domingo, 23 de julho de 2023

Mônica e a turma: HQ "Um inverno diferente"

Como estamos no inverno no Brasil, mostro uma história em que a Mônica e a sua turma conseguiram nevar no bairro do Limoeiro. Com 12 páginas, foi história de abertura publicada em 'Mônica Nº 52' (Ed. Abril, 1974).

Capa de 'Mônica Nº 52' (Ed. Abril, 1974)

Escrita por Maurício de Sousa, Mônica, Cebolinha e Cascão sentem frio no inverno e Mônica fala que falta é neve para completar a paisagem de inverno. Cascão não gosta, que já não bastam as tempestades de chuva e Mônica vem com essa. Mônica tem uma ideia de conseguirem tempestade de neve, manda Cebolinha reunir a turma e Cascão vai embora para casa dele.

No céu, Anjinho reclama do frio, se pergunta se não tem alguma nuvem com aquecedor, num tempo desse e até viajaria para o Nordeste se lá tivesse nuvens, quando recebe uma pedrada da Mônica na cabeça. Ela pede ajuda ao Anjinho, que pergunta se ela não tem cobertor sobrando em casa. A turma aparece e Mônica diz que decidiu que eles vão ter tempestade de neve lá. A turma sente frio e não gosta e Mônica conta o lado bacana que vão ter trenós, esquis, bolas e boneco de neve, aí eles passam a gostar da ideia.

Mônica fala com Anjinho para ele arrumar uma nuvem de neve. Ele diz que não tem no Brasil, só na Europa e, então, para facilitar trabalho dele, Mônica manda Anjinho levar gelo na nuvem grandona e colocar nela até chover neve. Anjinho conta que para isso precisaria de todo o gelo da cidade e, com isso, Mônica manda a turma buscarem gelo das casas deles e de toda a vizinhança que tenha geladeira.

A turma busca os gelos, Xaveco reclama de carregar gelo com aquele frio todo. Mônica manda Anjinho carregar o gelo até à nuvem, Anjinho sugere Mônica jogar gelo até ao céu, ela joga e bate na cabeça dele, que reclama da pontaria. Cebolinha diz que enquanto Mônica e Anjinho preparam a nuvem, ele e a turma vão se preparar para brincar na neve.

Assim, Cebolinha pega o carrinho de rolimã para  servir de trenó, dando estranheza a sua mãe, Dona Cebola. Xaveco desmancha o barril de casa para fazer esquis para esquiar na neve e seu pai também estranha. Magali pede cenouras para a mãe, que diz que para apanhar na geladeira e que é bom para os olhos e Magali diz que é bom para o nariz e para os olhos ela achou pedaços de carvão.

Na rua, Magali procura uma cartola para fazer seu boneco de neve, ouve conversa de 2 senhores que a arquitetura de casas com telhados inclinados em um país com clima tropical é absurda, como se eles estivessem esperando tempestade de neve, quando começa a cair neve do céu para surpresa dele e o outro diz que eles são previdentes. O europeu acha um fenômeno explicável, Magali joga uma bola de neve para derrubar a cartola dele, que acha que ninguém da Europa vai acreditar quando contarem para eles.

A turma adora brincar na neve, Dona Cebola se espanta com a neve e Cebolinha brincando com trenó, Seu Xavier pede emprestado os esquis do Xaveco. Todos seguem felizes brincando, Mônica convida Anjinho para brincar e ele diz que antes tem que tirar neve das asinhas dele. Mônica chama Cebolinha para brincar de guerrinha de neve, ele não aceita, brinca com ela, menos de jogar bola de neve neles.

Todos seguem brincando, Cascão vê da janela de casa todos felizes e roxinhos. Até que Mônica desiste de brincar, está morrendo de frio com aquele neve, assim como Manezinho e Xaveco também, com muito frio, dizem que gostaram, mas se cansaram. Mônica ordena Anjinho expulsar a nuvem chata de lá. Anjinho diz que foi ela quem pediu, Mônica fala que mudou de ideia e que é para ele também pedir ao Sol para que volte logo.

Assim, o Sol aparece, todos comemoram. Cascão ainda não quer sair de casa porque quando neve derrete, vira água. Mônica diz que tudo que acabou bem, já brincaram com a neve. Cebolinha comenta que acha que todos ficaram contentes com a volta do Sol, quando Magali reclama de quem que acabou a neve lá, justo agora que ela estava inventando uma receita para fazer tonelada de sorvetes com ela.

História legal em que a Mônica deseja brincar na neve e como no Brasil não tinha por ter clima tropical, ela pede ao Anjinho levar toneladas de gelo que seus amigos conseguiram até a uma nuvem para ter tempestade de neve no bairro. Com muito trabalho conseguem e adoram brincar na neve, até que do nada Mônica se cansa e manda Anjinho acabar com tudo e voltar com o Sol e calor.

Foi interessante a inocência das crianças de só quererem brincar na neve e quando se cansaram, acabar com tudo na maior naturalidade, como se tudo isso fosse normal.  Conseguiram o que seria impossível,  nem precisaram de gelo da cidade toda, só o gelo da vizinhança járesolveu. As histórias dos anos 1970 giravam muito nisso de inocência das crianças, diálogos entre as crianças e também muito comum envolvendo brincadeiras, tinham esses diferenciais. 

Vimos a Mônica bem autoritária, o que ela decidia, todos tinham que fazer, tinha que ser do jeito que ela queria senão apanhavam, uma característica bem marcante dela nos anos 1970 e não era a toa que era dona da rua e os meninos tinham razão de querer fazer planos infalíveis para tirar o posto dela. No caso, ela mandou no Anjinho o tempo todo para formar neve e desfazer e mandou seus amigos buscarem gelo na vizinhança e ela nem fez força, só deu ordens. Ela só foi mais tolerante quando o Cebolinha se negou a brincarem de jogarem bolas de neve já que a força da Mônica jogando as bolas iria machucá-lo.

Foi bom absurdos como Mônica e Cebolinha ficarem sem casaco e calça e os outros sem calça tanto no frio intenso do começo da história e, principalmente,  quando estavam na neve (Manezinho foi o único das crianças mais agasalhado), o Anjinho sentir frio já que é uma entidade e todo o processo que fizeram pra formar neve e eles criarem objetos como trenóse esquis com o que eles tinham em casa.  Esses absurdos eram ótimo. Curioso falarem de pegar gelo de quem tinha geladeira no bairro,  na época nem todos tinham geladeira em casa. Engraçadotambémos adultos espantados com a neve repentina, principalmenteo europeu.

Cascão fez só participação porque se tem água, fica de fora. Como neve é formada por água e quando derrete também vira água, não dava para ele ficar lá. Magali que foi a responsável pela piada final, se ausentou pra inventar receita de sorvete com a neve e quando eles decidiram acabar com a neve, Magali não gostou de perder a oportunidade de tomar toneladas de sorvetes com aquela neve toda. Magali ainda não era grande personagem, mas aos poucos ia ganhando mais destaque. 

As presenças dos pais também deram um charme a mais, curioso não aparecer o rosto da mãe da Magali, só foi aparecer em 1975. Xaveco tinha os pais morando com ele como as outras crianças, só a partir de 2004 que mudaram com ele ter pais separados e visitar o pai nos finais de semana, passando a ter mais destaque o Xaveco, que antes aparecia só como figuração.  

Foi legal também ver o Manezinho interagindo com eles, foi uma das últimas aparições dele nos gibis antes de sumir por muitos anos e se tornar um personagem esquecido. Manezinho aparecia bem até em 1974, principalmente em remakes de histórias do Franjinha e Bidu dos anos 1960, aí depois sumiu por alguns anos, chegou a ter retorno entre 1982 e 1983 como figuração e logo sumiu de novo, retornando de vez em 2004 como integrante da "Turma do Bermudão" e como característica de ser descendente de português. Mais detalhes sobre o Manezinho pode ver neste link.

Incorreta hoje em dia por ter absurdos de crianças quererem mudar o clima e ainda conseguirem, nao gostam muito de ter absurdos nos gibis atuais, além de ter uma Mônica extremamente autoritária, de terem que fazer o que ela mandava, eles ficarem rico de tanto frio, Mônica e Cebolinha não terem usado casaco e calça nem no frio do inverno inicial e nem quando estavam na neve e outros sem calça. Apesar de não gostarem de mostrar violência, atualmente, a Mônica ainda dá pedrada no Anjinho para chamá-lo, mas ele não fica com galo na cabeça nem machucado.

Os traços ficaram bons, típicos dos anos 1970 com personagens com bochechas pontiagudas, mas já com certa diferença em1974 em relação como era em 1970, aos poucos estavam mudando traços e de uma forma que a gente nem percebia que estava mudando, foi tudo bem gradual. Personagens com cabeça virada para o lado indicam história era do Mauricio.

Tiveram alguns erros como a Mônica falando de boca fechada em um quadrinho da 10ª página da história, coisa muito comum, principalmente nos anos 1970, além do Cebolinha sem boca  o primeiro quadrinho da 4ª página da história e falar sem trocar "R" pelo "L" no último quadrinho da 10ª página da história. Já o Anjinho sem contorno da asa na última página considero mais só como erro de impressão. 


Nunca foi republicada até hoje, daria pra ser a partir de 1979 só que os primeiros almanaques da Mônica da Editora Abril eram anuais e ainda tinham os que eram temáticos com histórias inéditas por conta de terem poucas histórias antigas sobre o tema para formar um almanaque e assim, provavelmente, acabaram esquecendo de republicar no período que dava e depois ficou velha demais para republicação, então é uma história rara.

42 comentários:

  1. Época em que Mônica mandava e desmandava na turma.
    Quando a criançada fica roxa é que se percebe como Cascão foi sábio em manter-se abrigado durante o fenômeno nada natural.
    Embora se queixe de não haver mais neve, Magali foi sortuda por se ausentar em determinado momento motivada pela gulodice enquanto os outros aproximavam da hipotermia.
    Seria esta a primeira aparição do pai do Xaveco?

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    1. Eu adorava a Mônica assim mandando em todo mundo, autêntica dona da rua. O povo do politicamente correto odeia a Mônica assim, têm ódio disso, vejo comentários crucificando demais quando leem histórias com ela assim. O Cascão foi esperto, sem dúvida, em casa, quentinho, sem precisar roxo de tanto frio, Magali também se livrou de ficar roxa, mas mesmo se tivesse ficado nem ia ligar por causa dos sorvetes que ia tomar. Parece que essa foi primeira aparição do pai do Xaveco mesmo, não lembro de ter visto no período dos 50 primeiros números da Coleção Histórica.

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    2. Bobeira implicar com a Mônica original, entendo quem a prefira mais amena e não descaracterizada, pois nos 1970 e 1980 também há diversas HQs com ela calma, serena e sensata. Não gostar, tudo bem, bobagem é demonizar o gênio forte dela, característica que só agregou à personagem e ao núcleo.
      Quando eu era criança, quantas e quantas vezes me peguei com pena de Cebolinha, Cascão e outros garotos por terem apanhado dela, todavia, em tenra idade já conseguia ponderar, não queria que deixasse de ser assim, Mônica me chocava de modo que só me atraía e me cativava. Posso dizer que enquanto infantojuvenil fui muito feliz com as HQs da TM, sabia separar ficção de realidade, graças ao bom Deus que me permitiu acesso à crítica desde moleque, e eu era só mais um, não era especial, nem acima da média, nada disso, fui uma criança comum e um adolescente comum com defeitos e qualidades.

      Anjinho também não roxeou, temos de considerar que não é exatamente um humano, contudo, não é por tal condição especial que não ficou assim, foi por determinados momentos ter ficado bem acima da friaca braba, não ficou direto como os quatro, um velhaco alado.

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    3. Pois é, também não vejo motivo de criticarem essa personalidade da Mônica, algumas vezes que ela era assim e mesmo assim nos anos 1970, era bom pra diferenciar e ver diferentes personalidades dela. Tudo que causa pena esse pessoal abomina. O Anjinho não é humano e não sentiria frio tão intenso como as crianças da história, apesar de ele sentir um certo frio como mostrou no início, antes da Mônica chamá-lo. E ele também pode ter se ausentado na hora como foi com a Magali.

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    4. Enquanto sociedade perdemos um excelente recurso que é a "noção do razoável", comportamento de boa parte dos adultos vem sendo de oito ou oitenta, ferro e fogo e por aí vai. Tal perda tem gerado um retardamento mental coletivo que muito me preocupa, pois com falência intelectual bastante acentuada é difícil demais qualquer povo prosperar em diversos âmbitos do qual é composto, pior é que há forte interesse que sejamos cada vez mais imbecilizados, boa parte dessas pautas que nos são impostas não são movimentos sociais genuínos, parte vem do alto, são manipulações que vêm de cima para baixo maquiadas de clamores autênticos, e isso tem absolutamente nada a ver com teoria da conspiração, cada dia que passa, o que digo neste comentário vem se tornando mais evidente. Claro que uma massa de parvos como infelizmente é maior parte da sociedade brasileira não consegue(m) ler o que já nem carece mais de estar nas entrelinhas de tão, tão na cara.

      Marcos, parece que você esqueceu ou simplesmente não quis mencionar por ser uma aparição deveras ínfima, trata-se de Bidu se divertindo na neve, aparece três vezes.

      Faltou pouquinho de atenção no primeiro quadro da última página: foi iniciado traço para a inconcluída asa do Anjinho, porém, há uma ótima justificativa para não passar como erro: até o momento a neve ainda cai em um quadro aberto, daí, é tipo sabão em pó Omo® com aquele papo de "branco mais branco", isto é, neve em fundo da cor do papel e a asinha esquerda parcialmente camuflada em meio aos dois elementos, é branca no branco e mais a penosa de mesma cor, nada de erro, trata-se de ilusão de ótica. Difícil alguém refutar, porque desta vez justifiquei bem justificadinho, caprichei "mermo".

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    5. Falou tudo, eles agindo assim tem um retardamento mental, infelizmente tendência é piorar. O Bidu fez uma figuração, passou meio despercebido embora eu vi ele ali, mas como não participou nem pra carregar os gelos, aí deixei pra lá presença dele. Também não considero essa parte com o Anjinho, ilusão de ótica mesmo.

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    6. Pensei que iria contrariar-me dizendo que a asa inacabada é um erro, mas como és muito elegante e dá ouvidos ao bom senso, isto é, não ignora o que recomendam profissionais de (S)saúde que atuam na Psiquiatria, pois sempre dizem para se evitar contrariar malucos... Falando nisso, não lembro aonde coloquei meu tarja pret... digo, minha sarja preta, minha bermuda preta de sarja, às vezes confundo sarja com tarja, veja só... Deve ser por causa da ordem alfabética, depois do "S" vem o "T"... Preciso achá-lo, digo... achá-la.

      Me chamou atenção este trecho:
      "(...)retornando de vez em 2004 como integrante da "Turma do Bermudão" e como característica de ser descendente de português.(...)"
      Ainda que não enfatizada durante toda a época que antecede o ingresso do personagem ao limbo, penso que tal característica pode ter surgido desde primeira aparição e que teria sido de modo subentendido, isto é, os leitores teriam captado sem precisar de expor expressamente que descende de portugueses. Parto desta teoria com base no nome Manezinho, diminutivo encurtado de Manuelzinho, sendo primeiramente diminutivo de Mané, forma encurtada (hoje em dia, dependendo, até pejorativa) de Manuel, palavra essa ou nome esse que tem origem no Oriente Médio, creio que no quase extinto idioma aramaico, Manuel deriva de Emanuel. No Brasil, vemos o nome como sendo de origem portuguesa, parece que os portugueses também consideram como sendo deles e até pode ser de certa maneira, entretanto, a origem do nome nem europeia é. Há também grafado com "O": Manoel, com ambas as letras o significado é o mesmo, mesmo nome.

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    7. Pelo visto a asa do Anjinho teve um erro de impressão, aí não considero erro de desenhista ou arte-finalista nesse caso. Pode até ser que a intenção inicial era do Manezinho ser descendente português desde o início por causa do nome, mas nas histórias antigas nunca vi essa referência explícita, só passaram a falar isso depois de 2004, sobretudo em 2007 quando criaram o irmão dele, o António Alfacinha, que inclusive acabou sumindo dos gibis.

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    8. Bem observado! Está mais para erro de impressão do que de desenhista ou arte-finalista.
      Nesta história Cebolinha não fala palavrões, mas, encontra-se "desbocado" no primeiro quadro da quarta página (pág.6).

      "Pessoal! Vão buscar gelo nas suas casas e de toda vizinhança que TENHA GELADEIRA!"
      A fala da Mônica ilustra como era este básico eletrodoméstico em meio à população brasileira de meados da década de 1970, ainda não tão popular, digamos que era para "quem podia", financeiramente falando. Interessante que, de certo modo, há uma coincidência na edição, porque o mesmo ocorre na piada de capa, está escrito no aparelho qual sua função, para que serve, indicando ser outro eletrodoméstico ainda não tão difundido na época, sem a palavra, provável que a gag não fosse amplamente compreendida.

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    9. É mesmo, esqueceram de desenhar a boca do Cebolinha, isso aí sim um erro. Eu reparei nessa fala da Mônica, mostra que geladeira era um artigo de luxo e não básico, eram muito caras, gibis têm esses momentos históricos. Aspirador de pó menos gente ainda tinha, mas acredito que o pessoal sabia do que se tratava, só não tinham. E até hoje muitos não têm aspirador de pó em casa, nem tanto por não ter condição de comprar, mas porque não veem necessidade de ter, uma varrida na casa já ajuda e muito na limpeza da casa.

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    10. É que em outras capas como a de Cascão nº8 e do almanaque dele de mesmo número, ambos da Editora Abril e dos números 5, 166 e 313 do mesmo título quinzenal pela Editora Globo, os aparelhos estão sem a palavra, daí, deduzo que na capa do primeiro nº52 de Mônica, que dentre as capas de gibis da MSP, parece possuir a primeira gag com este tipo de eletrodoméstico portátil, foi necessário escrever, deixando claro para boa parte dos leitores da época qual a função do aparelho, acredito que muitos entenderiam a piada sem a denominação do que é e/ou para que serve, porém, penso que parte boiaria, pois a sociedade brasileira dos 1970 foi muito diferente da atual. É só uma teoria, talvez você tenha razão.
      Quase impensável viver sem geladeira hoje em dia, conservar determinados alimentos em salmoura e em gordura suína são práticas que ficaram no passado, fora que o eletrodoméstico conserva produtos derivados de leite, como certos tipos de queijo, iogurte, manteiga, sorvete, refrigera água e cerveja, etc e etc, geladeira é um aparelho esplêndido, indispensável.
      Ausência de aspirador de pó não emperra a vida, em hotéis até que sim, já residências que fazem uso disto conseguem improvisar temporariamente. Duvido nada de vassoura ser uma invenção pré-histórica.

      Penso que falta aqui, caro Marcos, alguém que frequentemente comentasse, cuja infância fosse nos 1970 e que nessa fase da vida tivesse curtido à beça os gibis da TM. Fico imaginando, conjecturando, já relatos genuínos a respeito, conheço nenhum.

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    11. É, nem todos podiam conhecer aspirador de pó, era algo tipo recém lançado, quase ninguém tinha, mas acredito que podiam conhecer através de filmes ou até mesmo as crianças conhecerem através do desenho "Os Jetsons" que era bem famoso. De fato difícil de se imaginar que pessoas não tinham geladeira, de como conservavam os alimentos, tinham que utilizar logo para não estragar, na nossa época é produto essencial, para eles era artigo de luxo. Já vi gente que lia nos anos 70 comentando aqui, só que não tem muita frequência, hoje eles estão nos seus altos faixa de 50 anos, indo pra 60 anos. Já chamou atenção de um que postou que foi ele quem escreveu a carta quando publiquei uma seção de cartas da revista Cebolinha Nº 45 de 1976, falou que ainda tinha o encadernado dos primeiros gibis da Mônica que ganhou quando era criança. Parece que o público que mais lê o blog é quem lia nos anos 1990 já que são essas postagens que são as mais acessadas em média.

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    12. Legal! Pena que desses não despontou nenhum como comentarista assíduo do seu blogue. Sou curioso a respeito desse pessoal que durante infância e adolescência curtiu a TM sessentista e setentista.

      "Brincar, nós brincamos, Mônica..."
      Considerando quem fala isto, consegue perceber o que falta, Marcos?

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    13. Sim, um ou outro da época comentam, mas não são assíduos, acho que o mais assíduo é o Roniere do blog U2 e Gibis. Já geração sessentista nunca vi mesmo, também não devem ficar muito costume em internet. Nessa fala aí do Cebolinha aí, erro despercebido de esquecerem de trocar as letras dele.

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    14. Outro detalhe é o tamanho do Manezinho, deveria estar mais alto que as demais crianças. Isto, claro, não é erro, é falta de padrão.

      Marcos, Roniere não conta, pois percebo nos comentários dele a respeito dos gibis antigos da MSP que a infância desse blogueiro foi nos 1980, parece que nasceu em algum ano da segunda metade dos 1970, inclusive, há um post no U2 e Gibis sobre Cascão nº99 da Editora Abril que ilustra bem essa percepção que tenho sobre quando foi o período infantojuvenil dele.

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    15. Quanto a Manezinho não estar mais alto que os outros em alguns quadrinhos também acho que é falta de padrão. O Roniere acredito que ele lia entre anos 1970 e 1980, começando na segunda metade dos anos 1970. Agora quem lia somente nos anos 1960 e 1970 e já eram grandes depois disso são mais raros de encontrar e não são assíduos aqui.

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    16. Pode ser, Marcos, mas, creio que Roniere começou ter contato com gibis nos anos 1980, imagino que saiu da década anterior com mais ou menos três anos de idade, sei lá, é o que parece segundo relatos dele sobre gibis que lhe foram marcantes, as edições abordadas por ele (Homem-Aranha, Zé Carioca, Lulu & Bolinha, etc) são dos 1980, podendo haver algumas publicadas nos 1990.

      Manezinho está na mesma estatura dos demais em todos os quadros, o que pode dar ligeira impressão de estar minimamente mais alto é o formato da cabeça, mas, aí, mesmo ocorre com Anjinho em relação aos cabeças horizontalizadas.

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  2. O facto de vc dizer que estamos no Inverno no Brasil faz-me lembrar uma musica muito conhecida em Portugal, de um grupo chamado Furia do Acucar, em que uma das linhas da letra reza 'no Inverno é Verao no Brasil'. Neste caso seria o oposto ja que estamos no Verao na Europa.

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    1. Isso, agora é verão na Europa, vai ser inverno lá só entre final de dezembro a final de março, quando aqui no Brasil é verão.

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  3. Olá. Boa tarde, Marcos. Eu sou JP, de Salvador-Bahia. Por gentileza, uma pergunta: é verdade, que o Livro Mônica 60 Anos, publicada pela Editora PANINI COMICS Brasil, ele foi adiado para o mês de Outubro do ano de 2023, é isto?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    1. Não estou sabendo disso, capaz de ser isso mesmo. Abraços

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    2. Ok. Marcos, por gentileza, é verdade, que, neste ano de 2023, a Revista Mônica Especial de Natal terá um Reajuste nos preços, é isto?. Por gentileza, você pode informar-me, se o Novo Valor do Preço da Revista Mônica Especial de Natal, ele será o mesmo valor do Almanaque Temático ou não, neste ano de 2023?. Por gentileza, uma pergunta: é verdade, que, no final do mês de Novembro do ano de 2023, para o início do mês de Dezembro do ano de 2023, terão as duas Edições da Revista Mônica Especial de Natal: a Edição #16 (Primeira Temporada-Relançamento) e a Edição #17 (Primeira Temporada), nas Bancas de Revistas e Livrarias das Regiões Todas do Brasil todo, é isto mesmo?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    3. O preço do Almanaque de Natal será o mesmo do Almanaque Temático em circulação e neste ano terá relançamento do de Natal do ano passado. Abraços.

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    4. Ok. Muito obrigado, então, Marcos.

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  4. Sim, foi esquecida, época certa que poderiam republicar seria entre 1979 a 1984, mas a periodicidade entre um número e outro era maior, tiveram também vários almanaques com histórias inéditas nesse período, aí tempo foi passando, traços já bastante diferentes com atualidade até então e não gostavam de colocar histórias com traços diferentes. Agora deve ser republicada quando lançarem a "Biblioteca do Mauricio - Mônica 1974", aquele livro de luxo que ficou no lugar da "Coleção Histórica". Já é alguma coisa. Esses pontos citados aí são incorretos que também impediriam de republicar em almanaques da Panini e não duvido que alterem essas coisas quando republicarem na Biblioteca do Mauricio.

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  5. Então Marcos, algo curioso que acho que vc e os demais não saibam... enquanto no sul do Brasil é inverno, aqui no norte é verão. Por isso aqui no mês de julho a galera curte a praia, pois não chove e o sol é bastante intenso. Já na época de outono, antigamente eu não sabia até reparar que em outubro do ano passado, acredito que ainda em setembro, as folhas de muitas árvores daqui caíram, teve árvore que ficou só os galhos, o que deu a entender ser outono. Já inverno, aqui é na época de dezembro, ou seja, aqui é invertido do sul. Pois em dezembro faz muito frio aqui no norte. Por isso os filmes americanos em época de dezembro mostra muita neve. Enfim, acho curioso.

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  6. Fabiano, parece que a previsão é de lançarem a Biblioteca da Mônica 1974 ano que vem já que ainda vão lançar Mônica 1973. Nesses livros não deveriam ter alterações, teriam que ser fieis às originais, ainda mais que tem várias notas nas páginas mostrando as coisas incorretas em cada página, que isso não pode, aquilo não pode. Só que ainda assim, já vi na internet gente mostrando alterações nesses livros, se na Coleção Histórica tinham, também não deixariam de alterar nesses livros novos.

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  7. Washington, pode ser que aí tenha alguma influência maior de calor no meio do ano e maior frio no final do ano por estar no hemisfério norte, mas ainda assim a mídia considera inverno e verão no Brasil todo em suas respectivas épocas, todas as matérias englobam Brasil todo e não separam os estados que estão no hemisfério norte e os no hemisfério sul. Por isso coloco sempre nessas postagem que são inverno e verão no Brasil.

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  8. Admito que não sou fã dos gibis desse período, mas tem algumas histórias que eu realmente gostei, como essa e uma dessa época que a Mônica monta uma gincana e força todo mundo a participar (porque dizer que ela ''os convidou'' não seria bem falar a verdade), no final todo mundo tenta trapacear, a gincana é uma bagunça e ninguém faz ponto nenhum. Bem legal.

    Pode ter outras histórias desse período que gostei e estou esquecendo, mas no geral os anos 70 não são os meus favoritos.

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    1. Essa da gincana já li e é bem legal. Até que eu gosto das histórias dessa fase, pode ser que você conheça poucas, aí dentre as que leu não gostou muito ,mas tem umas muito boas também. Eu até gosto, mas também prefiro as dos anos 80 e 90.

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  9. Poise se, aqui a mídia fala que é verão e em época de inverno é inverno amazônico.

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  10. Washington, os jornais locais daí devem falar assim, mas a nível nacional falam só verão e inverno para Brasil todo.

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  11. Traços muito bons, com o típico charme artesanal da época, e a própria história é repleta daquele espírito de inocência que hoje em dia é tão raro (hoje todos são "maldosos", "metidos a engraçadinho", fazem piada com tudo e com todos, etc). Espero que algum dia o pessoal da MSP recupere o bom senso e volte a fazer histórias assim...

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    1. Legal o que você aponta, Mago Economista.
      É descarada a naturalidade comportamental dos personagens nesta HQ, essencial para fluir bons roteiros.
      O que impressiona é como naturalidade, que foi nosso chão, elemento básico, corriqueiro durante todo século XX passou a status de utopia, como que algo comum, até mesmo banal se tornou praticamente inalcançável.
      Gostaria muito que os quadrinhos da TM clássica voltassem para racionalidade dos sadios absurdos e das naturais incorreções, porém, chances disso acontecer a curto prazo são minúsculas.
      Forçações de barra(s), superficialidades, frivolidades, antinaturalidade ou antinaturalismo são o que dão as cartas atualmente em boa parte dos segmentos artísticos, problema é que uma parcela expressiva consome todo esse lixo e ainda lambe os beiços, como se tudo isso não fosse altamente tóxico, como se fosse bom e natural.

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    2. Verdade, Mago Economista, essa inocência e naturalidade davam gosto de ver, faz muita falta isso na sociedade em geral, que querem tudo rápido, ágil, violento, com deboches. Isso vale não só para os quadrinhos como em qualquer arte de histórias como filmes, séries, etc. Acho difícil a MSP voltar a ser assim, já que eles têm que atender o que o público da sua atualidade gosta, a não ser que a sociedade mude, mas, infelizmente, tendência é piorar.

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    3. Zózimo, o povo de hoje gosta de superficialidade, por isso muito difícil voltar a ter histórias assim nesse estilo.

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    1. Eram uns traços bem diferentes, não eram ruins. A ideia da Mônica foi boa, bem original. Legal que você gostou.

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