domingo, 13 de agosto de 2023

Mônica: HQ "Papai queria menino"

No "Dia dos Pais", mostro uma história lançada em agosto de 1993, há exatos 30 anos, em que a Mônica  deseja virar menino porque pensa que o Seu Sousa não gosta dela quando ouve do pai que queria um menino. Com 17 páginas, foi publicada em 'Mônica Nº 80' (Ed. Globo, 1993).

Capa de 'Mônica Nº 80' (Ed. Globo, 1993)

Seu Sousa vê uma bola enquanto volta do trabalho, os meninos, que estavam jogando futebol, pedem para chutar e Seu Sousa dá um chutão e joga com eles e faz um gol. Os meninos pedem para ele jogar no time de cada um deles e Seu Sousa diz que outra hora joga e foi divertido.

Em casa, Mônica está animada para o seu pai ver seu vestido novo. Quando Seu Sousa chega, diz que está bonito sem empolgação e sem dar atenção senta na poltrona. Mônica repara que nem a viu direito e acha que o pai está preocupado. Ela pega todos os seus bonecos e chama o pai para brincar de marionete e ele diz que agora não porque está cansado.

Mônica acha que o negócio é sério porque nem quis brincar com ela e vai ouvir escondida a conversa do pai com a mãe na cozinha. Seu Sousa comenta que eles podiam ter um menino, Dona Luísa se espanta de terem outro filho. Ele diz que outro não porque eles tem uma menina, sempre quis ter um menino para ensinar a jogar bola, empinar pipa. Dona Luísa diz que meninas podem fazer isso também e ele diz que não é a mesma coisa. Dona Luísa fala que outro filho ia atrapalhar o orçamento e ela queria voltar a trabalhar e Seu Sousa se contenta que é um sonho que vai ficar para mais tarde.

Mônica ouve tudo, segura o choro e corre para o seu quarto. Chora abraçada no travesseiro, diz que o pai não gosta dela, mas parecia porque sempre a pegava no colo, dava beijo de boa noite, contava histórias, disfarçou bem. Imagina que antes de nascer, o pai vivia repetindo que seria menino e quando se preparou para o grande dia, se decepcionou quando a viu. A mãe deve ter tido trabalhão para convencê-lo a não sair de casa e com o tempo foi se acostumando com a ideia, mas no fundo nunca gostou dela só porque é menina. Ela se olha no espelho, talvez tenha jeito para isso e sai para falar com o Cebolinha.

No dia seguinte, Seu Sousa vai chamar a Mônica para tomar café e ela aparece vestida e com linguajar de menino e dá um tapa nas costas do pai perguntando como vai essa força. Seu Sousa pergunta que roupa era aquela e cadê o vestido novo e ela diz que aquilo é tudo cheio de frescura. Dona Luísa pergunta por que a filha está fantasiada, Mônica diz que quer se vestir assim agora, quer que os pais comprem pião, bolinha de gude e bola de capotão.

Seu Sousa acha melhor eles brincarem de marionete e ela diz que não porque marcou  um jogo de futebol com a turma, mas depois podem assistir à luta de boxe juntos. Os pais ficam assustados com o que está acontecendo com a garotinha deles e acham que erraram em alguma coisa. Mônica fica feliz que o pai ficou surpreso e acha que está gostando mais dela e se encontra com o Cebolinha para aprender mais coisa.

Cebolinha diz que a roupa dele ficou ridícula nela e que parece um menino bem feio e dentuço e Mônica quer bater nele. Cebolinha diz que menino não faria isso, não ligam se eles são feios e Mônica responde que por isso ele tem coragem de sair na rua até hoje. Cebolinha fala que se continuar a gozação, não a ensina mais ser menino e lembram do trato que se ele ensiná-la a ser menino ela não bate mais no Cebolinha.

Depois, Cebolinha leva Mônica ao campinho pra ensinar como joga futebol. Cascão e Franjinha não gostam, mas aceitam depois da ameaça da surra. Cebolinha ensina à Mônica que tem que levar a bola até o gol e ela joga bola ao gol com a mão. Cebolinha diz que é com o pé e ela acerta o Cascão. Cebolinha diz que precisa de mais treino, quando o Seu Sousa aparece e eles têm que fazer a Mônica impressionar o pai imediatamente. 

Eles fingem que a Mônica driblou facilmente e ao chutar a bola, Mônica faz a bola sair do Planeta Terra de tanta força que chutou. Eles pegam outra bola, Mônica dá de graça ao adversário, Franjinha quica a bola, provocando pênalti de propósito. Mônica chuta bem devagar, a bola roda, para e Cascão como goleiro faz chutar em direção ao gol e todos comemoram como se fosse gol dela e que fez ganhar a partida. 

Cascão parabeniza Seu Sousa que a filha é craque, Mônica pergunta ao pai se está orgulhosa dela e Cebolinha diz para Mônica que vai acabar virando menino. Ela o chama de linguarudo e manda esquecer o trato deles. Seu Sousa quer saber por que Mônica quer virar menino e ela responde que é para o pai gostar dela, ouviu que ele queria ter um menino para jogar bola e empinar pipa e ele não gosta dela porque é menina. 

Seu Sousa fica arrependido e explica que também queria um menino, mas adora a sua garotinha, se tivesse um filho, ia ficar louco para tê-la porque com quem ia brincar de marionetes, de contar histórias e relembram os momentos gostosos que passaram juntos desde quandoera bebê. Assim, Seu Sousa sugere Mônica pôr um vestido para saírem juntos por aí. Mônica dá beijo nele, fica feliz e, em casa, enquanto ela troca de roupa, Seu Sousa comenta com a esposa que bem que podiam ter mais umas menininhas.

História legal em que Seu Sousa diz que queria ter um menino e Mônica acha que o pai não gosta dela por ser menina e resolve virar um menino pra agradá-lo. Consegue algumas dicas com o Cebolinha e tenta jogar futebol para impressionar, mas com a entrega do trato pelo Cebolinha, Seu Sousa mostra que gosta da filha, os momentos que passam juntos são maravilhosos e no final desiste de ter menino e que gostaria de ter outras meninas como a Mônica. Reconhece que as meninas são melhores.

Mostra ideia de pais que preferiam ter filho do sexo oposto do que têm, que insatisfeitos tentam fazer outros filhos para ver se vem. Tem bonita mensagem que independente do sexo, pai e mãe vai amar do mesmo jeito. Seu Sousa, queria menino para jogar bola e empinar pipa com o filho, mas que tinha preconceito que meninas não podiam fazer essas coisas, uma mentalidade muito comum na época que tinham de separar coisas de meninos e de meninas. É até um equívoco isso porque podem ter meninos que não gostam de jogar futebol e meninas que gostam, por exemplo.

Foi engraçado ver a imaginação da Mônica do nascimento dela com o pai todo animado por ter filho e decepção de ter vindo menina e querer sair de casa por causa disso, a Mônica vestida e se comportando como menino, jogando futebol toda errada chegando jogar bola ao gol com a mão e chutar bola para fora do Planeta Terra, também ela dar o troco na feiura do Cebolinha e a bigorna de 100 kg na cabeça do Seu Sousa representando peso na consciência. 

Cebolinha que acabou entregando seu próprio plano dessa vez, perdeu a chance de nunca mais apanhar da Mônica. Deu uma certa pena da Mônica chorando pensando que estava sendo rejeitada pelo pai. Curioso que nesta história a Mônica não apareceu com o tradicional vestido vermelho e Mônica ter boneca dela mesma e ter apenas sua boneca e o Sansão como seus únicos brinquedos. E eu gostava da arte dos pensamentos e sonhos das personagens quando eram retratados em tons azuis assim.

Incorreta atualmente por essa ideia de impressão que Seu Sousa não gostava da filha por ser menina, e ele ser machista que só meninos faziam aquelas coisas que ele queria, essa distinção de rótulos de coisas só para meninos e coisas só para meninas, a Mônica sofrer por ser rejeitada pelo pai e querer virar menino, vestida como um, aparecer com estilingue no bolso por ser violento e dar ideia de matar passarinhos, Dona Luísa de avental e aparecer cozinhando ou fazendo tarefas domésticas porque as mães não podem mais serem retratadas apenas como donas-de-casa, além das palavras proibidas "gozação", para não ser ter duplo sentido de cunho sexual, e "louco", para não confundirem com o personagem Louco.

Os traços eu achei bons, sendo que tem algumas leves diferenças na Mônica com dentes maiores e olhares diferentes e personagens com linha da boca fechada maior quando ficavam surpresos, provavelmente foi por experiência de novos traços e também para dar mais humor, de qualquer forma não vingaram desenhos com Mônica assim, foi só nessa história. Seu Sousa foi retratado mais gordinho, isso variava de acordo com cada desenhista. Teve erro na disposição do boné da Mônica, do nada ficava aba pra frente e aba pra trás sem critério definido.

Em alguns momentos Dona Luísa aparecia sem lábios com batom e em outros com. Não acho que foi erro, pelo visto a deixaram sem lábios de propósito nas cenas que queriam dar mais humor. Não gostava quando as mães das personagens apareciam sem lábios ou batom, mesmo que com intenção para histórias mais humoradas e/ou mães estarem mais rígidascom os filhos, achava que elas ficavam feias, incrível que só uma ausência de lábios faziam toda diferença no visual delas.

De curiosidade, esse foi último gibi da Mônica sem códigos de barras na capa, a partir da edição "Nº 81", de setembro de 1993, e em todos os outros gibis passaram a colocar códigos de barras para atender estabelecimentos como livrarias e mercados que vendiam com leitores de códigos de barras que estava se popularizando na época. Também marcou como o primeiro gibi da Mônica com preço em "Cruzeiro Real" (CR$), que substituiu o "Cruzeiro" (Cr$). Consistiu mesmo apenas em tirar 3 zeros, dividir preço por mil, devido a hiperinflação do Brasil na época e que continuou aumentando preços da mesma forma. Assim, esse gibi 'Mônica Nº 80', de agosto de 1993, de CR$ 95,00 é o mesmo que Cr$ 95.000,00 e que teve grande aumento em relação a 'Mônica Nº 79', de julho de 1993, que custou Cr$ 65.000,00. E também foi o único gibi da Mônica com preço em "Cruzeiro Real" e sem códigos de barras. Muito bom relembrar essa história há exatos 30 anos.

FELIZ DIAS DOS PAIS!!! 

64 comentários:

  1. Posto que a bola sai do planeta, o roteirista poderia ter incluído breve participação do Astronauta, como ricocheteando na espaçonave, ou que passasse muito próximo do veículo e o radar do Computador (personagem do núcleo do herói, daí inicial maiúscula) identificasse e informasse de que objeto se trataria, seria zero de interação entre os núcleos, só uma pequena aparição para incrementar a piada do chute orbital. Conjecturar é fácil, difícil seria encaixar isso de forma harmônica.

    As bocas ficaram supimpas no segundo quadro da décima quarta página (pág.16). Da Mônica faltou cachimbo, pois parece do Popeye. Do Cebolinha dispõe de sensualidade, ouso dizer que foi além, cruzou a linha, ficou erótica, parece de boneca inflável, visto com o que se assemelha, se eu substituísse "supimpas" por "gozadas", pegaria mal pacas... Normalmente não faço uso de politicamente correto em meus comentários, salvo exceções.
    Ainda no que tange boca, o desenhista poderia ter mantido a da mãe da Mônica com lábios em vez de alternar entre dois modelos. Sem lábios, fica com aparência insossa, com lábios, parece outra pessoa, fica bonita, claro que não supera a formosura da beiça mongoloide sussurrando no pé do ouvido do filh... digo, da filha dela.

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    1. Até poderia inserir o Astronauta na cena, acabaram esquecendo. As bocas daquele jeito na página 16 é porque eles estavam cochichando, dar ideia que estavam falando disfarçados e bem baixinho, ficou engraçado assim. E concordo que deveriam deixar a mãe da Mônica com lábios a história toda, não teve uma padronização e difícil saber se foi de propósito ou não. Também acho que as mães ficavam feias sem lábios, ficavam muito diferença só sem esse detalhe. A mãe da Mônica era assim sem lábios nos primórdios dela, até foi uma volta à origem em alguns momentos da história.

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    2. Acho que não esqueceram, suponho que não acharam conveniente ou não lembraram do explorador espacial mesmo com a bola invadindo a seara dele.
      Ainda que algo assim ocupasse no máximo quatro quadros, iria demandar mais uma página, o restante logicamente ocupariam com alguma situação (hilária, de preferência) entre os personagens do Limoeiro.

      Quanto aos dois modelos bucais da mãe da Mônica, penso que tem relação com acabamento visual desta HQ que, considerando o ano (1993), não é dos melhores para o padrão da época referente às tramas de abertura(s). O que tenho certeza é que o/a desenhista dono(a) destes traços não foi do tipo mediano. Como já comentei em algum tópico daqui, parece que "Papai queria menino" foi desenhada e/ou arte-finalizada meio que às pressas, é a impressão que me passa observando principalmente Mônica e os pais, já os meninos, até que estão em traços mais harmoniosos na maioria dos quadros.
      Deixando claro que minha observação, minha opinião, minha análise sobre a arte desta história passa longe, bem longe mesmo de algo como insinuar que está mal desenhada, tem nada a ver com isto - este adendo é mais direcionado ao pessoal jovem que, eventualmente, possa interpretar ao pé da letra o que digo neste comentário. Interpretações afoitas são normais quando se tem pouca idade, volta e meia incorri nesse tipo de erro quando tinha metade para menos da idade que tenho.

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    3. Reformulei o trecho para evitar possibilidade de dupla interpretação:

      "(...)penso que tem relação com acabamento DOS DESENHOS desta HQ que, considerando o ano (1993), não é DAS melhores ARTE-FINALIZAÇÕES para o padrão da época referente às tramas de abertura(s).(...)"

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    4. Também acho que não esqueceram, só viram que não era conveniente um crossover naquele momento. Nos traços, quem ficou diferente mesmo foi a Mônica, os demais personagens seguiram igual como estavam desenhando, provavelmente foi pressa pra fazer. Achei mais cômico assim, nem achei ruim.

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    5. Todavia, Marcos, dentro de minha crítica sobre acabamento desta HQ, consigo enxergar que Mônica e os pais também estão em traços harmoniosos em boa parte dos quadros.

      Não sei se pode ser considerado erro como se encontra posição de Franjinha no terceiro quadro da décima segunda página (pág.14). Por ser mais alto, o desenhista exagerou aonde resolveu colocá-lo. Está com coluna inclinada, isto é, caso estivesse ereto(a) ficaria ainda mais alto. Posto que não aparece de corpo inteiro, é como se estivesse em pé sobre algo, um banquinho ou uma pedra.

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    6. Traços ficaram harmoniosos de qualquer forma, eu gostei. A cena com o Franjinha acredito porque queriam inseri-lo de alguma forma. Na posição que ficou foi como se tivesse com panturrilha estendida, ainda assim ele até apareceu mais alto que o costume que as outras crianças na história toda, como na cena deles apertando a mão da Mônica, por exemplo.

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    7. Quando considero que poderiam ter caprichado mais, sempre penso nos bastidores, isto é, quais seriam possíveis causas.

      Até que a cena que você destaca consigo enxergar uma proporcionalidade aceitável do corpo dele em relação aos dos dois na comparação com a que destaco.
      Se o desenhista calculasse melhor as posições de Mônica e Cebolinha, daria para descer Franjinha dos supostos saltos plataforma ou dos supostos pedra ou banquinho. Poderia também posicioná-lo de modo recuado no centro do quadro, situado entre bola e haste vertical esquerda da trave, daria tranquilamente.

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    8. Tem uma boa proporção nessa cena que citei e nas outras, só que muitas vezes a diferença de altura entre eles era retratada menor. Ele pode ter ficado em uma pedra naquela cena, não devem ter levado banquinho par ao campinho. Outra opção seria isso de posicioná-lo recuado.

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    9. Agora entendo melhor o que diz, tem razão, Marcos.
      Pode ser também Zé Luís disfarçado. Sei lá, vai que no momento Franjinha precisou se retirar em direção a algum W.C. do bairro - muito comum nas histórias antigas esse tipo de banheiro públic... brincadeira!

      Outro detalhe engraçado é o boné meio inquieto na cabeça da Mônica. Mesmo em um farto cabeção o acessório parece que ficou folgado, digamos que foi mal ajustado.

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    10. Zé Luís disfarçado eu descarto, apesar de ser uma boa. O boné dela ficou largo, como era do Cebolinha, sinal que a cabeça dele é grande ou boné teria que ser grande pra caber o cabelo dentro. Chama atenção é boné na Mônica virado pra frente e pra trás do nada ao longo da história, sem sinal de ela ter mexido.

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    11. Sim, por isto que o boné é inquieto, por causa da aba alternar entre duas posições enquanto está no cabeção dela. Uma boa justificativa é a possibilidade de ter ficado frouxo ou solto, não ajustou direito, daí, os movimentos dela refletem no acessório.

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    12. Bem observado, o boné se movimentou por estar frouxo na cabeça, deve ser isso mesmo.

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    13. Mônica não usa, provável que nem saiba manusear o "brinquedo assassino". Para melhor compor o esteriótipo do que é ser menino, na oitava, nona e décima páginas (10,11,12) o roteirista optou por dar visibilidade ao estilingue. Brinquedo este que é o cúmulo da estupidez e crueldade, embora tenha feito parte da infância oitentista e já com menos fôlego alcançou a criançada noventista, felizmente não fez parte da minha infância.

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    14. Coisa impensável colocar estilingue nas histórias de hoje. Na minha infância também não fez parte, mas na época era comum até na vida real. Nos gibis, inclusive mostravam crianças manuseando pra matar passarinhos, bem cruel.

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    15. Já estilingues nas HQs, não recrimino, pois sem as incorreções a Turma da Mônica jamais seria o estrondoso fenômeno que foi nos quadrinhos no decorrer de sua passagem pelo século XX. Felizmente, histórias e tiras de piadas da MSP retratam muito bem sem abrir mão da sutileza, em que pé, em que altura, em que estágios se encontrava a sociedade brasileira dos 60's aos 90's. Minha crítica é ao objeto aplicado na vida real, daí, as antigas tiras e antigas histórias são espelhos lúdicos, isto é, retratam como éramos, como nos comportávamos coletivamente e individualmente.

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    16. Exato, as histórias retratavam como eram a sociedade nas suas épocas, por isso ficávamos bem próximos dos gibis com essas situações e objetos do cotidiano.

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  2. Com certeza iriam problematizar. Esse estereótipo de garotas sensíveis e delicadas e meninos briguentos e valentões nem se sonha em aparecer nos dias de hj.

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  3. Engraçado q, quando a bola voa pro espaço, o Planeta Terra está totalmente amarronzado! Será q a poluição causada pelas criaturas perversas q são os humanos afetou tão gravemente a aparência externa de nosso planeta??? Ou será q essa história se passa simultaneamente aos eventos da história do Astronauta em q alienígenas roubam os oceanos da Terra? Visto q a Terra fica com uma aparência semelhante em um trecho da história!

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    1. É, nem pintaram a Terra de azul, vai ver que foi erro do colorista ou quiseram dar essa ideia de poluição, a terra do planeta predominar do que o céu.

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    2. Para incrementar ainda mais o aspecto down, deixaram as camadas atmosféricas em roxo claro, no entanto, a cor pode ser resultado da junção do azul com roxo escuro do fundo sideral. Vai que as cores escolhidas para o nosso orbe e sua atmosfera são uma metáfora representando o quão Mônica está frustrada com o pai.

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    3. Zózimo, eles não seguiram cores da realidade, essas camadas atmosféricas provavelmente deixaram assim pra dar uma harmonia melhor em relação ao céu roxo. Mais estranho mesmo foi a Terra marrom, isso dava pra deixarem azul mesmo com fundo roxo, eram só escolher uma tonalidade melhor que combinasse com o roxo ou deixariam o céu com outra cor.

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    4. Apesar da HQ não ser do Cascão, é poluição mesmo. Hipótese do Adriel faz sentido, já a minha, um tanto viajona, pois a Terra não é "mônicacêntrica"*, ou seja, não gira em torno da baixinha dentuça.
      *Inventei uma expressão acentuada duas vezes, coisa que no francês tem aos borbotões, porém, este exemplo de nada vale, porque só sei me expressar no idioma oriundo do oeste ibérico. É como digo, sou mesmo um viajão...

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    5. Zózimo, também considero como poluição. Com certeza ela não é a mônicacêntrica do universo. Monicaverso é só nos gibis mesmo.

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  4. Fabiano, também ri muito nessa parte, ele não queria apanhar, acabou levando essa tirada muito bem dada rsrs. Sem dúvida o pessoal de hoje ia levar por esse lado de ideologia de gênero, problematizar o que não tem, sem chance uma história assim hoje. Desenhos aí estão infinitamente melhores que os de hoje, o Seu Sousa é magro de forma fixa e os outros pais descaracterizados no visual. MSP não liga mesmo pra desenhos, fazem do jeito que querem e mais prático pra agilizarem trabalho, apenas isso.

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  5. Boa noite. Vão ter esses relançamentos. Abraços

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  6. Bonita a história. Eu sei que se eu tivesse filhos(Não planejo ser pai, mas AMO bebês. 👶👶🏻👶🏿❤), pra mim tanto ia fazer se fosse menino ou menina.

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  7. Digo que sempre fui um mix entre menina ''moleca'' e menina ''feminina'', eu quando criança adorava rosa, bonecas, pelúcias e tudo e tal... mas eu também adorava jogos, futebol, filmes e desenhos de ação, videogame, nunca fui tanto só uma coisa ou outra. E entre shorts e vestidos eu meio que sempre preferi mais shorts e calças, achava mais prático. Vestido só em festa e casamento mesmo.
    A Mônica nunca me pareceu muito ''menininha'' na verdade. Entre ela e a Magali, acho que a Magali é a mais feminina das duas e a Mônica é a mais moleca, além do apego ao coelhinho Sansão- Mônica é durona, briguenta, já vi ela praticar esportes e usar shortinhos com mais frequência que Magali, que praticamente só usa vestidos. Ainda assim senti por ela ter ouvido aquilo do pai, criança dessa idade pode ser bem sensível mesmo. E ela tentando aprender futebol foi um ponto bem alto da história. Ainda assim, acho que ela poderia muito bem aprender a gostar de fazer tudo isso que o pai queria de boa!
    Essa história é completamente impublicável pelo motivo que Fabiano citou acima, ideologia de gênero, sexualidade e blablablá. Nada contra a agenda trans, respeito muito, mas algumas pessoas podem realmente fazer tempestade em copo d'água. Quanta perseguição!
    (Então, eu meio que sou recém-chegada nesse blog e não queria falar nada mas... hoje é meu aniversário! 21 anos para mim!).

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    1. E do outro lado do espectro, os pró-LGBT+ iriam implicar com os pais da Mônica dizendo que "erraram" em alguma coisa, dado que isso é o que muito LGBT+ ouve dos pais, infelizmente.

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    2. Parabéns, Isabella!! Agosto nada tem de desgosto, os aniversariantes deste mês são a comprovação do que digo.

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    3. Isabella, primeiramente Parabéns pelo seu aniversário, tudo de bom. Existem meninas mais molecas por isso não dá pra generalizar como fizeram na história, cada criança tem um comportamento. A Mônica era mais moleca, o Seu Sousa podia muito bem ensiná-la futebol se quisesse. Não daria mesmo uma história dessa hoje, iam dar muito em cima, iam acusar até que teve transfobia. Por mim, vejo nada de mais nela, só que esse povo de hoje com implicância com tudo, não ia dar certo.

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    4. Warrior of Light, iam fazer essa comparação e chiar muito. Eram outros tempos.

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    5. Bem, obrigada a todos que me mandaram Parabéns desde já, 21 anos a gente só faz uma vez na vida! Só de ver postagem nova hoje já foi um bom presente.

      Bem, agora eu estive pensando em várias noticías que vi de pais tendo vários filhos, mais do que podem sustentar, enquanto tentam ter um do sexo oposto. Minha professora me contou uma vez um cara que teve cinco filhas enquanto tentava ter um filho, e só parou depois da sexta e última filha (ás vezes Deus simplesmente não quer te dar).
      Por outro lado, já vi um pai que queria dois filhos para ensiná-los tocar bateria e engenharia eletrônica, ''seguir seus passos''. Mas ele teve duas filhas- o que no fim não acabou com seus planos. Ele ensinou uma bateria, outra aprendeu engenharia e hoje elas são profissionais. Esse teve sabedoria e bom senso pelo menos!

      Além do Sansão e brincar com bonecas, digo que Mônica sempre foi de se aventurar mais no território dos meninos, especialmente se compará-la a Magali. Eu diria que quando Mônica se apaixona por um ''menino fofo'' ou tem uma paquera, ela fica mais feminina, mais romântica nesses casos, mas no estado ''normal'' ela sempre teve mais jeito de moleca. Nessa história enfatizaram mais a feminilidade dela para caber na trama, fazer mais sentido o lance com o pai, mas ela nunca foi bem ''frufru'' por dizer. Acho que Magali é mais tradicionalmente feminina que ela (essa que QUASE nunca era vista usando shorts ou praticando atividades físicas, mais frequentes com a amiga).

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    6. Isabella, de nada e legal que a postagem coincidiu com o seu aniversário. tem pais que têm genética só pra ter menina ou só pra menino, não adianta ficar tentando outros filhos que não conseguem, bem curioso isso. Independente se faz tentativas ou não, tem que amá-los do mesmo jeito. A Mônica ficava mais no universo dos meninos, até tentar jogar futebol com eles em outras histórias já teve, diferente da Magali que sempre teve mais um lado feminino, apesar de já ter histórias com ela também jogando futebol. Mônica também ficava feminina vendo novelas, usando vestidos novos, querer mudar cabelo. Tinha um equilíbrio bom.

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    7. Isso de assistir novela hoje em dia ficou algo mais neutro, não é tão estereotipado como antigamente. Aqui em casa, por exemplo, meu pai que é realmente noveleiro (assiste até reprise), minha mãe nunca deu muito bola. Na verdade, minha mãe adora um jogo de futebol (grita assistindo que é uma beleza), já meu pai nunca foi muito de torcer ou assistir.

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    8. Sim, Isabella, hoje em dia tem muitas mulheres que adoram futebol e ninguém liga e também não tem distinção de novela ser coisa pra mulher, mas antigamente era tratado assim, inclusive nas histórias dos gibis. Já teve uma do Rolo, por exemplo, que via novela Roque Santeiro escondido dos seus amigos e eles foram na casa dele e disfarçava que não via a novela porque achava que iam encarnar porque não era coisa de homem.

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  8. História legal demais, dei boas risadas aqui. Não conhecia essa história. Realmente hoje em dia iria dar muita polêmica tratar o futebol como brincadeira apenas de meninos. Enfim, era outra época, outros costumes. Lembro deste tempo de inflação alta, realmente os gibis subiam muito de preço de um mês para outro, razão das constantes trocas das moedas correntes. De qualquer forma, a inflação em 1993 estava menor do que em 1989 por exemplo, o ápice da inflação, quando chegou a ter reajuste de cerca de 70% nos gibis de um mês para outro.

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    1. E sobre os traços, apesar de parecerem um pouco diferentes, eu gostei, achei mais cômicos, Mônica mais dentuça, com caras mais engraçadas, achei muito bem produzidos. Poderia ter mantido assim, pelo menos em algumas histórias.

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    2. Muito engraçada mesmo, tinham criatividade pra criar, foi uma ótima fase deles. Até isso de futebol ser só pra meninos iam implicar hoje. Eu também gostei dos traços assim, eram cômicos e sem caretas, pena que não mantiveram, foi só um teste pelo visto. A inflação era alta demais, de uma edição pra outra já aumentava. Em 1989 era maior ainda o porcentual, mas em 1993 já tinham preços nas casas dos mil, que assustava bastante tantos zeros.

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  9. Estão relançando Almanacão. Abraços

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  10. Gostei dessa história, porém hoje em dia, a MSP prefere colocar meninos e meninas brincando juntos, existem varias historinhas atuais com as meninas brincando de jogar bola e não me surpreendo se tiver historias com meninos brincando de boneca no futuro também.
    Nada contra mas é normal meninos e meninas brincarem separados, só acho errado a MSP dos anos 80 e 90 tratar essa separação como norma mas eram outros tempos kkkk

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    1. Sim, hoje eles colocam meninos e meninas jogando juntos pra não ter distinção que é exclusivamente esporte masculino, muitas vezes com a Marina tendo destaque. Podia ter histórias só com meninas jogando futebol, sendo um time feminino, não precisaria necessariamente meninos e meninas juntos em um mesmo time.

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    2. "(...)e não me surpreendo se tiver histórias com meninos brincando de boneca no futuro também."
      Destaco este trecho do comentário de SPFangirl porque, de certa maneira, Cascão, Cebolinha e outros garotos do núcleo brincam com isso em HQs dos 70's, 80's e 90's, para ser mais exato, brincam de casinha, entretanto, grosso modo, dá na mesma e, quase sempre, como maridos das meninas que, claro, são esposas e são mães e pais dos filhos de brinquedo (bonecas e até o coelhinho Sansão). Todas que conheço nesse tema são bem divertidas.

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    3. Eles brincavam de boneca, de casinha, mas a contragosto deles, sempre sendo ameaçados pela Mônica de apanhar se não aceitassem. Sempre eram retratados nos gibis que brincar de boneca era coisa para meninas.

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    4. Tem razão! Por conta da relutância da molecada para esquivar desse tipo de brincadeira e quase sempre brincarem contrariados por medo da Mônica retaliar se caso recusarem são o que fazem histórias antigas nesse tema serem hilárias.
      O que SPFangirl coloca como possibilidade seria algo imposto, para "democratizar", igualar os gêneros, com meninos sempre achando de boa brincar de casinha, de bonecas, de comidinha com as meninas, proposta ideológica incutida assim como fazem atualmente com a criançada do Bairro do Limoeiro jogando futebol e outros esportes coletivos, obrigatoriamente incluindo ambos os gêneros nessas disputas e/ou brincadeiras esportivas e, claro, sempre de forma misturada, isto é, nunca gênero contra gênero.
      Objetivo é uniformizar a turminha, diferenças naturais são proibidas, disparidades então, jamais, nunca mais!

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    5. Zózimo, eram engraçadas essas ameaças da Mônica, tinha que ser tudo como ela queria. Hoje em dia os meninos brincariam de boneca e de casinha tranquilamente sem chiar, sem ficarem contrariados, como se fossem coisas normais, assim como as meninas jogarem futebol sem os meninos fazerem bullying ou reclamarem ou proibirem de elas jogarem porque não é coisa de meninas.

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    6. Agora que vocês falaram, estava aqui lembrando uma história onde Mônica força os meninos a brincarem de cabeleireiro com ela e Magali. Mônica estiliza o cabelo do Cebolinha, Magali faz uns experimentos com Cascão... No final o Cebolinha precisa usar bobs (e o Cascão fica com um novo corte simples, menos mal, mas fala que ainda preferia bobs do que). E então descobre-se que a Mônica fez o mesmo com todos os meninos do bairro! Oh Mônica você não existe...

      Muito boa história que me lembro.

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    7. Acho que não conheço essa, Isabella, parece boa.
      Há uma das antigas que é muito engraçada, você nem sonhava em nascer quando foi publicada pela primeira vez e eu devia ter três ou quatro de idade (coloca tempo nisso), intitulada "Vamos brincar de casinha?". A trama consiste em Mônica conseguir convencer Cebolinha a brincar de casinha sem recorrer ao recurso da intimidação, só na base de um extenso diálogo, fica de saco tão cheio da conversa que, para se ver livre do falatório, acaba topando brincar. Quando Cascão vê do que o amigo está brincando, começa o escárnio, por conta disso, apanha da Mônica e é obrigado a participar da brincadeira atuando como bebê, daí, surgem mais quatro guris e fazem o mesmo que o sujão assim que veem os dois brincando com a Mônica, mesma coisa de novo, os quatro apanham e compulsoriamente participam da brincadeira.
      Humberto passa ser outro bebê, irmão de Cascão e Sansão; tio das crianças é o Jeremias; a doméstica é Zé Luís, ou melhor, o doméstico; os três filhos do casalzinho constituído por Mônica e Cebolinha são netos do Xaveco.
      Legal é que, com decorrer do tempo, acabam gostando. Brincam bastante, até a dona da brincadeira cansar e decidir parar, daí, eles a convidam para uma pelada, com argumento de que falta um goleiro, o desfecho é ela se recusando, dizendo que não participa de brincadeiras de meninos.
      Conheci essa história através de republicação em algum gibi do período Globo que adquiri novo.

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    8. Conheço essas histórias aí citadas por vocês, as duas muito boas mesmo.

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  11. Salve,Marcos! Gostaria de saber se você vai fazer um review das edições N° 37, das revistas atuais da Mônica, que têm como tema, o aniversário de 60 anos da personagem. A saga é composta dos seguintes títulos: Mônica N° 37- "Sessentônica"; Cebolinha N°37- "Oito Ou Oitenta"; Magali N°37- "Altas Confusões"; Cascão N°37- "Bufo Do Milênio"; Chico Bento N° 37- "Tá Na Roça", e se encerra em Turma Da Mônica N°37, com a história "Crises No Monicaverso". Na saga, que parodia elementos de Crise Nas Infinitas Terras, da DC Comics, somos apresentados ao Mauricioverso, um universo comoposto pelo Sol Maurício,e,em torno desse sol, existem vários planetas, dedicados a cada personagem; há o Cascãoverso,o Cebolaverso, o Magaliverso,o Tinaverso e por aí vai, cada um desses planetas é habitado por diversas versões dos respectivos personagens. No entanto, há uma crise sem precedentes no Monicaverso, habitado pelas diversas versões da Mônica, e somente a Mônica ,com a ajuda de Mauricio e da Turminha podem resolver. Após vários desafios, descobrimos que o responsável por trás de tudo é um vilão chamado Antimonicor(uma brincadeira em cima do Antimonitor, o vilão-mor de Crise Nas Infinitas Terras), cuja verdadeira identidade não revelarei, para não dar spoiler.

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    1. Estou ansiosa para essa review tbm!

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    2. E ainda tem mais: Juntando as seis capas duplas das edições, forma-se uma ilustração única, conforme pode ser visto nesta matéria do site Universo HQ:
      https://universohq.com/noticias/revistas-quinzenais-da-turma-da-monica-de-agosto-celebram-os-60-anos-da-monica/

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    3. Dyel, isso eu sabia, eu já tinha visto.

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  12. Lembrando inclusive que hoje em dia o time de futebol da garotada é misto, os meninos jogam junto com as meninas. Antes era só a Marina de menina no time, mas as outras também passaram a participar. Acho legal essa história porque o que eu vejo nela é a ingenuidade de uma criança que interpreta mal determinado assunto, assim como a famigerada história da torneirinha.

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    1. Isso, jogam como time misto pra não ter preconceito contra meninas jogarem futebol. Eu gosto dessas histórias explorando ingenuidade das crianças e até dúvidas e questionamentos que as crianças da vida real tem, aproximam do universo delas.

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  13. Essa história é uma das minhas favoritas, traços lindos, bela mensagem, final bonito e ótimas piadas, como o peso na consciência na cabeça do Seu Souza.

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    1. Verdade, além da gente se divertir muito, ainda tem mensagem bonita. Assim era bom.

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  14. Que história legal ate profunda eu diria..a Mônica já é muito pra frente do seu tempo..pois era uma menina forte quando isso era visto como uma catequético feminina...e é uma questão que muitas crianças passam....e porque precisa mudar roupas pr jogar bola?,a história retrata bem a época....pra mim não é incorrera retrata outra época..fora que essa questão de coisa de menino é menina ainda é um debate bem atual

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    1. Também acho a frente do seu tempo por tentar mostrar que meninas também podiam jogar futebol. Não era incorreta na visão da época, mas hoje com esse mesmo roteiro, seria incorreta, iam implicar, ficar com mimimi, problematizar o que não tem.

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  15. A part mais legal foi a bigorna na cabeça do seu Souza, mostrando o quão pesada ficou a consciência.

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    1. Foi engraçada essa parte, de fato a consciência pesou do que ele falou.

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