sábado, 13 de abril de 2024

Mônica: HQ "Viva o outono!"

Estamos no outono no Brasil e, então, mostro uma história em que a Mônica convida os amigos para verem as folhas de outono caírem e cada um deles dá um motivo para não gostarem da estação e não sair com ela. Com 7 páginas, foi história de encerramento de 'Parque da Mônica Nº 67' (Ed. Globo, 1998).

Capa de 'Parque da Mônica Nº 67' (Ed. Globo, 1998)

Escrita por Emerson Abreu, começa com a Mônica em frente à casa da Magali chamando para ver as folhas caírem. Magali não entende e pergunta sair para fazer o quê. Mônica fala que estão no outono, época que as árvores deixam cair as suas folhas, colorindo toda a grama com um lindo tom de laranja e marrom. Magali diz que é para ter cuidado com o que está embaixo das folhas porque o tom de marrom pode não ser aquilo o que ela pensa. Mônica reclama que desse jeito ela tira toda a poesia da estação e Magali responde que ela devia ver como foi poético limpar caca de vira-lata da sandália dela.

Mônica vai embora e resolve chamar o Cebolinha, que está abatido e com termômetro na boca, e Mônica bate nele, pensando que é um ET e é para chamar o "Arquivo Giz" ("Arquivo X") e puxa o cabelo dele. Depois de Cebolinha dizer que é ele, Mônica pergunta se ele morreu. Cebolinha responde que pegou gripe, estava acostumado com o calor do verão e com a mudança de clima após a chegada do outono pegou gripe e não pode sair de casa. Mônica fala que ele está ótimo, parece um ator da novela "Palhação" ("Malhação"). Cebolinha acha que está melhor e tosse bem alto e sem parar em cima dela.

Mônica acha que o Cebolinha é delicadinho por ficar doente no outono e lembra que o Cascão não é delicado como a Magali e o Cebolinha e vai chamá-lo. Mônica pergunta ao Cascão se ele é delicadinho. Cascão diz que de vez em quando, na hora de dormir, tem medo de escuro, mas abraça bem forte a sua minhoca de pelúcia e manda o medo para longe dele. Mônica disfarça, dizendo que acha que isso não é ser delicadinho e o convida para ver as folhas de outono e ele recusa. 

Mônica quer saber por que não, Cascão abre o guarda-chuva e cai uma pancada de chuva em cima da Mônica e para e Cascão responde que é por isso, essas chuvas rápidas agora vem e vão sem dar aviso e prefere não sair de casa. Mônica acha um absurdo, cai outra chuva do nada e para e Cascão fala que é o tal "El Niño".

Depois, Mônica se pergunta o que está acontecendo com a turma, o que veem de errado com o outono, é tão poético ver as folhas caindo, quando todas as folhas da árvore cai em cima dela. Cai chuva forte sem parar dessa vez, Mônica acha que uma chuvinha de vez em quando faz mal nenhum e fica gripada, depois pisa em um cocô no chão e no final pergunta se ainda vai demorar muito para o inverno chegar, acabando seu amor ao outono.

História boa em que a Mônica convida seus amigos para verem as folhas de outono caírem, mas cada um não gosta do outono e não aceita sair com ela. Magali por conta de má lembrança de limpar cocô de passarinho na sandália, Cebolinha por estar gripado e Cascão por causa das chuvas repentinas. No final, Mônica sofre acontecendo tudo com ela o que seus amigos tinham medo (chuva, gripe e pisar em cocô) e passa a odiar o outono, que antes era tão poético para ela. Quem gosta de ver a Mônica se dando mal foi um prato cheio.

Coitada da Mônica que só queria curtir as folhas caírem na companhia de alguém e seus amigos não colaboraram e ainda aconteceu de tudo com ela no final. Foi engraçado os diálogos dela com cada um deles, Magali foi bem realista em que tons marrons caindo do céu podem não ser o que Mônica pensava, ver Mônica espancando e puxando cabelo do Cebolinha achando que era um ET, Cascão bem precavido com a chuva e jogando na cara da Mônica que não ia ver as folhas caindo, absurdo de todas as folhas da árvorecairem ao mesmo temponela e tudo que ela sofreu no final.

Coitado também do Cebolinha  apanhar sem merecer e nem ter aprontado com ela. Fica a dúvida quando o Cebolinha tossiu forte para a Mônica se foi de propósito para ela ir embora ou se realmente ele tinha piorado da gripe e ou ainda ter crise de tosse após o elogio. Teve até o exagero do telhado da casa subir por causa da tosse tão alta. A onomatopeia teria que ser "Cof! Cof!", mas acredito que colocou "Tosse! Tosse!" para mostrar que era mais intenso e mais alto que uma tosse normal. O Cebolinha gripado trocou letras de quase todas as palavras por estar com um som nasal, interessante que deixaram a palavra "cliba" em negrito e as outras relacionadas à gripe, ficaram normais. 

Foram boas as paródias do "Arquivo Giz" (seriado "Arquivo X") e "Palhação" (novela "Malhação"), programas de TV que estavam em alta na época. Sempre foram criativos nas paródias com os famosos. Inclusive, sobre "Arquivo X", tiveram várias histórias próprias parodiando o seriado entre 1997 a 1999, quando estava em alta aqui no Brasil, isso quando não era só citado nas histórias como foi nesta.

A Mônica chamar os amigos de "delicadinhos" após a recusa deles, é o mesmo que falar que são frágeis, frescos e ela ter uma certa homofobia, principalmente na ironia e cara que fez depois do Cascão dizer que têm medo de escuro e dorme agarrado com sua minhoca de pelúcia. História é marcada pelo meme de internet do quadrinho que a Mônica convida o Cascão para ver as folhas e ele responde que não, em que no meme editado colocam a Mônica fazendo uma pergunta qualquer e colocam o Cascão falando palavrão para ela como resposta.

Teve um lado informativo ao Cebolinha dizer que a mudança de clima que fez ficar gripado, não é o frio que causa gripe e, sim, a mudança brusca de temperatura, pessoa estar em um lugar quente e entrar ou sair em local gelado com ar-condicionado forte, ou vice-versa. E também de ter noção sobre o "El Niño", fenômeno meteorológico de aquecimento excessivo da Terra que volta e meia atinge o planeta inteiro. O "El Niño" estava em evidência em 1997, todos passaram a entender o que se tratava, e o roteirista quis incluir como a atualidade da época.

Deu para notar que nesta história todos os personagens estavam mais eufóricos, saltitantes, sarcásticos da mesma forma, discursandoe violentos, espancando sem motivo como deslize deles. Com o Emerson, todos os personagens ficavam assim, por isso até a Magali ficou assim sarcástica além da conta, o que não é muito comum com a personalidade dela. Dessa vez ele não deixou os personagens com linguinha para fora com frequência, quando outro personagem falava bobeira ou piada infame, nessa personagens só olhavam oara os leitores em situações assim, mas acabou tendo uma certa careta do Cebolinha com ele gripado. No início, o Emerson fazia histórias mais curtas e podiam ser até de miolo e também fazia histórias para qualquer personagem ou núcleo de personagens, aí depois o estilo dele foi com histórias de aberturas longas e só criava com Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali, e muito raramente com Chico Bento, além das caretas exageradas dos personagens. 

Os traços ficaram bons, típicos da segunda metade dos anos 1990, Cebolinha ficou diferente gripado, mas até que faz sentido nesta história. É incorreta atualmente por violência da Mônica espancar o Cebolinha com coelhada e puxar os fios de cabelo dele quase arrancando, e ainda sem ele ter feito nada contra ela, homofobia da Mônica e chamar amigos de "delicadinhos" com desdém, Mônica pisar em cocô. Teve absurdo do termômetro ficar voando enquanto Mônica bate e puxa o cabelo dele e depois o termômetro volta para boca dele, não sabe se foi erro ou de propósito, talvez fizessem hoje correção nesse detalhe para tirar o absurdo. 

26 comentários:

  1. Quando cheguei na parte da casa pulando por conta da tosse do Cebolinha, foi aí que tive certeza de que foi escrita por algum dos até então novos roteiristas da época, comecei a desconfiar a partir da segunda página que não era roteiro de alguém que na década de 1990 já tinha tempo de casa, e não quero ser implicante com o estilo de escrever do Emerson Abreu, mas é muito clara sua preferência em enfatizar o lado criancinha dos personagens guris e isto contrasta negativamente com comportamentos destes e de outros personagens como Franjinha, Jeremias, Xaveco, Rosinha, Chico Bento, etc em HQs e tiras de piadas publicadas na primeira metade da década e também com as das décadas anteriores em que os guris do Limoeiro e de Vila Abobrinha se comportam de modo mais independente. Encontramos eles agindo como criancinhas em tramas e tiras de piadas publicadas antes desta HQ, não obstante, o estilo não predominava com argumentistas como Rosana, Rubão, Reinaldo, Robson, etc.

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    1. É, a gente percebe que não foi feita pelos outros que a gente estava acostumado, os personagens ficam mais bobinhos com ele, agindo como a idade deles mesmo, afinal eles são crianças. Eu já percebi bem antes da parte da casa pulando, por causa do linguajar da Mônica e sobretudo com o sarcasmo da Magali, que nunca falaria com aquele linguajar se fosse história dos outros argumentistas.

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    2. Sim, como mencionei no comentário acima, minha desconfiança começou na segunda página, ao ver o nonsense aplicado desnecessariamente, aí tive certeza que não foi escrita(o) por profissional que, em 1998, já pertencia ao rol dos consagrados. O conteúdo do terceiro quadro da quarta página é visualmente tão pobre, tão sem acabamento e tão bobo considerando a circunstância em que se dá, que foi neste ponto que interrompi a leitura para identificar o nome do roteirista na postagem. Se isto fosse aplicado exatamente (ou quase igual, acabamento um pouquinho melhor) do modo feito nesta HQ, duas silhuetas pretas em movimento de uma estrutura como a do (C)clubinho que é trocentas vezes mais leve que casa de alvenaria, que fosse por Mônica invadir o recinto e descer a porrada na molecada ou até mesmo por causa de um baita grito do Cebolinha por ter uma ideia que considera genial para executar mais um plano infalível e, lógico, vocalizado no interior desse barraquinho composto por tábuas de madeira, tal efeito visual para denotar intensidade e exagero em hipotéticas situações como as que exemplifico, seria de boa, aceitável em qualquer HQ de qualquer época.
      Não tenho certeza, acho que há uma história dos 80's em que Cebolinha, por conta de injeção, grita tão alto que a casa sai do chão durante propagação dos decibéis, talvez o alvo da agulhada seja o Cascão e, se for Chico Bento, a dúvida aumenta um pouco, porque pode ser a residência da família dele que por segundos se desprende do chão ou ocorre com consultório médico. Sendo Cascão ou Cebolinha pode ser que ocorre em ambiente clínico, no entanto, parece ser mais na residência da família de um deles. Seja como for, é quase certo que já vi isso em alguma história oitentista ou publicada no ano de 1990, sei lá, e a impressão que minha mente registrou é de um nonsense bem aplicado, sem excesso, absurdo na medida certa.

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    3. "(...)sem ele ter feito nada contra ela, homofobia da Mônica e chamar(...)"
      Não me parece que Mônica foi homofóbica por dizer que Cebolinha é delicadinho e por perguntar ao Cascão se ele é delicadinho e ao ouvir a resposta conclui que também é outro moloide, só que despista, não deixa transparecer a impressão que tem das frescuras dele. Modo como ela interpreta os comportamentos dos meninos, sei lá, não é para tanto, acho que passa longe disso, só constatou que são dois flocos de neve criados a leite com pera (ou pêra).

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    4. Com o Cebolinha até de menos, com o Cascão, no mínimo ela achou frescura ele ter medo de escuro e dormir com minhoca de pelúcia, achar que não era normal, um certo preconceito. Com os três, ela achou frescura não gostarem do outono.

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    5. Sim, de acordo com a resposta do Cascão, ela o considera meio fresco, delicadinho e coisa e tal, traduzir isto como uma forma de homofobia é que soa exagerado. Sei que o pessoal progressista militante interpreta tais singelas e inocentes passagens como estas por uma sutil maneira de praticar homofobia, mas está claro que o que a protagonista associa aos meninos não se trata disso.
      Aquela formidável HQ de encerramento de Cascão nº107 pela Editora Abril, para o padrão da sociedade atual, aí sim, pode ser considerado como conteúdo homofóbico e deixo claro que, até essa, para mim, tem nada disso, todavia, consigo entender que seja rotulada com essa pecha por ser consideravelmente incisiva no que tange bullying e troca de farpas com esse tipo específico de provocação - marica(s), bicha, mulherzinha, etc.

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    6. Entendi, pode ser só ter achado frescura, mas não a ponto de homofobia, mas com certeza o povo do politicamente correto interpretaria assim, as reclamações envolveriam isso, mesmo se não fosse intenção real. Na história de Cascão Nº 107 da Abril foi pior, sem dúvida, mas ninguém ligava na época, por isso fizeram.

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    7. Antigamente o povo era desencanado. Chororô por pouca coisa praticamente não existia, era meia dúzia que chiava e não reverberava, épocas bem mais simples...
      No quadro de encerramento há um erro discreto e um tanto estranho: os dentes da Mônica estão pontudos, triangulados, mais parece um castor, acho que nunca vi algo assim antes, ficou bem esquisitinha.

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    8. Verdade, o povo sabia distinguir o humor, queriam se divertir lendo. A Mônica foi desenhada com dentes sem divisão praticamente a história toda, sendo que ficou mais visível na última página, sobretudo no último quadrinho.

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  2. Olá. Boa tarde, Marcos. Eu sou JP, de Salvador-Bahia. Por gentileza, uma pergunta: você irá comprar os Quatro Volumes dos Livros das duas Coleções:
    As Melhores Histórias da Mônica,
    E,
    As Melhores Histórias do Cebolinha, ou, não?. Por gentileza, você comprou o Livro Mônica 60 Anos, ou, não?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    1. Boa tarde. Não vou comprar esses livros de coleção "As Melhores Histórias", nenhum personagem vou comprar. E ainda não comprei o livro Mônica 60 Anos. Abraços.

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    2. Essa história do banheiro feminino pode ser republicada, mas não é certeza se vai ser no próximo Almanaque da Tina Nº 5. E terão relançamentos desses almanaques nas tais datas.

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    3. Ok. Muito obrigado, então, Marcos.

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  3. Esse quadrinho da Mônica convidando o Cascão e ele dizendo "não" sorrindo, virou meme na internet.

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    1. Verdade e já vi montagens desse quadrinho .

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    2. Sim, ficou bem famoso esse meme, sempre com Mônica fazendo uma pergunta aleatória e o cascão respondendo palavrão para ela.

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  4. História mais moderna, Marcos?! Nem parece seu! Rs.

    Esta foi a fase em que gradualmente fui parando de ler gibis novos (ainda li alguns até 2000/01, mas só sei isso porque a data na base da primeira página dos mais recentes que tive dizia 2000) mas já me começavam a irritar os personagens, como diz, muito 'saltitantes' e sarcásticos, com gírias, estes traços mais arredondados e menos expressivos (tirando as caretas) e a famosa 'enrolação', ou as piadas finais fracas. Sou mais primeira metade dos anos 90, mesmo - essa, sim, é a fase áurea para mim. Até as histórias de miolo com traços mais fracos eram melhores do que as posteriores. Dito isto, uma das minhas histórias favoritas - 'O Filminho da Marina/Luzes, Câmara e Muita Confusão!' é deste período, mas é excepção da regra, mesmo.

    De referir que a Magali fala que teve de limpar cocô de cachorro, e não de passarinho.

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    1. Ela é antiga, já tem 26 anos. Eu também já estava parando de ler os gibis e já notava que estava diferente alguma coisa, mas lembrando que até os anos 1990, histórias com personagens assim eram só as do Emerson, as dos outros roteiristas seguiam a mesma coisa de antes, depois piorou, aumentaram caretas, personagens cada vez mais saltitantes, perdeu a graça. também acho a primeira metade dos anos 1990 melhores. Sempre uma ou outra se salva como essa do filminho da Marina, mas a maioria já estava mais aquém do que antes.

      Se a Magali quis se referir a cocô caindo das folhas, o mais certo seria de passarinho, mas ela pode ter pisado em cocô encontrado no chão, como foi com a Mônica no final, aí poderia ser de cachorro mesmo. Estranho é ela usar sandália naquele dia, se ela sempre anda descalça, não teve muita lógica.

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  5. Sobre O Politicamente Correto , VCS Acham Que O Maurício Não Sempre Recebeu Críticas ? Mas Antigamente Ele Não Se Entregava Mas Hoje Infelizmente Sim...

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    1. Acredito que pelo menos desde os anos 1990 ele recebia críticas do politicamente correto, mas não cedia. Uma crítica conhecida é de reclamarem de não gostarem dos meninos apanharem da Mônica, sentirem pena deles.

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  6. Recebia sim. Criticavam o Chico Bento por falar palavras caipiras, dizendo que as crianças iam aprender a falar errado. Nas tiras clássicas o Maurício destacava essas palavras com o uso de aspas. Quanto aos gibis, que eu saiba, os leitores que compravam já era um público que conhecia os personagens através das tiras e levavam tudo no humor.

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    1. Sim, não gostarem do Chico falando caipira é um exemplo de críticas que recebia, sendo que era bem mais por parte do governo da época que não queria que ensinasse palavras escritas erradamente de acordo com a norma culta, mas também tinham leitores que reclamavam a respeito disso.

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  7. Vou dizer que sempre preferi as estações frias, uma brisa fresca, um cobertozinho a noite... Calor sempre me faz tão mal, simplesmente não suporto aquele solão e os 40 graus celsius. Especialmente meu aniversário cai no inverno. Mas aqui no Brazil os climas não são constantes realmente, sempre variam muito não importa a estação. Pode ter calor no inverno, frio no verão, outono e primavera são praticamente indistinguíveis. Nos E.U.A, as estações são mais definidas com ventania e chuva contante no outono e sempre neve no inverno.
    Já a primavera é realmente inconstante lá, é a época mais volátil, você pode encontrar sol, frio, vetania, chuva, até neve na primavera norte-americana.

    Apesar de toda a ''reputação'' do Emerson Abreu especialmente nesse blog, não me importo muito com o estilo dele. Realmente é caricato, exagerado, os personagens ficam muito mais frenéticos, mas não diria que é a pior coisa do mundo. Alguns dos roteiros deles ainda seriam criativos se podassem alguns exageros e diminuíssem nas caretices; O cara tem muita imaginação, isso é inegável. De alguma forma, sinto que algumas histórias de meados de 2000 são um tiquinho melhores que as do final dos anos 90, como a partir de 1996. Não sei, algumas histórias mais da segunda metade de 90 parecem mais monótonas, meio paradas para mim, parte dos anos 2000 ainda deram um ''gás'' nas histórias, antes de decair de vez. Acho que o final dos anos 90 tava sendo um período meio ''de luto'' para a MSP, tipo como a morte da Rosana e as mudanças que estavam acontecendo tanto internas quanto externas, a relação com o público que estava mudando, talvez tenha tido algum efeito em algumas dessas últimas histórias... Mas isso é só uma opinião minha, nada mais.

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    1. Já eu prefiro o calor, não precisa ser 40 graus pra cima, uns 30 graus tá bom e olha que também nasci no inverno. Temperatura é inconstante mesmo, é possível fazer calor no inverno e frio no verão, Brasil nunca foi temperatura fixa entre as estações, bom que agrada todo mundo. Sobre o Emerson, se não fosse tão exagerado, sobretudo nas caretas, ficaria bom, mesmo com personagens mais frenéticos, aí as histórias iniciais dele entre 1997 a 1999 ganham ponto nisso, eu já acho que são as melhores dele. A partir dos anos 2000 já deu uma cara real do estilo dele, se encontrou no estilo que desejava, mas pecou muito nas caretas a partir de 2005, 2006, isso acho que estragou. De fato entre 1996 a 1999 o estúdio estava de luto pela Rosana, aí estavam mais contidos por mudanças, precisariam mudar, mas não queriam que fosse algo repentino, por isso as histórias do Emerson mais comportadas, teriam que o pessoal se acostumar com o estilo de histórias dele, não dava pra ter mudança brusca.

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    2. Pelo que posso ver, nos E.U.A as estações são bem mais diferenciadas e fáceis de indentificar que aqui. O clima de lá não é maluco como aqui. A regra é mais assim:

      Outono: Chuva e ventania constantes.
      Inverno: Neve e gelo , ou abaixo de zero como norma.
      Verão: Sol e calor o dia todo até as 21:00 da noite (dias bem maiores lá!)
      Primavera: Pode ter tudo isso e mais um pouco. É a estação mais versátil lá. Parece que tem muito mais tempestade.

      Já bem diferente do Brazil, lá é tudo mais estável.

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    3. Sim, Estados Unidos e também a Europa têm estações mais definidas, Chato é ficar 3 meses seguidos com muito frio ou muito calor pra quem não gosta. Países com clima tropical como.o Brasil costumam ser assim com temperaturas mais instáveis.

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