Compartilho uma história em que Cascão e Cascuda e queriam se casar, mas tiveram empecilho do padre que não queria casá-los. Com 5 páginas, foi história de abertura de 'Cascão Nº 103' (Ed. Abril, 1986).
Capa de 'Cascão Nº 103' (Ed. Abril, 1986) |
Enquanto namoravam, Cascão fala para Cascuda que é tão fofinha, legal e bonita, a melhor namorada que ele já teve. Cascuda pergunta quantas namoradas ele teve e Cascão responde que nenhuma, mas ela é melhor do que as outras que não teve. Cascão ainda fica sem jeito de pedir uma coisa, até que pergunta se Cascuda quer casar com ele.
Cascuda se engasga de emoção de a ter pego de surpresa, e aceita se casar. Cascão conta a novidade e que Cascuda é o amor da vida dele para a mãe, que acha graça e manda ele ir se lavar que o almoço já, já estará pronto. Cascão vai falar com a Cascuda, que diz que os pais delas caíram na risada e, então, como ninguém compreende o amor deles, resolvem fugir para se casarem escondidos. Na rua, encontram um padre e perguntam se poderia fazer casamento deles. O padre diz que é para eles o procurarem daqui 20 anos e agora ele vai realizar um casamento de verdade. Cascão e Cascuda vão atrás do padre, ficam do lado dele para que faça casamento deles.
As crianças se consideram casadas, ficam emocionadas e nunca pensaram que fosse tão fácil casar. Aí, combinam como vão ser a vida deles a partir de agora, terão que morar juntos e por isso terão que economizar mesada, nada de sorvetes, cinema, terão que arrumar emprego, esquecer paqueras, bailinhos, terão que visitar os pais aos domingos e cuidar dos filhos. No final, se dão conta que não é o que querem e voltam para igreja perguntar para o padre como fazem para se divorciar.
História legal em que o Cascão resolve se casar com a Cascuda e como o padre não queria casá-los por serem crianças, eles ficam ao lado do padre enquanto realiza um casamento e, assim, se sentem que se casaram de verdade, Só que ao refletirem as responsabilidades e os problemas que teriam após o casamento, não fazerem o que gosta como tomar sorvete, ir a cinema, bailinhos, etc, e não poderiam mais se comportar como crianças, mudam de ideia e querem saber com o padre como pedir o divórcio.
Foi pensada em crianças que namoravam e se perguntavam por que não podiam se casar, mostrando as desvantagens do casamento, deixam de ser crianças e passam a ter responsabilidades grandes. A mensagem foi que tudo tem seu tempo, não se deve pular etapas da vida e curtir a infância sem pressa. Foi legal ver a inocência do Cascão e da Cascuda que seria fácil se casarem, só ficarem na igreja durante uma cerimônia e já estariam casados, o diálogo fofinho entre eles na primeira página como ela ser a melhor namorada, mesmo não tendo namorado outras garotas antes, os adultos não levando a sério casamento deles, o casal listando responsabilidades da vida de casado e destaque de se permitirem paquerar outras pessoas numa boa e eles pedindo divórcio no final para continuarem só namorando como antes.
Apesar de Cascuda ter sido namorada oficial do Cascão, mas tiveram muitas histórias com ele paquerando e namorando outras meninas, de acordo com roteiro, roteiristas achavam melhor outras meninas no lugar ou ele trair a Cascuda. Dessa vez não teve foco em banho e sujeira, mas mesmo quando não tinha, muitas vezes inseriam elementos dessa característica principal do Cascão, como foi na parte da mãe dele mandando o filho se lavar antes de comer, como se não soubesse que ele não toma banho. Foi engraçado.
Foi legal também a referência ao namoro do Chico Bento e Rosinha, que ficavam horas olhando um para o outro, rindo envergonhados sentados em um tronco de árvore e não falavam nada. A maior parte das vezes a timidez era só do Chico, mas tinham histórias dos dois envergonhados. Aliás, o roteiro da história em si dava tranquilamente para ser do Chico Bento com Rosinha, aí pelo visto roteirista preferiu deixar com Cascão para variar e por terem poucas histórias dele com Cascuda.
Foi curta para uma história de abertura, mas sem deixar de ser divertida. Era normal na época histórias de aberturas curtas de até 5 páginas, as vezes até menos. Provavelmente seria de miolo e acabavam colocando na abertura por falta de uma história mais desenvolvida para fechar o gibi a tempo, tanto que os traços foram típicos de miolo e não os que colocavam nas de abertura. Acontecia mais em gibis quinzenais, mas também aconteceram as vezes em gibis mensais da Mônica e Cebolinha. Isso ajudava também a não terem só histórias da Rosana nas de abertura, já que Rubão e Robson Lacerda costumavam fazer histórias mais curtas enquanto Rosana, as mais desenvolvidas.
Impublicável hoje em dia pelo tema de haver namoro e casamento escondido de crianças, capazes até de fugir de casa para se casarem, sem chance isso atualmente. Implicariam também por ter religião com presença de padre e também com a Dona Lurdinha aparecer só lavando louça na cozinha, já que hoje a ideia de mães como donas-de-casa, com avental e fazendo serviços domésticos não aceitam mais. Hoje, naquela cena, colocariam, então, a Dona Lurdinha trabalhando em home-office com notebook.
Os traços ficaram bons, no estilo de histórias de miolo, com destaque aos personagens em maior parte do tempo com olhos sem fundo branco e só com um risco inclinado nas sobrancelhas, deixando mais fofinhos e demonstrando que estavam mais carinhosos, com afeto e emocionados com mais intensidade. Gostava quando apareciam com olhos assim. Teve erro da Cascuda aparecer sem sujeirinhas no rosto no 3º quadrinho da 2ª página e em dois quadrinhos na última páginas. Na época, Cascuda ainda aparecia com sujeirinhas, a partir de 1990, passaram a deixá-la sem sujeirinhas de forma fixa, com raras exceções, dependendo do desenhista, provavelmente acostumado a desenhá-la com sujeirinhas.
Nunca foi republicada ate hoje, daria para ser por volta de 1998, quando estavam republicando histórias de 1986 dos gibis do Cascão, mas como na época eles estavam correndo com as histórias da Editora Abril por estarem velhas até então e para passarem a republicar histórias só da Globo, acabou essa sendo esquecida em republicação. Com isso, se torna uma história rara, só quem tem a edição original que conhece.
E também por ter temas de religião, nem pensar hoje em dia.
ResponderExcluirBem lembrado. Tanto que nunca mais vi nem Padre Lino nos gibis do Chico Bento.
ExcluirNada, absolutamente nada de interessante pode nos gibis da TM clássica da atualidade, tratam os leitores mirins como se fossem retardados.
ExcluirPoliticamente incorreto nas HQs antigas só nos fez bem, nos deixava mais espertos enquanto crianças, através dele fomos desenvolvendo gradativamente o senso crítico dentro de nossas limitações pueris de até então e nada tinha de apologia às coisas erradas. A ótica binária e literalista de hoje em dia não consegue entender a importância crucial das incorreções nesta categoria de quadrinhos. O politicamente incorreto consegue ser trocentas vezes mais educativo do que o didatismo estático e moralista que a MSP adotou para suas HQs da TM clássica e parece que conseguiu encaretar outrossim a TMJ, que é um segmento que já surgiu sob determinado cerceamento.
Zózimo, é porque eles não querem traumatizar as crianças, aí fazem isso, fora que tudo é ofensivo para esse povo e tem esse cuidado de não ter essas coisas. Com certeza o incorreto é mais educativo porque se aprendia com os erros e não fazer igual aos personagens. Nessa mesmo deu pra aprender através do erro deles de casarem de que não é pra deixarem de serem crianças antes do tempo. Prefiro assim aprender com os erros.
ExcluirMas, por que as incorreções contidas nas antigas histórias da TM não nos traumatizaram? E por que traumatizariam as crianças de hoje em dia? São duas perguntas intrigantes...
ExcluirO que vejo é uma superproteção absurda, tóxica, nociva por parte de pais e educadores e por trás desse conjunto de medidas há uma clara proposta muito, muito elitista de controle por meio de uniformização social, manobra antinatural que vem se impondo de cima para baixo. Há muito dinheiro nisso, há quem financia essa, digamos, "narrativa do (B)bem" já algum tempo, parece papo de conspiracionista, só que não, isso vem se mostrando cada vez mais evidente e, sem injeção de muita, muita grana, não se sustenta por si só, ou seja, viés ideológico não daria conta sem uma retaguarda robu$$$ta.
É por isso de superproteção, acham que as crianças vão ficar traumatizadas, com depressão por terem visto certas coisas nos gibis, outras coisas por viéis políticos ou de lacração, seriam por causa de dinheiro. Pior que esses pais viam o politicamente incorreto nos gibis e gostavam, não se traumatizaram. Ou vai ver que esses que criticam, a minoria, se traumatizaram de fato e não querem que filhos presenciem o mesmo, vai entender.
ExcluirAffe, isso é bem exagerado. O "padre da vila" é uma coisa bem brasileira, é mais cultural que religioso.
ExcluirCissa, muito exagero mesmo, implicam agora com qualquer bobagem.
ExcluirOs convidados assistindo o casal mirim dichavadinho ajoelhado no altar devem ter pensado que eram pajem e daminha propositalmente esculachados, caracterizando o ritual matrimonial como diferente, original, exótico, até mesmo audacioso, com tal simbologia maltrapilha infantil questionando certos valores, propondo quebras de determinados tabus e/ou paradigmas, um casório engajado, com mensagem subliminar ou nas entrelinhas, pelo menos deve ter sido assim que os convidados interpretaram as presenças borradas no altar durante o enforcam... digo, casamento.
ResponderExcluirCaso não quisessem divórcio logo de cara, fico imaginando como seria o enxoval do enxovalhado casal: cama, mesa e banh... bom... no caso, artigos para cama e mesa bastariam...
Os convidados devem ter pensado isso, por isso não questionaram presença do Cascão e Cascuda ali. Enxoval de banho não teria para o Cascão, no máximo alguma coisa para Cascuda já que ela tomava banho, apesar de aparecer sujinha.
ExcluirGarota precavida a Maria Cascuda, teve o cuidado de casar calçada, trouxe os sapatos nos bolsos, já Cascão, não teve o mesmo zelo dentro da Casa do Senhor.
ExcluirZózimo, bem observado na igreja ela ficou calçada, nem reparei, talvez foi um erro de colorização. O normal era ela aparecer calçada, nessa que apareceu descalça.
ExcluirExcluir
É erro de desenhista, o pé direito remete a sapato, aparentando ter meia ou acabamento na parte superior do calçado, sendo uma coisa ou outra está conectada(o) à uma elipse fechada, pois no mesmo quadro o pé direito do Cascão está como uma elipse aberta e a abertura conecta-se à perna, mais precisamente à canela, indicando que está descalço. Colorista apenas deu outra cor aos pés dela devido ao pequenino e, simultaneamente, significativo erro de quem desenhou.
ExcluirNas histórias antigas o normal dos pés da Cascuda é o meio a meio, isto é, em muitas estão calçados e também em muitas estão descalços.
No mesmo quadro há um erro que de fato é de colorista: o branco da estola invadiu a mão do padre.
Tem razão, Zózimo, tem uma elipse como se fosse meia, aí seria erro do desenhista. Mão do padre foi outro erro. E a Cascuda de fato as vezes aparecia descalça, em outras não.
ExcluirNa verdade, Marcos, elipses são os próprios pés, apontei para o pé direito do Cascão para que veja a diferença em relação ao pé direito calçado de Maria Cascuda.
ExcluirCabelo da noiva está visível sob o véu, já no quadro da mão fantasmagórica do vigário e dos sapatos da maltrapilha "noiva mirim-daminha de honra", está totalmente ocultado pelo tecido, o que não parece propriamente um erro, pode ser ou não, como véus anuviam o que cobrem por serem parcialmente transparentes, dá para considerar que o que se vê sob eles, ora com clareza, ora com pouca definição são efeitos de luzes e sombras.
Mesmo assim, chegou a ter uma meia no sapato da Cascuda na cena.
ExcluirE nesse caso não considero erro véu da noiva pelo que você informou.
Este estilo de traços como visual de história de abertura não corresponde ao padrão oitentista da MSP para HQs que abrem edições.
Excluir"Quem é o mais engraçado?" conheço de longuíssima data e faz mais ou menos três anos que me surpreendeu quando descobri que é de abertura de Cebolinha nº114 de 1982, visualmente também destoa do padrão da época em relação à posição que ocupa no gibi. Outra curiosidade são Jeremias e Cascão como protagonistas, apesar de creditada ao Cebolinha que, na condição de plateia dá pitaco para incrementar a disputa dos piadistas. Imagino que tenha essa revista, Marcos.
Não era o padrão pra abertura, mas as vezes iam com visual assim de miolo provavelmente por não terem uma história de abertura mais desenvolvida pra fechar o gibi. Tenho esse gibi Cebolinha 114 e segue esse estilo também, não seria uma de abertura originalmente, pode ainda ver pela capa que não teve referência à história de abertura que era muito comum nos gibis do Cebolinha, normalmente essas eram depois republicadas no miolo de almanaques. E nessa o Cebolinha não foi protagonista, acontecia algumas vezes nos gibis dele, principalmente deixando Cascão como protagonista para pessoal se acostumar com o personagem pra criarem a futura revista do Cascão.
ExcluirVerdade é que quem rouba cena nessa história é Jeremias, divide protagonismo com Cascão, mas, o guri negro é o grande destaque de "Quem é o mais engraçado?". Pelo desfecho, creio que o roteiro é do Rubão. Pelos traços, considerando exigente padrão mauriciano aplicado nos gibis oitentistas, sugere mesmo que foi escolhida de última hora para preencher abertura dessa revistinha do Cebolinha, assim como em Cascão nº103 (Ed.Abril), "Vida de casado" foi escalada para tal posição por conta de algum imprevisto.
ExcluirÉ, Jeremias teve destaque maior. Acredito que essa seja do Rubão. Acontecia de histórias serem escolhidas de última hora e essas duas na certa foram casos assim.
ExcluirOutra curiosidade em Cebolinha nº114 (Ed.Abril) são os "dois Jerês", em "Um passarinho fora do ninho" ele está com pele pintada de nanquim, as duas aparências do personagem estão nessa edição.
ExcluirSim, provavelmente a do passarinho foi feita antes da mudança, devem ter colocado essa de última hora e não deu tempo de alterar as cores. Jeremias perdeu a cor nanquim a partir dos gibis de março de 1982. Mostra que foi um gibi feito as pressas, estavam bem atarefados, meio raro isso em gibis do Cebolinha, mais comum terem pressa nos gibis do Cascão e Chico, que tinham intervalo menor para chegarem nas bancas.
ExcluirVão ter, sim. Abraços
ResponderExcluirOk. Muito obrigado, então, Marcos.
ResponderExcluirEngraçado ter publicado isto a 14 de Junho, porque 13 de Junho, em Portugal, é feriado de Santo António, conhecido como o santo casamenteiro, e muita gente casa-se nos chamados 'Casamentos de Santo António', nesse dia.
ResponderExcluirNo Brasil, Santo Antônio também é, digamos, mega pop, e a difusão do santo em (T)terras (B)brasilis foi uma ação elaborada pelos seus patrícios.
ExcluirPedro, aqui comemora Dia de Santo Antônio dia 13 de junho mas não é feriado, apesar de ser um santo popular. No nordeste tem feriado de São João no dia 24 de junho. Teve um atraso nas postagens, mas intenção inicial era ter publicado dia 13 de junho.por causa de casamento.
ExcluirEu já vi uma historinha bem parecida, onde Cascão inventa de se casar com a Cascuda, e até fala com os pais dele e dela, no caso o pai passa a história toda tentando impedir de alguma forma. Outra bem similar com Chico e Rosinha (parece que é um tema bem repetido...). Eu gostava de umas histórias em que os pais da Cascuda (ou só a mãe) implicava o Cascão ser má inflencia e fazer a Cascuda ser suja também. Cascuda sempre foi mais limpinha e organizadinha, mas ela nunca ligou muito de se sujar também, era uma menina sem frescura!
ResponderExcluir''Implicariam também com a Dona Lurdinha aparecer só lavando louça na cozinha, já que hoje a idéia de mães só como donas-de-casa, com avental e fazendo serviços domésticos não aceitam mais''. Tô para ver algo mais rídiculo, qual é o problema de Lurdinha ser só dona de casa, ou de mostrarem isso nas histórias? Uma mulher pode ser o que ela quiser, seja professora, médica, advogada, ou só dona do lar mesmo! Não vejo ser dona-de-casa como algo rebaixante, porque alguém ainda tem mesmo que fazer, e isso exige realmente exige muito energia e desenvoltura, não é algo mole! (E olha que me considero feminista!)
Tema de casamento era comum nas histórias antigas, lembro dessa do pai da Cascuda tentar impedir casamento do Cascão e Cascuda. Chico e Rosinha tem também as suas, postei uma delas aqui. Eu também gostava dos pais da Cascuda impedir namoro da filha por Cascão ser sujinho, eram engraçadas histórias assim.
ExcluirConcordo que uma bobagem isso das mães não serem donas-de-casa, isso é por causa de movimentos feministas que deram em cima e defendem que mulheres têm que trabalhar fora e não ser só do lar, servindo maridos e filhos. Todas as mães trabalham agora, paranoia tão grande que alteram nos almanaques tirando avental delas, principalmente da Dona Cebola.
Sinceramente, eu acho que muitas coisas que elas defendem são apenas outra forma indireta de sexismo: dizer que uma mulher TEM que ser uma coisa, ou senão será rebaixada e ridicularizada por isso. No caso, hoje em dia a mulher TEM que trabalhar de alguma forma, e a donas de casa são vistas como ''inferiores'' as que trabalham fora. Como se eles não respeitassem a individualidade de cada pessoa. Como se isso a fizesse ''menos mulher'' de alguma forma. Isso parece como machismo internalizado: como você pode se considerar ''feminista'' se você julga ou ridiculariza outras mulheres por escolherem um estilo de vida diferente do imposto?
ExcluirNos quadrinhos, sempre considerei a Mônica uma personagem bastante progressista, considerando que foi criada na década de 60. Ela é baixinha, gorducha, dentuça, mandona, invocada, líder da turma, super forte, e capaz de bater em quem a invoca... Nada que a sociedade espera das meninas no geral. Eu acho que ela estava bem a frente do seu tempo.
Também penso como você, imposição da sociedade, só querem inferiorizar as donas-de-casa. Ridículo. E com certeza a Mônica foi a frente do seu tempo, só o fato de ser dona da rua, valentona, bem decidida, não levar desaforo pra casa já era bem avançado pra época que foi criada. Foi muito bom isso.
ExcluirPois é, sou dono-de-casa(que não é tão comum quanto dona-de-casa, mas também existimos) e não vejo nada de mais.
ExcluirPois é. Como feminista, nunca vi ser dona de casa como um serviço inferior, como algumas mulheres implicam. Exige energia, disposição, resiliência e força mental. Os mesmo para os homens e maridos domésticos, não tem nada de errado.
ExcluirO ideal do feminismo deveria ser mulheres se apoiando, colaborando e se respeitando, independentemente de terem objetivos ou personalidades diferentes. Ninguém deveria ser melhor ou pior por causa disso.
''Então você quer ser astronauta ou uma empresária de sucesso? Beleza irmã, eu te apoio''.
''E você então quer encontrar um homem para casar, ser mãe de seus filhos, e uma casa bonita? Beleza, te apoio também irmã''.
Isso aí, ideal é apoiar a profissão que a mulher quiser nada a ver inferiorizar donas-de-casa.
ExcluirAnos 80 o pessoal já queria casar logo, desde criança. Hoje saiu pesquisa do IBGE mostrando que a população tá envelhecendo, com o povo morando cada vez mais só e não tendo filhos, realidade que, de acordo com reportagem da semana retrasada de uma revista que eu não gosto, a the economist, tem se replicado no mundo todo. O mundo muda.
ResponderExcluirPois é, o reflexo da sociedade atual. Já tinham previsão disso há algum tempo e agora está se concretizando e daqui uns 30 anos a população cada vez mais envelhecida e menos gente no mundo em relação a hoje.
ExcluirAmém, rs
ExcluirAté que eu gostava dos traços assim, eram simples e ficavam engraçados. Eram típicos de histórias de miolo, algumas vezes iam pra abertura caso fossem deslocadas. Difícil saber quem era o arte-finalista, mas fato que ficavam assim por causa da arte-final mesmo.
ResponderExcluirEnquanto infantojuvenil também curti muito estes traços, todavia, paradoxalmente me identifico com comentário do Fabiano, por muitas vezes via este estilo pouco elaborado com reserva, certo desdém, e por outras me conquistava logo de cara. Classifico o visual como de uma simplicidade que beira o simplório, contudo, não cruza tal linha, isto é, embora "inferior" para a média oitentista, não é desprovido de qualidade, foi um estilo de segunda linha bastante requisitado nos 1980 e nos 1990 parece que meio que tomou conta, e aí já não eram um ou dois profissionais que desenhavam assim, imagino no mínimo uns seis.
ResponderExcluirÉ porque eles tinham uma demanda grande de histórias pra desenhar e eram poucos funcionários até nos anos 1990 e eles tinham que simplificar pra agilizar. Claro que tinham desenhos melhores, principalmente nas de abertura, ainda assim sempre gostei desse estilo, arte-final que determinava o acabamento dos desenhos, no caso, a arte-final que era simples.
ResponderExcluirVolta e meia eles se viam na correria... Equipe enxuta especialista em produzir conteúdos de qualidade, até os mais ou menos desses tempos conseguem ser muito bons. Atualmente a MSP é muito maior, financeiramente bem mais abastada, atua em sei lá quantos segmentos, seus personagens são muito mais conhecidos no exterior do que antigamente e nos quadrinhos da TM clássica produz nada de bom, impressionante como que com muito mais envergadura não consegue reproduzir a visceral sintonia de outrora...
ResponderExcluirHistória bastante bonita, obrigado por compartilha-la aqui. Captura bem a inocência da infância. Bem legal ter mostrado esse lado romântico do Cascão, e ter dado um pouco mais de profundidade ao relacionamento dele com a Cascuda. Bem legal a cena dos dois ajoelhados na igreja, recebendo as bênçãos do casamento indiretamente.
ResponderExcluirRealmente uma pena que nunca tenha sido republicada, e provavelmente nunca será, ao menos não enquanto persistir essa ridícula onda do politicamente correto... muito embora esta história não tenha nada de incorreto.
Os traços são bem bons, apesar de simples, e dão de mil a zero nos de hoje.
Disponha. Pois é, deu uma mensagem legal e teve inocência das crianças. Relacionamento do Cascão e Cascuda nunca foi tão verdadeira, mas nessa ficou. Estavam bem fofinhos. Traços muito legais apesar de simples, eu gostava desses desenhos.
ExcluirOs traços são bons, carregam o charme da época, e dão de 1.000 a zero nos traços "tecnológicos" de hoje em dia.
ResponderExcluirMuito se fala nas coisas que progrediram com a tecnologia, e o principal exemplo é a medicina, sem dúvidas, mas tem outras cousas que estão inegavelmente piores apesar (ou, quem sabe, por causa) do avanço tecnológico. Uma coisa que piorou foram os quadrinhos em geral, os filmes, até os jogos de videogame deram uma piorada.
Zózimo, correria sempre tinha, mas sempre tinha qualidade. Hoje desaprenderam a fazer gibis, infelizmente.
ResponderExcluirMago Economista, esses traços eram infinitamente melhores que as atuais, sem comparação. Para os quadrinhos, a tecnologia piorou muito, não funcionou, só ajuda a facilitar trabalho deles, apressar tarefas, mas resultado final horroroso.
ResponderExcluirCoisa que detesto relacionada à tecnologia é quando preciso resolver algo por telefone ou simplesmente ligo para obter informações, tirar dúvidas e sou atendido por robôs, até chegar alguém de carne e osso do outro lado da linha... haja paciência...
ResponderExcluirSim, ser atendido por robô é uma porcaria, e isso é feito para te fazer desistir de ser atendido, principalmente se for uma reclamação. O negócio é insistir até o final, para ser atendido por uma pessoa de verdade, e dar avaliação negativa para o robô ou lançar nas ouvidorias que o robô não funciona a contento, ou algo assim. Uma coisa que também não suporto é cardápio em QR Code. Já fui embora de alguns restaurantes no mesmo instante em que percebi que não tinha cardápio de papel. Pra mim isso é o cúmulo da muquiranagem, e e lugares que só tem QR code me passam uma sensação de decadência e miséria.
ResponderExcluirSe o cliente estiver em casa e para ter acesso ao cardápio recorrer ao recurso, tudo bem, agora, estando em restaurante... aí, é zoado demais. Dessa sovina artimanha eu não sabia, também é o cúmulo da nomofobia, ou seja, temos que respirar tecnologia, não podemos optar por momentos desconectados dela.
ResponderExcluirNinguém merece ser atendido por robô, serviço que tem muito isso é de empresas de celulares e de TV por assinatura. Um saco.
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