segunda-feira, 22 de julho de 2019

Cebolinha Nº 51 - Panini - 2019


Nesse mês de julho a MSP está comemorando 60 anos e, com isso, os gibis do mês de julho de 2019 estão especias com histórias comemorativas com a data. Todos os gibis principais tem algo relacionado aos 60 anos da MSP, menos o do Chico Bento. Então, vou fazer durante esse mês resenha dos gibis que eu comprar e nessa postagem mostro como foi o gibi 'Cebolinha Nº 51'.

A distribuição das revistas seguiu o normal que vem sendo, os gibis dos 5 personagens principais chegaram aqui dia 11 de julho e Turma da Mônica chegou dia 20 de julho. Nas capas, agora tem um selo de 60 anos dos Estúdios Mauricio de Sousa completados nesse mês de julho.

As revistas desde maio estão com a promoção "Fantástica Fábrica de Quadrinhos" em que vem encartadas um cupom em que você cadastra o código no site e se for sorteado vai ter uma visita aos Estúdios da MSP (10 ganhadores) e serão sorteados também 10 caixas com diversas revistas e livros e assinatura de 6 meses dos gibis. Todos os gibis principais, exceto almanaques estão com essa promoção e, com isso, eles vem embalados com plástico para não pegarem o cupom e infelizmente não dá para serem folheados nas bancas para saber como eles estão.

Promoção "Fantástica Fábrica de Quadrinhos"

Um destaque dos gibis "Nº 51" desse mês de julho é que nas contracapas de Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e Turma da Mônica têm propagandas do filme "Laços". Como se  fosse uma capa alternativa, mostram o ator/ atriz que fez o personagem no filme ao lado do personagem em quadrinhos em seus respectivos gibis.  Assim, no gibi da Mônica tem a Mônica do filme com o desenho da personagem Mônica ao lado e por aí vai. Já no gibi Turma da Mônica tem os 4 personagens juntos. Só o gibi do Chico Bento que não teve, pois ele não apareceu no filme e colocaram no lugar propaganda do álbum de figurinhas do filme.

A propaganda da contracapa celebrando o filme "Laços", ou capa alternativa alternativa, como preferir,  ficou assim:

Contracapa da edição celebrando o filem "Laços"

Falando sobre 'Cebolinha Nº 51', custa R$ 7,00, com formato lombada, 84 páginas e com 9 histórias no total, incluindo a tirinha final. Chama a atenção da história de abertura envolver fábula e ainda mais em um gibi dele, já que geralmente colocam fábulas nos gibis da Magali e fugir um pouco dos personagens o tempo inteiro só no bairro do Limoeiro.

Na história de abertura, "O Contador de Histórias", escrita por Carlos Estefan e com 36 páginas no total, Jeremias resolve contar uma história para o Cebolinha, Mônica e Denise para que eles parem de brigar. Jeremias conta o período assombroso que o bairro do Limoeiro passou em uma época que uma terrível força fez com que seus habitantes transformassem em espectros das sombras por eles viverem brigando entre si o tempo inteiro e deixaram de ter qualquer sentimento. Assim, 4 amigos, que são os antepassados dos personagens, vão ter que salvar o vilarejo e fazer o possível de também não serem transformados em espectros das sombras com a ajuda de um guardião contador de histórias, que era uma paródia do Mauricio de Sousa.

Trecho da HQ "O Contador de Histórias"

Achei um roteiro bem interessante, diferente do que vem sendo colocado ultimamente nos gibis. Os traços não ficaram ruins, tiveram uns contornos e ângulos diferentes, apesar de ter tido algumas caretas, mas nada que prejudique na avaliação completa. A capa da edição também ficou muito bonita, melhor capa do mês. Teve também a homenagem aos 60 anos dos Estúdios Mauricio de Sousa, inserindo uma versão da primeira tirinha de 1959 do Bidu e Franjinha em que ele ficava ouvindo um palestrante, junto com várias pessoas e cada um ia saindo até ficar o Franjinha para buscar o Bidu que estava dentro da caixa onde o palestrante estava acima.

Trecho da HQ "O Contador de Histórias"

Outro destaque desse gibi do Cebolinha foi ter uma história do personagem Marcelinho, inspirado no filho caçula do Mauricio de Sousa. Ele estreou em 2015 em tiras na internet, tem mania de ser extremamente certinho, ensinar a turminha economizar coisas, ser  contra o desperdício, a favor da sustentabilidade e atender o politicamente correto. Nos gibis, ele teve participações de figuração em algumas histórias e agora pela primeira vez teve um destaque maior, podendo considerar uma real estreia do personagem nos gibis.

Na história "Um novo parceiro", escrita por Luciana Luppe e com 8 páginas, Cebolinha procura o Marcelinho para ser o novo parceiro dele em seus planos infalíveis contra a Mônica. Só que Marcelinho reclama do desperdício de água e de energia elétrica. Ele até participa do plano, mas procura fazer seus ajustes em contribuição à sustentabilidade do planeta. Mesmo que ele esteja ensinando bons exemplos, mas até que a história não foi ruim. Os traços também foram bons.

Trecho da HQ "Um novo parceiro"

Já o resto do gibi foi como vem sendo atualmente, traços feios de PC e expressões sem vida no estilo copiar/colar com imagens prontas e letras ruins também de PC. Poucas histórias do Cebolinha, foram só 4, incluindo a tirinha final, sendo que na abertura ele nem foi a atenção central. 

Histórias dos secundários foram com a Turma do Penadinho (2, uma com a turma toda e outra com a Dona Morte), Astronauta, Humberto e uma com Nimbus, Do Contra e Marina, que pelo visto quiseram dar destaque nesse gibi aos personagens inspirados nos filhos do Mauricio na vida real, primeiro Marcelinho e agora eles. Curioso na história da Dona Morte de 2 páginas, ela falar "Senhor Cegonha" ao invés de "Dona Cegonha" como eram nos gibis antigos. Na Panini eles fazem isso há algum tempo. E interessante que o Cascão não apareceu em nenhuma história, é raro ele não aparecer em um gibi do Cebolinha.

Termina com a história "Loucuras e Cenourinhas", escrita por João Mendonça e com 6 páginas em que o Louco aparece para o Cebolinha, só que com várias cópias dele, assim como também cópias do próprio Cebolinha. Histórias normal para o padrões atuais do Louco, os traços achei feio, muito copiar/ colar, a gente nota as expressões sem vida e posições tudo iguais dos personagens clonados.

Trecho da HQ "Loucuras e Cenourinhas"

Então, esse gibi foi uma boa surpresa para fugir um pouco da mesmice da turma no bairro do Limoeiro, bom também terem inserindo a tirinha do Bidu de 1959 para comemorar os 60 anos da MSP e também teve a surpresa de uma história de destaque com o Marcelinho, que nunca tinha tido desde que ele estreou. No geral o gibi foi legal. Fica a dica.

9 comentários:

  1. já que você elogiou, me interessei em comprar estes gibis. Quando eu encontrar eles em algum sebo, eu comprarei.

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    1. Ainda estão nas bancas, pode comprar ainda. Sebo as vezes pode não aparecer ou demorar muito, por isso que resolvi comprar em bancas mesmo, apesar dos preços bem caros.

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  2. Fabiano, arte final dele só tem as tirinhas da Mônica e Cascão e um a história de 2 páginas do Cebolinha com o Louco no gibi Turma da Mônica. Até que a arte dele fica parecida com os gibis antigos. Gosto da arte-final do Kazuo Yamassake.

    Eu vi as capas dos gibis de agoto, o da Mônica achei mais interessante.

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  3. Não assina não, por qualidade de histórias não compensa. Sempre vejo gente reclamando que não estão gostando das histórias, que não vai renovar assinatura. Melhor comprar uma ou outra que agrada do que ter vários sem gostar.

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  4. Como assino para meu filho, já pude ler este gibi. Mas não tive paciência de ler tudo, os traços e expressões dos gibis atuais e as histórias com politicamente correto ao extremo não me convencedm. Só mantenho ainda a assinatura porque sai quase de graça pra mim, que uso de um benefício de pontos. Prefiro comprar gibis antigos, ou simplesmente, ler os meus antigos. A descaracterização dos personagens nas revistas novas me incomoda muito. Pra ter uma ideia do absurdo dessas descaracterizacoes, nem me lembro mais quando vi a Magali comendo alguma coisa nos gibis dela. Basta pegar um gibi antigo e comparar: a fome exagerada era o tema principal das histórias, hoje em dia a magali nem sequer fala de comida. A Magali não come, o cebolinha não apanha, a Mônica ficou calma e quase não usa a força e o Cascao parece que toma banho, pois nem citam o mal cheiro dele mais. Perdeu a graça, infelizmente.

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    1. Concordo com tudo que vc falou, por isso nem me animo fazer assinatura. Sem dúvida Cascão e Magali estão piores, é raro de mostrar sujeira e medo de banho com Cascão e Magali comer alguma coisa. Mostrar sua fome exagerada então, nem pensar. No Cascão, aliás, teve a edição 47 que apareceu ele escovando dente tranquilamente. Absurdo. E concordo que tá um exagero de mensagens de lição de moral, notei isso também e é chato o tempo todo assim.

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    2. outro que também mudou muito foi o Chico Bento, não rouba mais goiaba, não apronta mais nas aulas e tira Zero, e muitos outros absurdos. A turma do Penadinho e o Rolo também ficaram mais descaracterizados, tipo o Rolo era um tremendo mulherengo e hoje está mais moderado. A Turma do Penadinho está menos assustadora, antigamente apareciam diabos, pacto, oferendas, etc.

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    3. Realmente, eu tinha esquecido de citar o Chico Bento. Ele, que era um aluno que tinha bastante dificuldade nas provas, demorava para entender as coisas e não era muito de prestar atenção na aula, de repente, virou um aluno exemplar. Ou seja, hoje em dia o Chico Bento, o Hiro e o Ze da roça são tudo a mesma coisa. Todo mundo igual, cheios de inteligência e de discussos recheados de lição de moral, conforme manda o manual do politicamente correto.

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    4. O que menos mudou e ainda mais aceitável é o Cebolinha, mesmo assim ele tem as suas mudanças. Os outros perderam completamente a essência. Cascão, Magali e Chico são os piores hoje. Lamentável.

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