domingo, 9 de julho de 2023

Magali: HQ "O meu segredo..."

Compartilho uma história em que um grupo de obesos queria descobrir a força qual o segredo da Magali ser tão magra comendo de tudo. Com 11 páginas, foi história de abertura de 'Magali Nº 19' (Ed. Globo, 1990).

Capa de 'Magali Nº 19' (Ed. Globo, 1990)

Escrita por Rosana Munhoz, começa com um grupo de obesos se preparando para almoçar, reclamam que era só um talo de aipo e uma azeitona e a Dona Isaura, líder deles, diz que é só mastigarem bem devagar que parece mais e não esquecerem de tomar o suco de cenoura. Todos comem tudo de uma vez, a mulher fala que mandou mastigarem devagar e eles dizem que tentaram, mas não tinha o que mastigar.

Depois eles vão malhar, correndo na rua. Todos reclamam que eles só fazem é malhar e Isaura fala que eles estão desanimados, se querem emagrecer e terem corpinho esbelto é para terem mais vontade, fazerem sacrifícios e renunciarem muitas coisas. Em seguida, veem Magali comendo 5 frapês e 10 baurus na lanchonete. Os obesos ficam com água na boca, se impressionam que ela está tomando um frapê atrás do outro e está pedindo mais e lamentam que nunca mais tomaram frapê.

Isaura comenta que a menina esfomeada vai ficar gorda como eles, quando sair da lanchonete estará com vários quilos a mais, só que para surpresa deles, Magali sai magrinha como entrou, dizendo que ainda está com fome e os obesos ficam impressionados. Magali diz que ainda está com fome e vai na doceria e Mônica diz que ela vai sozinha porque não aguenta mais ouvi-la mastigar.

Os obesos comentam que é a menina mais magra que já viu e come por todos eles juntos. Isaura acha que deve ter alguma explicação e resolvem segui-la. Veem Magali saindo da doceria e na rua pede 4 cachorros-quentes, pipoca, algodão-doce, maçã do amor e um sorvete de cada sabor do sorveteiro e depois quer ir logo para casa porque a mãe vai fazer lasanha no almoço.

Os obesos ficam de boca aberta e perguntam como Magali comeu tudo aquilo e engordou nem um graminha. Dona Isaura se descontrola, chora, querendo também doces, sanduíches, pizzas e sorvetes, que ela os faz parecer uns bobões, vai contra as leis dos regimes e resolve sequestrar a Magali, deixando dentro do saco e a levam para a sede deles para tentar descobrir o segredo.

Magali pergunta quem são eles e Isaura fala que podem ser amigos ou inimigos se ela não colaborar de revelar qual o segredo. Magali não sabe, único segredo que tinha é que gosta do Quinzinho da padaria, mas que agora ele sabe. Eles se irritam, querem saber o que faz para comer tanto e não engordar, se é remédio especial, dieta, ginástica. Magali diz que não sabe, acha que não tem tendência a engordar. Eles acham impossível, até uma formiga engordaria comendo do jeito que ela come.

Reclamam que ela é egoísta não querem ajudar os gordinhos, que quer que continuem entalando nas portas, fazendo mil sacrifícios para perder peso e recusando quitutes e, então, vai ficar presa lá comendo talo de aipo e azeitonas até abrir o bico. Magali acha uma tortura e diz que vai contar o segredo. Manda preparar uma receita especial com jiló, farinha de rosca, óleo de rícino, goiabada e sorvete triplo de chocolate. 

Eles preparam, colocando todos os ingredientes na água, menos o sorvete, que era para Magali comer porque deu fome. Eles tomam o troço ruim, achando que ficariam magrinhos na hora, mas continuam gordos e descobrem que foram enganados. Magali foge e eles correm atrás dela, correm cada vez mais rápido, pulam cerca, pedras nos rios até que a encurralam na rua sem saída. Só que nessa hora, as calças deles começam a cair, roupas largas e veem que perderam 3 quilos.

O grupo comemora, viram que foi graças a Magali e à corrida, o que faltava era motivação. Eles pedem um favor a Magali e no final, Magali corre dos gordinhos com um pirulito na mão, Mônica pergunta que pressa é essa e Magali diz para não reparar, que é só a boa ação dela do dia.

História engraçada em que os obesos queriam saber a todo custo o segredo da Magali de comer tanto e não engordar, chegando a sequestrá-la pra ela falar. No final, viram que se correrem muito vão conseguir emagrecer e a motivação seria correr atrás da Magali para tentar alcançá-la e pegarem o doce que ela estava comendo.

Foi divertido ver os obesos comerem só talo de aipo e azeitona, os absurdos da gula da Magali, a cara deles de ver Magali comendo tudo aquilo sem engordar enquanto eles engordaram só de olhar, Magali achar tortura comer só talo de aipo e azeitona e mandar preparar receita especial de emagrecer só com coisas ruins e o sorvete só pra ela, a correria dos obesos para alcançar a Magali depois que fugiu do esconderijo e a calça deles caírem após a corrida. Absurdo de aparecer uma balança do nada na rua foi bem legal também.

Retrata gordos da vida real que não conseguem emagrecer mesmo fazendo dietas porque falta uma motivação a mais para isso. Fica uma representatividade. De fato para emagrecer tem que ter motivação e força de vontade com muita atividade física e dieta equilibrada sem ser tão radical só com talo de aipo e azeitona como fizeram e tem que seguir para sempre essa rotina.

Eram muito boas histórias retratando peso da Magali e passar sufoco por ser magra demais, o que seria vantagem, muitas vezes se dava mal por isso. Magali não engorda pelo metabolismo grande e como ela brinca e corre ajuda mais ainda mesmo comendo sem controle. 

Esse grupo de obesos acabaram sendo vilões ao longo da história com planos de sequestrar Magali e não soltá-la até ela revelar o segredo, mas como eles conseguiram emagrecer, se redimiram no final. As vezes colocavam histórias de vilões que se arrependiam e se davam bem no final. Não revelaram nome de todos eles, apenas da Dona Isaura porque era mais preciso nome dela do que os outros. Apareceram só nessa história como normal de personagens secundários. 

Magali, sem dúvida, foi a personagem mais sequestrada da MSP, não necessariamente por bandidos, mais por vilões relacionados a comida, como assim de querer saber segredos dela de não engordar ou donos de estabelecimentos sequestrar para Magali fazer um prato especial segredo de família, ou ajudarem no marketing nos estabelecimentos deles, etc. Era bem interessante. E gostavam de colocar personagens em sacos para sequestrar, bem frequente também. 

Magali dizer que gostava do Quinzinho em segredo ficou como uma referência a história "Alimentando uma paixão" de 'Magali Nº 3', de 1989, que foi a estreia dele nos gibis. De fato, ele ainda não sabia que a Magali gostava dele. Colocaram que era Quinzinho da padaria provavelmente por ele ser personagem novo até então e os leitores podiam não associar que se referia ao filho do padeiro, ainda mais que Magali aparecia com outros namorados ou pretendentes depois da estreia do Quinzinho, que ainda não era namorado oficial, apesar de ter aparecido eles namorando algumas vezes.

Os traços muito bem caprichados que davam gosto de ver com direito a olhos com curvas dos obesos demonstrando que estavam com muita raiva. Incorreta hoje por mostrar dramas de gordos para emagrecer, cenas constrangedoras como aparecerem entalado na porta de ser tão gordo, por exemplo, e a ideia de Magali comer sem engordar, absurdos da gula exagerada dela e comer só guloseimas que engordam e não são bons pra saúde.  Atualmente, os gordos nem são tão desenhados obesos dessa forma, até os personagens fixos que são gordos, como Pipa, Dona Cebola, Tia Nena, Nhô Lau, etc, são desenhados mais esbeltos, o que é uma pena que tira as características físicas marcantes da personagens e a representatividade dos gordos nos gibis.

51 comentários:

  1. Nhô Lau, Dona Cebola e Pipa possuem silhuetas elegantes perto do quarteto peso-pesado.
    São muito ligeiros para obesos mórbidos. Magali deu sorte de não virar panqueca, vai que um deles cismasse de fazer com ela o que Seu Barriga fez com Seu Madruga naquela antológica cena em que se joga sobre o pobre coitado.
    Acharam melhor só os homens de calças arriadas, pelo menos só eles aparecem assim, nos privaram (fomos poupados) das imagens de impacto: as calçolas das meninonas, se a criança encurralada viu e não traumatizou, acho que suportaríamos também. Se bem que se trata da Magali das antigas, ou seja, habituada aos shows de horrores, não apenas aos alheios, foi responsável por muitos também.

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    1. Zózimo, sobre os gordos correrem muito, vai ver que tem a premissa que quando personagens querem alguma coisa a todo custo são capazes de tudo, os absurdos mais improváveis. Como eles desejavam saber o segredo da magreza da Magali, não queriam deixá-la escapar e correram como nunca. Se eles se jogassem em cima nela, esmagava com certeza. As mulheres sem calça já seria bem ousado, de qualquer forma, Magali não ligaria também.

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    2. Por ter sido transformada em menina comum, a Magali atual ficaria traumatizada com cena das paquidérmicas de calças arriadas (imagem(ns) dantesca(s) até para época), já a que joga melancias para cima e estraçalha nas dentadas... tem tal frescura não, dorme tranquila, só não pega no sono se estiver com fome.

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    3. A Magali atual ficaria traumatizada com isso, sem dúvida, já a Magali desta história, não, única preocupação dela era comer, o trauma seria apenas ficar presa lá comendo só talo de aipo e azeitona.

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    4. Se o sujeito que ensaca Magali usasse interjeições como "ó, pá" (ou "oh, pá") e "ora pois, pois", e não fizesse uso de gerúndio, pois palavras como "comendo", "entalando" e "caindo" estão nos balões de (das) fala(s) dele. Com base no penteado ou no corte de cabelo, caso se expressasse assim, poderíamos pensar que é parente de um garoto da turma, um tio do além-mar.

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    5. Lembra o Manezinho o cabelo dele, mas não tem a ver ser de Portugal, até por causa do linguajar com gerúndio.

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    6. Bai* que o gajo é um prente* vrasileiro* ou nascido lá e criado cá, ora pois, ó, pá!
      ***Vai•parente•brasileiro - digitar sotaque e dialeto não são uma tarefa fácil, não apenas os do exemplar acima, quaisquer que sejam, nacionais e estrangeiros.
      Os cabelim* mequetrefe do Manezim* são como um protótipo garranchudo dos elaboradíssimos cabelos da Mônica. Como assim? Uai*, os dela exigiram muita criatividade, sô*! Enquanto os dele são um trem* qualquer, uns rabiscos de criança em idade pré-escolar.
      *****Terceiro parágrafo é dedicado à mineiridade.

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    1. Olá. Boa tarde, Marcos. Eu sou JP, de Salvador-Bahia. Por gentileza, uma pergunta: é verdade, que, no mês de Novembro, terá o Relançamento do Super Almanaque da Turma da Mônica Edição #13 (Primeira Temporada), publicada no mês de Maio do ano de 2023, nas Bancas de Revistas e Livrarias das Regiões Todas do Brasil todo, é isto?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    2. Pedro, legal que você tinha essa, adoro essa historinha também, muito bem roteirizada.

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    3. Boa tarde, JP. Vai ter esse relançamento. Abraços

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    4. Ok. Marcos, por gentileza, é verdade, que, no mês de Dezembro do ano de 2023, terão os Relançamentos dos Almanaques Bimestrais: Mônica; Cebolinha e Cascão Edições #14 (Edições #99-Segunda Temporada), nas Bancas de Revistas e Livrarias das Regiões Todas do Brasil todo, é isto mesmo?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    5. Ok. Muito obrigado, então, Marcos.

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  3. Maravilhosa. Um clássico, sem dúvida.

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  4. Mão e braço do quadrão de abertura mais parecem da Mônica, Cebolinha, Anjinho, Rosinha, Chico Bento e outros de mesma estatura que não são magros como Magali, Humberto, Xaveco e Cascão. Pela delicadeza como segura e coloca o prato, estão mais para Rosinha, Mônica* e Maria Cascuda* do que para o dislálico, o angelical e o caipira.
    *Apesar de forçuda e grossa, feminilidade também compõe a personalidade dela.
    *Cascuda das antigas varia o porte, podendo ser magra feito o namorado como gordinha tipo a dentuça. Prefiro ela mais encorpada, parece que essa forma foi mais utilizada. Profissionais como Olga, Rosana, Sidão e alguns outros tops preferiram desenhá-la com quilos a mais do que a menos, é a percepção que tenho.
    Considerando que são de personagem extra large, mão até passa, o braço que deveria estar mais roliço. Quanto ausência de manga comprida, está recuada, faz sentido arregaçar as mangas para lidar com tarefas de cozinha.

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    1. Acho que desenharam com braço de pessoa de estatura de criança para dar um mistério inicial de quem estava falando, mas logo a seguir foi revelado. Eu também preferia os personagens desenhados mais rechonchudos, com quilos a mais, ficavam mais bonitos. Esses aí são ótimos exemplos que desenhavam assim e ficavam muito bons.

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    2. É que prefiro Maria Cascuda desenhada aparentando ter mais peso, já Cascão, Magali, Humberto e Xaveco prefiro magros.
      Essa variação de porte fisico em histórias antigas ocorre mesmo é com a namoradinha do Cascão e com Titi e Jeremias também, alguns desenhistas de segunda linha dos velhos tempos retrataram esses dois como garotos magros.
      Cascão, Xaveco, Humberto e Magali retratados gordinhos no padrão do estilo fofinho, faz sentido.

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    3. Cascuda também prefiro aparentando mais peso. Cascão é Magali ficam melhores mais magros, os outros tanto faz. De fato Titi é Jeremias também tinham variações dependendo do desenhista

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    4. Nem sei se já vi Humberto em estilo fofinho, acho que não, ou vai que nunca o desenharam assim por ter ficado na geladeira por mais ou menos sete anos, porém, "Magalancia" conta com esse visual e foi publicada em 1981, ano de retorno dele e alguns outros do núcleo comandado pela Mônica, portanto, talvez Humberto retratado nesse padrão até exista.
      Parece que já vi "Jerequim" (Jeremias em pele de nanquim) em traços no estilo fofinho, mas, isso provavelmente não existe, creio que pertença à fertilidade imaginativa da minha mente.

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    5. Não tem o Humberto e Jeremias do estilo superfofinho entre 1977 a 1979 porque ele estava sumido dos gibis. Tem um estilo fofinho de histórias de 1981, mas que é diferente do final dos anos 1970, bonitos também.

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    6. Marcos, não lembro em que post alguém comenta que em Mauricio 30 Anos não há HQ em estilo fofinho, também não lembro o que você respondeu ou se respondeu (quando ocorre são pelos grandes volumes de comentários, nada proposital, às vezes um ou outro passa batido) entretanto, a da cachorrinha diabinha está em traços fofinhos. Tenho certeza que foi aqui que li isso, não faço ideia de ano e mês, provável que o(s) comentário(s) seja(m) da década passada.

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    7. Não teve o estilo superfofinho em Mauricio 30 Anos. Essa do Bidu tem arte-final estilo Alvin Lacerda, mas não é considerado superfofinho da época, ficou devendo esse estilo apesar de eles terem colocado histórias da época naquele livro

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    8. Marcos, "Essa cachorrinha é fogo!" é estilo fofinho, não? Não me atenho às gradações, isto é, médio, menos, mais, super, hiper, etc. Franjinha e Bidu estão fofos, outrossim a cadelinha, todos adultos também, a mãe do Franja parece até uma adolescente (aparecendo só a cabeça no quadro de encerramento), até o Belzebu está escrotamente fofo, horroroso, porém, não desprovido de fofurice. Os personagens estão fofos em exatamente todos os quadros, deixando claro que nesse estilo de traços o termo "fofinho" não necessariamente significa "bonito" ou "bonitinho", vide que os homens adultos dessa HQ são feios e com traços fofinhos, estão todos com formas harmonicamente compactas, sejam os magros e os gordos.
      Acho que foi desenhada pelo Nicolosi, um dos criadores dos traços fofinhos setentistas, não apenas os dessa década, ele e uma profissional que esqueci o nome são responsáveis por inserirem personagens da MSP nesse tipo de visual espetacular.

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    9. Sei lá, traços ficaram fantásticos nessa do Bidu, mas não considero como superfofinho como foi na história de Romeu e Julieta, por exemplo. Pode ter sido desenhada pelo Nicolosi mesmo, ficaram muito bons, sem dúvida.

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    10. Sempre enxerguei essa história dentro do estilo fofinho, eu tinha onze ou doze anos de idade quando a vi pela primeira vez e já fui logo associando com esse padrão visual, na época não existia (I)internet aberta, daí, esses termos como "fofinho, estilo fofinho, traços fofinhos, hiperfofinho, superfofinho" e alguns outros que denominam esse tipo de traço não eram populares, entretanto, sempre considerei "Essa cachorrinha é fogo!" como sendo desse estilo.

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    11. Pra mim só a cachorrinha que ficou mais próxima nesse estilo. Tiveram outras histórias com personagens mais fofinhos do que nessa.

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    12. Entendo. Gostaria de saber como Mauricio de Sousa, Sidão e Olga (ao que parece, esses dois ainda estão na ativa) classificariam os traços dessa antológica HQ, se consideram como estilo fofinho ou não. Até mesmo Reinaldo, que saiu da MSP quando eu tinha sete anos de idade, como ele vê os traços da HQ em questão.
      Lembrando que de todos esses nomes que fizeram a Turma da Mônica acontecer nos quadrinhos e também fora deles, infelizmente boa parte já faleceu, contudo, dos que ainda estão com saúde, Reinaldo é o que mais dá as caras na atualidade, creio que essa autonomia se deve ao fato de há muito estar desvinculado de grandes nomes do entretenimento. Surfou no mainstream de modo bem singular para alguém desconhecido do grande público de até então, claro que no meio artístico era deveras conhecido. Parece que timidez e introspecção nunca fizeram parte da personalidade dele.

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    13. Acho eles que classificariam essa trama do Bidu como traços fofinhos e o outro estilo como a de Romeu e Julieta, considerariam como superfofinhos. Reinaldo continua bem ativo, tem até canal no YouTube, Sidão e Olga continuam na MSP até hoje, mas a qualidade artística deles caiu bastante por causa do digital. Os desenhos digitais da Olga estão péssimos, um dos piores da atualidade.

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    14. Acho positivo Sidão e Olga atuando na mesma empresa até os dias de hoje, pois nesta atualidade cinzenta ambos representam o que a MSP teve de melhor, assim como Mauricio de Sousa também representa esse passado primoroso e consigo enxergar isso até nas duas Spada(s), isto é, na Magali e na Mônica da vida real, porém, penso que se os dois saíssem de lá e enveredassem no YouTube assim como fez Reinaldo que enveredou nesse setor de mídia descentralizada muito, muito tempo mesmo depois de ter se desvinculado profissionalmente de Xuxa Meneghel, acho que para parcela do público que curte conteúdos relevantes relacionados às (A)artes seria muito melhor do que, de certa forma, ficarem esses talentosos profissionais relativamente (ou até consideravelmente) limitados como imagino que estejam na MSP, acredito que para os próprios também seria muito mais positivo, entretanto, nem todo mundo consegue se comunicar bem, ser youtuber não é moleza, Reinaldo Waisman é um sujeito que naturalmente domina oratória, no caso dele parece mesmo ser dom, ou, sei lá, vai que desenvolveu essa habilidade por meio de algum curso, imagino que não, parece que sempre foi prosa, a capa de Cebolinha nº120 (Ed.Abril) ilustra isso muito bem, com um introvertido Sidão, uma serena e discreta Olga e um para lá de extrovertido Reinaldo.

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    15. Também acho bom Sidão e Olga estarem lá até hoje, sinal que a empresa privilegia os ótimos profissionais. Acho que se o Reinaldo não fosse trabalhar com a Xuxa, estaria também na MSP até hoje. Como saiu também não precisaria voltar depois, teriam outros projetos, importante que a amizade com o Mauricio continuou. Reinaldo já era mais extrovertido na MSP, não é a toa que com a Xuxa ele foi o personagem Moderninho, super extrovertido. Quem também continua até hoje na MSP é o Kazuo Yamassake como arte-finalista e é o único que consegue deixar os traços bonitos na atualidade porque é o único que não adotou o estilo digital. Quando folheio os gibis novos, quando vejo um desenho melhor já sei que são artes-finais dele e confirmo olhando os créditos. Bom que Mauricio também o preservou no estúdio até hoje.

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    16. Kazuo Yamassake ingressou na MSP nos anos 1970?
      Esse nome volta e meia vejo escrito em assuntos referentes à Mauricio de Sousa Produções, só que nunca presto devida atenção, graças ao seu comentário mencionando esse profissional, finalmente me despertou curiosidade a respeito dele.

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  5. Estou de volta, depois de voltar de viagem por uns dias (o que foi que eu perdi aqui?)
    A Magali, eu quando criança era quase como ela: eu era bem gulosa e engordava nadinha (apesar de detestar melancia), eu pesava e era sempre 25 quilos para mim. Claro que depois que eu cresci, o metabolismo meio que diminuiu e eu equilibrei mais na alimentação, para evitar obesidade e diabetes. Ainda assim, nunca fui gorda na minha vida, até hoje, minha mãe sempre reclama que estou muito magra, com vinte anos e 42 quilos (mas eu me sinto bem assim!).

    Ótima história!

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    1. Bem vinda de volta, acho que perdeu de 1 a 2 postagens só, mas que dão pra ser lidas. Tem gente que tem metabolismo muito acelerado e não engorda. Você com 42 quilos é ainda bem magrinha, tinha 25 quilos porque tinha altura menor e agora está proporcional com a altura maior que tem. Tendência é altura estabilizar agora e peso que por muito tempo deve ficar assim também, até desacelerar metabolismo.

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  6. Pra falar a verdade, essa história de emagrecer os personagens gordos e diminuir o nariz dos personagens narigudos tipo o Chico Bento e o Zé Lelé, pra mim isso sim soa discriminatório. Qual o problema em ter personagens gordos e/ou narigudos?

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    1. Também não vejo problema é até ficam representados. Acho que eles implicam pra não ter bullying, que personagens gordos demais ou narigudos deixariam ofendidos quem é assim na vida real, interprtaeiam como caricaturas, piadas com físicos deles. Pura bobagem.

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    2. Me pergunto se algum dia vão tirar os dentões da Mônica, ela deixar de ser dentuça. Porque com certeza crianças dentuças leem esses gibis e devem ficar constrangidas pela personagem ser xingada e humilhada por causa dos dentes. Ou até o Titi por falar nisso, sei não. Não duvidem de mais nada, minha gente...

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    3. Isabella, também não duvido que aconteça. Talvez não tirem , mas podem diminuir bastante o tamanho dos dentes. Aliás, já chegou a ser dentões maiores décadas passadas.

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  7. Se as coisas continuarem como estão, em termos de "censura prévia", vai chegar um dia em que todos os personagens de quadrinhos, desenhos, etc serão apenas silhuetas cinza (que nem o meme do NPC) para não "ofender" ninguém. E esses personagens não vão fazer nada além de falar coisas "politicamente corretas" e chatas, desinteressantes, que nem o tal do "chatoGPT" que a cada 2 palavras são "me desculpe, não posso escrever coisas consideradas ofensivas".

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    1. Há também um tal de "revisionismo histórico", como, por exemplo, uma corrente que alega que Cleópatra era negra devido ao fato de quase a totalidade do território egípcio pertencer à África, sendo que está comprovado, documentado que seu ramo familiar é grego. Querem mudar etnia de uma importante figura histórica com base em fator geográfico.
      A quarta animação de MOTU com uma empoderadíssima Teela masculinizada; um novo Scooby-Doo, que tem nada do personagem-título, tremenda forçação de barra com lésbicas e filmes recentes de clássicos da cultura pop abarrotados de lacração, como Os Caça-Fantasmas; Indiana Jones; Matrix; Predador - felizmente não defecaram em Blade Runner 2049.
      Personagens dos quadrinhos originalmente brancos como Nick Fury e Wilson Fisk, para serem adaptados às telonas foram transformados em negros, descaracterizações de dois personagens clássicos do universo Marvel. Igualmente detestaria se Tempestade, Bispo (Bishop) e Luke Cage passassem a brancos em séries e filmes live-actions e animados, abomino descaracterizações, sejam quais forem, e algo assim seria total escândalo, completo absurdo, afetaria até o movimento de rotação da Terra, quiçá o de translação, já o contrário... aí pode, ninguém chia, do contrário, ofeeende... Se eu fosse negro, me sentiria ultrajado com versões negras de personagens brancos, pois aonde está a essência disso? Tal medida agrega, valoriza? Representa algo concreto?
      Estes exemplos são todos formas de censura prévia.

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    2. Mago Economista, pelo menos em relação a falas deles já estão assim com linguagem própria de crianças de 7 anos e proibidas certas palavras que julgam ser incorretas e mostrando lições de moral. Daqui um tempo tendência é piorar ficando completamente insuportável, culpa dessa frescura de politicamente correto.

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    3. Zózimo, eles querem modernizar personagens pra agradar as ovas gerações só que acabam descaracterizando e dependendo da mudança não agrada nem velhas nem novas gerações. Tem certas coisas que não devem mudar, o que podiam é modernizar linguagem, deixar mais ágil ou criarem novos personagens fixos pra abordarem o que quiser de novo, mas não descaracterizar personalidades dos personagens já existentes e nem traços. Scooby Doo desde 2015 é só ladeira abaixo e avacalhação a partir da série de desenhos "Que legal, Scooby Doo!"

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    4. Concordo plenamente, Marcos! Deveriam criar personagens exclusivos para atuarem como porta-vozes desses movimentos, dessas pautas, e que ficassem só entre eles, pois são manifestações legítimas, o que me incomoda é que os nossos direitos não são igualmente respeitados, ideal seria que a linha do consagrado fosse imaculada, isto é, 100% respeitada. Problema são essas imposições antinaturais financiadas com dinheiro público e por iniciativas privadas que vem descaracterizando tudo e todos em nome de uma ideologia utópica que beira o infantil.
      Desmoralizar Indiana Jones devido ao personagem ter chegado à condição idosa; ridicularizar o Predador pelo fato dessas criaturas predarem da forma mais escatológica possível indivíduos da espécie humana; esculhambar com o contexto de Matrix, descredibilizando determinados personagens clássicos dessa franquia; transformar Velma em lésbica (Daphne parece que também aderiu, não sei ao certo) e suprimir o animal que dá nome à série; quanto à Teela, o problema não é ter ofuscado He-Man e sim o que fizeram com a personagem. São atualizações forçadas, gratuitas, desnecessárias, releituras toscas, descaracterizações a dar com pau.
      Para quem compactua com esse jogo, quem reza nessa cartilha, objeções como as que expus acima e que são legítimas, para essa patota posso passar por machista, racista, homofóbico e sei lá o que mais, porque para sustentarem essa filosofia rasa e radical, precisam distorcer opiniões, editá-las e enlatá-las com o vil objetivo de colocar pechas negativas em quem discorda dessa visão hermeticamente fechada a dialogar com outros pontos de vista e que manuseia com maestria a tal censura prévia.
      O Mago Economista mencionou o Chat GPT, pois a tal de Alexa padece do mesmo mal, está programada para patrulhar também, tecnologia essa que pertence à Amazon.

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    5. Pois é, a Alexa e outros produtos semelhantes são coisas que eu nunca vou querer ter, uma fronteira q não quero cruzar. Acho muita invasão de privacidade ter uma caixa de som te escutando e reportando para a Amazon ou outra empresa grande as coisas que são ditas em sua residência. "Smart home" é outra bizarrice inútil que estão empurrando pela goela dos incautos. Acho pavorosa a ideia de uma casa toda conectada à internet, inclusive fechaduras. Só trouxa cai nessa. É uma forma de escravidão moderna, para mim.

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    6. Falou e disse, Mago Economista! Nós já estamos em condição de escravidão tecnológica, hiperconectados compulsoriamente, não temos escolha, para que OPTAR por chafurdar ainda mais? Para mim, quem enxerga o conceito de casas inteligentes como algo 100% positivo já está altamente intoxicado, convivendo com essa nova patologia e acreditando estar são, podendo até estar em um quadro crônico, isto é, do tipo que para reverter já é um desafio psiquiátrico. Às vezes me sinto mal fisicamente e mentalmente e sei que boa parte desses sintomas é (são) pelo excesso de tecnologia, felizmente consigo identificar o motivo, muitos chegaram em um nível de imersão tecnológica que perderam as capacidades de autorrastreio e autoavaliação.

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    7. Pois é, Zózimo, é muita descaracterização, tudo forçado o que fazem com esses personagens e nada a ver essas coisas. Mais fácil não ter continuações se for para fazerem isso, fica tudo sem lógica.

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    8. Mago Economista, também penso assim, não vejo necessidade de tudo conectado a internet e monitorar o que a gente faz. Também não tenho interesse em alexa, Chat GPT, Smart Home e afins, tudo inútil, sem dúvida. Nem só por isso de monitorar como também de ter internet pra ter acesso, se faltar conexão, fica sem usar. Pra ter ideia, nem Spotify uso pra ouvir música, prefiro ouvir em rádio, CDs ou MP3 Player.

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    9. O equilíbrio é mais sensato. O pessoal quer registrar tudo e pior ainda em compartilhar em tempo real pra mostrar que está ali no show ou evento naquele momento e como perde tempo registrando nas redes sociais, não curte realmente. Acho que o ideal que até poderia fotografar e filmar alguma coisa, mas pra deixar registrar só no dia seguinte, já em casa, repousando, mostrar como foi o evento e não o que está acontecendo agora. Considero retrocesso também como fazem, mas acho difícil mudarem essa mentalidade.

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    10. Também não abro mão das mídias físicas, e acho que ninguém deveria. Meus livros físicos, bem como minhas músicas e filmes em CD e DVD não podem ser censurados, editados, bloqueados, etc, e eu posso revendê-los, guardá-los, emprestá-los, etc. Sem risco de serem confiscados ou alterados ou eu ter o acesso a eles bloqueado por ter violado alguma cláusula obscura de "diretrizes da comunidade" ou porque um alien tipo o suckerberg acha que eu não tenho o direito de ter acesso àquele conteúdo. Acho que as coisas físicas serão cada vez mais importantes com o passar do tempo, ao contrário do que normalmente se pensa.

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    11. Pois é, Mago Economista, também não largo as mídias físicas. Eles não pensam nisso de direitos autorais, querem só praticidade de encontrar lá pronto e também por não ocupar espaço e poeira na casa. Tomara que eles mudem de ideia quando perceberem bloqueios de direitos autorais.

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    12. Estou com vossas senhorias e não abro, Mago Economista e Marcos!
      Gostei da associação, Zuckerberg parece mesmo alienígena, não obstante, Bezos, Musk e alguns outros figurões que atualmente mandam no (M)mundo, outrossim parecem humanoides por conta dos excessos de intervenções cirúrgicas ligadas à estética. Não sei se o Zuckinha padece de ojeriza ao envelhecimento, é mais jovem que a maioria desses multibilionários, parece que seu aspecto extraterrestre é genético, pois há dez, doze anos atrás já parecia um mandruvá amarelo.
      Se eu fosse multibilionário não seria diferente desses caras, também me preocuparia de forma anormal com aparência física, monitoraria saúde(s) física e mental semanalmente e iria querer viver no mínimo trezentos e vinte e cinco anos, já trezentos e vinte e seis, bom... aí... acho que estaria cruzando a linha que separa o razoável do exagero.

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