quarta-feira, 6 de março de 2024

Cebolinha: HQ "Japonês garantido, nô?"

Compartilho uma história em que o Cebolinha e o Cascão encontram uma menina japonesa, causando muita confusão por não entenderem o que estavam falando. Com 9 páginas, foi história de abertura publicada em 'Cebolinha Nº 15' (Ed. Globo, 1988).

Capa de 'Cebolinha Nº 15' (Ed. Globo, 1988)

Cebolinha acha bonita uma garotinha que viu na rua, Cascão pergunta por que ela está de olhos fechados e Cebolinha o chama de burro por não ver que ela é uma japonesa. Cebolinha vai lá para levar um papo com ela, se apresenta e pergunta o nome dela, que diz, em japonês, que não entendeu o que ele falou. 

Cebolinha sai com raiva, pensando que ela o xingou de analfabeto, jatobá, etc. Cascão fala que depois o burro que é ele, que ela falou em japonês e vai lá falar com a menina. Vai falando várias palavras em japonês e no improviso e ela ri. Cascão a chama de antipática, Cebolinha volta a falar com ela de forma primitiva e ela diz que se chama Mitiko.

Aparece a Mônica, furiosa que o Cebolinha deu um nó nas orelhas do Sansão, diz que o estilo de dar nós é inconfundível e bate nele. Mitiko vai tomar satisfações com a Mônica, dizendo em japonês, por que bateu no Cebolinha. As duas brigam e a Mônica é quem sai surrada e chorando. Os meninos adoram e gritam pela Mitiko, querendo saber onde ela lutou karatê tão bem e que ela parece ser bem frágil e ficam felizes que com a Mitiko como aliada, a Mônica já era, é só ela ameaçar que a Mitiko vem e defende.

Eles veem que a Mônica esqueceu o Sansão e resolvem dar nós e pisoteá-lo. Mitiko percebe que estavam fazendo maldades com o Sansão e que a Mônica poderia estar sentindo falta dele e Mitiko bates neles. Cebolinha e Cascão, vendo que o plano fracassou, resolvem aprender karatê em uma academia e Cebolinha diz que logo vão se parecer com japoneses.

Depois de  preparados, Mônica aparece, contando que estava os procurando, que a Mitiko contou tudo que fizeram com o Sansão. Eles partem para briga com golpes de karatê, mas levam surra da Mônica. No final, Cascão fala para Cebolinha não ligar, pelo menos ficaram parecidos com japoneses, com olhinho pequenininho.

História engraçada demais em que Cebolinha e Cascão conhecem a Mitiko, uma menina japonesa que não sabia falar em português e que até parecia ser frágil, mas conseguiu derrotar a Mônica com golpes de karatê depois de ela ter batido no Cebolinha. Os meninos queriam deixá-la como aliada, mas Mitiko percebe que eles maltrataram o Sansão da Mônica e bate neles. Resolvem lutar karatê para ver se conseguem derrotar a Mônica, só que em vão e levam outra surra dela no final.

A Mitiko ficou com pena da Mônica, viu que gostava do Sansão e os meninos fazendo maldade com ele. Mesmo sem entender o que falavam, Mitiko viu que não agiu bem com a Mônica, que tinha razão em ter batido no Cebolinha antes da surra que deu nela e entendeu que eram os meninos que não prestavam. No final, perderam a luta com a Mônica, mas metade do objetivo conseguiram de ficarem parecidos com japoneses pelos olhos pequenos de tanto que apanharam, mesmo não sendo a intenção inicial do Cebolinha que era para se tornarem grandes lutadores de karatê como os japoneses. Dessa vez o Cebolinha apanhou 3 vezes em uma mesma história, bastante e bem merecido, já tiveram histórias que ele até apanhou mais que isso, sempre era engraçado.

Mostrou problema de comunicação com idiomas diferentes e forma de como pode dialogar com quem fala outra língua. Foi muito divertida a conversa dos meninos com a Mitiko por eles não entenderem japonês e ela não entender português, com destaque do Cebolinha pensar que a Mitiko estava xingando de analfabeto e jatobá e o improviso do Cascão ao dizer "Titaco a mãonacara". Interessante que não colocaram uma tradução nas falas da Mitiko, mas pelo contexto da conversa, até dar para os leitores entender o que ela falava ou pelo menos uma noção. E bom que além de se divertir, ainda aprendemos algumas palavras em japonês.

Foi a única aparição da Mitiko nos gibis, como de costume personagens secundários, e ela ficou marcada como a única que conseguiu derrotar a Mônica com louvor. Daria até para a Mitiko ser uma antagonista fixa para a Mônica, mas como ficaram amigas depois que viu que os meninos fizeram com o Sansão, aí não daria mais para elas brigarem de novo, só se for por outros motivos. 

Pode ser que criaram a história e a personagem para comemorar os 80 anos da imigração japonesa no Brasil até então e mostrar japoneses de forma divertida. Depois, em 2008, criaram os personagens Tikara e Keika pensados, de fato, especialmente para os 100 da imigração japonesa até então, na intenção de educar sobre a cultura japonesa, mas não agradaram, tiveram nada de carisma, tanto que deviam ser personagens fixos, mas sumiram dos gibis logo. Antes voltassem com a Mitiko e sem caráter educativo, seria muito melhor a comemoração japonesa.

Os traços ficaram sensacionais, encantadores os personagens desenhados assim bem fofinhos e detalhe ainda da Mitiko com camisa estampada da personagem japonesa Hello Kitty, dando um charme a mais. De certa forma, Hello Kitty já foi lembrada nos gibis da MSP. Incorreta atualmente por ter brigas, violência, personagens surrados e até com meninos olhos pequenos de tanta surra que levaram, esse final, inclusive, tem gente que reclamaria que seria xenofobobia, criticariam que estavam fazendo deboche com japoneses na vida real, além da palavra "Droga!" ser proibida nos gibis atuais. 

36 comentários:

  1. Olá. Boa noite, Marcos. Eu sou JP, de Salvador-Bahia. Por gentileza, uma pergunta: é verdade, que, no próximo ano de 2025, as Revistas:
    Mônica;
    Cebolinha;
    Cascão;
    Magali;
    Chico Bento
    E
    Turma da Mônica, elas terão as HQS DE ABERTURA, Interligadas, pelos 90 anos do Mauricio de Sousa, ou, não?. Por gentileza, é verdade, que na segunda quinzena do mês de Julho do ano de 2025, a Revista Mônica irá completar 700 Edições, pela Editora PANINI COMICS Brasil:
    200, pela Editora Abril + 246, pela Editora Globo + 254 (100+70+84, pela Editora PANINI COMICS)=700, e ela terá uma Edição Comemorativa, falando sobre as 700 Edições da Revista Mônica, é isto?. Por gentileza, é verdade, que, no ano de 2025, terá um Livro Comemorativo, falando sobre os 90 anos do Mauricio de Sousa, ou, não?. Eu aguardo respostas. Abraços.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Boa noite, JP. Tudo indica que vão ter todas essas revistas e livros especiais em 2025. Abraços.

      Excluir
    2. Ok. Marcos, por gentileza, você comprou o Livro Mônica 60 Anos, ou, não?. Eu aguardo respostas. Abraços.

      Excluir
    3. Ok. Muito obrigado, então, Marcos.

      Excluir
  2. Saudade de quando a turma da Monica era a Turma da Monica

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pois é, essa é a legítima Turma da Mônica Aí essa só encontra em sebos, único jeito de ter histórias boas.

      Excluir
  3. Adorei a historinha, mas essa realmente não dá para republicar hoje em dia. Esse gesto do Cascão no último quadrinho é considerado extremamente ofensivo pelas comunidades orientais atualmente.

    Nunca ouvi falar desses tais de Tikara e Keika. Será que a MSP esqueceu que o Nimbus, o Do Contra e o Hiro existiam quando resolveu criar eles?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não republicariam mesmo. Imaginava que esse gesto dele iriam implicar demais, implicam com qualquer coisa hoje em dia. Tikara e Keika apareceram na revista Mônica Nº 18 (Ed. Panini, 2008), seriam novos moradores fixos no Bairro do Limoeiro e tiveram algumas histórias curtas da mesma época e depois sumiram. Foram criados pra representar a imigração japonesa no Brasil, parece que a MSP queria personagens novos para o mercado internacional, que lembre mangás que estavam em alta na época, queriam unir mangás com quadrinhos nacionais, só que não deram certo, antes colocassem o Hiro, o grande representante oriental de fato ou ainda mesmo o Nimbus. O Do Contra apesar de ser descendente japonês, ele não se parece com um como o Nimbus, mas não impediria também de participar se fosse em uma história especial do tema.

      Excluir
  4. Como a imensa maioria das HQs oitentistas da MSP, esta é mais uma na medida certa que tive o prazer de conhecer na infância, e como são marcantes as histórias em que a Mônica apanha.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Legal que você teve essa, era tudo perfeito, sim. E sem dúvida eram marcantes histórias com a Mônica apanhando, colocavam de vez em quando pra sair da mesmice e sempre engraçado quando acontecia.

      Excluir
    2. Dizer que era tudo perfeito no tocante às HQs da MSP publicadas nos anos 1980 pode soar exagerado e consequentemente um tanto apaixonado, todavia, não há exagero em afirmar que a equipe oitentista da (C)casa acertava trocentas vezes mais do que errava e isto é facilmente constatável, ou seja, esta afirmação independe de memórias afetivas, independe de gostar da TM genuína, é apenas um fato incontestável.

      Ver a Mônica machucada, não por acidentes, mas, pelas mãos alheias, por golpes de outrem, é divertido, é sempre bom, e isto é sensação de leitor veterano, só quem conviveu intimamente com HQs da MSP dos tempos isentos de censura consegue captar o que isto realmente representa, pois a Mônica 100% autêntica é autoritária, intimidadora, agressiva, cruel e claro que esta faceta altamente incisiva se equilibra, concatena com seu lado humano, bondoso, justo e sua feminilidade pueril, daí, vê-la com olhos roxos, com protuberantes galos na cabeça e tudo mais neste sentido causados por antagonistas que são tão crianças quanto ela, são um deleite, um tipo de sensação muito ímpar.
      Outra quebra de rotina que, pelo menos para mim, é outro deleite, é a Magali machucada, sem querer e propositalmente pela Mônica - culposamente e dolosamente, é muito bom ver isso, até por serem cenas raras, e, no campo das (A)artes, tudo que é raro, tende a ser muito bem estimado.

      Excluir
    3. Tudo perfeito é exagero, mas uns 90% do conteúdo oitentista era agradável e as mais simples ou mais bobinhas da época davam um banho nas histórias de hoje. Por causa da característica da Mônica tratada, era de espantar quando apanhava, mesmo se depois ela dava volta por cima. Gostava ate quando ela mesmo se batia ao tentar matar uma mosca, por exemplo. Magali apanhando da Mônica também era inusitado, era raro e sempre engraçado quando ela apanhava.

      Excluir
    4. Como naquela história de miolo de Mônica nº188 pela Editora Abril, Magali, na cara dura, pega o peixinho do aquário da amiga no intuito de levá-lo para casa e prepará-lo, para comer o coitado assado ou frito. A boa e velha Mônica, que não é de deixar barato, resgata o bichinho de estimação socando o olho da comilona que sai de cena como se estivesse embriagada. Essa foi a primeira vez que vi Mônica bater na Magali, tinha sete anos de idade na época e simplesmente adorei o que vi.

      Excluir
    5. Eu lembro dessa, foi muito engraçado, Mônica nem queria saber se era amiga dela ou não. Eu acho que era mais engraçado quando a Mônica batia na Magali de caso pensado do que quando batia sem querer, mas as duas formas eram boas.

      Excluir
    6. Levando em conta que Magali sabia de quem era o peixe, mereceu apanhar, e ainda que não soubesse, o ato em si é errado de qualquer forma. Único que tira o peixe do aquário pensando estar fazendo bem para o coitado, é o Cascão, contudo, mesmo agindo com boa intenção, mereceu apanhar pela burrice em achar que o bicho está pulando de alegria por estar fora d'água.
      Também prefiro quando Mônica acerta Magali intencionalmente do que por acidente.

      Cascão está com a verde e Cebolinha com a amarela, é que as cores das faixas nas cabeças dos meninos foram trocadas no quarto e antepenúltimo quadro da última página.

      Excluir
    7. Bem merecido apanharem. Cada um tinha um motivo pra tirar o peixe, para o Cascão, pensa que peixe não estaria bem dentro d'água, ele sempre fazia isso quando dava. E eu não tinha reparado dessa troca de cores de faixas nesse quadro.

      Excluir
  5. Eu lembro dessa histórinha, já li quando criança. Confesso que naquela época nem notava realmente diferença de HQs de 80 para 2000, ou mesmo para 90.

    Eu achava a Mitiko tão bonitinha, tal qual Cebolinha, apesar de não entender bem por que asiáticos são sempre descritos com ''olhos fechados'' pela mídia (na vida real, os olhos de ásia ainda são bem vísiveis, apenas menores). Mas enfim, eu achei íncrivel ela conseguir bater na Mônica só com golpes de karatê. Essa façanha merece reconhecimento, e as partes dela se comunicando com os meninos no começo, com o Cebolinha marcando a maior bobeira por não sacar que a japinha só poderia falar em japonês foi a melhor de todas, que vergonha, hein? E o Cascão até manja bem de japonês para uma criança de 6 anos, menino até é cultura. E ADORO quando os meninos apanham mais de uma vez, 3 vezes só nessa história! Quanto mais, melhor para mim! Cebolinha define bem a frase ''quanto maior o orgulho, maior a queda''. Hahahahaha.
    Mas essa história me deixou com algumas perguntinhas: o que a Mitiko está fazendo sozinha, se não sabe falar português? Não deveria ter alguém para orientá-la, ou traduzir as coisas para ela? E como ela conseguiu explicar tudo a Mônica se não falam a mesma língua? Nada disso importa para o roteiro, temos que lembrar que é ficção e curtir, certo? Mas ainda te deixa com essas pequenas dúvidas.

    (e a propósito, achei muito engraçado o Cebolinha e Cascão se formarem em uma academia de artes marciais... com faixas vermelhas e azuis. Considerando que iam enfrentar a Mônica, eu se fosse eles tentaria chegar o mais longe, até a faixa preta, e aí me sentiria mais confiante. Mas va lá né.)

    Tikara e Keika surgiram em 2008, e ficaram por algumas edições, mas acabou que não agradaram o público, inclusive eu. Nunca gostei daquele traço deles, tão deslocado entre os personagens da Turma, se fossem desenhados de outro jeito talvez até convenceriam. E as histórias deles muito sem sal, e a histórias sem açúcar. E a turma já tem personagens japoneses ou descendentes demais, Hiro, Nimbus, Do Contra, a Neusinha... Faz sentido considerando a Alice e seu lado da familía. Mas acho que já deu, né. Podiam pelo menos ter criado um chinês né, para dar alguma variedade.
    Enfim Tikara e Keika não encaixaram nos gibis convencionais, mas conseguiram seu lugar na TMJ, na Turma Jovem eles continuam fazendo aparições recorrentes até hoje. Até faz sentido, considerando o estilo mangá e influência japonesa.

    Concluindo tudo, uma boa história. Dou 8.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Legal essa. Eles gostam de caricaturas com asiáticos, se olhos são menores,exageram. O Hiro até que deixavam com olhos não tão pequenos e fechados, mas as vezes o deixavam assim como a Mitiko em histórias de miolo. Cascão sabia muitas palavras em japonês, um feito e tanto pra idade dele. Também adorava quando apanhavam várias vezes na mesma história e até quando sem merecer.

      Talvez Mônica e Mitiko conversaram com gestos ou ela desenhou pra Mônica. Ideal eram ter esperado faixa preta, se bem que com Mônica não adiantaria cor de faixa, perderiam da mesma forma. Tiraram e Keika deviam ter ido direto pra TMJ, aqueles traços mangás junto com convencionais da turminha clássica ficou muito bagunçado. E histórias muito fracas deles mesmo.

      Excluir
  6. Ótima história de verdade, Marcos. Só achei meio grosso a Mitiko ter batido na Mônica, fiquei até com pena dela. E eu já postei uma das duas postagens no meu blog! Vá conferir, porque eu levei uma eternidade pra fazer o meu texto.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A Mitiko a princípio achou injustiça a Mônica ter batido no Cebolinha, só que se redimiu ao saber o motivo de ele ter apanhado. Mostrou que era uma menina justa, sempre defendendo quem realmente merecia. Vi e comentei sua postagem lá no seu blog, ficou boa, demora pra escrever, pelo menos fica conteúdo completo.

      Excluir
  7. Lembro de uma história curta em que o Cebolinha entra num clube de judô e apanha feito condenado, depois sai todo quebrado e o Cascão pergunta: "Porque resolveu se matricular aqui?" Ele diz: "Pra não apanhar mais da Mônica".

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Parece ser bem antiga, João, se for, creio que conheço e, pelo seu resumo, denota-se que a piada de desfecho é boa, bem ao estilo oitentista, o que não necessariamente significa que foi publicada nessa década, podendo ser, quem sabe, noventista.

      Excluir
    2. Devo ter visto, mas não lembro dessa agora, provavelmente alguma de miolo dos anos 80 ou 90. As de miolo também eram bem divertidas.

      Excluir
    3. Tem uma do Titi que é parecida.

      Excluir
  8. Acho surpreendente a Mitiko ter conseguido dar essa surra na Mônica. Será que no fim, a Mitiko era mais forte que ela?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Creio que não, Warrior of Light... Penso que o que há nesta HQ é o velho clichê comumente atribuído aos orientais, isto é, Mônica consegue substituir, por exemplo, macacos hidráulicos, pouco provável que Mitiko consiga fazer o mesmo ou algo parecido. A japinha é tipo personagens representados por Bruce Lee, esses, através de técnicas de artes marciais, derrotam oponentes fisicamente mais fortes.

      Excluir
    2. Pode ser. E falando em histórias com personagens falando em japonês e não mostrando a tradução, eu lembro de uma história em que o Chico Bento tinha que fazer um trabalho sobre o Japão, e ele visitou o Hiro pra saber mais. E tinha uma cena dos pais do Hiro falando em japonês(com seus caracteres característicos) e não mostraram a tradução numa nota de rodapé. Eu lembro ter ficado bem frustrado quando eu era criança por não entender o que os pais do Hiro diziam.

      Excluir
    3. Warrior of Light, também acho que Mitiko só venceu por conta de artes marciais. É chato quando não mostram uma tradução, nessa do Chico até não faria diferença no conteúdo da história, só ficamos sem saber o que os pais do Hiro falavam na hora.

      Excluir
    4. Talvez a HQ da qual se refere seja uma em que Hiro o convida para almoçar ou jantar na casa da família dele, e Chico Bento, ao se referir ao famoso shoyu, trata esse molho por "Coca-Cola salgada", mais precisamente, "sargada", lembrando que o caipirês é uma marcante característica dele e de outros integrantes desse núcleo.

      Excluir
    5. Zózimo, a história que ele diz é "Trabalho pra japonês ver" de Chico Bento Nº 201 de 1994.

      Excluir
    6. Não sei se conheço essa, o trocadilho de como foi intitulada é hilário, japonês substituindo inglês, é que "para inglês ver" são atos, serviços, enfim, são coisas sem aprofundamento, só fachada(s).
      Acho que a do Chico almoçando ou jantando na casa da família do Hiro também foi publicada em 1994, e o nível cômico dessa história é nos trinques.

      Excluir
    7. Foi bom um trocadilho, eles eram bons nisso. Não lembro dessa outra história do Chico na casa da família do Hiro, tudo indica que conheço, mas não lembro onde vi.

      Excluir
    8. Zózimo, lembrei da outra história do Chico na casa da família do Hiro. É a história "Adivinhe quem vem pra almoçar" de Chico Bento Nº 256, de 1996. É legal essa também, muito engraçada.

      Excluir
  9. É engraçado quando você aprende a língua e descobre que ela tem suas nuances, aí você volta numa história como essa e vê como ela é reproduzida, tipo nessa primeira fala da Michiko, que ela literalmente diz "eu não entendo suas palavras", no modo formal inclusive. Chama a atenção pela falta de naturalidade em ambas as frentes, mas aí talvez o roteirista (ou o próprio Mauricio, que tem um contato forte com a cultura japonesa, mesmo descontando o fato de ter constituído família com uma nikkei) tenha ouvido alguém falar assim mesmo, aí ele foi lá e colocou. Coisas que acontecem, mas acho uma observação curiosa.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim, algumas traduções ficam formais, principalmente se tratando de idioma japonês, mas também não impede traduzir com ar mais informal se a mensagem é a mesma.

      Excluir