segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

Tirinha Nº 91: Chico Bento

Nessa tirinha, em uma aula de Matemática, Professora Marocas pergunta qual é a raiz quadrada de quatro e, então Chico, vai correndo para desenterrar quatro árvores para ver se encontra raízes quadradas nelas. Como ele é burro, não sabe o que se trata raiz quadrada da Matemática, só sabe de raiz de árvore. Chico retratado burro na escola não tem mais atualmente, o que é uma pena porque era muito engraçado. E poderiam implicar também de absurdo de criança cavar árvore sozinha e desmatamento de árvores. 

Tirinha publicada em 'Chico Bento Nº 91' (Ed. Globo, 1990).

33 comentários:

  1. Que coincidência ! essa é o post 91 de tirinhas no blog , enquanto que essa é a edição 91 do chico bento da editora globo .

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    1. Coincidência mesmo porque quando peguei a edição não lembrava que seria a tirinha 91 do Blog.

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  2. Será que hoje em dia seria possível republicar esta tira sem alteração, visto que o texto do balão da (P)professora termina com "de quatro"?
    Indagação me permite concluir que indecência, imoralidade habitam o cerne da patrulha, ou seja, combate a si mesma, esquizofrênico(a)... Freud explica...

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    1. Acho que não implicariam com isso, professores falam assim nas salas de aula até hoje. Seria muita mente poluída se reclamassem disso, um cúmulo, o fundo do poço do politicamente correto. Porém, mostrar um Chico burro assim, absurdo de cavar árvores sozinho e desmatamento podiam implicar e não poderia não ser publicada só por esses motivos.

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    2. Criança burra manuseando uma pá sem auxílio ou supervisão de adulto, expondo raízes das árvores, três características que a patrulha da uniformização desaprova, além de dar trabalho o que Chico faz, aí, seria caracterizado como trabalho infantil. Não implicariam com "de quatro" recortado da fala da Marocas e sim com "quatro" coisas que consideram incorretas. Falando nisto, em Vila Abobrinha dos velhos tempos era (é) comum trabalho infantil.

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    3. Pois é, tanto que não tem mais Chico trabalhando no roçado, pegando inchada, etc, porque é trabalho infantil.

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    4. Chico Bento na labuta... Em HQs antigas, Zé da Roça e Zé Lelé também trabalham, como que labutar fez bem para eles, não eram crianças bobas como são atualmente, proporcionavam muito mais diversão aos leitores do que como residentes de condomínio campestre.

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    5. Sim, o Chico aparecia mais por ser o protagonista do núcleo, mas as vezes apareciam os outros meninos trabalhando na roça. Lembro de tirinhas com Hiro e Zé da Roça trabalhando na roça.

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    6. Sim, claro, outrossim o japinha. Embora não se expresse por meio do caipirês e tenha um visual que a princípio não combina com ancinho, enxada, garfo de agricultor, pá, trabuco, ordenha, tirar água de poço, pescaria, etc, Hiro raiz é tão íntimo desses instrumentos e dessas funções quanto os outros três.

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    7. Pois é, o Hiro é raiz apesar de não se vestir como caipira e ter até boné.

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  3. Vou dizer que nunca considerei o Chico ''burro'', mais como ingênuo e preguiçoso. Quando ele se esforçava na escola, mostrava potencial. Quer dizer, não sei se acho justo chamarmos o Chico de burro quando alguém como o Zé Lelé existe por aí né...

    Mas sem dúvida era mais engraçado assim.

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    1. O Chico tinha dificuldades de aprendizagem, por n conseguir memorizar a materia. Quando conseguia, era um aluno mediano, mas pelo menos n tirava zeros.

      Numa historinha em que um Saci engana o Chico e o faz beber uma pocao que torna os pensamentos solidos, vemos que o Chico conseguiu aprender pelo menos metade da prova, incluindo toda a parte de Matematica e alguma coisa de Historia. Entao, nesse teste, ele teria pelo menos uma nota 5, ou algo assim.

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    2. Definiu muito bem, Fabiano! Também enxergo os dois personagens exatamente como descreves.

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    3. Olá. Boa tarde, Marcos. Eu sou JP, de Salvador-Bahia. Por gentileza, é verdade que no mês de Março do ano de 2023, terão as HQS DE ABERTURA da Mônica 60 anos, nas Revistas Quinzenais da Turminha: Mônica; Cebolinha; Cascão; Magali; Chico Bento e Turma da Mônica, é isto?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    4. Concordo, o Chico não gostava de estudar, ir pra escola cedo, aí tinha desinteresse em aprender e assim mais dificuldade de aprender por escola não ser atrativa pra ele. E o Zé Lelé que era bem mais burro lerdo e ingênuo de fato.

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    5. JP, histórias de abertura das edições N° 27 de março vão ser interligadas sobre aniversário de 60 anos da Mônica.

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    6. Ok. Marcos, por gentileza, você irá comprar as Edições #27 (Edições #197-Terceira Temporada), das Revistas Quinzenais: Mônica; Cebolinha; Cascão; Magali; Chico Bento e Turma da Mônica, por causa dos 60 anos da Mônica ou não?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    7. Ok. Muito obrigado, então, Marcos.

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    8. Acho que para isso que o Zé Lelé existe, para mostrar que Chico ''feio e burro'' é realmente um galâ e um gênio perto dele!

      De fato, acho que esses defeitos do Chico tem mais a ver com falta de vaidade e de interesse pelas coisas. Ele é desleixado e desarrumado, mas certas histórias mostram que, quando se ''endireita'' ou se arruma, parece bem mais lustroso!

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    9. Isabella, também acho, além do Zé Lelé ser mais feio, ainda herdou certas características lerdas que eram exclusivas do Chico e depois Chico passou a ter outro comportamento, só as vezes incorporando características antigas. O Chico se arrumava mais para ir para igreja ou quermesse, de resto, era desleixado, tendo implicâncias da Rosinha por causa disso, na sua fase reclamona.

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    10. Verdade, Isabella, bastava ele se interessar e se aplicar mais.

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  4. Talvez até republicariam, mas não fazer alguma nova semelhante. Chaves também tinha muitas coisas incorretas, que são de admirar aceitar passar na TV nos últimos anos que passava, caso voltar algum dia, não duvido que filtram certas coisas.

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  5. Não achei essa tirinha incorreta! Eu tb sou dos que arriscam dizer que essa tirinha seria perfeitamente republicada.
    Na real é meio difícil dizer o que pode e não pode de fato hoje nas histórias. Algumas coisas são fixamente censuradas, mas outras as vezes podem, as vezes não podem. Parece que nem eles ao certo tem um direcionamento do que é proibido ou não lá dentro.
    A última edição do Cascão por exemplo apareceu um homem morto dentro de um caixão aberto na HQ da turma do Penadinho! Vai entender!

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    1. Talvez republicariam e não criariam uma nova semelhante já que o Chico não é mais retratado assim na escola. De fato, tem coisas incorretas que deixam passar, se bem que não vejo anormal homem dentro de caixão já que eles são mortos, seria pior se fosse um vivo.

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    2. Sim, Marcos, como não somos vítimas da hipersensibilidade acrítica achamos normal (normais) cadáveres em caixões abertos, expostos em histórias deste segmento, afinal, tiras e HQs antigas da TM são assim e decoraram nossas infâncias e adolescências, entretanto, o que Luan salienta é sim um paradoxo dentro do constante didatismo e hiperproteção a que se destinam os gibis atuais da TM clássica, de acordo com a ótica dessa patrulha formada por adultos infantilizados, um tema como morte certamente é muito mais espinhoso para abordar com crianças do que foi conosco enquanto éramos guris, porque atualmente boa parte dos adultos que são mães e pais de filhos crianças não sabe(m) lidar com o tema para consigo mesmos, isto é, a morte os aterroriza muito além do que deveria, o que dirá esperar dessa parcela repassar para suas crianças de maneira sóbria o conceito de finitude humana.
      Também venho reparando há algum tempo o que Luan abordou, parece mesmo não haver um critério claro, definido no tipo de politicamente correto que a MSP adotou para essa categoria ou segmento.

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    3. Entendi, Zózimo, tudo porque eles se preocupam com qualquer bobagem. É, não tem critério definido visto que implicam com coisas banais e outras mais sérias deixam passar. Vai entender.

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    4. Zózimo, o ponto que falei é exatamente isso! Nós não achamos anda demais! Mas sabemos o nível das reclamações hoje em dia. Eu realmente me surpreendi com essa HQ. Eu a li numa página de gibis que sigo no instagram. 90% das histórias lá postadas são antigas, mas vez ou outra o dono posta umas novas. Essa hq do caixão foi vastamente elogiada por todos lá. A maioria dos comentários era o mesmo: "que milagre uma história de 2023 ser realmente engraçada".

      Em resumo a HQ se trata do Zé Coveiro arrumando as roupas de todos os personagens do cemitério (costura o lençol do Penadinho, dá ataduras novas ao Muminho, uma capa nova ao Zé Vampir, etc). Aí no final ele recebe uma ligação de uma mulher o chamando pra jantar, mas quando ele ia recusar por não ter roupa, o Penadinho fala pra esperar e volta com um terno pra ele ir ao encontro. Daí no último quadrinho aparece o homem no caixão (só aparecem os pés e um pedaço do rosto) e a Dona Morte exclamando: cadê a roupa dele?!... Ou seja, o Penadinho roubou a roupa do defunto pra dar ao Zé Coveiro.
      Devo ressaltar que essa HQ foi do André Simas. Sempre reparo nos créditos dos roteiristas, e nesse mar de péssimos roteiristas atuais, esse cara se destaca positivamente. Sempre com histórias de piadinhas ou quando tem lições de moral, são bem leves e naturais.
      Não sei se o Marcos já reparou nesse roteiristas quando compra algum gibi novo, mas ele é um dos melhore em atividade lá atualmente. Tira leite de pedra!

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    5. Cacildes! Então há uma centelha no fim do trevoso túnel?! Que roteiro chique, fiquei curioso com essa HQ, caro Luan. Espero que visualmente também seja palatável... Pela descrição parece que foi extraída de, sei lá, 1983, por exemplo - só para arredondar, quarenta anos atrás...
      "André Simas", interessante, gostei de saber desta informação, valeu mesmo, Luan!

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    6. Luan, nunca reparei nesse roteirista. Eu não sabia do roteiro, só tinha visto imagens ao folhear nas bancas. Pra mim, continuo achando normal, o que me surpreende é saber que existe gente que problematiza história assim. E pelo que vi dos traços, Zózimo, segue o padrão digital feio que estão fazendo, eu não gostei dos traços, aí pra confirmar, só se você folhear a revista nas bancas pra ver se é do seu agrado.

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    7. Vou ver se consigo ter acesso à edição, bons roteiros são importantes para mim assim como a questão visual, traços contam muito, muito mesmo, sendo atrativos são cartões-de-visita(s). De acordo com Luan a HQ em questão encontra-se em Cascão, melhor seria se conseguisse acessar a revistinha em algum sebo, pois nesse tipo de estabelecimento sempre fico bem mais à vontade para, sem compromisso, verificar conteúdos de gibis.
      Falando em problematizar HQs, pessoal, na década de 1950 isso atingiu o ápice em países como EUA, Alemanha Ocidental e outros da esfera do que se entende por nações desenvolvidas. Chegaram a queimar revistas em quadrinhos em praças públicas. Mesmo com a caretice estando em extrema evidência não creio que algo assim volte a acontecer, porque o nível de moralismo desses tempos (50's para trás) supera, e muito, o nível moralista atual.

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    8. Zózimo, a história encontra-se em Cascão Nº 24 da Panini de janeiro de 2023. Ainda pode ser encontrada em bancas nesse momento, difícil estar em sebo por enquanto. Acho que hoje não chega a esse ponto de queimar gibis, mas eles reclamariam muito em comentários na internet.

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    9. Inquisição aos quadrinhos hoje em dia se dá de forma virtual, até que aí consigo valorizar a metade cheia do copo do politicamente correto, pois no modo literal, como foi em meados do século XX, poluía o ar.
      "Nº24", vou ver se consigo folhear a edição em alguma banca de jornais, valeu por informar o número, Marcos, obrigado!

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    10. Sempre reclamam online mesmo. Disponha, Zózimo.

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