terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Cascão e Chico Bento Nº 800

As revistas do Cascão e Chico Bento atingem a marca histórica de 800 edições lançadas no Brasil neste mês de fevereiro de 2024 e nessa postagem mostro como foram essas edições que estão nas bancas.

Os dois títulos foram lançados em agosto de 1982 na Editora Abril como quinzenais de 36 páginas cada um até nas suas edições "Nº 421" da Editora Globo, em fevereiro de 2003, quando suas edições "Nº 422", de março de 2023 passaram a ser mensais com 68 páginas, e desde janeiro de 2023, a partir das edições "Nº 23" da trrceira série da Editora Panini, voltaram a ser quinzenais, agora com 52 páginas cada um. Como suas revistas sempre tiveram mesmas numerações, Cascão e Chico Bento sempre comemoram juntos numerações redondas como essas do N° 800.

Verdadeiras Cascão Nº 100 Até N° 800
[CC #100 (A-1986), #86 (G-1990), #186 (G-1994), #286 (G-1997), #386 (G-2001), #19 (P-2008), #19 (P-2016, #49 (P-2024)]

Eles levaram 42 anos para atingir essa marca de 800 edições, juntando as 3 editoras, sendo 114 gibis da Ed. Abril, 467 da Ed. Globo, 100 da Panini (1ª série) e 70 da Panini (2ª série) e 49 da Panini (3ª série). E foram os primeiros títulos principais da MSP a chegarem a 800 edições, já que os da Mônica, Cebolinha e Magali ainda estão nas casas de 600 edições. Mesmo que foram lançados depois de Mônica e Cebolinha, mas como foram quinzenais por muito tempo enquanto estes foram mensais, ajudaram a conseguirem a marca histórica primeiro.

Verdadeira Chico Bento Nº 100 Até N° 800
[CHB #100 (A-1986), #86 (G-1990), #186 (G-1994), #286 (G-1998), #386 (G-2001), #19 (P-2008), #19 (P-2016, #49 (P-2024)]

Falando sobre as edições, que são as de "Nº 49" da terceira série da Panini, em relação à distribuição, chegaram aqui dia 15 de fevereiro de 2024. Seguem o estilo atual quinzenais de 52 páginas, formato canoa, 8 páginas de passatempos e 1 página de seção de correspondências e cada um custando RS 6,90. Tirando capas, contracapas, propagandas, passatempos e seção de correspondências, ficam 35 páginas com histórias cada um. 

As capas com logotipo em HD e com alusão à história de abertura com extensão na contracapa para justificar preço, código de barras, QR Code e selos não aparecerem na capa principal. Em ambos, abrem direto com as histórias, sem ter um frontispício comemorativo na página 3. Só histde abertura foram comemorativas, as demais todas normais. 

A seguir, comento individualmente cada uma dessas edições:

CASCÃO

A revista teve 5 histórias, incluindo a tirinha final. A história de abertura é comemorativa com o título "800 é pra ficar na história", com 20 páginas e escrita por Edson Itaborahy. Nela, Titi e Jeremias desejam gravar a rotina do Cascão para o reality show "Um dia na vida do Cascão" para o trabalho escolar e comemorarem as 800 edições dele, só que veem que a rotina é fraca, nada de interessante acontece, até quando surgem os vilões da S.U.J.O.C.A. para darem banho no Cascão.

Ficou bem simples a trama, tudo bem corrido para não deixar história grande já que gibi é quinzenal e com menos páginas e não dá pra ter histórias muito longas. Não teve referências a histórias passadas como costumam ser histórias comemorativas de números redondos de revistas, apenas focada na gravação do reality show, vilões querendo dar banho no Cascão e a expectativa das 800 edições. 

É de de estranhar o Capitão Feio querer dar banho no Cascão, mas como faz parte da S.U.J.O.C.A. que reúnem os vilões com objetivo de dar banho no Cascão, o Capitão Feio teve que participar. Na verdade, o Capitão Feio anda bem diferente atualmente, não tem planos para sujar o mundo, os seus monstrinhos se preocupam em limpar o esgoto, descaracterizaram demais. Dessa vez não apareceu o vilão Cabeça de Balde na S.U.J.O.C.A. nem o Doutor Span, apenas Capitão Feio, Doutor Olimpo, Cremilda e Clotide e Cúmulos.

Curioso Cascão bater de frente no muro e não ficar nem de olho roxo já que agora os personagens não podem aparecer machucados e surrados para não traumatizarem ou dar pena nas crianças. Os traços ficaram medianos para os padrões atuais, mas não deixam de serem digitais com muito "copiar/colar". E ainda teve um erro da Dona Lurdinha falar de boca fechada na 3ª página da história e fora Dona Lurdinha e as irmãs Cremilda e Clotilde, ora aparecerem com batom na boca, ora, sem.


Em seguida vem a Turma do Penadinho com a história "A forma da poça d'água", com 7 páginas, em que os personagens tentam conversar como foram parar no cemitério, contando tudo que eles próprios já tinham contado várias vezes, até quando eles querem saber como o Monstrengo do Pântano foi parar no cemitério. As formas de irem para o cemitério foram diferentes de outras vezes já contadas em outros gibis já que nunca teve cronologia na MSP, cada roteirista mostra como deseja. Os traços horrorosos, completamente digitais e as letras também digitais deixam mais decadentes ainda.

Depois vem Rolo com a história "Relógio inteligente", de 4 páginas, em que ele fica animado para mostrar para Tina o seu relógio esportivo para fazer corrida. A história de encerramento foi "Qual é o plano?", com 3 páginas, em que a Dona Lurdinha manda o Cascão arrumar o quarto dele e pede ajuda do Cebolinha. Tema bem batido, sempre tem histórias assim com Cascão e Cebolinha arrumando quarto. Traços bem feios também nessa. E termina com a tirinha.


CHICO BENTO

Foram 7 histórias, incluindo a tirinha final. A história de abertura é comemorativa com o título "Deste número não dá para esquecer", com 15 páginas e escrita por Edson Itaborahy. Nela, Chico Bento fica feliz que sua revista chegou ao "Nº 800" e como ninguém se lembrava da data comemorativa, resolve fazer um passeio na roça com o seu porco Torresmo.

Assim como em 'Cascão', também não teve referências a histórias antigas e trajetória da revista, o foco ficou na trama de ninguém lembrar da data especial, Chico ficar triste por terem esquecidos e o passeio com o Torresmo.  Foi tudo bem corrido, sem grandes diálogos para dar espaço a outras histórias na revista. Tema também bem repetido e previsível nas revistas, principalmente em histórias de aniversários.

Traços feios que davam para caprichar mais. Por causa do politicamente correto, vimos que agora procuram colocar personagens nadando com boia, nadadeira e óculos de nadopara não se afogarem. Antigamente, eles nadavam pelados mesmo ou no máximo com uma sunga ou bermuda.

Depois vem "Mais chuva na roça", com 3 páginas, em que o Chico Bento conta como é um dia de chuva na roça e como faz mudar a rotina deles. Ficou com uma espécie de remake da clássica "Chuva na Roça" de 'Chico Bento Nº 10' (Ed. Abril, 1982), só que mais resumida e sem nem 1% dos traços lindos que foram na história da Editora Abril, pelo contrário, traços horrorosos nessa. Depois tem "O poder da mente", com 3 páginas, em que o Zé Lelé deseja chocar um ovo de galinha só com a força da mente dele. Traços bem decadentes também nessa.

Depois vem uma tirinha com Chico e Zé Lelé na escola, com detalhe do Zé Lelé aparecer com o mesmo desenho nos 2 primeiros quadrinhos com tradicional estilo "copiar/colar" e sem seguida vem Turma da Mata com a história "Coelhinho por um dia", com 8 páginas, em que a Dona Cotia deixa seu filho na casa da Dona Coelha cuidar enquanto vai entregar uma roupa para o Rei Leonino. Como Dona Coelha tinha que ir ao mercado, faz com que o filho da Cutia fingir que é um coelho para sair junto com seus filhos porque ele era mimado e não queria ir. 

A única com traços bons na edição, só quando tem arte-final do Kazuo Yamassake que os traços ficam melhores. E a mudança na Turma da Mata em relação aos filhos do Coelho Caolho e Dona Coelha que agora colocam lacinhos nas orelhas da coelhinhas para diferenciar quem é coelho e quem é coelha. Antes desenhavam todos os filhos do mesmo jeito, independente se eram machos ou fêmeas. 

História de encerramento foi "A mesma coisa", com 4 páginas, em que o Chico interage com a sua turma em várias situações cotidianas para mostrar uma analogia com as curtidas de redes sociais na internet. Nessa teve presença da Tábata, amiga negra da Rosinha que passou a fazer parte da Turma do Chico Bento, mas que andava sumida por um tempo e agora voltou, mesmo sendo só uma participação. Criada para ser tipo uma Milena rural e passar a ter criança negra fixa na Turma do Chico Bento, o que não tinha. Devem colocar a Tábata aos poucos quando podem, e devem ainda procurarum jeito de não ser só uma nova Milena de Vila Abobrinha. Traços bem feios também nessa história. E revista termina com a tirinha.

Expedientes finais confirmam que são as edições 800. Bem curioso que ainda mostram que são revistas mensais, já podiam ter mudado que são quinzenais. 

Como podem ver, foram edições comemorativas simples, nada de grandioso e tão especiais, apenas o suficiente para dizer que a marca histórica de 800 edições não passou em branco, que lembraram. Quem tinha esperança que seria comemoração grandiosa, não vai gostar. As revistas seguem o estilo tradicional com histórias sem conflitos, voltadas ao politicamente correto, pouco humor, muitos temas repetidos, diálogos pequenos, apropriados de fato para crianças pequenas ou em alfabetização, fazendo jus a gibis infantis. Pelo menos nesses dois gibis não tiveram dessa vez grande foco ao lado educativo e ensinarem lições de moral, mas tiveram. Os traços e letras digitais decadentes desanimam ainda. Vale para quem quer ter edições N° 800 na coleção. Comprei só essas, aí não tem resenha das outras edições "Nº 49".  Fica a dica.

52 comentários:

  1. Das centésimas às quingentésimas, que são pelas editoras em que os quadrinhos da MSP deste segmento de fato prestam, tive apenas as de nº86, Chico Bento, adquiri nova, Cascão, em algum sebo da vida.
    Das revistinhas de 1986, que são as que mais me interessam, lembro da do Cascão cumprindo período nas bancas de jornais e revistas, na época, já colecionava gibis da TM e não consegui obtê-los, nem posteriormente, quando passei explorar os sebos.

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    1. É, as da Abril e Globo que prestaram, as outras só ladeira abaixo. Pena que as edições Nº 100 da Abril não tiveram histórias comemorativas, diferenciais foram brindes de quebra-cabeça nas duas edições. Chico ainda teve uma capa comemorativa, a do Cascão foi normal até na capa. Ainda assim, conteúdos das histórias das #100 infinitamente melhores que as dessas #800.

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    2. Sobre as centésimas de Cascão e Chico Bento da Editora Abril, poderiam ter optado por tramas comemorativas, aliás, ficaria interessante se abordassem o tema em HQs de encerramento(s).
      Chico Bento aborda pela capa, assim como Mônica, seu primeiro gibi com a marca não contém algo a respeito, pelo menos não na de abertura, e não estou considerando publicidade ou propaganda nesse sentido que possa ser parte desse número, não conheço integralmente o conteúdo dessa edição, talvez haja pelo menos um tabloide focando na comemoração, e essa dúvida, conto com sua gentileza para esclarecer, Marcos.
      Enfim, nos quadrinhos da MSP das antigas, falta de padrão em determinados temas passa léguas e léguas de distância da desarmonia, funcionou muito bem assim.

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  2. Olá. Boa tarde, Marcos. Eu sou JP, de Salvador-Bahia. Por gentileza, uma pergunta: é verdade, que, no ano de 2024, a Magali irá completar 60 anos, e, ela terá uma Edição Comemorativa, e, um Livro Comemorativo, falando sobre os 60 anos de existência dela, ou, não?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    1. Nada confirmado se vão ter edição comemorativa e livro de capa dura comemorando os 60 anos da Magali. Acho que se tiver, vai ser só edição quinzenal dela e olhe lá. Abraços.

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    2. Ok. Marcos, por gentileza, uma pergunta: é verdade, que, a Tina irá completar 60 anos, neste ano de 2024, também, ou, não?. Por gentileza, é verdade, que, a Tina terá uma Edição Comemorativa, e, um Livro, falando sobre os 60 anos dela, neste ano de 2024, também, ou, não?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    3. Não é verdade. Tina só completa 60 anos em 2030, já que foi criada em 1970. Se teve nada de especial quando ela completou 50 anos em 2020, difícil ter algo comemorativo quando chegar aos 60 anos.

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    4. Ok. Muito obrigado, então, Marcos.

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    5. Na verdade Magali já completou 60 anos! sua estreia foi em 11/01/1964, numa tira do Cebolinha, mas a MSP considera o dia 10 de Maio como o aniversário da comilona. Se Cascão e Chico Bento não tiveram livros de 60 anos, provavelmente Magali também não terá.

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    6. Sim, Rodrigo. Oficialmente é 11 de janeiro o lançamento da Magali, mas caso haja comemoração nos gibis, seria na edição de maio de aniversário da personagem. Ainda assim acho que vai ter nada de especial, nem livro nem história no gibi dela.

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  3. Eu sabia que as revistas estavam fracas, mas nesse ponto, não! pra mim, (talvez só pra mim mesmo) a história de abertura do Cascão n700 é bem melhor do que essas parecem ser, tem pelo menos referências a tira de estreia do Cascão, a primeira história dele no gibi da Mônica, e as primeiras edições da Abril e da Panini. 800 é um número histórico, que eu acho que, nas revistas em quadrinhos no Brasil, só as revistas Pato Donald, Zé Carioca e Mickey alcançaram. (me corrijam se tiver outra revista em quadrinhos no Brasil que passou das 800 edições) As revistas do Cascão e Chico Bento mereciam muito mais, até por que são as primeiras revistas da MSP que chegaram a esse número. A do Chico até dá pra perdoar, por que já tiveram muitas referências na edição 5 comemorativa de 60 anos do personagem, mas a do Cascão não dá. acho que deveriam deixar esses roteiros nas mãos do Flávio Teixeira de Jesus, ele sabe mexer com edições comemorativas muito bem na minha visão, as histórias do Edson Itaborahy são MUITO sem sal. a próxima edição comemorativa desse tipo será em Julho de 2025, se acertei nas contas, com Mônica n700, espero que seja feita pelo Flávio, ou então pelo Paulo Back.

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    1. No Brasil, Rodrigo, Zé Carioca e Pato Donald foram muito além do nº800, ambos encerrados em meados de 2018 com números acima de 2440, entretanto, há uma considerável esquisitice envolvendo esses títulos editados pela Abril, vamos lá:
      Pato Donald foi lançado em meados de 1950 e o papagaio, bem depois, janeiro ou fevereiro de 1961. Questão é que o primeiro número de Zé Carioca é 479, ao passo que o pato não teve esse número e nenhum outro conseguinte ímpar por mais ou menos vinte e quatro anos e durante esse extenso período o mesmo valeu para o Zé em relação aos números pares, privado de centenas e milhares pares por todo esse tempo, veja que tosco. Isso só foi ter fim em sei lá que mês de 1985. Títulos com numerações conjugadas são um negócio muito estranho. No quesito numérico, Pato Donald e Zé Carioca foram interdependentes por longo período e essa relação, pelo menos aparentemente, faz sentido algum.

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    2. Rodrigo, a edição 700 do Cascão foi um pouco melhor comparada a essa 800. Talvez quisessem sair da mesmice de ter referências de histórias antigas nessas edições de números redondos. Ainda assim dava pra caprichar mais, tipo ser ambiente em uma festa, algo assim. Com o Flávio e o Paulo Back costumam ficar melhores histórias comemorativas assim. Com certeza com Mônica 700 será algo grandioso, com Mônica tem todas as comemorações possíveis, com os outros, quando tem, fazem só por obrigação.

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    3. Zózimo, era ruim isso de revezar mesmo título com 2 personagens. Vi aqui que Zé Carioca teve 1332 revistas e Pato Donald, 1845 revistas na EditoraAbril. Zé Carioca teve sua revista 800 na edição 1914 de 1991 e o Pato Donald N° 800 representa a edição 1122 de 1973. De qualquer forma, ambos tiveram mais de 800 edições e Pato Donald ainda tem mais com a Culturama, ninguém tira esse título dele de mais revistas produzidas no Brasil.

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    4. Na verdade, Marcos, sei lá, pelo menos interpreto assim, Zé Carioca e Pato Donald são títulos numericamente entrelaçados, não consigo vê-los como sendo um só por conta dessa esquisitice que perdurou por mais de duas décadas, mas, posso estar equivocado.
      Era só o título do papagaio ter começado a partir do nº1 e com direito a todos os números pares. O que digo é tão óbvio, mas preferiram complicar. Deve existir alguma explicação que justifique isso, algo que seja bem à moda de bastidor editorial, isto é, nada fácil de entender.

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    5. Sim, Zózimo, o ideal era isso de Zé Carioca ter começado do N° 1, teria menos confusão. Era uma espécie que a revista dele era um complemento de Pato Donald, só sei que ficou ruim e pior que comemorações como revistas N° 1000, 2000 não era o que realmente estava de fato e as verdadeiras ficam esquecidas. Foi uma bola fora da Editora.

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    6. Se não levarmos em conta isso de dividir numeração, Pato Donald acabou na Abril com 1845 edições e Zé Carioca com 1332. Se considerar a fase de numeração dividida, o Pato teve 2481 edições e o Papagaio 2446, a número 800 foi lançada em 7 de Março de 1967, SIM! A REVISTA FOI LANÇADA EM 1950 E EM 1967 JÁ TEM O N800!
      ENQUANTO CASCÃO E CHICO FORAM LANÇADOS EM 1982 E SÓ (''só'', porque Mônica é de 1970 e ainda nem chegou na n700)CHEGARAM NO N800 AGORA! Claro que é porque a revista do Donald foi semanal durante uns bons anos, assim como Cascão e Chico eram quinzenais e Mônica era mensal, mas ainda assim é de surpreender chegar num número tão alto em 16 anos e meio.

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    7. O Paulo simplesmente tem um acervo de tiras dos dez ajustados! ou ele ou o Flávio são os caras perfeitos para fazer Mônica 700!

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    8. Sim, Rodrigo, o fato das revistas serem semanais ajudaram muito em aumentar quantidade de gibis do Pato Donald e Zé Carioca. O mesmo vale pra Cascão e Chico Bento por serem quinzenais maior parte do tempo passando número de gibis da Mônica lançados antes. Ainda assim ela ter quase 700 edições já é um marco e tanto.

      Acho que Mônica 700 seja o Flávio que faça por conta do Paulo Back ter feito a 600. Concordo que só eles deviam ficar encarregados em histórias especiais de números redondos ou especiais de qualquer tipo.

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    9. E o mais louco é que (Pela conta que eu fiz), se a revista Pato Donald nunca deixasse de ser mensal, se fosse só mensal de Julho de 1950 até Julho de 2018 (Na verdade a última edição pela Abril saiu em Junho de 2018, mas naquele mês lançaram 2 edições de cada título Disney, a penúltima e a última, porque as últimas edições de cada título deviam sair em Julho, mas como o contrato com a Abril iria se encerrar naquele mesmo mês, e as revistas que iriam ser lançadas em Julho já estavam impressas, lançaram logo em Junho, mas eu coloquei Julho na conta pra facilitar.), a revista teria ''apenas'' 816 EDIÇÕES!!! É pouco comparando com as numerações que a revista alcançou porque sempre mudava a periodicidade, começou mensal,depois virou semanal, depois quinzenal, depois mensal de novo, quinzenal, semanal, quinzenal e por fim, mensal. Esses altos números também se devem ao longo tempo que levou dividindo a numeração com Zé Carioca, mas essas edições eu prefiro chamar de ''Edições do Pato Donald que por algum motivo saíram com o nome do Zé'' já que o coitado do papagaio quase nem aparecia nessas edições que saíam com seu nome, pois é, vai entender o pessoal de antigamente...

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    10. Pato Donald teve muitos números mais por isso de muito tempo ser quinzenal e semanal, contando só os meses seriam isso mesmo, bem pouco, porém ainda mais números que a Mônica por ele ter 20 anos a mais de gibis circulando comparando com a Mônica. Era muito louco mesmo Zé Carioca ter gibi quase sem aparecer, que esperassem mais pra criar um gibi dele quando tivessem mais histórias produzidas dele e também acho que teria que ser numeração independente desde o início. Tudo complica pra quem coleciona.

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    11. Teve uma época que nas edições do Pato que saíam com o nome do Zé, por falta de histórias do papagaio, já que lá fora, pouquíssimas histórias dele foram produzidas, começaram, além de não colocarem histórias do Zé nas edições, começaram a fazer a tal da ''Zé fraude'' como muitos chamam, que é simplesmente pegar histórias do Donald e do Mickey, apagar os personagens principais e desenhar no lugar o Zé e sua turma, por exemplo, se tem uma HQ com o Donald e a Margarida, apagam eles e desenham o Zé e a Rosinha no lugar, por isso que criaram os sobrinhos Zico e Zeca, para substituir Huguinho, Zezinho e Luisinho, mas tinha vezes que era ainda pior! Em alguns casos, só tiravam o personagem principal, colocava o Zé e o resto era tudo igual, por isso chegamos a ver o Pateta sendo o melhor amigo do Zé onde originalmente era o Mickey, e além disso, com essas mudanças, o Zé fazia coisas que não correspondem a sua personalidade (Ou seja, a Turma da Mônica atual é uma ''Turma fraude'' pois não tem quase nada da personalidade original dos personagens nas histórias). Depois é que começou a produção brasileira de quadrinhos Disney, com HQS feitas especialmente para o Zé e assim foram criados Pedrão, Afonsinho e toda a turma. Pois é, hoje nós reclamamos (Com razão) das alterações nos almanaques da Turma, sendo que já tivemos coisas mais bizarras, mas em uma época que internet nem sonhava em existir, ninguém sabia dessas mudanças e curtiam as revistas mesmo assim.

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    12. Interessante, não sabia dessa. Foi bem bizarro então ver personagens contracenando que nem são do mesmo núcleo. Muito estranho Zé Carioca junto com Pateta como melhores amigos. Por outro lado, até que foi um material bem feito em relação a desenhos de não terem percebido as alterações nos desenhos e ainda achar que ficaram bons.

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    13. Procura no youtube e na internet que você talvez possa ver alguns exemplos de ''Zé fraude'', tem um canal que se chama ''Calisota'' que só fala de Disney e ele fez um vídeo sobre isso.

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    14. E pior que até algumas capas tiveram essas mudanças, e olha que uma delas saiu na revista do Donald n446 EM UMA EDIÇÃO COM O NOME DO DONALD! mas até que dá pra perdoar, pois a revista só passou a ter edições com o nome do Zé a partir do n479, mas mesmo assim é esquisito, pois a capa original era com o Donald, e se não tinham as edições com o nome do Zé, por que trocaram um pelo outro?

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    15. E eu chamo as primeiras edições do Zé de ''Edições do Pato que saíram com o nome do Zé'' porque pelo visto, a própria Editora Abril considerava assim, pois se você pesquisar sobre essas edições, verá que no rodapé das páginas, o número das páginas era indicado como ''O Pato Donald n573 - 3'' por exemplo.

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    16. Aliás, não entendo por que até 1979, eles chamavam a revista de ''O Pato Donald'' ao invés de simplesmente ''Pato Donald''.

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    17. Vou olhar depois. Vi a capa de Pato Donald 446, não teve sentido mesmo trocar o Donald pelo Zé se a revista era dele, pode ser que queria que o pessoal se acostumasse com o Zé Carioca por terem planos de criarem revista dele. Já a ilustração, nunca saberia que era o Donald originalmente e que tinham trocado pelo Zé, foi bem desenhada que não dá pra perceber alteração. As primeiras revistas do Zé sempre foram consideradas como um complemento do Pato Donald, sempre soube dessa intenção, do tipo ter Pato Donald 573-A e 573-B, por exemplo. Acho que era uma forma de colocarem revistas nos anos 1950 com artigo antes dos nomes dos personagens e mantiveram assim por um bom tempo, até quando resolveram mudar o logotipo.

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    18. Mas só agora fui me tocar de uma coisa, acho que colocaram as edições ímpares do Donald com o nome do Zé por causa do seguinte: como dito anteriormente, a revista do Donald era semanal, e você sabe que principalmente naquela época (começo dos anos 60), era muito difícil. Mas a Abril queria publicar o Zé Carioca por ser muito ligado ao Brasil, então pensa só ter que fazer uma revista de 32 páginas que era a ''O Pato Donald'', comprar histórias de fora (que devia ser caro), traduzir, editar, em uma época que não existia google tradutor, nem programas de edição, em um prazo de tempo de apenas 7 dias, e ainda ter que fazer de novo tudo isso na revista do Mickey, que era mensal, tinha 52 páginas e ainda ter que criar um novo título INDEPENDENTE, e continuar com toda a rotina, em uma época que a editora Abril nem estava perto de ser aquela editora Abril que muitos aqui lembram, pois era provavelmente uma equipe pequena. Daria muito trabalho, ainda mais naquela época, então pra não ter que criar um novo título, dobrar o trabalho e ainda poder ''publicar o Zé Carioca'', eles fizeram isso.

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    19. Faz sentido, seria uma possibilidade isso já que seria mais trabalhoso com título independente.

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    20. Tanto é que Zé Carioca só foi ser um título independente do Pato Donald em 1985, quando a Abril já era muito maior e muito mais consolidada, pois além de já estar publicando a Turma da Mônica há 15 anos, que aliás, se mudariam para a Editora Globo 2 anos depois, a Abril também já tinha publicado: O Pica-Pau (olha o ''o'' antes do nome do personagem aí de novo!) Luluzinha e Bolinha, Looney Tunes, Marvel, Hanna-Barbera, o Gordo e o Magro, Os Smurfs, enfim, já era a Editora Abril mesmo! Mas eu acho que só fizeram essa mudança porque a revista Pato Donald, na edição 1751, mudou totalmente de formato, mudou de tamanho, de número de páginas, de periodicidade, até mudou a logo! e como provavelmente não queriam que as edições do Zé Carioca tivessem essas mudanças, então Zé Carioca passou a ser uma publicação independente a partir da ''Edição 1751'', que devia ser considerada como a Zé Carioca 1, pois aí sim a editora Abril já era consolidada, uma empresa grande.

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    21. Em 1985, a Abril já era gigante há tempos e os estúdios da Disney no Brasil estava maior, com mais gente produzindo histórias brasileiras, o que ajudou a terem mais histórias do Zé Carioca. A mudança do formato de Pato Donald contribuiu para o Zé passar a ter numeração independente, mas se quisessem, antes disso já dava por já ter estúdio ativo no Brasil. Com numeração independente, não faria sentido reiniciar numeração na mesma editora, teriam que ter feito isso quando tiveram ideia de lançarem a revista do Zé.

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  4. Boa... ainda não peguei as minhas para ler... rs :)

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  5. Achei estranho que só os coelhinhos meninos usam óculos, mas as meninas não.

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    1. Ah, mas isso sempre foi um padrão da familía dos Caolhos. Meninos com óculos fundo-de-garrafa, meninas não. Só uma história vez vi uma filha com essa singularidade, antes e depois nunca mais.

      Áliais, o padrão mesmo era que a familía Caolho só tivesse filhos, meninos mesmo, era raro ter filhas no meio, só muito de vez em quando.

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    2. Ah bom, não sabia. Obrigado por explicar.

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    3. Nem sempre, no.inicio eram todos os coelhinhos com óculos fundo de garrafa, independente de serem meninos ou meninas. A partir dos anos 1990 que deixaram algumas meninas sem óculos, mas não tinham laços nas orelhas e na Panini de uns 5 anos pra cá que adotaram os laços nas orelhas delas.

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  6. Quando eu li a do Cascão eu fiquei superdecepcionado com o Capitão Feio ajudando no plano para dar banho nele. Era melhor ter omitido ele da história do que por essa coisa de que ele teve que participar por causa da maioria. Mudança de personalidade mais nada a ver na minha opinião.

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    1. Sim, mudaram muito o Capitão Feio, ele nem os monstrinhos não querem mais sujar o mundo, virou vilão cômico apenas, sem grandes maldades.

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  7. Engraçado, as revistas do Cascão e do Chico Bento de número 200 até 600 não tiveram comemoração nenhuma.

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    1. É porque como eram de editoras diferentes, não quiseram incluir comemoração de juntando números, só eram comemorações na própria editora. Mudaram isso depois que Mônica chegou ao N° 500 em 2011 e procuraram fazer edições parecidas com os outros também. Mesmo assim as N° 100 de Cascão e Chico também não tiveram histórias comemorativas nem a do Chico Bento Nº 700.

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  8. Admito que houve um tempo em que te achava meio masoquista (com todo o respeito) por ainda comprar essas revistas tão artificiais de hoje. Não me leve a mal, agora entendo que é sua obrigação como blogueiro, e como colecionador, comprar e resenhar aos seus seguidores, mas era só porque tava cada vez mais dificil encostar nessas revistas, e eu simplesmente não tinha mais coragem de comprar nada. Acho que tá até um pouquinho de trauma, nossa, que dramática eu. TPM.

    Mas também é porque tô juntando dinheiro para um monte de planos no futuro, e não posso gastar com qualquer coisa, essas revistas então... bom, de qualquer forma boa resenha como sempre, a do Chico me pareceu um tiquinho melhor, não sei. Houve alguma menos pior? Houve alguma histórinha que seja que conseguiu se destacar nessas páginas?

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    1. Comprei por ser colecionador, nem por causa do blog, apenas pra ter na coleção gibis dessa marca histórica. Mas concordo que cada vez anda piores e difíceis de engolir. Coisa boa que faz 6 meses que comprei nenhum gibi da Panini e se eu comprar de novo este ano será no máximo duas, se tiver comemorações. Você faz muito bem em não comprar, só se fossem as antigas nos sebos. Não vi história que se destacasse nessas duas revistas, tudo morno a fraco, só lembraria no futuro as de abertura por serem comemorativas, mas nada de ter apego especial, sem dúvida Cascão e Chico mereciam algo melhor e à altura deles.

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  9. Gostei só do fato de ter história falando das 800, mas do cascão só não gostei do capitão feio querer dar banho no cascão, Chico é um tema batido em que todos fingem esquecer e no fim tem comemoração, podia até ser de aniversário. Das duas, achei Chico melhor. Ah, nas edições 49, os créditos saíram pequenos nas tiras, só cebolinha ficou normal.

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    1. Sobre o Capitão Feio, nunca entendi também por quê ele se tornou membro da S.U.J.O.C.A, com todo o tema de limpeza e tal. Primeiro porque não faz sentido ele confraternizar com esses vilões fanáticos por limpeza, qual o objetivo dele em tudo isso?, segundo ele sempre se considerou amigo do Cascão e queria que o ''sobrinho'' fosse seu afilhado e herdeiro, nunca quis limpá-lo pelo que sei.

      Áliais, por que diabos Doutor Olimpo e as Gêmeas também confraternizariam com ele também não faz nenhum sentido. Se qualquer coisa, eles deveriam vê-lo como um um inimigo, uma ameaça ou um objetivo a se limpar no mesmo nível do Cascão.

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    2. Washington, muito batido mesmo, mais comum em histórias de aniversário de amigos esquecerem. Chico merecia coisa melhor. Difícil de engolir Capitão Feio ajudar a dar banho no Cascão, mas como anda tão despersonalização, pra mim não foi surpresa. Ideal seria ele não ser membro da SUJOCA e ajudar o Cascão a se livrar do banho.

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    3. Isabella, antes era assim o Capitão Feio ajudar o Cascão a se livrar dos vilões que queriam dar banho e os vilõesnãosuportavam o Capitão Feio, agora com o politicamente correto mudaram completamente, descaracterizaram demais o Capitão Feio por causa disso.

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  10. Os roteiristas têm descaracterizado o Cascão, deixando de lado o amor dele pela sujeira, porque querem que ele sirva de bom exemplo para as crianças que leem os gibis. Odeio isso, mas entendo o porquê. Agora, qual é a lógica de fazer o Capitão Feio ter boa higiene? Ele é um vilão!

    Por isso que prefiro comprar gibis antigos nos sebos. Os roteiros do Edson Itaborahy, do Marcelo Verde e do André Simas são ruins demais, sem conflitos, sem humor e sem qualquer coisa memorável. Sei que não sou parte do novo público alvo da MSP, mas as crianças de hoje em dia merecem sim um conteúdo melhor que esse.

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    1. Pois é, nada faz sentido, se é vilão poderia ter mau exemplo desde que se dê mal no final. Cascão agora é outro personagem, nada lembra do antigo. Não sabia que esses histórias desses roteiristas eram assim, se bem que no geral andam assim, aí nem me ligava do tipo de histórias de determinado roteirista por ser tudo parecido. Com certeza crianças mereciam conteúdos melhores e mais divertidas, deixaram de ser gibis de humor pra serem cartilhas educativas.

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    2. Isso aí até me lembra uma edição antiga da TMJ, onde bandidos assaltavam um banco a mão armada. Fiquei sabendo na época que uma pessoa do estúdio disse que seria bom não mostrá-los segurando revolveres porque ''eram mau exemplo''. Mas gente, são bandidos! Desde quando ser bandido é exemplo para alguém? (sem contar que eles eram presos na página seguinte!)

      E isso porque a TMJ foi originalmente pensada para um público mais infanto-juvenil e adolescente...

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    3. Isabella, na época a TMJ ainda mostravam bandidos só que sem armas. Acho bobagem porque pelo certo bandidos são armados, tira o sentido. Aliás, só colocavam bandidos porque a TMJ era recomendada pra maiores de 10 anos como constava nas capas, apesar de crianças menores comprarem e lerem também. Já na Turma crianca eles não apareciam mais e acredito que hoje nem na TMJ tenha bandidos mais.

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