terça-feira, 1 de agosto de 2023

Tirinha Nº 96: Magali

Nessa tirinha, Mônica e Magali estão em um programa de auditório de calouros, Mônica diz que vai cantar depois do apresentador perguntar o que vai fazer e quando ele pergunta o mesmo para Magali, ela responde que vai comer os tomates que o público vai jogar nela. Como Magali sabe que a Mônica vai cantar mal, não ia perder oportunidade comer tomates jogados, seria um desperdício. Apesar da Mônica ser considerada uma péssima cantora, podia agradecer a amiga que não ia levar tomates na cara.

O apresentador até lembra o Gugu Liberato, só não sabe se a intenção de roteirista era ser ele mesmo. Vemos uma Magali bem sarcástica, diferente do estilo da personalidade dela e a Mônica aparecer inclinada quando ficou surpresa com a piada da Magali, aí tudo indica da tirinha ter sido feita pelo Emerson Abreu. Já mostra uma nova leva de tirinhas de jornais que aproveitavam para os gibis e que ajudou a acabar com repetições de tiras de expedientes de jornais que estavam colocando as mesmas desde os anos 1980, convenhamos estavam muito repetitivas as republicações de tiras nos gibis antes disso. 

Tirinha publicada em 'Magali Nº 247' (Ed. Globo, 1998).

33 comentários:

  1. Olá. Boa noite, Marcos. Eu sou JP, de Salvador-Bahia. Por gentileza, você vai comprar as Revistas da Turminha da primeira quinzena do mês de Agosto do ano de 2023, por causa das Capas Comemorativas dos 60 Anos da Mônica ou não?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    1. Não vou comprar. Não compro gibis só por causa de capas comemorativas, só se tivessem historias especiais. Abraços.

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    2. Ok. Marcos, por gentileza, é verdade, que, no mês de Outubro do ano de 2023, terão os Relançamentos das Revistas da segunda quinzena da Turminha e os Almanaques Bimestrais da Turminha, publicados no mês de Fevereiro do ano de 2023, é isto mesmo?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    3. Ok. Muito obrigado, então, Marcos.

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  2. Eliminada antes de soltar a voz. Resposta da acompanhante* ao apresentador foi uma gongada prévia.
    *Imagino que Mônica já soubesse que a dona da piada veio de companhia, deve ter se valido do argumento de apoio moral, isto é, que amizade é para momentos como este e coisa e tal. Através da expressão da caloura no terceiro quadro, o que se denota é que não sabia da baita conveniência em acompanhá-la, muy amiga... "Protegê-la" das tomatadas é o que importa, pela melhor amiga Magali "compra briga", junta o útil ao agradável, compra comendo de graça, os opostos com ela se atraem, consegue a façanha de "comprar de graça". Para quem é profissional da arte de comer, vaias regadas a tomates são bocas-livres.

    Respeito sua opinião, Marcos, mas acho que sarcasmo está de acordo com a Magali original, pode não ser um traço marcante da personalidade dela, contudo, por conta da gulodice, já se mostrou assim antes, nos 70's talvez um pouco mais em relação às décadas posteriores, o que pode dar um ar de comportamento diferente é deduzir que a tira foi escrita pelo Emerson Abreu e como ele se imprimiu no consciente e acho que até principalmente no subconsciente do público (para o bem e para o mal) em relação aos quadrinhos da TM clássica, pois tiradas como esta são uma marcante característica do estilo dele.

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    1. Pois é, Mônica pensava que Magali ia apoiá-la, a jogou para baixo. Magali só mostrou a real, já que sabia que a amiga cantava mal. A Magali era sarcástica quando se tratava de comida, só que o sarcasmo do Emerson era diferente e todos agiam do mesmo estilo de sarcasmo e até a Magali mesmo quando não tinha situação de comida. Na época sem ser comida até ela era mais meiga, companheira, pelo menos nessa tira seguiu fiel à sua personalidade sendo sarcástica por causa de comida, nos anos 90 ainda era assim, depois que ele começou a colocá-la assim mesmo quando não era relacionado à comida. Era raro Magali assim, uma das antigas que ela foi bem debochada com a Mônica sem ser história do Emerson foi em "A quem eu puxei?" de Mônica Nº 65, de 1992.

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    2. Essa HQ é ótima! Tive o gibi com ela, publicado em 1992.
      Magali abusou muito da sorte, na primeira tirada para com a amiga, se fosse dita exatamente da mesma forma por Cebolinha ou Cascão, apanhariam logo de cara.
      Marcos, sua resposta ao Ricardo Ribeiro me lembrou que há uma tira do Chico Bento com areia movediça publicada em gibis do período Globo ao menos duas vezes.

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    3. Digo que sempre gostei de personagens sarcásticos, eu gosto de tiradas, comentários espirituosos. Na vida real, eu sou meio que assim também, aqui em casa.

      Acho que o problema mesmo é que o Emerson fica tipo 8 ou 80, TODOS os personagens ficam sarcásticos, o tempo todo, aí o que seria divertido se torna irritante. Ele podia ficar só com a Denise, e talvez com o Cebolinha nessa área (ele sempre foi o mais debochado dos 4 principais).
      A Magali ser sarcástica não acho tão fora-da-personagem, acho que ela já foi assim em algumas histórias mais antigas. Por exemplo, em uma onde ela é chamada de magrela e ela decide engordar, a Mônica questiona ''Como? Você já come por um exército e não adianta nada.'', a Magali responde "não vou fazer como você, que se contenta em ser baixinha e dentuça'' (acho que me lembro assim). Acho que não é inédito para ela zoar a amiga assim.

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    4. Imagino que essa seja bem engraçada, Isabella, não sei se conheço. Outras que vão nesse sentido são "Pouco sal... mas muito açúcar" e "Invejinha", muito hilárias também.

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    5. Zózimo, muito boa essa história da Mônica, se não fosse a Magali e fosse um menino no lugar com certeza apanharia. Mônica relevou, mas não deixa de ser engraçada por causa do que a Magali falava. Essa tira do Chico Bento da areia movediça saiu mais de uma vez, sim, assim como tantas outras e ainda tiveram algumas que saíram umas 3 a 4 vezes, só mudando as cores, era muito repeteco.

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    6. Isabella, personagens sarcásticos ficam engraçados, só não perder o foco do roteiro principal como era com o Emerson. E todos sarcásticos da mesma forma e o tempo todo fica repetitivo e cansativo. Denise e Cebolinha combinavam mais, assim como o Dudu, podia focar só neles ou então escolher apenas um personagem por história e criar um tipo de sarcasmo diferente pra cada personagem, ficaria melhor. Eu não lembro dessa história da Magali, mas acho que já li em algum lugar, tiveram algumas ela sendo sarcástica com peso da Mônica, sempre era engraçado. "Pouco sal... mas muito açúcar" e "Invejinha" que Zózimo citou também são exemplos da Magali agindo assim e muito boas também.

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    7. Em "Invejinha", Mônica humilha a melhor amiga, não é do tipo que mais ou menos sem querer escapam comentários ácidos, como faz Magali em "A quem eu puxei?", sarcasmo puramente intencional, puro veneno.
      "Pouco sal... mas muito açúcar" não trata de rivalidade entre elas, foca no recalque da esfomeada gerado por comentário depreciativo de um guri a seu respeito e do qual se sente atraída, por conta do choque incorpora uma personalidade meio escrota, do tipo largadona descolada, um protótipo de vlogueira da MTV dos bons e velhos tempos.
      Outras com memoráveis indisposições entre as duas são "A minha ex-amiga" e "Ciúmes, não!", esses roteiros já são no estilo punk, são mais incisivos, típicos dos 1980.

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    8. Lembrei do nome da história mencionada, ''Magrali''.

      Lembro-me também de uma história onde a Magali começa a cantar lindamente, todo mundo adora sua voz, ela fica famosa, e a Mônica se morde de inveja por isso e só se sente arrependida quando sua mãe a repreende.
      Outra em que ambas vão passear com Mingau e Monicão, e acabam brigando sobre se cães ou gatos são melhores, o negócio esquenta, e os próprios bichos tem que interceder para elas fazerem as pazes.

      Minha memória tá bem ruim no momento e eu não tô lembrando o nome de nenhuma dessas histórias, mas temos essas picuinhas ocasionais.

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    9. Isso aí, Zózimo, essa foi essa diferença, em uma foi sarcástica sem querer e na outra de propósito, que aí ficou mais engraçada ainda. Em "Pouco sal... mas muito açúcar", a Magali pareceu uma VJ da MTV mesmo, vai ver que o visual foi inspirado nisso mesmo, foi legal. E essas da Abril foram ótimas também.

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    10. Isabella, conheço a "Magrali", muito boa, sabia que tinha lido aquele trecho só não lembrava qual era. As outras conheço também, a da Magali cantora se chama "Magali, da voz angelical" e a da briga com os bichos se chama "Nossos bichinhos não se dão". Uma ótima fase da Magali, antes da Nº 200 eram muito bons os gibis dela.

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    11. Isso mesmo! Termo correto é "VJ", costumo confundir vídeo-jockey (ou vídeo-jóquei) com vlogueiro(a) ou vlogger. Não lembro de tudo dessa história, mas parece que Magali suprime até o próprio apetite devido ao comportamento excêntrico que adota.

      "Ciúmes, não!" está entre as HQs que conheci antes de ser alfabetizado, não recordo se alguém leu para mim, acho que não, o que lembro bem é que volta e meia a devorava com os olhos de tanto que gostei do comportamento da Mônica naqueles excelentes traços.
      Mesmo "anarfa", naquela altura já tinha idade suficiente para sacar que o guri da trama não é (era) o Anjinho, como se já não bastasse ser meio parecido, com tantas e tantas combinações disponíveis, o colocaram justo de calção preto e camisa azul claro(a), de qualquer forma, Reinaldinho foi um tanto angelical, consegue conciliá-las sacrificando literalmente o próprio traseiro.

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    12. Vlogueiro é quem cria vídeos na internet, tem diferença. Como ela ficou incomodada que falavam que ela é pouco sal, aí quis mudar a personalidade, até em relação a comida, achei engraçada a parte que ela coloca sal e açúcar na cabeça na lanchonete pra mostrar que não é pouco sal. "Ciúmes, não" teve traços fantásticos, traços daquele jeito encantava mesmo quem não sabia ler, ficava admirando. O menino por quem elas se apaixonaram seria o Reinaldinho, o Reinaldo Waisman criança, costumava desenhá-lo com cabelo assim, até que nunca confundi com o Anjinho. Reinaldinho fez boa ação de unir as amigas, não podiam ficar brigadas por causa dele.

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    13. Acho que coloca só sal na cabeça, dois saleiros, um em cada mão. Açúcar é só para compor piadinha do título da história, se é que não me falha memória.

      Pelo menos em "Como atravessar a sala", que também é outra comédia formidável, o deixaram de camisa vermelha. Essa conheci graças aos sebos da vida...
      O que diferencia bem o aspecto de Reinaldinho do de Anjinho, são traços do rosto. Conheci o personagem através de "Ciúmes, não!", naquela altura eu já conhecia Anjinho havia mais ou menos quatro anos, daí, me chamou atenção já na condição de não alfabetizado o detalhe de trajar mesma combinação, mesmas cores do anjo. Um ano e alguns meses depois foi que percebi que Reinaldinho, por ter pouca* presença no núcleo, não possui cores fixas para roupas.
      *Ainda assim é muito lembrado. O que o diferencia dos demais galãs mirins é que foi único que rendeu, efetivado durante um marcante período.

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    14. Tem razão, Zózimo, foi só sal mesmo naquela cena. "Como atravessar a sala" foi excelente também. O Reinaldinho nunca teve cor de camisa definida e nem os traços, variava de cada desenhista, de igual era só o cabelo encaracolado pra se parecer com o roteirista Reinaldo Waisman. E sem dúvida foi o galã mirim que ficou mais fixo nos gibis, os outros normalmente apareceram só em uma história cada um.

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    15. Cabelos cacheados, loiros, olhos verdes ou azuis em órbitas ovais, estatura de seis para sete de idade, essas são características que sempre foram mantidas, de resto, variou mesmo a aparência dele de desenhista para desenhista, entretanto, nada que chegue a destoar dentro de todas aparições do personagem de que tenho conhecimento.
      Em "Como elogiar bem" há um tal de Fausto Alberto que, pela aparência, lembra o Reinaldinho. Não sei de que ano é, posso afirmar que é dos 70's, considerando isso, seria esse o primeiro personagem, ou um dos primeiros, baseado em Reinaldo Waisman? Conhece essa, Marcos?

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    16. É, a base manteve, nas tinham suas variações principalmente em formatos de olhos e de nariz. Em "Como elogiar bem" parece que foi um dos primeiros personagens galãs mirins criados, lembra o Reinaldinho, mas não sei se inspiraram de fato no roteirista. Conheço essa história, é de Mônica N° 66 de 1975.

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    17. Interessante é a transformação de Fausto Alberto, surge pomposo como versão setentista de Reinaldinho e pela intensidade dos elogios sai da HQ muito semelhante à Maria Cascuda. Pena que não há como saber se quando sai de cena eventualmente cruza com Cascão e se esse outrossim eventualmente o confunde com a namorada.

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    18. Por conta de como o Fausto Alberto ficou, capaz do Cascão confundi-lo com a Cascuda. Ficaram parecidos mesmo.

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    19. Fico imaginando uma situação tipo do universo Looney Tunes, em que nessa suposta confusão por parte do sujão, assumisse uma postura como a do Pepe Le Gambá e o coitado do Fausto Alberto se encontraria na situação semelhante da gatinha, a Penélope. Por estar bastante ferido não estaria em condição de dar um chega para lá nele logo de imediato e não seria viadagem do Cascão por não saber que se trata de um garoto. Ficaria mais atraído do que de costume pela (suposta) "Cascuda" vestida como burocrata sobrevivente de atentado terrorista, seria uma espécie de fetiche do guri que ficaria meio cego, meio enlouquecido por tamanha "beleza".

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    20. Verdade, Zózimo. Ainda mais que na época ele se apaixonava por qualquer menina que estivesse bem suja, um verdadeiro fetiche.

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  3. Não conhecia esta tira, muito boa por sinal. Não só a piada é boa, como as cores, os traços muito bons. Marcos, vc citou sobre republicaçoes de tiras, e uma curiosidade aqui no blog seria vc postar as tiras que foram mais vezes republicadas, inclusive citando as edições que foram republicadas.

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    1. Bem engraçada essa e melhor que foi inédita em gibis. As cores estavam boas naquela época. Tinham bastante tiras republicadas mesmo, maioria tiradas dos livros "As Grandes/ Melhores Piadas", ficou claro que ficaram alguns anos sem produzirem tirinhas novas em jornais, aí recorriam às republicações nos gibis, só mudavam as cores, não gostava muito desse excesso, as vezes 2 anos depois já republicavam outra vez. Nunca fiz um levantamento de quantas vezes saíram mais de uma vez, quando der, faço uma publicação assim.

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  4. Oi, Marcos. Tudo bem? Eu acho que vc tem razão. Esse apresentador lembra e muito o saudoso Gugu. Em 1998 ele tava no auge com seus programas. Magali perde uma amizade, mas não perde o apetite. kkkkkkk. Grande abraço!

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    1. Tudo bem, Roniere. Pois é, o Gugu estava muito em alta com o "Domingo Legal" e pelo visto ele quis prestar homenagem. Com certeza é essa a ideia da Magali, o apetite em primeiro lugar kkkkk.

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  5. Essa Magali (risos)! É bastante comilona, ainda come os tomates que a plateia joga!

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    1. Magali come de tudo, não ia perder oportunidade de comer tomate de graça.

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