terça-feira, 21 de junho de 2022

HQ "Magali no frio!"

Dia 21 de junho começa  o  inverno  no Brasil  e então  mostro uma história em que  a Magali não  parava de comer no inverno dando trabalho para seus pais. Com 11 páginas, foi história de abertura de 'Magali Nº 108' (Ed. Globo, 1993).

Capa de 'Magali Nº 108' (Ed. Globo, 1993)

Em um dia de inverno bem frio, Magali toma chocolate quente e come rosquinhas e quando acaba, pede para a mãe mais alguma coisa boa para comer. Dona Lili reclama que a filha não parou de comer desde que acordou. Magali fala que não tem coisa melhor para fazer naquele frio e Dona Lili fala que não saiu daquele fogão. Magali diz que é coisa boa porque que é um lugar quentinho.

Dona Lili comenta que a despensa já está quase vazia, o pai dela esta fazendo hora extra no inverno para pagar supermercado. Magali fala que está com fome e Dona Lili vai pedir ajuda, com Magali pensando que vai pedir pizza. Dona Lili telefona para Mônica ir lá na casa dela e Magali pensa que é pra Mônica ajudar a mãe na cozinha e conta que ela é péssima cozinheira, outro dia queimou ovo frito. Dona Lili fala que chamou a Mônica para fazê-la distrair e esquecer a comida, que tem outras coisas divertidas para fazer e Magali diz que quanto espera se a mãe pode fazer um lanchinho.

Depois, Mônica chega e diz que vão brincar á beça. Magali pergunta se ela trouxe comida e Mônica responde que são fitas de vídeo, não tem coisa melhor no inverno que assistir filme no vídeo e Magali concorda, sendo que acompanhado de pipoca e chá, já pedindo para mãe levar. Durante o filme, Magali come toda pipoca sem prestar atenção no filme. Pipoca acaba, Magali pede mais para a mãe e Mônica manda parar de comer um pouco. Magali diz que assistir TV dá fome e elas vão brincar de dama.

Mônica "come" todas as pedras da Magali, por estar desatenta ao jogo e ela come as pedras da Mônica, literalmente. Magali reclama que só ela pode comer e Mônica diz que não comeu de verdade. Elas vão a rua para se divertirem mais e Magali sugere irem à lanchonete e ela come 4 hambúrgueres. Depois vão tomar café com chantili e comer pão de queijo.

Em seguida, Mônica pergunta se Magali conhece um esporte de inverno e ela vai comer fondue, que é um esporte de inverno de mergulhar o pãozinho no queijo derretido sem deixar cair. Mônica desiste, no inverno ela fica insuportável, só come o tempo todo e vai embora. Magali achou uma pena, logo agora que ia pedir para comer na casa dela.

Magali volta para casa e Dona Lili comenta com o Seu Carlito que não tem jeito, torcer para o inverno acabar logo. Passam-se os meses, até que chega a Primavera. Seu Carlito comemora, não vai mais fazer horas extras e Dona Lili, que vai tirar a barriga do fogão. Mônica aparece convidando Magali para brincar por estar maior solzão lá fora e ela recusa. Mônica pergunta se ainda só quer comer, comer, comer e Magali diz que com aquele calor só quer beber, beber, beber, tomando vários sucos dia todo.

História bem engraçada com Magali pensando em comer o tempo todo no frio, se tornando insuportável até para a Mônica. Tem ideia que a gente come mais no frio, sendo que com Magali a intensidade é maior ainda que o normal dela. Vimos no final, que para ela, problema não é inverno, come e bebe muito em qualquer estação que seja, a gula já é dela independente do tempo que estiver no Céu. Mostra também situações que podem fazer no inverno, em dia de frio.

Muito divertido Magali comer sem parar sem dar descanso para mãe, precisando o pai fazer hora extra para pagar as contas da alimentação. Eu gostava dessas histórias da Magali dando prejuízo aos pais. Curiosos com que dinheiro ela consegue comer tudo aquilo na rua, pais também gostavam de dar dinheiro para ela, pais têm culpa na gula da Magali. 

Trataram também como se o inverno fosse frio ininterrupto por 3 meses, principalmente no Brasil nunca foi, assim como no verão não faz calor constante. Foi só para dar graça a história de Magali comer por 3 meses sem parar, absurdos de histórias em quadrinhos que sempre são vindos. 

Parte mais hilária foi Magali comer de verdade as peças de dama pensando que Mônica tinha comido. Interessante também no frio intenso que demonstravam, a Magali ficar de meia dentro casa e fica sem e descalça na rua e a Mônica também o tempo todo de perna de fora e descalça, bem legal também isso.

Impublicável atualmente por mostrar gula exagerada da Magali dando prejuízo aos pais e nem a Mônica aguentar com absurdo de comer peça de jogo de dama. Fita de vídeo VHS que elas assistiam também é ultrapassado nos dias de hoje, assim como TV de tubo, que eles sempre alteram isso nos almanaques novos, colocando desenho de TV LED no lugar. Ou seja, até as televisões antigas sobraram para o politicamente correto. Hoje mudariam a parte com elas assistindo filme em streaming tipo "Netflix" em uma TV LED. 

Os traços muito bons e bem caprichados. Teve um erro na página 4 da história (página 6 do gibi) com a Magali com nariz em formato "c" em vez de  "^". As páginas foram com 3 linhas de quadros com no máximo 6 quadros por página em vez de 4 linhas e 8 quadros por página, mais comum em histórias de abertura da Rosana Munhoz, tudo indica que foi escrita por ela. Enquadramento  assim ficavam bonitos e desvantagem de história  ocupar mais páginas no gibi comparado ao enquadramento original. 

37 comentários:

  1. Marcos Imaginei Mais Uma História Onde O Cebolinha e o Cascão Estão Bolando Mais Um Plano Contra A Mônica Aí Do Outro Lado da História A Mônica e a Magali Estão Pegando Os Batons de Suas Mães Aí O Cebolinha e o Cascão Veen A Mônica e a Magali De Costas E Vão Até Elas Até Que Eles Descobrem Que Elas Estão Todas Maquiadas E Falam Aonde Vocês Vão Gatas Aí Elas Gostam Das Palavras Deles E Dão Um Beijão Neles Aí Depois Elas Voltam Pra Casa E Dão De Cara Com As Suas Mães Que Ambas Perguntam Sobre Seus Batons Aí Elas Falam Que Estavam Experimentando Aí Elas Levam Tapa Na Bunda de Suas Mães Aí No Final A Mônica e a Magali Estão Andando com Suas Mães Com Travesseiro Nas Bundas Enquanto O Cebolinha e o Cascão Estão Olhando Com As Buchechas Marcadas Caidinhos Por Elas Então Marcos Seria Incorreta Pros Dias de Hoje ?

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    1. Incorreta por eles levarem tapas na bunda de suas mães. Impossível.

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  2. Nesta trama a esfomeada é uma pesada cruz que seus pais têm que carregar, são bem fracos para impor limites. Palmadas doem, porém, fazem um bem...
    Magali jamais seria uma feminista, pois é a favor que sua mãe permaneça ad aeternum pilotando fogão, e o mais engraçado é que, por ser radicalmente contra Lurdinha pilotar tanque de lavar roupas, Cascão, mesmo sem querer, acaba facilmente tendendo a abraçar o (F)feminismo, e vejam o baita paradoxo residindo no mesmo bairro: uma menina com aspiração machista e um menino, ainda que involuntariamente, propenso a flertar com movimento feminista, coisas do Limoeiro...

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    1. Pois é, se os pais dessem limite, falassem não e procurarem tratamento psicológico para a filha, não seria assim. Tudo culpa deles. Magali é a favor da mãe pilotar fogão dia todo pra satisfazer sua fome, nada feminista, já Cascão apoiaria pra mãe não lavar roupas e limpar casa.

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    2. Marcos, existem HQs dos velhos tempos em que as mães utilizam lavadoras? Dado que nas duas últimas décadas do século XX esse eletrodoméstico foi bastante popular entre a classe média brasileira. Só lembro das coitadas molhando e esfriando as barrigas nos clássicos tanques.

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    3. Tem sim, tanto lavando em tanque quanto máquina de lavar. De fato era mais comum em classe média, mas com a turma as vezes aparecia lavando com máquina.

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    4. É que as famílias do Bairro do Limoeiro são de classe média, ou classe média baixa, daí relacionei o cenário real dessa(s) classe(s) no final do século passado com as HQs mais familiares do núcleo desses tempos. Devo conhecer algumas com máquinas de lavar residenciais, o negócio é lembrar.
      Marcos, conhece uma história em que Franjinha fica mau* (ou mal*) da coluna ao se abaixar para pegar uma cédula de dinheiro que encontra no gramado?
      **Ficar bom da coluna ou ficar bem da coluna, duas formas válidas - só para constar.

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    5. Não lembro de história assim com o Franjinha, mas já tiveram algumas com outros personagens com mal de coluna por outros motivos como o Chico Bento após pegar flor ou por ter trabalhado no roçado, Rolo por namorar mulher baixinha, etc.

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    6. Tem uma que jamais esqueço, do Cebolinha, de miolo do último número dele pela Editora Abril.
      A do Franjinha você provavelmente conhece, muito engraçada, parece que no final o dinheiro achado acaba servindo para comprar medicamento que alivia coluna, acho que termina mais ou menos assim, mas no último quadrinho tenho certeza que, já bom da coluna, novamente se curva para ficar na altura de um muro baixo ou arbusto para esquivar da mira da Mônica com expressão raivosa, o procurando e carregando coelhinho com nó nas orelhas. Essa HQ chama minha atenção por ele ser autor do nó - nesses tempos, além de Cascão e Cebolinha, outros garotos também aprontavam com a guria - e por focar no personagem não como inventor e/ou dono do Bidu, tipo um Franjinha descontraído, livre desses compromissos. Arte parece do Salustrão - Sidão. Suspeito que seja de Mônica de meados de 1984, entre os números 169 a 172.

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    7. Se você sabe com esses detalhes porque teve história assim com o Franjinha, posso até conhecer, só não lembro. Dessa faixa entre Mônica 169 a 172, tenho só a 171. Se eu tiver aqui, seria em Almanaque da Globo.

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    8. Eu lembro dessa história. Ele encontra uma nota de "1 barão" (pra vc ver como já é antiga essa história), e dá um mau jeito na coluna quando se abaixa para pegar. Tem até uma cena em que ele vai, todo torto, cortejar uma menina, e ela acha que ele estava agachado para tentar olhar a calcinha dela. Não lembrava do final dessa história.

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    9. Legal! Parece ser boa. São tantas histórias que algumas saem da lembrança total.

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    10. Tem essa cena mesmo, coitado ainda apanha sem merecer. Sintetizando, dá para dizer que a sorte atraiu o azar. Valeu pela contribuição, Mago Economista!
      Não sendo do número que possui, você deve tê-la em algum almanaque, Marcos.

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    11. Zózimo, Provavelmente tenho em Almanaque. Acho que celes não perderiam chance de republicá-la.

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    12. Não lembro do título da bendita, mas sei que nele, ou melhor, entre as palavras dele, contém parênteses "()", e neles algo como "Ui!", "Ai!" ou "Ugh!".

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    13. Entendi, então tenho que ver em almanaques aqui. Se foi original de 1984, mas chance em almanaques a partir de 1989, com mais chance a partir de 1991.

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    14. Esquenta não, caro Marcos! Procurar sem informações precisas em acervo gigante como o seu deve ser enfadonho. Melhor eu pesquisar no YouTube e Guia dos Quadrinhos, lhe comunico se encontrar.

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    15. Beleza, avise, sim, se você encontrar.

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  3. TV LED no lugar da de tudo,e sem videocassete,DVD ou blu-ray.

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    1. Verdade, tudo isso é ultrapassado, mudariam com elas assistindo filme em Netflix ou outra plataforma de streaming em uma TV LED.

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  4. Vim de paraquedas aqui depois de tomar um susto com o novo almanaque da Turma da Mônica desse mês, a edição 8. Tem uma história do Bidu sem título, mas com destaque para um cartaz: "Desapareceu desta casa um cachorrinho azul! Criança inconsolável!". A história gira em torno do sequestro do Bidu.

    O que me impressionou foi aparecer policiais armados na história e aquela coisa toda de bandido. Em almanaques de anos atrás, se removia armas e alteravam tudo. Vale o registro para conhecimento.

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    1. Verdade, bom não se iludir com MSP. Esse caso foi exceção, bom que não mudaram isso, mas várias outras situações mudam. Quem sabe foi apenas esquecimento deles de alterar armas. Pode ter certeza que muitos vão reclamar disso. Aqui não chegou esse Almanaque vainda, quando chegar vou ver, acho que lembro dessa história, acho que é por volta de 1996/ 97.

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    2. Não é questão de se iludir. Li todos os almanaques desde 2018 e foi a primeira vez que vi esses "absurdos" publicados. Outra coisa é que apareceu TV de tubo sem alteração, primeira vez também.

      Parece que o Paulo Back virou um coordenador de conteúdo lá há um tempo, e desde então os almanaques estão melhores, com várias histórias de 88/89/90/91 aparecendo. Nos gibis mensais, parou de roteirizar pelo que vejo. A última história dele foi uma do Papa-Capim, em janeiro ou fevereiro.

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    3. Raphael, tomara que parem com essa frescura de mudar tudo pela frente. Isso de TV de tubo é ridículo. Pra confirmar, vamos esperar próximos meses, se pararem essas mudancas, sinal que reclamações deram certo.

      Também noto que não tem saído histórias escritas pelo Paulo Back e no especial do Garfield fala que foi coordenador, mas foi escrita pelo Flávio. Pode ser mesmo que seja só coordenador agora, mas não impede de publicarem histórias dele arquivadas, ou seja, já prontas antes, faltando só publicar

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    4. Tvs de tubo nem são cousa do passado. Ainda existem por aí...e puxa as histórias são reflexo da época que foram publicadas.. tinha a época do bichinho virtual enfim..mudae é como recontar um livro de história mudando tido pra atualidade....sem sentido

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    5. Miguel, eles tratam histórias de almanaques como se fossem novas. Na Globo até tinha aviso em rodapé das capas que eram republicações, hoje colocam só bem discreto no frontispício da página 3. Aí mudam tudo que é datado pra se parecer que foi produzida atualmente. Acho que tinham que manter tudo, pra saber como era a vida na época original das histórias. São poucos que tem TV de tubo, mas tem gente que ainda tem, então não é coisa totalmente datada. Aqui mesmo tem lojas e clínica médicas com TV de tubo.

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    6. Eles podiam colocar um adendo nas cenas politicamente corretas que as histórias refletem o contexto da época escritas...as pessoas são muito frescas...ate em filmes que crianças veem tem armas..ou jogos de celulares são só disparando flores?

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    7. Seria uma boa e aviso bem grande na página 3 pra verem. Melhor que alterarem as histórias. No Canal Viva tem adendo assim antes de começar as novelas. Na verdade, desnecessário também, mas se fosse servir pra não mudarem as histórias aí é válido.

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    8. MSP passou a ser antagônica à (M)memória e, consequentemente, se opõe gratuitamente à boa parte da (H)história do século passado por meio de chulas alterações em republicações de suas HQs clássicas, por mais que pareça, nada há de inofensivo no que vem sendo feito sistematicamente, extremamente desfuncional atualizar o passado, ignorar emburrece. O autêntico moderno não fica por conta de substituir elementos (objetos e termos) ultrapassados por mera questão de moda, isso é coisa de moderninho superficial, não passa de estupidez.
      Raphael nos trás informações interessantes.

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    9. Acho lamentável omitir objetos e modas do passado. Eram pra manter como foi. Tomara que eles mudem essa visão.

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    10. Tomara que revejam mesmo, pois atualizar o que já passou é absurdamente estúpido, contribui para desconhecimento, alienação, ausência crítica, só prejudica a criançada. É impressionante como que a MSP com muito mais grana do que teve no século XX só consegue esculhambar com a TM clássica, antigamente, com bem menos recursos o segmento era sensacional, fabuloso, formidável, excelente, dinheiro em abundância sem material humano sensível e sofisticado de nada adianta, temos, já até de longa data, comprovações empíricas de que o que afirmo neste comentário é a mais pura verdade.

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    11. Pura verdade, alienação total fazerem isso, como se não existisse tais objetos do passado. Vamos ver se vão parar com isso.

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  5. Talvez você teve essa revista. Era comum histórias com enquadramento assim, normalmente em histórias vde abertura escritas pela Rosana. Percebo isso nos comentários da Coleção Histórica, maioria era dela que gostava assim. Também sou indiferente, ficava diferente, apenas.

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  6. Eu gostava muito dessa épioca do início dos anos 90 com os textos nem marcados nos balões e personagens desenhados perfeitinha... A fome da Magali rendia muitos absurdos eu achava de rir

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    1. Eram muito bons os gibis daquela época principalmente desenhos que tinham vida. Os absurdos vcom a gula da Magali eram excelentes, dessa vez comeu peças de dama kkk. Muito legal.

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    2. Comer no jogo a Magali entende literalmente...mas falando sobre os almanaques poderiam colocar de quem é o roteiro ano e editora da publicação

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    3. Disso ela entende. Até tiveram histórias com ela satisfeita depois de ganhar jogos assim de "comer" peças. E sempre achei que deviam pelo me colocar ano e edições que saíram as histórias, era o mínimo. Talvez não colocam porque querem tratar que são histórias novas e não republicações.

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