quarta-feira, 5 de julho de 2023

Cebolinha: HQ "Alguém sabe do plano"

Em julho de 1983, há exatos 40 anos, era publicada a história "Alguém sabe do plano" em que bandidos tentam assaltam um banco, mas alguém ouve o plano deles e vão atrás de quem ouviu. Foi história de encerramento de 'Cebolinha Nº 127' (Ed. Abril, 1983).

Capa de 'Cebolinha Nº 127' (Ed. Abril, 1983)

Três bandidos estão planejando o maior assalto do século em um velho casarão abandonado. Eles contam o plano secreto que vão alugar uma casa ao lado do banco, cavar um túnel e sair dentro do cofre do banco e quando perceberem que forem assaltados, estarão longe. Em seguida, ouvem um barulho e percebem que tem alguém no esconderijo deles.

Vão conferir, a porta estava aberta, mas que tinham fechado antes, e uma ripa quebrada. Deduzem que alguém esteve lá e sabe dos planos deles. O chefe diz que ou procuram quem esteve lá ou terão que cancelar o plano. Nem pensam em cancelar porque ficaram 3 meses bolando plano e, então, vão procurar a pessoa, veem pegadas e acham que é de uma criança ou um anão.

As pegadas vão em direção ao Cebolinha e ao Cascão, que estavam jogando futebol, os bandidos acham que foi um deles e vão perguntar para eles quem foi. Cebolinha e Cascão pensam que eles eram olheiros que descobriram o futebol deles para jogarem profissionalmente e o Chefe pergunta se eles entraram no velho casarão. Cascão fala que não, ficaram o tempo todo jogando bola. 

Um bandido comemora, falando alto do plano que tinham de alugarem uma casinha e cavar um túnel até o cofre do banco. O Chefe o chama de imbecil, que contou o plano e agora eles sabem. Cebolinha e Cascão tentam fugir, mas como eles sabiam demais, os bandidos os jogam dentro do saco e prometem soltá-los depois do assalto. 

Em seguida, voltam a procurar quem esteve no esconderijo através das pegadas e encontram a Magali sentada comendo melancia. Os bandidos falam que sabem que foi ela quem entrou no casarão abandonado, Magali diz que estava ali comendo melancia o tempo todo. Cebolinha e Cascão no saco ouvem a voz dela e a mandam fugir porque eles são bandidos. Com isso, colocam também a Magali dentro do saco. Lá, Cascão grita que alguém o mordeu e Magali diz que pensou que fosse melancia.

Depois, os bandidos veem que as pegadas vão até ao Humberto, que estava tentando contar o plano deles a um policial só que por ser mudo, não entendia o que o Humberto tentava dizer. Os bandidos pedem licença ao policial e colocam o Humberto dentro do saco e os meninos descobrem que foi ele quem ouviu o plano quando foi buscar a bola. 

Os bandidos tentam disfarçar, mas o policial desconfiou e corre atrás deles. Resolvem ensacar o policial também, mas chegam outros policiais no carro e consegue prender os bandidos e Cebolinha comemora que graças ao Humberto que ouviu o plano deles. No final, os bandidos, na prisão, contam o plano para fugirem de lá ainda naquela noite, um deles vai fingir que estão muito doentes, vão gritar, gemer e quando os guardas aparecerem para ver o que está acontecendo, os agarram. Nesse momento, ouvem um barulho e veem que era o Humberto pegando a bola e de novo ouviu tudo.

História legal em que bandidos percebem que alguém ouviu o plano secreto deles de assaltar um banco e vão procurar quem foi. Resolvem sequestrar todos que encontravam e que descobriram o plano, colocando dentro do saco, para não deixar vestígios, Acabaram descobrindo que foi o Humberto que ouviu e que estava tentando contar para um policial. No final, os bandidos são presos e acaba o Humberto ouvindo de novo o plano deles para tentar fugir da prisão.

Nessa trama policial, foi abordado o mistério de quem esteve lá no esconderijo dos bandidos. Se o atrapalhado não tivesse contado o plano na frente dos meninos, precisariam ensacar ninguém. Aliás, nem precisavam ir atrás, Humberto não ia conseguir transmitir mensagem do plano deles por ser mudo, se soubessem disso, conseguiriam assaltar o banco numa boa. Confirmamos que o Humberto não fala, mas ouve muito bem. Dessa vez a Mônica não apareceu porque queriam dar o foco no Humberto já que na prática, a Mônica daria surra nos bandidos ao ser abordada e não descobririam quem foi que ouviu o plano deles. Cebolinha nem teve destaque principal, protagonistas mesmo foram os bandidos e o Humberto.

Foi engraçado eles tentarem enrolar o policial, disfarçando para ensacar o Humberto e Magali morder Cascão dentro do saco pensando que era melancia, até presa só pensava em comida. Magali, sem dúvida, foi a que foi mais sequestrada em toda a trajetória dos gibis, seja por bandidos ou vilões, sempre estava envolvida nisso. Imagino o calor e o mal cheiro que eles sentiram com Cascão dentro do saco. Teve absurdos de que força os bandidos tinham para carregar tanta gente dentro do saco e que saco resistente caber tanta gente sem arrebentar, semelhante  a ideia de Papai Noel ou o "Homem do Saco" que carregava crianças mal-educadas. O final ficou aberto para imaginar a sequência se o Humberto conseguiu contar para os policiais, eram comuns finais assim abertos para leitores imaginarem. 

Impublicável atualmente por ter bandidos com intenção de assaltar banco, sequestros, deixarem as crianças dentro do saco, policiais com armas, bandido chamar outro de imbecil, palavrão, trolar o Humberto por ser mudo e ele se dar mal durantea história. Definitivamente sem chance hoje em dia. Os traços muito bons da fase de transição para a fase consagrada a partir de meados de 1984, nesta ainda estavam personagens levemente com bochechas  diferentes, formando apenas uma curva começada pelo início da cabeça.

Curiosamente, esse gibi teve várias histórias com bandidos. Além dessa de encerramento, a de abertura "Um amigo perdido" foi com esse tema com Cebolinha sendo amigo de um bandido, tiveram também Zum e Bum, os bandidos pré-históricos, e uma de miolo com participação rápida de bandidos. Sem contar que a história de abertura de 'Cebolinha Nº 126' também foi com ladrão na casa do Cebolinha. Estava em alta histórias com bandidos na época, quase todos os gibis tinham uma ou mais histórias assim em um mesmo gibi. Desenhos animados na televisão e histórias com irmãos Metralha da Disney podem ter influenciado nisso. Ninguém reclamava, gostavam de ação e só queriam saber da diversão das tramas policiais.

A história ocupou 10 páginas do gibi, mas com as propagandas inseridas ocupando um quadrinho de rodapé, teria 9 páginas se não tivesse. Era muito comum fazerem isso na época por terem muitos anunciantes. As propagandas inseridas nesta história foi uma do "Instituto Universal Brasileiro" e três com variadas canetas "Bic". Outra curiosidade que na época não tinha tirinha na página final e colocavam no lugar o que ia acontecer na história de abertura da próxima edição. Com isso, no final da edição de 'Cebolinha Nº 126', colocaram essa história de destaque em vez da de abertura. Então, provavelmente, a ideia inicial era essa história ter sido de abertura e de última hora deixaram como encerramento, inverteram com a de abertura.

Nunca foi republicada até hoje, dava para ser em almanaques a partir de 1991 e acabou não sendo. Capaz de terem esquecido dessa já que naquela fase da Editora Globo não ligavam para politicamente correto e tiveram muitas outras histórias com bandidos mais pesadas que essa que republicaram como a própria história de abertura dessa edição e tantas outras. Então, só quem o gibi original de 1983 que a conhece. A capa  do gibi sem alusão a história de abertura, coisa rara nos gibis do Cebolinha da Editora Abril, devem não ter conseguido uma ilustração de acordo com a história de abertura ou com a reorganização das trocas das disposições das histórias não deu tempo de criar uma capa com alusão à história de abertura e preferiram a piadinha. Muito bom relembrar essa história há exatos 40 anos.

60 comentários:

  1. Só o detalhe de ser Humberto o delator do plano dos criminosos já indica o afiado nível de humor bastante comum na época.
    Como estão desarmados, deram sorte das pegadas não levarem à Mônica. Com os meninos talvez nem lembrou de tentar comentar por sair afoito após retornar com a bola deixando de lado a brincadeira, já com Magali, provavelmente Humberto tentou dizer o que escutou*, ela não entendeu e voltou o foco para fatia da fruta que mais gosta, ou apenas passou batido por ela, deixando-a no rastro.
    *Surdo-mudo... que nada! Ainda que tenha visto os sujeitos, o que motivou entregá-los à autoridade policial foi o que a audição captou.

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    1. Bom humor sempre reinava na MSP, adoro essa história. Mônica ia acabar com a festa dos bandidos na hora, por isso ela não apareceu. Humberto quis ir logo avisar a polícia, difícil saber se parou pra avisar à Magali, mesmo estando no caminho, acho que saiu afoito também diante dela. Humberto sempre escutava tudo, era só mudinho mesmo, foram várias histórias que ele ouvia e queria responder e ninguém entendia. Resolveria se soubessem Libras, mas não colocavam porque queriam dar graça, deixar Humberto com raiva e se dar mal nas histórias.

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    2. Pela necessidade especial que possui, o guri é na verdade um pretenso delator. Mesmo que sutilmente flerte com humor negro, são muito boas as que Humberto se vê neste angustiante dilema. Maioria das antigas histórias dele são assim e esta é uma em que não é o único protagonista, apesar de creditada ao Cebolinha, a HQ é da turma e Humberto como única testemunha da pretensa futura ação dos bandidos foi fundamental para o desenrolar do roteiro como principal efeito cômico, visto que o trio malfeitor, a Magali e o primeiro policial introduzido outrossim são responsáveis pelo humor da trama.

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    3. Sim, Humberto sempre estava em enrascada, se dando mal por ser mudo, não deixa de ser humor negro. Também considero mais como história do Humberto apesar de creditada ao Cebolinha, já que o roteiro agiu em função do Humberto. Apesar do tema considerado pesado, eles sempre colocavam humor nessas histórias com bandidos por isso eu achava boas.

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    4. História da turma com ênfase no Humberto, porém, os protagonistas são os bandidos, tanto que começa e termina com eles, estão presentes em exatamente todos os quadros e este pode ser o motivo de "Alguém sabe do plano" não ter sido escalada para abertura. HQ que abre esta edição também conta com mesmo tema, entretanto, o roteiro equilibra-se no pequeno criminoso e em Cebolinha, dividem protagonismo.

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    5. Protagonistas reais foram os bandidos e um destaque par ao Humberto. Acredito que seria de abertura, mas como o Cebolinha não teve protagonismo, preferiram para o encerramento. Prova disso seria a chamada da próxima edição publicada em Cebolinha 126 fazendo chamada a essa história, não de abertura e a capa desse gibi cebolinha 127 foi com piadinha. Curioso Cebolinha 126 também ter história de abertura com bandido, esse gibi teve 4 histórias com bandidos, definitivamente eles estavam com cartaz na época, devia ser um tipo de história que o público da época adorava.

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    6. É de chamar atenção, no mesmo título, duas histórias consecutivas de abertura com tema de banditismo, creio que não seja o único caso no que tange gibis antigos da TM, o dos números 126 e 127 de Cebolinha pela Abril ficou emblemático.
      Houve de fato uma fixação com bandidagem nas HQs da MSP dos anos 1980, não há como negar (70's e 90's também, parece que o tema marcou mais nas dos 80's), no entanto, é um retrato marcante da realidade brasileira da época, frequentemente abordada(o) pelo lúdico mauriciano, entendo quem critique, quem não curte histórias com o tema, entendo e respeito. Eu, particularmente, gosto, gosto das diversas incorreções das antigas HQs da TM.
      Politicamente correto não é maléfico na essência, os malefícios envolvendo esse recurso são resultado(s) de como vem sendo aplicado, foi transformado em ferramenta política, isso sim é perigoso.

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    7. Chamou atenção dessas revistas do Cebolinha, até tiveram gibis com histórias de bandidos seguidas, mas eram de miolo, já 2 seguidas de abertura não lembro. Eram mais comuns em vários gibis nos anos 1970 e 1980. Ainda tinham nos anos 1990 só que em menos quantidade, mas não foram poucas também. Histórias assim mostravam retrato da sociedade, por isso eu gosto. O excesso de politicamente correto é que estraga tudo.

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    8. Politicamente correto hoje em dia é sinônimo de censura.

      Erros com cores:
      Espaço branco entre o gramado e a perna/calça do chefe do trio, segundo quadro da quinta página, como é parte do arbusto deveria estar em verde escuro.
      Camisa branca no sujeito de menor estatura, último quadro da oitava página.
      Azul marinho em parte do papel do plano de fuga, penúltimo da última página. Colorista confundiu com parte superior do suspensório direito.

      Erros de desenhista e/ou arte-finalista:
      No último quadro da quarta página há falta de acabamento na mão e braço direitos do criminoso magro, parecendo inchados ou gordos como braços e mãos dos outros dois bandidos, que nada têm de esbeltos. Outra coisa que falta no personagem são os riscos da barba por fazer, está com queixo liso no segundo quadro da nona e no último da mesma página o pouco que se pode ver do corpo do baixote do trio foi desenhado como se fosse da estatura do chefe ou até mais alto.

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    9. Censura, sem dúvida. E foram vários erros então, não tinha reparado em nenhum, nem o dos riscos da barba por fazer que seriam mais aparentes.

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    10. História que não é de abertura anunciada do mesmo modo que esta de encerramento, é parte do miolo de Cebolinha nº112 (1982), no lugar de tira de piada do nº111 do mesmo título inseriram divulgação de "A casinha de bolo de fubá", não parece exatamente paródia, mas flerta com a proposta ao colocar Cebolinha e Magali atuando no presente de até então em vez de algum passado ao estilo de séculos como XIX e XVIII, remetendo resumidamente ao conto de Joãozinho e Maria. Talvez foi republicada em algum número de Coleção Um Tema Só visto que há tema de contos da carochinha, ainda assim não vejo como paródia, pelo menos não totalmente, acho mais que esbarra no conceito do que propriamente uma.
      Há outra divulgada assim cuja imagem consiste na Mônica gargalhando sem o par de dentões, acho que não conheço a história, provavelmente não é de abertura - não confundir com aventura de 1980 em que involuntariamente sai da condição de dentuça.
      Por muito, muito tempo mesmo pensei que divulgassem nesses estreitos espaços somente HQs que abrem edições, como sendo um padrão, isto é, as que encerram e preenchem miolos não estariam à altura desse tipo de exposição, lembro que fiquei satisfeito em saber dessa flexibilidade, pois esses anúncios serviram para valorizar mais perante o público da época as HQs que ocupam outras posições nos gibis.

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    11. Sim, Cebolinha 111 foi um caso assim de ter chamada de história de miolo da 112. Vai ver que consideraram mais chamartiva que a de abertura. Tiveram alguns outros casos também. Já a da Mônica 153 com a chamada da edição 154 foi de fato porque essa da Mônica sem dentes foi a mais importante, foi dividida em 4 capítulos por todo o gibi intercaladas com outras histórias.

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    12. Que maneiro! Prova que não conheço mesmo essa história, pois não fazia ideia disso. Duas perguntas:
      Essa HQ em quatro capítulos foi republicada?
      Então, diferente da de 1980, que é de abertura e conheço desde criança, essa consegue a façanha de ser de miolo e de encerramento?

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    13. É diferente da de Mônica 127 de 1980. Nessa de 1983, os dentes de leite da frente da Mônica caem e ela passa sufoco de querer que ninguém a veja sem os dentões até nascerem de novo e foi dividida em capítulos intercalados com outras histórias até o encerramento da revista, mostrando cada fase, contracenando com Jeremias, Titi, Magali, Dona Luísa e até o dentista. Interessante que tiveram traços diferentes nos últimos capítulos. Essa de 1983 foi toda republicada em sequência como última história do Almanacão de Férias Nº 13 de 1993.

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    14. Essa edição de Almanacão de Férias eu não tive e nem sequer tive contato, desconheço mesmo essa história. Curioso Cebolinha e Cascão não participarem, imaginava que com esse perrengue da Mônica eles estariam presentes para de algum modo se aproveitarem da situação, espezinhá-la, coisa e tal, aquelas babaquices praticadas por eles para afetar a autoestima dela que são muito bem-vindas para leitores como eu.

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    15. Deve ser por isso que não conheceu a história. É bem legal essa, preferiram deixar Cebolinha e Cascão de fora provavelmente para não encarnarem tanto da Mônica e não fugir do contexto principal da história de dentes de leite nas crianças.

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    16. Dizem as más línguas que com os da Magali o negócio foi diferente, assim que caíram, ela os engoliu, pois não tem por hábito desperdiçar alimentos. A tal da (F)fada dos (D)dentes não teve êxito com ela. Mesmo considerando que a gula lhe proporcionou várias situações em que age como asno, creio que essa informação seja intriga da oposição.

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    17. Capaz da Magali ter engolido mesmo. Mas se souber que a fada dos dentes vai trocar dente por doce, ela deve pensar duas vezes antes de engolir.

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    18. Dente(s) de leite por doce(s) de leite, aí, sim... Onde será que surgiu essa lenda de trocar dentes por doces? Provavelmente na "Zoropa"... Todas essas histórias com elementos encantados, personagens encantados, em lugares encantados surgiram há duzentos, trezentos, quatrocentos anos, maioria origem europeia, algumas bastante populares no Ocidente surgiram no Oriente Médio.
      Walt Disney foi de uma velhaquice ímpar, jamais vista, se apropriou com exímia maestria de boa parte desses contos e personagens amparado no tal do domínio público. Em 2023 Mickey completará (ou já completou) noventa e cinco anos, domínio público batendo nas portas da toda-poderosa, ironia do destino a todo vapor... Não é o mais que abobado e criado a toque de caixa conhecido pela alcunha de Nimbus*, porém, são os cúmulos* da velhaquice e da ironia...
      **Do latim, cumulus nimbus (cumulonimbus, cúmulo-nimbo) significa, grosso modo, nuvens carregadas em grande(s) quantidade(s). O tempo está fechando para Disney, não somente pelo lance do domínio público estar cada vez mais próximo de seu ícone, aquele que é o mais importante, o símbolo-mor da empresa e um dos maiores símbolos da cultura pop mundial, essa corporação vem também perdendo público de maneira expressiva por ter abraçado cultura woke com essa agenda abarrotada de pautas impositivas e elitistas (coisas de esquerdistas gourmets que, com maestria, fingem que se importam com minorias) estão causando prejuízo ao império fundado pelo genial Walter Elias Disney.

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    19. Não sei quando surgiu essa fantasia de fada dos dentes, sei que é coisa bem antiga, pelo menos ajuda crianças a se acalmarem de ver dente que caiu. E uma pena Mickey ir a domínio público daqui 5 anos, não devia ter isso, obras deviam ser sempre do artista mesmo depois de morto em memória a ele.

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    20. Parte do estrondoso crescimento da Disney foi graças ao domínio público, se apropriou de muito do que não criou. O lance com Mickey é aquela velha história de ironia do destino, isto é, predador transformado em presa, entretanto, não é essa farra como muitos pensam, não é "liberou geral", não mesmo, é um processo complexo, o negócio é bem, bem gradual, quem almeja grandes projetos com base na utilização do Mickey assim que o personagem entrar nessa condição pode se frustrar bastante, sem contar que parte dos lobbies que a Disney faz no congresso estadunidense tem a ver com esse polêmico tema, duvido nada que consigam esticar o prazo dessa lei, retardando o assombroso fantasma que para esse grupo se tornou o tal do domínio público, de baita aliado à tremenda ameaça, cúmulo da ironia...

      Uma superstição que tomei conhecimento quando criança era deixar os dentes soltos das crianças nos telhados das casas, isso atraía sorte, era assim que minha mãe dizia. Problema é que morávamos em apartamento, eu e minha irmã jogamos os nossos em telhados de vizinhos, da nossa residência dava para fazer com, digamos, relativa segurança, até que foi seguro, pois pelo que me lembro, nossa mãe monitorou nossos atos. No nosso caso não teve glamour, foi à moda pobre, para lá de modesto, subíamos no tanque da área de serviço para acessar um janelão, todavia, o que importa mesmo para as crianças de todas as épocas são realizações de atos pelos quais são estimuladas a executarem e acreditarem nos efeitos benéficos dessas ações.
      Parece que já vi uma HQ do núcleo do Limoeiro ou talvez com o de Vila Abobrinha em que é citada essa crença de jogar dentes em telhados, não digo que seja o tema, seria algo como uma breve citação com imagem em balão de pensamento ou quadro de pensamento de algum personagem, seja efetivo ou de aparição única ou até desconhecido elaborando esse ato pela janela, jogando dente no telhado da própria casa, logicamente em movimento exercido de baixo para cima. Caso eu não esteja viajando com memória falsa, parece ser dos anos 1970 ou do início dos 1980.

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    21. Também acho que pode ter possibilidade de prolongar isso com o Mickey. Eu também já vi essa crença de dentes no telhado quando era criança. Não lembro dessa história com o Chico Bento, mas acredito que deva ter tido, sim, parece que você não está viajando nisso.

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    22. É do Chico Bento ou de algum do núcleo do Bairro do Limoeiro, tenho essa imagem que parece contida em balão de pensamento ou quadro de pensamento fixada na memória, pouco provável que o balão ou quadro seja de sonho, também não parece que esse ato seja o tema, está mais para uma citação, uma passagem, algo assim, o tema pode ter a ver com dente, seja dolorido, seja bambo ou que caiu, seja dentista ou até mesmo outro tema, essa imagem que parece realmente existir, parece fazer parte de alguma história publicada na segunda metade dos 70's.

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    23. Tenho vaga lembrança de uma história com Chico Bento com dor no dente, já começa com ele laço branco amarrado em volta da cabeça, parece ser do final dos anos 1970, só não lembro se tem essa cena citada por você.

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  2. Só teve essa ou teve alguma outra historinha de 1983 que nunca foi republicada? Nunca soube a resposta

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    1. As de 1983 quase todas foram republicadas, mas sempre tem uma ou outra esquecida que esqueceram. As de abertura dos 4 personagens que tinham gibis todas foram republicadas, as de miolo foram bem poucas que não.

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  3. Olá. Boa tarde, Marcos. Eu sou JP, de Salvador-Bahia. Por gentileza, você vai comprar o Livro Mônica 60 Anos, quando ele estiver com promoção ou não?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    1. Boa tarde. Vou comprar quando encontrar uma promoção. Vi boatos que vai custar 90 reais, um absurdo de caro. Abraços

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    2. Ok. Marcos, por gentileza, é verdade, que a Capa do Livro Mônica 60 Anos, ela será a mesma Capa do Livro Mônica 50 Anos ou ela será a outra Capa do Livro, é isto mesmo?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    3. Deve ser outra capa, aquela seria só uma provisória. Se for a mesma, aí seria coisa super preguiçosa. Abraços

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    4. Ok. Muito obrigado, então, Marcos.

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  4. Questão de gosto. Tudo bem, até entendo. Eu até não achava histórias assim ruins, ainda mais que era muito comum, só tinham certo exagero porque tipo nesse gibi ter 4 histórias envolvendo bandidos era muita coisa. Se até na Disney tinha histórias com bandidos, a Turma da Mônica também podia. E Humberto não era tratado como frágil, sempre passava sufoco, se dava mal durante ou finais de histórias, faziam piadas com ele ser mudo, o que era bom que dava mais representatividade aos deficientes tratando por igual.

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  5. Lembram daquele "assalto",na verdade furto no subsolo do Banco Central,no Ceará,duas décadas depois dessa HQ,e que até gerou um filme?

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    1. Não lembro, Julio Cesar, mas parece ter uma semelhança com o assalto que eles planejaram nessa história. Até que foi um plano bem audacioso.

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    2. Lembro, lembro bem. Foi o maior roubo (furto) a banco já ocorrido no Brasil, até hoje fico encafifado com esse acontecimento. O início desta história me fez lembrar disso, comecei a ler e me veio à mente o personagem real representado por Milhem Cortaz.

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    3. Fui pesquisar e lembrei. Bem semelhante mesmo a esse caso e ao filme.

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  6. Olá Marcos! Eu recentemente comprei a assinatura anual do app da banca turma da Mônica, aí eu li um gibi da Mônica e praticamente todas as historias tinham um final feliz ou uma lição de moral, inclusive a história de abertura que até foi boa, mas o que me chamou atenção foi o fato de ter uma história do Mingau no gibi da Mônica sendo que ele é um personagem criado quase exclusivamente para o núcleo do gibi da Magali.

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    1. Histórias estão assim há algum tempo e cada vez piora. Nem assinatura de app eu tenho interesse vendo histórias desse nível. O Mingau as vezes aparece em revistas de outros personagens e sem ser só com Magali, sendo que não é frequente, só uma vez ou outra, preferem mesmo histórias com ele com Magali ensinando costumes dos gatos.

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    2. Fabiano, a assinatura custou R$249,00 e sim, as editoras anteriores estão acessíveis no acervo só que provavelmente estão com aquelas alterações mas espero que sejam apenas em relação a falas e linguagem datada e não acontecimentos nas histórias.

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    3. Marcos, na verdade a ÚNICA historinha que não teve uma lição de moral ou final feliz foi a tirinha do final do gibi, eu particularmente não me incomodo com isso mas entendo quem não gosta.

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    4. SPFangirl, eu não ligaria se fosse uma ou outra desse jeito como era antigamente, agora todas as histórias tendo lição de moral e finais felizes acho muito repetitivo.

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    5. Histórias assim, só de cunho educativo, além de repetitivas, mostram claramente um viés ideológico embutido, em que as histórias são monitoradas pela patota barulhenta que decide o que pode e o que não pode ter nas histórias. O resultado disso,
      são histórias limitadas, sem a essência verdadeira dos personagens. Que graça tem comprar um gibi sem piadas, com criatividade podada? Sinceramente, perdi completamente a vontade de adquirir gibis novos, desde janeiro não comprei mais nenhum e não sinto a mínima vontade de comprar mais. Daqui pra frente, é só olhar pra trás em busca de gibis antigos, de uma época sem frescura, sem mi-mi-mi e com diversão garantida!

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    6. Ricardo, se bem que nem todas as histórias atuais são ruins, a maioria até que tem um roteiro bom, o que estraga é o que você falou: a repetição pois as histórias atuais sempre tem que ter uma lição de moral, isso daria certo em uma série pré escolar como Bob o Construtor, Patrulha Canina, Doutora Brinquedos, Bluey, Fifi e os Floriguinhos, etc. mas Turma da Mônica nunca foi só para crianças em fase pré escolar, não me surpreendo nenhum pouco se anos depois que o Maurício se aposentar de vez ou bater as botas, a Turma da Mônica tiver um hard reboot que é completamente diferente da ideia original e bem mais didático do que é hoje em dia.
      Por eu ser de 2002, não tenho TANTA nostalgia da Turma da Mônica dos anos 80 e 90, eu acho que toda década tem seus altos e baixos mas eu acredito que houve sim uma decadência absurda.

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    7. Ricardo, também acho que o tempo todo assim didático perde a graça, tira a essência de conceito de gibi. Ainda assim tem o seu público que gosta, aí bom comprar o que gosta. Quem não liga tudo didático compra as novas e pra quem não gosta, esse dinheiro que gastaria com as novas, compra as antigas no lugar.

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    8. SPFangirl, o problema é isso de repetições em excesso, teria que ter uma piadinha final, até as didáticas antigas tinham piadinhas. Dificilmente gibis voltam a ser como antes a não ser que a visão da sociedade em geral mude porque eles fazem histórias do jeito que o público atual gosta. Mais fácil gibis se extinguirem com o passar dos anos.

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    9. Então, Fabiano, não vamos pagar quase 84 reais por gibis que são cartilhas educativas e com essas frescuras do politicamente correto excessivas, não pode nada, com qualquer bobeira implicam. Gibis têm que ter humor e as coisas incorretas eram engraçadas, é só falar pra criança que não é pra fazer o que os personagens faziam. Esse dinheiro que a gente deixa de gastar com gibis novos, gastamos na nossa coleção dos gibis antigos, é apenas uma substituição e com uma leitura muito melhor na nossa opinião, não considero fortuna e não estoura orçamento. E quem gosta dos novos, compra esses, cada um compra o que gosta. Eu já desisti dos novos faz tempo. Os primeiros anos da Panini pelo menos ainda tinham humor e coisas incorretas, principalmente as histórias do Emerson, se daqui uns 15 anos, pessoal se interessar pelo que já está decadente hoje, sinal que eles estarão no fundo do poço.

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  7. Apesar na Disney terem personagens adultos, de qualquer forma, os gibis eram pra crianças, então elas teriam lendo conteúdos pesados só que eram adultos assaltados sem serem personagens crianças como na Turma da Mônica. Já vi histórias roteirizadas pelo Mauricio dos anos 1970 sobre bandidos e com crianças assaltadas e sequestradas e nos anos 1980 a equipe ainda era pequena e tinha bastante. Mesmo se Mauricio não gostava, pelo menos aprovava sempre pra ter venda, aquele público gostava. Sempre aprovou o que os leitores aceitavam em suas determinadas épocas.

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    1. Dois últimos quadros da sétima página e último da nona denotam que Humberto ouviu o que planejavam.
      Hilário é o final aberto com, digamos, uma desagradável "reciprocidade magnética" entre o guri e os bandidos, o que é falado sobre plano de fuga supostamente ele também ouviu. Única explicação para o acaso se repetir assim é o magnetismo inconsciente dos três para com ele e vice-versa, meio que um carma.

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    3. Cícero, o Humberto ouviu como prova ele tentando contar para o policial. Vou procurar alguma história de inverno e aí posto aqui.

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    5. Parece que inibi ou irritei o prezado comentarista. Perdão, Cícero! Não foi minha intenção! Não deixe de comentar, não por minha causa.

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    6. Zózimo, talvez não, pode ter sido outro motivo. Também não entendi porque ele apagou, como comentários fizeram sentido mesmo ele apagando, aí deixei como está.

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    7. Espero que você esteja certo, Marcos. Desagradar os outros não é minha praia, se acontecer, não é proposital.

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  9. Esse gibi sempre quis ter na coleção, estou vendo em um sebo virtual por 18 reais. Um pouco caro, mas acho que vale a pena, estando em bom estado de conservação. Considero essa fase dos gibis a partir de 1983, a fase mais criativa e estava atingindo o auge da evolução dos traços, que já estavam bem próximos dos traços consagrados.

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    1. Esse gibi é bom, sem dúvida todos dessa fase eram ótimos, a gentese divertia de verdade. Pena que na Internet cobram caro, bem que podia ser até 10 reais, aí vale se tiver em bom estado.

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  10. Tinha uma época de 2000 em que colocavam o Humberto como surdo-mudo, o que para mim não fazia o menor sentindo, ele sempre pareceu escutar muito bem ANTES e DEPOIS dessa etapa. Era muito confuso isso aí. Agora que criaram a Sueli, acho que o bom dessa mais nova personagem é que finalmente a MSP pôde concertar esse erro passado com Humberto e apagar esse buraco na trama. Melhor assim.

    Sobre a história em si, bem legal, nota 8.

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    1. É, não fazia sentido o Humberto como surdo-mudo quando na verdade foi só mudo. Deu una boa descaracterizada nele, provavelmente isso pra deixar mais educativo e ensinar libra. Agora com a Sueli esperamos que ele volte a ser só mudo deixando só Sueli nessa função de ensinar libras senão nem faz sentido de ter sido criada já que tem o Humberto.

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  11. Vi essa história quando tinha 5 anos e como não sabia ler direito na época, pensava que os bandidos queriam sequestrar a turma em troca de resgate. Aliás, essa edição trouxe uma história chamada 'Parando o Trânsito' onde a turma brinca de imitar os problemas de trânsito que seus pais passavam naquela hora. Essa história está disponível aqui pra leitura? Se não, tem como publicarem?

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