Em fevereiro de 1994, há exatos 30 anos, era lançada a história "Sem irmãozinhos..." em que a Magali deseja ter um irmãozinho para brincar com ela e o Cebolinha vende a sua irmã Maria Cebolinha para ela. Com 11 páginas, foi história de abertura publicada em 'Magali Nº 122' (Ed. Globo, 1994).
Capa de 'Magali Nº 122' (Ed. Globo, 1994) |
Magali vê o Cebolinha com sua irmã Maria Cebolinha e vai correndo para casa. Ela come todos os sanduíches do lanche e pergunta para os pais por que não arranjam um irmãozinho. Seu Carlito responde que têm medo de nascer comilão como ela. Dona Lili tenta consertar que no momento seria difícil sustentar mais um. Magali chora por que queria um irmãozinho para brincar e Seu Carlito fala que por enquanto é para brincar com os amiguinhos mesmo.
Magali diz que se eles não querem arrumar um irmãozinho, ela mesma arruma, mas não sabe como. Ela vê de novo o Cebolinha com a irmã e comenta que deve ser legal ter uma irmãzinha. Cebolinha não acha, só serve para chorarar e chatear. Magali diz que para ela, é uma gracinha e daria tudo para ter uma irmã como ela. Cebolinha, então, propõe vender a Mariazinha por cem Cruzeiros Reais. Magali fala que só tem dez e mais dois chocolates. Cebolinha aceita, vende a irmã e diz que o carrinho vai de brinde.
Magali fica feliz com a Mariazinha como irmã dela, acha que são parecidas e conta para Mônica que a comprou para se divertirem. Mônica diz que é contra a lei comprar bebês e Magali nem liga, acha que Mônica tem inveja por não ter irmão, aí vai para casa e no caminho resolve chamar a Maria Cebolinha de Shirlei.
Em casa, Magali brinca de maquiar a Mariazinha, Dona Lili vê, se assusta e pergunta quem é aquela menina. Magali diz que é sua irmã, eles não quiseram dar um irmãozinho e ela arrumou uma comprando do Cebolinha. Dona Lili manda devolvê-la e Magali não aceita porque pagou dez Cruzeiros Reais e dois chocolates.
Enquanto isso na casa do Cebolinha os pais dele também se assustam o filho vender a irmã por tão pouco. Cebolinha acha uma maravilha agora não ter mais berreiro, nem fraldas para trocar, nem levar para passear. Seu Cebola ordena que o filho vai buscar a Mariazinha de volta, Cebolinha diz que não sabe se a Magali vai deixar porque agora é dela e os pais vão até lá buscá-la. Magali não aceita devolver, agora é irmãzinha dela. Seu Carlito ameaça dar surra nela e Dona Lili diz que tem um plano para dar um jeito de convencer a filha a devolver.
Dona Lili avisa que pode ficar com a "irmãzinha" e para comemorar dá uma papinha para Mariazinha e Magali fica babando porque não foi para ela. Em seguida vai fazer um suco, Magali pensa que é para ela e Dona Lili diz que é para Mariazinha, que precisa se alimentar bem por estar em fase de crescimento. Depois, faz um mingau e pede para Magali dar para o nenê enquanto ela prepara a janta. Na distração da mãe, Magali tenta comer o mingau, Dona Lili a flagra e fala para Magali que agora ela tem uma irmãzinha, tem que ser menos gulosa e aprender a dividir tudo com ela porque agora são duas para alimentar e eles não são ricos e então, nada de exageros.
Magali diz para mãe que acha melhor devolver a Mariazinha. Dona Lili fala que adorou a garotinha. Magali fala que ela tem família, que podem estar com saudade e Dona Lili aceita, se eles a quiserem de volta. Assim, Mariazinha é devolvida, fazendo a alegria dos pais dela, Magali avisa ao Cebolinha que está lhe devendo dois chocolates e o dinheiro. Depois, Magali fala para os pais que não tem pressa de dar um irmãozinho para ela, vai na rua e vê o Dudu recusando comida que a mãe, Dona Cecília, oferecia. No final, Magali pergunta se ele quer seu irmãozinho.
História legal em que a Magali queria um irmão para brincar, Cebolinha vende a sua irmã para ela sem consentimento dos pais e fica a briga para devolver a Maria Cebolinha. A mãe da Magali usa psicologia fazendo a Maria Cebolinha comer no lugar da Magali, que se arrepende e manda devolver à família dela, só que volta a ter desejo de ter um irmão quando vê o Dudu recusando comida que a mãe oferecia.
Cebolinha não gostava de passear com a Maria Cebolinha, achava chata e não queria ter trabalho e foi capaz de vender a própria irmã, não só vendeu, mas também foi por tão pouco, o que foi pior ainda. Mesmo se fosse por cem Cruzeiros Reais, o que ele propôs inicialmente, seria mixaria também. Na verdade, por nenhum preço poderia ser vendida, foi bem cruel só para se livrar da irmã. Vimos que a Magali não aprendeu lição no final, bastou encontrar alguém que não come que voltou a ideia de ter um irmãozinho. Na visão dela, já que o Dudu não come, não precisaria dividir comida com ele e e não daria prejuízo aos pais.
Foi legal a Maria Cebolinha gostar de ficar com a Magali, não ter chorado nem quando a Magali a maquiou. Engraçado também a tirada do Seu Carlito de não ter outro filho com medo de ser comilão como a Magali e Dona Lili tentar contornar sem sucesso, Cebolinha achar natural e bom vender irmã por 2 chocolates e 10 Cruzeiros Reais e Magali querer comer as comidas que eram da Mariazinha.
Como maioria dos personagens não tinham irmãos, gostavam de criar histórias com eles com conflitos com os pais para terem um irmãozinho, eram boas histórias assim. A partir de 1994 passaram a colocar o Cebolinha com mais frequência nas revistas da Magali, seja a confrontando ou criando planos infalíveis contra a Magali, sendo um vilãozinho e rival dela. Antes ele aparecia, mas normalmente junto com a turma e sem rivalidade e Magali contracenava mais só com a Mônica. O que não teve muito foi só o Cascão contracenando com a Magali, foram poucas vezes.
A moeda Cruzeiros Reais já foi atualizada na história, parece que foi a primeira história que a moeda vigente no Brasil até então foi citada. Essa história é incorreta hoje em dia pelo tema de Cebolinha vender a própria irmã para a Magali por ser ilegal e ele nem se arrepender por isso e nem gostar da volta da irmã no final, errado também Magali comer vários sanduíches de uma vez só, maquiagem em bebê, as mães aparecerem de avental para não dar ideia que elas são donas-de-casa sobretudo a Dona Cebola assim de avental na casa da Magali.
Os traços muito bons, típico dos anos 1990. As cores já estavam mais fortes em 1994, tirando de vez os tons pasteis que prevaleceram desde o início da Globo, isso não gostei. A Dona Lili apareceu sem batom em 2 quadrinhos nas 2 primeiras páginas da história, mas acredito que foi proposital para dar humor na cena e, então, não foi erro nesse caso. A capa da revista foi uma piadinha como de costume da época, mas sem querer acabou tendo o tema de bebê da história de abertura. Muito bom relembrar essa história há exatos 30 anos.
Cebolinha revela sua face fria e calculista, desalmado mesmo... Se esta história tivesse mais duas páginas, ou até apenas mais uma, provável que tentasse negociar até sua progenitora... Que filho da p... digo, que filho da mãe!!
ResponderExcluirMagali, mimada como sempre... Nesta, Seu Carlito até ameaça cortar-lhe o barato, mas, não prossegue, dá aquela afrouxada, como já é de costume do casal, que é meio refém das vontades da filha.
Do jeito que foi, Cebolinha seria capaz alegando que ela dá muita bronca, surra, manda levar irmã pra passear, essas coisas. Sem dúvida foi muito desalmado. Dessa vez quase a Magali apanha do pai, escapou de boa. Nunca vi Magali levar palmada dos pais, se levasse não ia agir assim em relação a comida.
ExcluirSe o Cebolinha fosse um personagem da série "Diário de um banana" certamente seria o Greg Heffley (o protagonista). A personalidade é idêntica, pelo menos em boa parte das histórias o Cebolinha só pensa nele próprio e costuma querer sabotar os outros e acaba se dando mal no final.
ExcluirComo assim, João? A personalidade desses dois personagens é idêntica?
ExcluirO Cebolinha é um grande praguinha, sem dúvida, mas não sei se ele chegaria no nível do Greg- esse que chegava ao ponto de quebrar o braço do melhor amigo e não sentir remorso (e isso já no PRIMEIRO livro).
ExcluirVocê adiantou, Marcos... Comentando, respondeu o que eu estava para perguntar... Também nunca vi Magali apanhando da mãe e do pai, já os demais titulares, sem exagero, posso afirmar que cresci vendo isso...
ExcluirAo abrir os gibis, com frequência, me deparava com tais cenas. Volta e meia, um deles se encontrava de bruços, no colo da respectiva mãe ou no do respectivo pai, chorando, gritando por conta das chineladas, das palmadas... Há até gag com o tema, capa de edição setentista de Pelezinho. Até Capitão Feio, não atuando como vilão, e sim como tio comerciante (avicultor, parece) do Cascão, aplica-lhe palmadas nesse bom e velho estilo. Com Chico Bento, então, além de com, ou, pelos pais, já passou por isso com outros adultos, conheço ao menos umas quatro histórias em que esse tipo de reprimenda se aplica a ele por execuções de não parentes.
Acho que a falta disso explica, Magali, às vezes, soar mimadinha, e quando ela se encontra assim, sua autonomia, sua independência como titular, parece(m) diminuir.
Verdade, João. O Cebolinha era um pestinha e nessa fase ele estava aprontando com todo mundo, não só a Mônica. Muitos planos infalíveis contra a Magali e até contra o Cascão, bem articulado e calculado, isso quando não era com todos ao mesmo tempo, só pra tirar proveito deles.
ExcluirZózimo, a Magali nunca apanhou de pai e mãe e a falta da surra ela ficou assim. Os pais faziam tudo que ela queria, sem dar limites. Já os outros apanhavam, muitas vezes de chinelo e cinta e até de outros adultos. Talvez queriam que os pais da Magali agissem assim pra mostrar um diferencial e que existem pais assim na vida real.
ExcluirEgoísmo da Magali, no que diz respeito ao próprio estômago, é perfeito, gosto exatamente assim, incorreta, como a humana que é, contudo, de vez em quando ser punida por tal comportamento é necessário, até mesmo moralmente salutar e, claro, divertido para os leitores que sabem separar ficção de realidade. Maioria das histórias em que se dá mal por conta da gula, são por ações do próprio destino ou pela turma, que de vez em quando fica(m) de saco cheio por filar seus lanches, suas guloseimas e nos piqueniques, comer muito mais que os outros e, às vezes, até ficam a ver navios por ela não ter o hábito de repartir o pão... Questão mesmo são os pais, são quem mais sofrem com característica principal da filha e nada fazem, quase zero no tocante a reprimir para educar, devem ser masoquistas. Ideal seria que, com relativa frequência, lhe aplicassem corretivos, e ela, pela boa e velha lógica, emendaria temporariamente, assim como os demais que, nas HQs antigas e nas tiras de piadas dos velhos tempos, apanham, apanham, apanham dos respectivos pais e até de outros adultos, por conta disso, dão um tempo, não abandonando os bons e velhos vícios.
ExcluirCom a Magali como gula egoísta com os amigos, às vezes ela se dava mal, mas a maioria era se dando bem. A culpa maior era dos pais, sem dúvida, que não a educavam como devem, deixavam passar, até dizer "não" pra ela era raro, deixavam comer tudo que quisessem.
ExcluirMe lembro de ter essa história quando criança- não sei se num almanaque, se já tive o gibi original e perdi. De qualquer forma, essa história não me é estranha, especialmente o final.
ResponderExcluirCebolinha, pivete incorrigível, péssimo irmão mais velho, sem dúvida. Ele chega a parecer mais imaturo que a própria irmã mais nova. Ele quem se deu especialmente mal nessa história, não ficou feliz com o retorno da irmã e seus ''berreiros'', e fico imaginando a coça que ele deve ter recebido offscreen, porque o que ele fez era digno de uma boa surra, ou pelo menos um CASTIGÃO de alguma forma. E ainda precisa pagar a Magali com dinheiro e doce, porque todo o negócio foi invalidado.
No lado bom, ele nunca mais vai ter que cuidar da Maria, os pais provavelmente nunca mais vão confiar nele com a irmã depois disso, é o mínimo.
Eu me indentifiquei um pouco com a Magali, porque quando criança vivia pedindo um irmãozinho. Minha mãe nunca quis me dar, especialmente porque ela já tinha eu e meu irmão mais velho, já não queria passar dos dois. Meu pai até vez vasectomia depois de mim. Depois que cresci, deixei de lado, nhé. Ainda assim, nunca cheguei ao ponto de querer roubar algum bebê ou criança pequena que visse, já sabia que era muito arriscado isso aí. E a idéia de ficar sozinha com uma criança de verdade me assustava, para ser sincera.
E no final, lá vai ela de novo, dessa vez buscando um irmãozinho que não coma, e esse seria perfeito para ela... ela e Dudu já tem uma dinâmica praticamente de irmãos, para ser sincero.
Histórias de Cebolinha com Maria Cebolinha rendém muito, como uma que ele pediu pro Franjinha fazer ela crescer rápido, ela cresceu e ficou praticamente uma segunda Mônica, fez amizade com a mesma e não queria que Cebolinha mexesse mais com ela. Outra onde ele levou ela para um jogo de futebol, deixou o Cascão cuidar dela, e a menina saiu sozinha, deixando Cebolinha no mais puro desespero- na verdade ela sabia se cuidar melhor do que os outros cuidavam dela.
Bela história, bem divertida e com boa resolução. O epítome do politicamente incorreto, passaria longe de republicações hoje em dia, mas ainda podemos resgatar a ''memória dela''. 8/10.
Legal que a leu alguma vez. É boa essa. Cebolinha era terrível, até da irmã não gostava, sempre achou um saco cuidar dela. Não sei se os pais bateram nele por não terem mostrado, mas no mínimo um castigo eles deram e ainda teve que devolver os chocolates e dinheiro da Magali. Jamais repiblicariam hoje mesmo.
ExcluirNormal criança pedir irmão para os pais, mas roubar um bebê não dá pra aceitar. Magali com Dudu dar certo e seriam bons irmãos independente de comida, tanto que ela já foi babá do Dudu e cuidar dele várias vezes. Essas do Cebolinha com a Maria Cebolinha que você citou foram bem divertidas também
Maria Cebolinha nessa história pareceu mais menorzinha que o geral. Normalmente ela parece mais velha e mais desenvolvida, balbuciando uma coisa ou outra como ''Cheboinha'', ''Ma-mã'', etc, ou já tendo pensamento racional, como se tivesse 1 e meio de vida. Aqui só ''dá dá'', sem pensamento, parece ter menos de um ano.
ExcluirAté o desenho dela nessa história parece mais novinha do que o os traços padrão também.
A Magali e o Dudu são quase irmãos mesmo. Gosto da interação deles. Tem uma que a Magali leva o Dudu pro Shopping e ele não quer ficar de mãos dadas com ela porque se acha crescidinho. Aí a Magali explica que se ela não fizer isso, ele pode se perder numa floresta de pernas e o Dudu até aceita. Mas aí quando a Magali vai na praça de alimentação o Dudu obriga ela a segurar a mão dele, aí termina a Magali chorando: "Como vou comer desse jeito?"
ExcluirDudu fala com ar de adulto: "ir pro Shopping com criança chorona é dose!"
Engraçado que eu gostava muito do Cebolinha quando era criança, mas só agora já adulto vejo como ele tem um mal caráter em boa parte das HQs. Parece que ficamos mais analíticos com tudo quando crescemos.
ExcluirIsabella, parece que a forma da Maria Cebolinha agir variava de cada roteirista e como o roteiro se encaixava mais. De fato tinham histórias que ela pronunciava algumas palavras, mas em outras não. Ela oficialmente tinha 2 anos,preferia quando ela agia mais como bebê pequeno.
ExcluirJoão, Magali e Dudu tinham uma interação boa, pareciam irmãos mesmo. Não é a toa que depois o Emerson mudou deixando eles como primos, aí se tornaram parentes mesmo não sendo irmãos Quando se tornamos adultos temos outras interpretações, mas que o Cebolinhaera bem malvado e oerverso, era, principalmentecom a Mônica, já fez de tudo com ela.
ExcluirDe fato dava uma outra personalidade quando a Maria Cebolinha tinha 2 anos. De qualquer forma variava do roteirista em relação a roteiro, nessa se encaixou mais como uma bebê menor. A química entre Magali e Dudu era boa, mas depois que ele passou a ser pestinha demais com todo mundo mudou muito o personagem. Com Cebolinha histórias do Dudu assim se encaixava mais, afora sendo pestinha com Magali não ficava bem, podia pelo menos com a Magali ter mantido a personalidade normal dele. Acho que isso de passarem a serem primos tirou a ideia original que eram vizinhos, por isso não gostei dessa mudança.
ExcluirÁliais, seria uma boa uma postagem sobre a Maria Cebolinha, e suas melhores aparições. Acho que essa personagem e sua trajetória mereceria essa homenagem aqui.
ExcluirEntendo seu posicionamento, especialmente porque você viveu os anos 90 e as primeiras histórias com o personagem, mas novamente digo que não me importo realmente. Eu não ligo realmente de Magali e Dudu serem primos ao invés de vizinhos- de novo, isso quase não faz diferença nas histórias- o erro de verdade para mim é como eles deixaram o Dudu tão praguinha que se tornou insuportável até para a Magali, desvirtuando a dinâmica que eles tinham. Antes eles pareciam mais companheiros, como amigos de verdade, brincavam juntos, depois parecia que eles simplesmente se aturavam, por falta de opção mesmo, ela não gostava da companhia dele, e nem ele dela mais. Para mim, o erro mesmo foi esse.
O mesmo com o Mingau, que ficou chato e arrogante, e muito mais indiferente com a Magali depois de um tempo, sempre entrando em confronto com ela, sem o mesmo afeto de antes.
Verdade, ela é uma personagem muito.legal. Quando der eu faço. O Dudu como praguinha não funcionou com a Magali e concordo que o Mingau ficou diferente também, ficava só brigando com a Magali, perdeu a graça também.
ExcluirQuiçá, pessoal, foi desfecho desta HQ que inspirou o parentesco entre Magali e Dudu.
ExcluirEsse é um detalhe que volta e meia esqueço, acostumei com Dudu dos primórdios. Lá pelo meu terceiro ano de adolescência, quando parei de colecionar gibis da MSP, eles ainda não compartilhavam característica consanguínea, daí, sobre a relação destes personagens, aquela velha máxima foi que acabou se registrando em minha mente, a tal de "primeira impressão é que fica".
Assim, única trama realmente boa de ''Dudu empestiando Magali'' mesmo foi ''Os Micos que a Gente Paga para Ir a Praia'' na minha opinião. Essa sim foi uma história onde essa dinâmica funcionou de fato, rendeu umas situações bem engraçadas. Outras histórias, só aborrecimento... Se saía melhor com Cebolinha nisso.
ExcluirDudu dos anos 90 chegava até a ter ciúmes da Magali algumas vezes, para ver a real proximidade e bom convivio, Dudu dos anos 2000 considera a prima uma bela duma chata e quer manter distância, só é próximo dela por familiaridade e praticamente obrigação. Química deles se tornou antipática e antagônica. Mingau foi meio que pelo mesmo caminho também...
Prefiro personalidade original do Dudu, mimado na dose certa. Passando a endiabrado e deixando a órbita da Magali, mesmo frequentemente interagindo com os demais da turma, ficou menos interessante. Como integrante do núcleo (ou subnúcleo) dela, tem mais a oferecer - poderia ter colocado no pretérito, "tinha", mas, HQs antigas não expiram, ainda que contra vontade da atual MSP, continuam firmes e fortes.
ExcluirO Dudu passou a ser primo da Magali justamente nessa história "Os micos que a gente paga na praia" do Emerson de 2005. Realmente ele a considerava chata e só brigavam. Já o Mingau mais debochado e brigando com a Magali foi o Paulo Back que deixou assim. Ele ficava debochado demais, autoritário, não gostava também. Ambos nos anos 1990 eram melhores.
ExcluirEmerson e Paulo Back, especificamente nos quadrinhos da TM clássica, pois desconheço suas influências em outros segmentos da MSP, são o oposto do (T)toque de Midas, visto que quase tudo que tocaram conseguiram deixar desinteressante, dotados, com perdão da expressão, do "toque de merda", para eles, o consagrado foi uma espécie de empecilho e que deveria ser erradicado e substituído por "elementos da moda": frivolidade, histeria, conflitos gratuitos, estéticas vazias, repetições exaustivas... Eles deveriam ter composto os bastidores do BBB®, o que fizeram com os personagens consagrados tem (ou têm) muito da toada desse tipo de entretenimento televisivo. Junto à militância do politicamente correto, esses profissionais conseguiram substituir o público familiar que historicamente consumiu as HQs e tiras de piadas da Turma da Mônica pelo público estritamente infantil.
ExcluirDesde os primórdios, o público alvo da MSP sempre foi a criançada, só que antigamente a sociedade tratava as crianças sem excesso de proteção, não eram poupadas das dores do mundo e isso se dava de modo mais natural possível, daí se explica várias paradas artísticas do passado, como música, teledramaturgia, comédia, animações, quadrinhos, etc serem tão boas e altamente consumidas atualmente por pessoas de todas as idades. Consagrações são imunes aos ditames das fugazes modinhas, são fenômenos atemporais.
Dos três coadjuvantes da Magali, acho que o único que permaneceu realmente o mesmo foi o Quinzinho. O relacionamento deles deu uma ''amornada'' nas histórias atuais, principalmente por causa do tabu de namoro, mas eles continuam bem simpáticos e ele ainda é o mesmo menino fofo e carinhoso.
ExcluirJá com Dudu e Mingau, interação foi totalmente mudada depois de um tempo.
Concordo com o Zózimo, o Dudu funcionava bem como inerente ao núcleo da Magali, depois quiseram colocá-lo como integrante fixo da turma geral... Lendo histórias atuais, você pode nem imaginar que surgiu acoplado a Magali originalmente. Com o Cebolinha deu certo, era basicamente como um ''segundo Louco'', deixava o moleque a flor da pele, já com outros... simplesmente não tinha o mesmo brilho, ficava mais irritante do que divertido para os leitores. Que ficasse restrito a Magali e o Cebolinha, no máximo. Ainda assim, de alguma forma, o Dudu de 2000 ainda consegue ser melhor do que o de hoje, interagindo só com o chato do Binho, histórias sem graça, totalmente infantis e vazias. Pelo menos com outros personagens, ainda gerava ALGUM conflito, com Binho conflito zero.
Se bem que... depois de um tempo o gibi da Magali virou praticamente um gibi do Dudu mesmo. Lembro de determinada época que ele ocupava metade do gibi, pesavam muito nele. Não só nos gibis da Magali, mas nos outros da turma também. Mingau também passou por um período assim entre 90 e 2000.
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ExcluirAh, só uma correção... Mas o Dudu passou a ser primo da Magali já em 2003, bem antes de ''Os Micos da Praia''. Não lembro bem o número, nem a história no momento infelizmente... mas sei que era mencionado de maneira direta que a mãe dele era irmã do pai dela, algo sim bem explicito mesmo. De novo, não lembro a história exata no momento, mas sei que em 2005 já estava oficializado assim a um tempo considerável.
ExcluirNem sei mesmo se foi o Emerson que surgiu com isso, minha informação é limitada agora... mas seja quem foi realmente, foi com o selo de aprovação do Maurício. Um roteirista não pode simplesmente mudar algo assim sobre um personagem sem a permissão do chefe, autor dos personagens, e presidente da empresa.
Isso aí, Isabella. Dudu surge como antítese da Magali, ou seja, o que aparece na última página de "Sem irmãozinhos" é o pleno exercício de sua característica principal e redondamente servindo como piada de desfecho, pois se topasse ser irmão da esfomeada, não haveria como a mãe dela recorrer à tática que aplicou com Maria Cebola.
ExcluirComo pestinha, deveria ser característica secundária, isto é, devidamente utilizada com Magali e alguns outros, como Cebolinha, que parece que foi principal alvo dessa faceta. Conheço pouco essa fase do Dudu, impressão que tenho é que esse comportamento hiperativo suplantou a falta de apetite, se de fato foi isso, não considero positivo.
Característica original do Dudu é única, não há outro personagem da TM clássica que comunga desse comportamento enjoado, já ser encapetado, embora possa funcionar bem se a característica for devidamente equalizada, não há exclusividade nesse sentido, pois, em relação à Mônica, inúmeras vezes, Cascão e Cebolinha agem como pestes. Chico Bento, Hiro, Zé Lelé e Zé da Roça também cumprem muito bem esse papel em relação ao Nhô Lau e outros donos de pomares.
Assim, na minha opinião, acho que o Quinzinho é quem realmente deveria furar bolha da Magali e fazer amizade com outros. Dentre ele, Dudu e Mingau, sempre achei ele o mais sem-graça, e acho que é justamente essa exclusividade a Magali que o impede. Parando para pensar, ele nunca participou de nenhum plano contra a Mônica, nunca a provocou como os outros meninos, nunca jogou bola com eles... No máximo, os únicos que ele interagia com certa frequência era os próprios Dudu e Mingau, em histórias de ciúmes e competição entre eles, o gato e o pivete enciumados querendo atrapalhar namoro dele e Magali. Mas era só mesmo.
ExcluirTipo, Maria Cascuda surgiu principalmente como namorada do Cascão, mas ainda tem histórias mostrando sua amizade com Mônica, Magali e suas interações com as outras meninas. Ela já tinha uma certa dimensão fora do Cascão. Com o Quinzinho, pessoal da turma sabe da existência dele pela Magali, compra da padaria dele, mas ainda assim nenhuma amizade ou química frequente. Acho que isso o deixa meio limitado e sem personalidade.
Já Dudu e Mingau, realmente eram melhores como eram mesmo.
Dudu virou basicamente o Calvin de ''Calvin e Haroldo'' e o Mingau ficou tipo o ''Garfield'' debochado e malicioso. Só para ter essas comparações mesmo (risos...).
ExcluirSobre atuações de Mingau e Dudu em tramas dos 00's, você as (ou os) conhece bem melhor do que eu, já Calvin & Haroldo e Garfield, posso dizer que os conheço mais ou menos bem, daí, creio que suas comparações procedem, porque és detalhista, esmiúça bem as características dos personagens, você é boa de análise e, consequentemente, boa de analogia.
ExcluirSobre Quinzinho, temos de considerar que é filho de comerciante, e ainda por cima, essa figura paterna conta com mais dois agravantes, sendo que um, é de fábrica: padeiro, ou seja, pega muito cedo no batente, e português (nacionalidade, pátria = fábrica), isto é, os patrícios ou conterrâneos do Seu Quinzão e que são da geração dele, são tudo gente viciada em trampo, viciada em labuta, ou seja, o trabalho vem em primeiro lugar, workaholics à moda antiga. Se Seu Quinzão tomasse conhecimento de que o filho eventualmente teria participado de algo como plano infalível contra a Mônica ou até algo de menor potencial ofensivo como nó(s) nas orelhas do coelhinho ou que escrevesse desaforos sobre ela nos muros do bairro, qualquer coisa nesse sentido por parte de Quinzinho, o pai interpretaria como vadiagem, uma notícia assim para o coroa seria como se o filho cometesse heresia, seria blasfêmia contra a "(S)santíssima (T)trindade" conhecida pelo patriarca como "família-trabalho-escola", pois essa é a doutrina familiar da qual o gordinho está inserido e, consequentemente, sua rotina é trabalho-escola, escola-trabalho, trabalho-escola... e missas aos domingos, ou sábados, ou, quem sabe, nesses dois dias, duas vezes por semana. Namoro é permitido, tanto que é aí que Magali se insere, só que está na cara que isso não é prioridade do ponto de vista do padeirão, não só por ela, devido à gula, naturalmente ir contra os objetivos dele, dado que é comerciante e até mesmo um micro-industrial (ou microindustrial), vende o que produz e não curte ficar no prejuízo, e é assim que o luso vê Magali, como alguém que pode levá-lo à falência. Contudo, voltando ao tema namoro, pelo jeitão focado desse pai, independente de quem seja namorada do garoto, muito provavelmente ele enxerga essa questão como algo secundário, até por Quinzinho ser criança.
Já imaginaram Quinzinho usando bermudão? Ainda bem que, por conta da austeridade, ficou livre dessa modinha infame...
Não tenho essa edição... e nem lembro de ter visto essa hq antes rs
ResponderExcluirPena, foi uma edição legal, tomara que consiga encontrar.
ExcluirEu adoro essas cores mais fortes, combinam bem com os traços mais expressivos e 'cartoonescos'.
ResponderExcluirEsta história era outra que eu tinha na minha infância. Bom recordar, como sempre.
Legal que você tinha essa. Acho que como eu estava acostumado a cores mais fracas, estranhava quando eram cores mais fortes, dava impressão que era outra forma de pintura assim.
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