio e libera gás carbônico, tudo sobre o sistema solar e de todas as matérias escolares e idiomas a até lorota de cegonhas trazerem os bebês.
Cebolinha fala frase de "Ser ou não ser, eis a questão" de Shakespeare, em inglês e Cascão acha que ele apanhou da Mônica, não fala coisa com coisa. Cebolinha chama Cascão de fedelho, Cascão diz que o vento nem está soprando a favor e Cebolinha diz que fedelho é rapazola pueril, garoto imberbe. Cascão pergunta se ele engoliu o dicionário. Cebolinha responde que tem supercérebro e Cascão ri que até hoje ele usou identidade secreta.
Cebolinha se irrita e manda perguntar qualquer coisa. Cascão pergunta com quantos paus fazem uma canoa e Cebolinha responde que para canoa de porte médio, 321 tábuas de peroba braba são suficientes. Cascão acha que está gozando dele e Cebolinha manda consultar enciclopédia se não acredita. Aparece a Magali perguntando o que acontece. Cascão diz que o Cebolinha pensa que é superinteligente. Magali diz que pelo menos desistiu de planos infalíveis contra a Mônica e ele diz que vai ser "sopa no mel" derrotar a dentuça com o seu supercérebro e que pretende consertar as coisas lá, como acabar com a gulodice da Magali e o cheiro desagradável do Cascão, coisas que tanto o incomoda.
Com a Magali, tem a sabedoria oriental que pressionando dedo em uma parte do corpo, inibirá a fome. Ele pressiona o braço dela acima do cotovelo, fazendo com que a Magali perca a fome. Cascão foge e sobe em árvore pensando que o Cebolinha ia dar banho nele, Cebolinha coloca um pozinho com mistura de elementos químicos em uma lata de lixo, fazendo com que ela fique toda limpa e Cascão corre, sem chance do Cebolinha alcançá-lo. Depois, ele resolve acabar com a força da Mônica e corrigir seu jeito de falar porque não fica bem um gênio trocando os erres pelos eles.
Franjinha pergunta para o Cascão se viu o Cebolinha porque descobriu que ele adquiriu todo o conhecimento do Robotildo e em troca o robô está com a inteligência normal do Cebolinha, descobriu depois que o Robotildo sugeriu um plano infalível para tirar dez na prova e ele tirou zero. Cascão fala que o Cebolinha está pirado, quer consertar tudo a todo custo. Franjinha acha que é muito conhecimento para cabeça dele e isso se tornou frio, desencantado, insensível e isso pode piorar. Robotildo sugere criarem um plano infalível contra o Cebolinha, Franjinha põe esparadrapo na boca do robô e vão procurar o Cebolinha.
Enquanto isso, Cebolinha manda Mônica ficar parada e fechar os olhos que logo a donzela terá tudo que merece e Mônica diz que não resiste com o jeito de ele falar. Cebolinha se prepara para jogar uma pedra bem grande em cima da Mônica, comparando que o "Superomão" perde força com pedra de criptonita. Franjinha e Cascão chegam e o seguram. Franjinha coloca fio no cabelo do Cebolinha e recebe choque, transferindo sua inteligência para o Robotildo e ele volta a ter o seu conhecimento normal.
Magali aparece, voltando com a sua fome grande, e explica que o efeito durou alguns minutos e manda Cebolinha não tocá-la mais. Ele não entende o que aconteceu e vai procurar alguém para participar do plano infalível contra a Mônica. Cascão aceita participar, encosta sem querer na armadilha, fazendo quase a pedra atingir a Mônica, que bate neles, e no final, Cascão fala que o Cebolinha assim é menos perigoso.
História legal com várias reviravoltas em que o Cebolinha fica inteligente depois de levar um choque quando o Franjinha iria transportar o conhecimento da caixa com disquete para o seu robô. Já inteligente, resolve criar planos infalíveis contra a Magali, o Cascão e a Mônica para se livrar do que sempre o incomodou. Franjinha descobre e consegue impedir o Cebolinha praticar seu plano contra a Mônica e ele volta ao normal.
A inteligência subiu a cabeça do Cebolinha e se tornou malvado, se usasse a inteligência para o bem, seria válido, mas só queria chatear seus amigos criando planos contra eles. Ficou tão mal que queria matar a Mônica jogando a pedrona nela, na sua inteligência normal, queria derrotá-la, mas não a ponto de matar.
Foi engraçado ver o Cebolinha levar choque e depois descobrir que ficou inteligente, Cascão debochar da inteligência do amigo, formas do Cebolinha de tirar fome da Magali só apertando perto do cotovelo dela e tentar limpar o Cascão só com um pó com misturas de elementos químicos e com absurdo de encontrar os ingredientes e preparar em questão de segundos e a Mônica se interessar pelo Cebolinha inteligente e a chamar de donzela.
Bem divertido também o mistério inicial do narrador-observador perguntando qual motivo o Cebolinha estava convidando seus amigos, que recusavam, se era dinheiro emprestado ou injeção na testa. Já dava para imaginar que era um plano infalível contra a Mônica, curioso o desespero tão grande a ponto de ele convidar as meninas como a Magali e a Denise e até o Bidu, que também recusou. Todos sabem que os planos dão errado e que é loucura participar, só Cebolinha para insistir nisso.
Cebolinha já estava na fase de criar planos contra o Cascão para lhe dar banho e contra a Magali para tirar a fome dela, além contra a Mônica. Estava bem frequente histórias assim na época, principalmente planos contra a Magali, não era à toa que estava aumentando a frequência dele nos gibis da Magali. De qualquer forma, os planos sempre davam errados só que ele apanhava no final só com planos contra a Mônica.
Além de divertir, tivemos conhecimentos de várias palavras difíceis e informações sobre a cor do céu, sistema respiratório, com quantos paus faz uma canoa etc. Engraçado o Cebolinha dizer que era tudo lorota dos pais dizerem que são as cegonhas que trazem os bebês e a cara que ele fez, as crianças que leram podem ter ficado curiosas de como nascem os bebês depois de ele falar isso.
As paródias de nomes famosos dessa vez foram "Sherloqui Bolmes" (Sherloque Holmes), e "Superomão" (Super-Homem), bem criativos, sendo que essas paródias eram fixas nos gibis da MSP. Já Shakespeare não teve nome parodiado, só saiu com "L" no lugar do "R" por causa da dislalia do Cebolinha.
Incorreta atualmente por mostrar Cebolinha mau, um vilão com inteligência subindo a cabeça a ponto de até querer matar a Mônica, o choque que ele levou, meninos surrados e com olhos roxos no final, a palavra "gozado", que é proibida nos gibis atuais, ter disquete que é coisa datada. Aliás, incrível um disquete caber tanto conteúdo de enciclopédias, almanaques e coleção completa de livros do "Sherloqui Bolmes" porque tinha pouca capacidade de armazenamento, era a mídia que tinham em computadores na época, hoje altamente datado e mudariam isso em republicação para um pen drive, no mínimo, por não gostarem de coisas datadas em almanaques. Alterariam também o Cebolinha falando errado em pensamentos, já que hoje em dia o colocam pensando certo em pensamentos.
Os traços ficaram muito bonitos e caprichados, típicos dos anos 1990. Tiveram erros do Cebolinha com língua branca no 3° quadrinho da 5ª pagina da história (página 7 do gibi), Franjinha com camisa verde no 2º quadrinho da penúltima página da história, Cascão falar de boca fechada no 4° quadrinho da última página, tipos de erros muito comuns que costumam corrigir em republicações de almanaques novos. Muito bom relembrar essa história marcante há exatos 30 anos.
Argumento de primeira e o visual, idem. Única objeção é com o quão maquiavélico foi o plano infalível, pois, pontualmente, a trama conta com alguns elementos que cabem classificação do que se entende por nonsense*, entretanto, não é a base, ou seja, isto não rege o roteiro, daí, se obtivesse sucesso, Mônica passaria para o núcleo do Penadinho.
ResponderExcluirNão tenho pudor em afirmar que amo as incorreções das HQs e tiras de piadas da MSP publicadas no século passado, todavia, não abro mão do dito critério, querer vencer a dona da rua com base em eliminação, erradicando-a de uma vez por todas do núcleo do Bairro do Limoeiro, é uma clara extrapolação de limites. Sei que com a leitura rasa da média dos cidadãos de hoje em dia, o que digo neste parágrafo pode ser interpretado como apologia ao politicamente correto e ademais soar esquizofrênico, já para quem é iluminado pela crítica, compreender meu ponto de vista é mamão com açúcar, é sopa, sopa no mel.
*Se Mônica fosse atingida em cheio caso esta fosse uma trama regida pelo nonsense, certamente passaria longe do óbito, contudo, claro e, felizmente*, ficaria consideravelmente ferida.
*Mônica igual ao Super-Homem... Pelo menos para mim, seria horrível se ela fosse assim.
Cebolinha foi bem maquiavélico mesmo, se quisesse derrotar a Mônica, poderia usar algum termo científico utilizando a inteligência que adquiriu, quis apenas acabar com o mal pela raiz. Quem sabe, ele poderia criar a própria criptonita com sua inteligência já que a comparou com o Superomão, seria menos pesado. De qualquer forma, não achei ruim como ficou, até gostei e como a pedra não atingiu a Mônica, está válido. Se bem que atingisse, acredito que ela não morreria por ser história em quadrinhos, onde tudo pode, dava para se salvar, visto as várias vezes que caem em precipício e até cair pedras, cofres em cima dos personagens e continuarem vivos.
ExcluirComo Mônica involuntariamente se safa do tremendo risco no qual foi exposta, também acho válida a tática maquiavélica para destroná-la, como não chega às vias de fato, não considero que isto seja uma espécie de borrão, isto é, não acho que o que coloco em questão denigra o roteiro de algum modo, entretanto, como só consigo apreciar os quadrinhos da MSP das antigas pelo viés crítico, daí, é inegável que houve extrapolação na forma escolhida pelo protagonista para tirar a rival de cena.
ExcluirNo quadrão em que a pedrona nos é apresentada, apesar de chamar pouca atenção por não ser uma grande diferença, há desproporção nos tamanhos dos personagens, é como se ele estivesse no tamanho normal e ela com estatura similar à do Dudu ou ele equiparando em tamanho e porte com Franjinha e ela é quem estaria no tamanho normal, uma coisa ou outra.
Ainda neste quadro, outra coisa que desperta interesse é em como Cebolinha conseguiu suspender um objeto que pesa, no mínimo, uma tonelada, pois ficou superinteligente, não ficou forçudo como seu alvo. Teoria é que deve ter recorrido a algum cálculo matemático bem complexo para suspendê-la com pouco ou até mesmo nenhum esforço, tipo de sacada de causar inveja nos Zés Luíses da vida, incluindo Franjinha, por ser um desses Zés e responsável pela transformação de Cebolinha em potencial ameaça para comunidade.
Como eu gosto de ver os personagens como vilões de vez em quando, aí nem ligo, mas não deixa de ser incorreto, ele foi uma grande ameaça. Hoje em dia os fixos não se tornam vilões por um dia. Não achei tão desproporcional a cena porque onde a Mônica estava era tipo uma ladeira para baixo e tinha uma distância entre eles, se colocassem no mesmo plano do Cebolinha, não ia mudar muito a altura deles. E quanto ao Cebolinha suspender a pedrona, com certeza foi com cálculo matemático.
Excluir"PropRorção", esta palavra contém erro na grafia: segundo R, na verdade, é o terceiro, maiúsculo não por digitar sem revisão, é para que se sobressaia. Isto ou, esta forma, não faz parte da HQ, apenas optei por extrair a dislalia do erro e, este sim, é "fato venéreo"* (verídico). Encontra-se no último quadro da nona página (pág.11), "ploplolção" ("plopLolção", sobrando L), para alguém que se diz superinteligente, não deixa de ser uma gafe - claro que não é pela dislalia, pois, neste caso, pronúncias erradas são pelo problema crônico que compõe o personagem e que nesta história diz que mais à frente encontrará um modo de eliminá-lo de vez, posto que não combina com seu superintelecto.
Excluir*Quem diz isto é o personagem Paulinho Gogó e, por ser um tanto ignorante, provável que se grafe "venério", com I substituindo o terceiro E.
A palavra é proporção, aí na fala do Cebolinha devia ser "plopolção", provavelmente descuido na escrita, letrista se empolgou na sílaba "Plo". Só que em uma história em que o Cebolinha fica inteligente, aí fica como um equívoco dele.
ExcluirHá também, Marcos, ausência do nariz do robô no segundo quadro da quarta página (pág.6). Perfil inclui exposição da nuca, daí, não sei se caberia desculpa de estar ocultado exatamente por isto, pois se fosse perfil sem parte de trás da cabeça, o nariz teria de aparecer, e por completo.
ExcluirO robô teve cabeça girada pra trás, o nariz ficava bem no meio entre os olhos, aí por causa do tamanho do nariz, daria para aparecer pelo menos uma parte do tronco do nariz olhando por aquele ângulo. Não deixa de ser erro.
ExcluirEntão, sendo erro, certamente que as linhas indicando movimento na cabeça do robô reforçaram o esquecimento, não todas, mas as da direita, por ser o lado em que a ponta do nariz deveria aparecer entre ambas.
ExcluirNo quinto quadro da terceira (pág.5), o rebelde fio de cabelo do Franjinha é outro detalhe que foi esquecido.
Ademais, gola branca do Cebolinha ao receber a recusa de Xaveco. Imagino que este você notou e esqueceu de citar no último parágrafo da postagem.
A ponta do nariz podia ter aparecido, ficou um esquecimento do desenhista. Já os outros erros não tinha notado quando fiz a postagem, só soube agora no seu comentário.
Excluir"Soldados, pensem que do alto dessas pirâmides, quarenta séculos vos contemplam!"
ExcluirProferido(a) por Napoleão Bonaparte em sua campanha militar em terras egípcias no penúltimo ou antepenúltimo ano do século XVIII. Aí vem Robotildo e dá aquela parodiada na frase, o que me faz pensar o seguinte: se Franjinha tirou zero na prova por beber na fonte do robô sem saber que portava intelecto do Cebolinha, seria Robotildo confiável como fonte de informações genuínas portando intelecto original? Considerando que no lúdico mauriciano paródias são "verdades irrefutáveis", provável que fechasse a prova ou chegasse próximo da nota máxima por uma ou outra resposta incorreta proveniente de algum eventual desajuste em sua fonte ambulante de conhecimento.
Acho que queria só uma paródia com a frase do Napoleão Bonaparte, quem sabe não podiam citar a frase real, aí seria fazer de conta que a frase estava correta após o Robotildo ter recebido o choque da inteligência.
ExcluirQuanto ao verde na camisa do Franjinha, se deve à do Cebolinha ter o mesmo padrão, mesmo modelo e ambos participando da mesma HQ, porque, creio eu, não deve haver tal erro na camisa do Franjinha em alguma história sem participação do Cebolinha, imagino que, nesse caso, o erro seria camisa branca, não por esquecer de colorir e sim pintada de branco, branco neve, pois a cor do papel é branco gelo.
ExcluirErros com cores nas roupas dos dois não parecem recíprocos, não lembro de Cebolinha com camisa vermelha em HQ com presença do Franjinha, claro que, porque nunca vi, ou pelo menos acho que nunca vi, não significa que um erro assim, marcante, não exista.
Pode ser que o Franjinha apareceu com camisa verde por conta de Cebolinha aparecer na mesma história. Acredito que já tiveram outros erros de camisa sem participação um do outro, sei que Cebolinha já teve erros com outras cores de camisa como o azul, Franjinha parece que já vi de camisa amarela, podem ter confundido com cor do cabelo. Quando aparece branca, teria que ver tonalidade do branco usado, algumas vezes percebo que realmente esqueceram de pintar por conta do branco ter mesmo tom das bordas da página, varia de cada caso.
ExcluirCebolinha com camisa pintada de amarelo, não lembro em qual história, mas é certo que já vi. Franjinha com essa cor na camisa é que parece que vi em uma que creio ser de 1983, publicada em gibi da Mônica, não afirmo, pode ser equívoco de memória.
ExcluirHá incoerência em determinada sequência da trama, o trecho em questão compreende último quadro da penúltima página e três primeiros da última. No recorte, o cerne do erro encontra-se no segundo (primeiro da última página), era só ter desenhado Cascão parado e Cebolinha se levantando em vez de ambos andando e, pela lógica, se afastando da corda. Parece falha de roteiro, pois imagino que quem desenhou apenas reproduziu o que estava no storyboard - rascunho, esboço sequencial.
Eu falei que foi o Franjinha com camisa amarela que provavelmente devem ter se empolgado ao colorir o cabelo, acho que foi nessa de 1983. Não lembro se o Cebolinha ter aparecido com camisa amarela, capaz de ter tido, caso contracenou com a Magali, por exemplo. Sei que já teve muito de Mônica com vestido amarela e Magali com vestido vermelho, principalmente se apareceram juntas no mesmo quadrinho como inversão de cores. Sobre o erro, também acho que foi falha de roteiro, desenhista produz somente como está nesse rascunho.
ExcluirBoa tarde, terão essas duas edições de Natal no final do ano. Abraços.
ResponderExcluirSim, terão esses relançamentos. Abraços.
ResponderExcluirOk. Muito obrigado, então, Marcos.
ResponderExcluirEu lembro dessa história, e lembro que adorava ela. E ainda adoro, foi bom relembrar. Cebolinha + Franjinha = perigo na certa. Deviam manter esses dois separados.
ResponderExcluirCebolinha... Cebolinha. Esse moleque não é flor que se cheire e já aparenta sérios desvios de caráter. Essa história, bem, vamos a ela. Já acho engraçado ele começar chamando todo mundo, inclusive a melhor amiga da dentuça e o cachorro azul mais popular do Limoeiro, e vejam que até o Bidu sabe o quanto isso é uma furada (de fato, lembro de uma história em que o Cebolinha recorre até o Floquinho como assistente). Mas então o carequinha recebe essa dose altissima de inteligência, e chega ao ponto da psicopatia, sintomas típicos de um psicopata que ele mostra ao planejar e calcular tudo. Conhece a frase né ''quer conhecer de verdade uma pessoa, dê poder a ela'' certo?
Me pergunto o que ele faria depois de derrotar a Mônica, talvez derrubar governos inteiros... o garoto com superinteligência poderia muito bem não parar por aí, então almejar conquistar o país, e depois todos os outros países, por fim o mundo inteiro.
Eu acho muito engraçado como o Cascão é completamente contra limpeza/estar limpo, mesmo que não precise envolver água e banho. A gente acha que o medo dele é só com água, mas parece que é com limpeza como um todo também. E essa sabedoria convencional usada na Magali... eu já ouvi na vida real, meus pais meio que falavam, mas nunca acreditei muito. É... ninguém se salva da ira do Cebolinha, e de fato ele não faz planos só contra a Mônica, Cascão e Magali são seus alvos secundários, como em várias histórias, ás vezes eu até me pergunto ''por que eles AINDA são amigos dele?''.
Agora ele comparando a Mônica com Super-Homem (ou ''SuperLomão'') e tentando usar aquela pedrona nela... grande climáx, foi o pico. Tenho até medo se Franjinha e Cascão não chegassem na hora certa, não sei como a Mônica não ficou ainda MAIS brava com essa ''tentativa de assassinato'', o ''amigo'' explicítamente tentou matar ela, sem ela saber todo o contexto por trás. Eu já teria até chamado a polícia
Acho engraçado o Cebolinha desvendar que ''cegonhas não trazem bebês'', sendo que nas histórias existe a Dona Cegonha do núcleo do cemitério... meio que não bateu muito. E agora estou pensando como ele conseguiu amar aquela armadilha para a Mônica, pedrona devia pesar umas toneladas e ele ainda tinha a força de um garotinha normal, né? Isso foi meio estranho.
Enfim, história muito bem-desenhada, adorei esses traços, muito bonitos de fato. História como um todo nota 10, tenho nada para reclamar porque sabe como é, sou a ''reclamona'' daqui.