sábado, 18 de outubro de 2014

Coleção Histórica Nº 43


Nessa postagem comento sobre a Coleção Histórica # 43, formada pelas 5 revistas números 43: Mônica (1973), Cebolinha (1976), Chico Bento e Cascão (1984), e Magali (1991).

Ficou bom o Zé Vampir na capa, fazia tempo que não tinha alguém da Turma do Penadinho ilustrando o box. A distribuição foi melhor dessa vez, pelo menos por aqui chegou dia 3 de outubro. Ainda chegou de um mês para o outro, mas foi bem cedo em vista a edições anteriores. E continuou sendo 1 exemplar por banca que vende. Ainda acho que deviam chegar na última semana do mês, no máximo, e vender mais exemplares por banca.

Tudo indica que o box não teve alterações no conteúdo das histórias, como tem que ser. Pelo menos não deu pra perceber.



Histórias de abertura e comentários gerais:

Mônica - "A grande festa" - Mônica convida o Cebolinha para uma festa, mas é ele quem teria que levar os discos de vinil e a vitrola.

Dá para perceber que é uma história bem datada, com discos e vitrola, que não fazem mais parte do nosso cotidiano. A história é curta e boa, mas merecia uma continuação para concluir melhor. Achei que ficou muito vago como ela terminou e devia ter pelo menos mais 1 página para concluir.

Parece que teve uma alteração no texto, quando a Mônica falou "toca-discos", acho que acrescentaram "s" porque a fonte ficou diferente e se encontra muito no canto do balão. É apenas hipótese porque não tenho a original para confirmar, mas dá impressão que alteraram. Mostro abaixo a cena: 

Trecho da HQ "A grande festa"

Outra história datada, é "Mônica e a TV", em que ela faz de tudo para a televisão funcionar. Interessante a imagem da TV em preto e branco, e as situações de mexer na antena para funcionar, coisa muito comum na época, e hoje poucos precisam fazer isso, já que a maioria tem TV a cabo ou digital.

Na revista original, o Xaveco apareceu com blusa azul na primeira página da história "Um jogo cansativo" (em que mostra uma Mônica autoritária e uma disputa se os meninos jogam futebol ou as meninas, vôlei com a bola do Cebolinha). Esse erro foi corrigido agora na Coleção Histórica, sendo falado isso nos comentários, mas acho que deviam era manter esses erros de cores. Pelo menos foi falado nos comentários, já que nem sempre avisam que as cores foram corrigidas.

Na capa, uma piadinha com a Magali, já que ela não tinha gibi próprio na época. Fala que a revista tem 11 histórias, mas, na verdade, foram 12. Na certa, foi porque não contaram a de 1 página como história. Não teve tirinha no final do expediente dessa vez. Dessas, em 2 não tiveram nos comentários informações de créditos nenhum de roteirista, desenhista nem arte-final (a de 1 página e a "Mônica e a TV").


Cebolinha - "O gato borralheiro" - Estrelada pelo Cascão, mostra a turma em uma peça de teatro, com uma paródia do conto da gata borralheira, com o Cascão como gato borralheiro.

Como o Cascão não tinha revista na época, era normal ele ter histórias nos gibis da Mônica e do Cebolinha (principalmente), e as vezes eram de abertura, como essa.

Aliás, foram poucas histórias do Cebolinha nessa edição. De 10 histórias, apenas 4 foram dele, incluindo uma de 1 página e a tirinha final. Prevaleceram histórias de secundários, como Jotalhão, Astronauta, Bidu, etc. E até história de abertura não foi do Cebolinha, apesar de ter a sua participação. 

Uma história que gostei muito foi a "Abra a boca", em que o Cebolinha perturba um dentista. Podiam até ter colocado o seu Juca para fazer o dentista, mas preferiram um outro personagem para cumprir a função. E tudo indica que esse dentista já havia aparecido antes em alguma história da Mônica da época, já que o dentista pergunta ao cebolinha se é amigo da Mônica e diz que ela o levou à loucura.

Curiosamente, quase todas as histórias desse gibi foram escritas pelo Mauricio de Sousa, menos a "Boca Aberta". Porém, não informam nos comentários quem desenhou nem quem fez arte-final na história de abertura e nem em "Abra a Boca". E nas histórias do Bidu e do Chico Bento não falou quem fez a arte-final.

Nas histórias do Jotalhão (em que ele passa apuros ao cai em um buraco) e do Astronauta (em que ETs trocam um ovo de uma galinha por um ovo real espacial para poder destruir a Terra) tiveram 3 quadrinhos na horizontal (ou mais) em vez de 2 e, com isso, os desenhos e letras dos balões ficaram em tamanho menor. Abaixo, uma página da historia do Jotalhão para ver como ficou o enquadramento:

Trecho da HQ do Jotalhão

Aconteceu porque foram aproveitadas de tirinhas antigas de jornais e eles não redesenharam para lançar no gibi, Cada coluna da horizontal representava uma tirinha que saía um dia no jornal, que juntas formava uma história depois de vários meses. Aliás, uma arte espetacular na história do Astronauta, que dessa vez apareceu com cabelos brancos. Ou seja, não alteraram a cor do cabelo dele. Ainda bem.. 

A capa ficou meio diferente em relação à original, deixando a cabeça da Mônica mais perto do logotipo e o título da história com fonte menor. Aconteceu por causa do formato, já que CHTM não segue o formato das revistas dos anos 70, que eram 2 cm maiores na altura. Capas mais detalhadas, é natural essa diferença. O ideal era as revistas da Mônica e do Cebolinha da CHTM seguirem o mesmo formato das originais, com 2 cm maiores na altura. Abaixo a comparação das 2 revistas, com a imagem da original tirada da internet:

Comparação das capas de 1976 e da CHTM # 43

 Chico Bento - "Eta vidinha mais boa" - Um empresário tenta comprar o sítio do Chico Bento para construir uma nova filial da sua indústria

Dessa vez não teve alteração no caipirês dos personagens, deixando exatamente como na revista original, como tem que ser. Nunca deviam mudar texto na CHTM. Tomara que continuem assim, afinal, a mudança no caipirês, além da revista ficar diferente da original, tira a magia da época e não permite a gente comparar como era o caipirês antes.

Destaque desse gibi a história "O Anticomputador", em que 2 computadores tentam dominar a mente dos humanos, mas antes levam o Chico Bento até lá porque ele não tem interesse nenhum por tecnologia e querem destrui-lo. Tanto roteiro assim como a arte são sensacionais. Abaixo, um trecho da história, que dá para perceber que mantiveram o caipirês do Chico do gibi original.

Trecho da HQ "O anticomputador"

Em relação a créditos nos comentários, só essa história "O Anticomputador" que ficou completo. O gibi tem 7 histórias e infelizmente em 4 delas não mostram o nome do roteiristas e nas 2 histórias do Papa-Capim só informam quem desenhou. Falando nisso, legal que o Paulo Back deu uma dica de como saber se uma história foi desenhada pela Rosana Munhoz. Nessa edição, ela desenhou a de abertura e a primeira do Papa-Capim (em que um colar da Jurema que o Papa-capim deu de presente a ela some misteriosamente e eles vão procurar quem roubou).


Cascão - "Cascão via satélite" - Cascão cochila dentro de um satélite de transmissão de rádio e TV por engano, pensando que era uma lata de lixo ao se esconder da Mônica, e é levado para o espaço sideral.

Como destaque do gibi, a história "Espinhos do amor" e muito legal. Nela, uma porco-espinho se apaixona pelo Chovinista e faz de tudo para ficar com ele. 

Foram 5 histórias no total e em "Tudo tão estranho" (em que os personagens aparecem fazendo coisas impossíveis que fizessem) e "Cascão está com medo"  (em que o Cascão fica com medo de operar as amígdalas) não tiveram créditos nenhum nos comentários. Nas outras dessa edição foram completas.

Trecho da HQ "Cascão via satélite"

Assim como no gibi do Chico Bento, nos comentários não foi falado que teve a promoção da Cartela Milionária, com selo na capa. 

Dessa vez não teve história nenhuma com o Penadinho e sua turma, e, com isso, o box não teve história com esse núcleo, já que também não tiveram histórias deles nos gibis da Mônica e do Cebolinha nos anos 70, coisa rara na época. Isso prova que a capa do box não tem nada a ver de colocar um personagem que teve destaque, como era cogitado no inicio, e colocam o que acham melhor.

Magali - "Passeio no shopping" - Mingau vai escondido ao shopping center no carro da mãe da Magali e passa vários sufocos por lá.

Como história de destaque, a do Dudu, "Mamãe, a psicóloga!", em que o Dudu decide ser faquir para não comer mais e sua mãe tem que usar a psicologia para tirar essa ideia do filho. A arte-final assim é sensacional, muito comum na época e, comparando com as do Chico Bento e do Cascão, sempre que as histórias tinham arte assim, eram feitas pelo Alvim Lacerda. A historia "O Anticomputador", do Chico, é uma delas). Muito bom.

Trecho da HQ "Mamãe,a psicóloga!"

Foram 7 historias no total, sendo comentadas 5, já que a de 1 pagina e a tirinha final não costuma comentar mesmo. Dentre as comentadas, só a história de abertura e a do Dudu tiveram créditos completos.

Aliás, no comentário "Chá de bonecas" (em que as meninas fazem um concurso para ver qual a melhor boneca) não ficou claro qual história foi escrita por Dejair da Mata. É que o Paulo Back diz no final do comentário: "a história 'O concurso das Denises' (Mônica # 160, Globo), escrita por Dejair da Mata". Essa vírgula dá ideia que está se referindo à história "O Concurso das Denises", mas ela foi escrita pelo Emerson Abreu. 

Então, como ficou no comentário, para quem não sabe, vai pensar que ela foi escrita pelo Dejair da Mata, e não, a "Chá de Bonecas". Ficou confuso. Podiam colocar um ponto em vez de vírgula e "escrita" com letra maiúscula. Além disso, teve um comentário errado da propaganda da revista do Cebolinha falar que era da Editora Abril. Na verdade é da Globo.

Dessa vez não foi mudado o logotipo na tirinha, como fizeram na CHTM # 42, quando deixaram erradamente igual ao logotipo da capa e, com isso, a proporção dos desenhos ficou menor na ocasião. Ainda bem que mantiveram e que continuem assim. Só a partir da edição # 54 que começaram a colocar o logotipo clássico na tirinha final (e só em algumas edições) e até lá se fizerem isso será alteração.

De diferente um pouco foi a capa que insistem em colocar o selo da CHTM ao lado do logotipo na capa, com tanto espaço sobrando no lado direito para colocar isso. Por causa disso, o logotipo fica menor em comparação à original e até o contorno ficou mais fino. 

Em capa mais detalhada dá para aceitar, mas nessa dava para colocar o selo em outro lugar. E só na revista da Magali fazem isso. Na Mônica e Cebolinha, por exemplo, são bem detalhadas e não fizeram isso, colocando o selo no gibi da Mônica em cima do sorvete de areia. Abaixo, a comparação das capas das 2 revistas da Magali, dando para perceber também que a panela era cinza na original e agora ficou marrom:

Comparação das capas de 1991 e da CHTM # 43

13 comentários:

  1. Da coleção histórica eu tenho 4 do cascão, 3 do cebolinha e 1 da mônica, toas compradas em sebos. Eu evito comprar da Magali, pois as revistas dela foram lançadas mais recentemente, tanto que uma vez eu encontrei a Magali n° 30 original da editora Globo.

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    1. E, as da Magali são mais fáceis de encontrar em sebo por serem da Globo e as mais dificeis são da Mônica e Cebolinha, por isso q coleciono.

      Como vc compra separado, vc faz bem em não comprar as da Magali da CHTM, pq se tem chance de encontrar as originais, valem muito mais a pena ter originais do q a CHTM.

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  2. Já na coleção...mais ler mesmo que é bom..ainda estou no vol.31 kkk

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    1. kkk... pelo menos tá garantida na sua coleção. Algum dia vc consegue ler todos rsrs

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  3. A caixa 43 chegou dia 3 aí!? A remessa da Panini pra minha região deve está vindo de tartaruga. Eu só fui comprar a 42 na banca no dia 1º deste mês (e a mensal da Mônica de setembro também) e acabei perdendo as 40 e 41 que devem ter atrasado tanto que eu não soube quando chegaram e compraram antes. E só chegam três exemplares e em uma única banca.
    Quando a essas modificações não dá pra entender mesmo: Na capa da Magali encolheram o logo mas na do Cebolinha aumentaram o logo e diminuíram o título da história. Vai entender...

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    1. Dessa vez até q chegou cedo aqui, até estranhei quando vi rsrs. mas sei q em muitos lugares não chegaram ainda, como aí. Mesmo assim foi só 1 exemplar por banca, como sempre. Essa distribuição é horrorosa, quem sabe melhore com tanta reclamação. Por isso é bom a gente reclamar sempre pra ver se melhorem isso.

      Não dá pra entender essas modificações nas capas,... são coisas bobas, mas q fazem diferença. É só na Magali q colocam logotipo menor, não sei por que isso. O do Cebolinha tbm ficou bem diferente, até mais q o da Magali. Péssimo.

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  4. Oi Marcos, como sempre, a CHTM é muito apreciada, e "esperada" nas bancas. Aqui ainda nem chegou a nº 42, que acabei comprando de loja virtual com frete. Pelo jeito, vou ter que comprar esta 43 do mesmo jeito. É uma excelente coleção, só peca mesmo pela distribuição inconstante, a meu ver. Abraço.

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    1. Parece eles fazem de propósito essa distribuição péssima pra forçar o pessoal a fazer assinatura. Incrível como todo mundo reclama isso rsrs. Mesmo assim, ainda acho melhor nas bancas ou internet do q fazer assinatura. Ainda mais da CHTM, q vem junto com a da TMJ. Vc fez bem em ter cancelado.

      Abraço

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  5. Verdade, todas as revistas são fantásticas. Muito boas.

    Quanto ao Dudu, ele sempre teve destaque mesmo nos gibis da Magali, protagonizando hqs sensacionais. Ele e o Mingau representavam hqs de secundários nos gibis da Magali e eram um grande diferencial. Uma pena mesmo o Dudu estar perdendo o destaque que tinha nos gibis novos dela.

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  6. Eu não vejo isso. O Dudu é um dos mais recorrentes secundários! O fato é que ele cresceu mais ainda, agora passeando bem mais em outros núcleos. Continua com aparições no gibi da Magali, mas agora também se mostra presente em algumas histórias do Cebolinha e mesmo Cascão.

    Aliás, ótimo box esse. Inclusive a arte nessa história do Dudu pra mim e a melhor. Pena que há uns 10 anos não vejo mais ser usada (ainda mais agora que é tudo no computador).

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    1. Dentre as q vi, da pra perceber q o Dudu está mais participando das hqs dos outros do q protagonizando as suas hqs como era antes. E acho q tem menos hqs com ele nos gibis da Magali. Antes tinha hqs dele e do Mingau em todos os gibis.

      Sobre a arte como nessa hq é espetacular. Acho q tem mais tempo q não fazem mais traços assim, acho q uns 15 anos. Hj infelizmente nem pensar traços com arte assim. Só é digitalizado parecendo carimbo.

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    2. Marcos, essa arte da história do Dudu não foi feita pelo José Márcio Nicolosi? Fiquei com essa impressão depois de ler esse post aqui: https://hojossaurus.wordpress.com/2013/04/02/momento-fa-parte-1/

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    3. Felipe, apesar do traço parecer, mas não é. Na própria CHTM o Paulo Back fala nos comentários q foi do Alvin Lacerda.

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