terça-feira, 3 de outubro de 2023

Tirinha Nº 98: Chico Bento


Nessa tirinha, Chico Bento pede uma boia para o Zé Lelé por estar se afogando no ribeirão e ele vai para casa almoçar e achando legal que o Chico lembrou que ele tinha que almoçar, deixando o amigo em apuros se afogando. Muito engraçada.

O Zé Lelé muito burro não saber que boia era objeto para ajudar a não afundar, só pensou na comida. Fica na imaginação dos leitores de como o Chico saiu dessa, porque com o Zé Lelé, ele não pode contar. Também foi um ótimo exemplo prático e divertido para diferenciar os diferentes significados da Língua Portuguesa.  Antes dessa, já teve uma tirinha parecida sendo que o Zé Lelé joga um prato de comida no ribeirão após o Chico pedir boia enquanto se afogava, muito boa também. Pertence a uma nova leva de tiras de jornais que fizeram e que depois aproveitavam para os gibis, o que foi bom que tirava um repeteco de tiras que estavam saindo nos gibis nos últimos tempos até então.

Tirinha publicada em 'Chico Bento Nº 304' (Ed. Globo, 1998).

20 comentários:

  1. Quando vi o primeiro quadrinho, pensei que fosse a outra tirinha de que vc fala, Marcos. A do Zé Lelé jogar o prato ao rio.

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    1. Dá impressão, são bem parecidas, só muda o último quadrinho. As duas são engraçadas.

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  2. Oh Zé Lelé, toda essa lerdeza ainda vai acabar matando alguém... ou até TE matando. Que Deus o tenha e abençoe essa ignorância.

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    1. Se não fosse com o Chico, até poderia ter matado alguém já que ficou lá se debatendo na água por horas. Muita lerdeza mesmo.

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  3. Boa tarde. Terão esses relançamentos. Abraços.

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  4. Eu já tinha visto essa tirinha do zé lelé pensar que o chico bento estava com fome , só que a tirinha citada neste post está sem cor .

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    1. Você deve ter visto versão que tiraram de jornais, por isso viu em preto em branco. As tiras que saíam nos gibis antigos eles aproveitavam das que saíram antes em jornais. Na Panini que passaram a produzirem tiras exclusivas para os gibis.

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  5. Isto que é amigo! Mesmo afogando se importa que o primo almoce na hora certa. Confesso que tenho de conter as lágrimas perante esta piada, é muita "emução"... Confesso também que sinto certa inveja de Zé Lelé, porque os meus parentes quando estão correndo risco de vida (ou risco de morte) pouco se importam se estou me alimentando corretamente, se estou dormindo bem ou mal, como anda minha vida amorosa, etc... Neste ponto, Zé Lelé é um felizardo.

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    1. Sem querer o Chico ajudou o Zé Lelé almoçar. É muito triste quando parentes dão a mínima pra gente, seria dever deles se importarem por serem da família.

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    2. Verdade, Marcos, porém, fora jocosidade do meu primeiro comentário, até que não posso reclamar, pois é recíproco, isto é, eu também ignoro meus parentes assim como eles me ignoram, e digo mais, essa é uma péssima reciprocidade, porque famílias unidas tendem a prosperar bem mais em vários aspectos.

      Há muitas HQs e tiras de piadas em que Zé Lelé atua com, digamos, "calças curtas". Também ocorre com as calças de Chico Bento, no entanto, parece que com as do primo parvo isto é mais frequente. Bermuda com suspensórios são o que Zé Lelé está trajando nesta.

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    3. Como é recíproco, eles perdem e, claro, também perco. Não sou brigado com parentes, entre eles também rola afastamento, ou seja, dichavação não é apenas para comigo. Confesso que lido bem com isso, mas, reconheço que esse tipo de relacionamento familiar é desagregador e, a longo prazo, perde-se muito com essa mentalidade desunida, egoísta e orgulhosa.

      De acordo com os traços, a piada foi confeccionada em meados da década de 1990.
      6920 é o que dichavadamente consta no primeiro quadro. Na maioria das tiras de piadas da MSP, números como o desta milhar encontram-se assim, ou seja, escritos a lápis e/ou nanquim, diferentes dos códigos, maioria, ou pelo menos boa parte, encontram-se em caracteres gráficos, isto é, não escritos a (ou à) mão - às vezes me pego em dúvida quanto ao uso de crase, daí, melhor deixar nas duas formas, com e sem a bendita.

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    4. Verdade, perde todo mundo com relacionamento assim. Nem pode considerá-los como família, melhor cada um par ao seu lado em caso assim. provavelmente a tira foi produzida entre 1996 e 1997, no máximo início de 1998, saindo primeiro em jornais e depois colocaram no gibi. Essa faixa de tiras acima de numeração 6 mil já são da segunda metade dos anos 1990, eram escritos a lápis porque seguiam uma numeração fixa desde os primórdios que o próprio Mauricio criava e numerava as tiras a mão e quiseram manter esse estilo. Os códigos de histórias nos gibis já são inseridos pela editora. "À mão" com crase é locução e "a mão" sem crase tem ideia de artigo a junto com substantivo mão, mas acho que não tem problema usar "a mão" quando se trata de locução.

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    5. Valeu, Marcos, pela explicação didática a respeito de minha dúvida com o emprego da crase. Grato!
      Se esta tira fosse dos anos 1980 e a conhecesse com, por exemplo, oito anos, mesmo já alfabetizado, certamente não iria entendê-la, porque só fui saber que boia é sinônimo de almoço e jantar através do antológico Sassá Mutema, eu tinha entre onze e doze de idade durante a primeira exibição da novela em que Lima Duarte atuou nesse personagem, descobri o significado do termo (pejorativo) "boia-fria" de tanto que foi mencionado nessa obra de teledramaturgia.

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    6. De nada, Zózimo. Sempre soube desse outro significado, eu fui alfabetizado depois dessa novela, mas depois que aprendi a ler já tinha visto palavra boia nesse outro sentido nos gibis mesmo, fora que em livros da escola também citaram. No meu caso, até via alguns capítulos da novela "O Salvador da Pátria", sabia do Sassá Mutema, só que era pequeno pra entender a novela, depois vi as reprises, é muito boa essa. Curioso que o Sassá virou personagem de uma história do Cascão de 1989 mesmo, com título com nome da novela, sendo o Sassá a piada final, aí isso eu sabia que ele era da novela, mesmo sem saber ler ainda.

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    7. Pesquisei para ter maior exatidão referente ao período da primeira exibição dessa novela e descobri que eu era um pouquinho mais novo do que pensei, do começo ao fim desse, digamos, "dramalhão alienado"* eu tinha entre dez e onze anos.
      *Era assim que um já há muito falecido amigo meu denominava as novelas brasileiras. Nascido em algum ano da década de 1930, carioca da gema e um crítico ferrenho da Rede Globo. Dramalhões 'alienantes' talvez seja uma definição ainda mais precisa, mas a expressão que ele utilizava também é correta.
      Curti às pampas essa novela cujo protagonista era o sensacional Sassá Mutema. Não lembro se assisti quando foi reprisada e não sei se conheço essa HQ do Cascão com esse magnífico personagem da(s) telinha(s) de outrora.

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    8. A novela é de 1989. Acho que o termo certo que ele queria dizer era "dramalhão alienante". Já a história, foi de encerramento de Cascão 73, de 1989, em que Cascão é nomeado como presidente do clubinho.

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    9. Quando olho para capa de Cascão nº73 (1989) fico na dúvida se fez ou não parte da minha coleção dos velhos tempos, mas, procurei a HQ na rede e resgatei a memória, caso mesmo eu não tenha conhecido por meio do bom e velho papel, faz mais ou menos sete anos que a conheço graças à própria, isto é, graças à (I)internet.
      Roteiro supimpa, regado a traços do auge dos quadrinhos da MSP. Única objeção é que os meninos mais velhos estão desproporcionalmente maiores em relação aos mais novos.

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    10. A internet tem essa vantagem de resgatar histórias clássicas assim. Roteiro muito bom mesmo e traços maravilhosos nessa, altura dos meninos deve ser estilo do desenhista, mas nada que estrague os desenhos.

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  6. Sim, vão ter esses relançamentos. Abraços

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