domingo, 13 de fevereiro de 2022

Magali: HQ "A Bela e a Fera"

Em fevereiro de 1992, há exatos 30 anos, era lançada a história "A Bela e a Fera", uma paródia do conto de fadas, em que a Magali precisa ir morar com um monstro para a sua família não ser castigada. Com 13 páginas, foi publicada em 'Magali Nº 69' (Ed. Globo, 1992).

Capa de 'Magali N 69' (Ed. Globo, 1992)

Conhecemos um caixeiro viajante que tinha três filhas, Gigi, Doroti e Magali, e que sempre que viajava, ele perguntava para as filhas o que queriam que trouxesse na volta. Gigi pede lindos vestidos de seda e crepe da China para ficar ainda mais bonita, Doroti pede um pente de pedras para adornar o cabelo. Já Magali, a princípio pede nada, já é feliz com o que tem, e na insistência do pai, ela pede uma singela melancia e ele pensa como Magali é bondosa, meiga e gentil, puxou a ele.

O Caixeiro viaja pela cidade, faz bons negócios por dois dias e na volta, já com os presentes das filhas, esquece a melancia da Magali. Ele fica desapontado por esquecer um presente tão singelo, era tarde para voltar para a cidade e ali só tinha mato. Acaba encontrando um casarão com pomar e cheio de melancia. Ele resolve pegar uma, achando que o dono não ia se importar, mas aparece o dono, que era um monstro, não gostando que o pomar foi assaltado.

O Caixeiro implora para não fazer nada com ele, só queria levar uma melancia para a filha, tem três filhas e não podem ficar sem ele. A Fera o deixar ir na condição de levar uma das filhas para viver com ele até no dia seguinte de manhã e se não trouxer a menina, todos sofrerão, pois ele tem poderes para encontrá-los e castigá-los onde quer que estejam.

Em seguida, o Caixeiro volta para casa arrasado, entrega os presentes para as filhas. Ficam felizes e Magali, na sua provadinha, come a melancia inteira. O Caixeiro chora, fala que foi a melancia mais cara da sua vida e conta a história do Monstro que quer que uma das filhas vá viver com ele. Gigi e Doroti mandam uma e outra irem e Magali se prontifica a ir, nada mais justo, pois foi ela quem pediu a melancia.

Na manhã seguinte, o Caixeiro Viajante leva a Magali ao casarão da Fera. Magali acha que ele não pode ser mauzinho por ter plantação de melancia apetitosas. Ao tentar pegar, aparece a Fera, mandando não tocar e ordena o Caixeiro deixar a filha lá e dar o fora. 

A Fera avisa à Magali que é para ela ficar longe das melancias, pode comer as outras frutas, menos as melancias. Em seguida, mostra o quarto da Magali, que não fica assustada por ter que morar lá. Magali diz que vai sentir falta do pai e das irmãs, mas medo nenhum. A Fera tira o disfarce, revelando sua identidade de monstro horrível, mas Magali não sente medo e diz que ele se parece o Mingau, seu gato fofinho.

A partir daí, Magali passou a ser amiga da Fera, levava café na cama todos os dias, contava-lhe histórias e enchia a casa de alegria, a feiura não fazia mais dele um ser solitário. Só que a Magali não se conformava com a proibição das melancias, fazia grande esforço para resistir quando ia pegar frutas no pomar, sempre sonhava com elas enquanto dormia, até que um dia ela não aguentou. Era para ser só uma melancia, mas como seu apetite grande, comeu todas.

Magali tenta sair de fininho, com esperança de ter sorte do Monstro não notar. Só que nesse momento, ele passa mal e acusa a Magali de traidora. Ele conta que uma bruxa, a quem negou uma fruta, colocou um feitiço, que ele viveria enquanto existissem as melancias e não podia contar isso e agora que a Magali comeu tudo, ele esta morrendo. Magali fica triste e chora em cima da Fera e aí nesse momento tem a transformação dele em um Príncipe, que conta que voltou a ser o que era, a bruxa o transformou em um monstro até que uma bondosa e gentil menina chorasse por ele.

No final, o Príncipe devolve Magali ao seu pai, prometendo casamento, assim que ela tiver mais idade, dando inveja às irmãs, e comemoram almoçando. O Príncipe conta a história ao Caixeiro, que diz que a filha é muito bondosa, gentil e meiga. Ao servir a sobremesa de melancias, o Príncipe fala que às vezes ela parece uma fera, fazendo referência a cara que ela fazia ao devorar as melancias.

Uma boa história com paródia do conto de fadas "A Bela e a Fera" com a Magali se passando pela Bela que precisa viver com um mostro para o pai não ser castigado e acaba ficando amiga da fera, mas com o seu ponto fraco de gula, comeu todas as melancias encantadas e quase matou a Fera. O choro espontâneo dela o salvou do encanto e o transformou em Príncipe, Magali prometida a casamento, acabando tudo bem.

Podemos ver que as irmãs eram invejosas, vaidosas e só queriam riqueza e a Magali era gentil seria a única que ficaria como monstro sem ter medo dele. Foi preciso o Caixeiro roubar uma melancia da Fera para conhecer a Magali e salvá-lo do encanto da bruxa. Como toda fábula, tem a sua lição de moral que foi que o que importa e a beleza inferior, ou seja, o monstro de aparência horrível que dava impressão que era muito malvado, tinha um bom coração, que ficou visível na companhia da Magali, e também que o o amor e o afeto espontâneo transforma, tira todo o mal encanto. 

Foi supercriativa, bem fiel à fábula original e encaixando melancia e gula da Magali nos momentos certos para atender a característica dela. No lugar de uma rosa que o pai pegou, foi melancia. Sensacional. Como a Magali foi retratada como criança, não podia ser beijo para tirar encanto da Fera e nem podia se casar no momento com um adulto, aí teve cuidado de colocar choro afetivo e casamento só quando ela tiver mais idade. O narrador-observador, que é roteirista, contando a história dava um charme a mais. 

Depois da clássica "Branca de fome e os sete anões" (Magali #57, de 1991) teve essa. Mostra, então, uma fase que faziam adaptação à conto de fadas famosos de acordo com o universo e as características dos personagens da Turma da Mônica com maestria. Podiam ter fábulas com qualquer personagem até então, sendo que depois deixaram mais essas paródias com a Magali, até por coincidências de muitas originais tinham alguma comida no meio e quando não tinha, eles adaptavam, como foi nessa. De vez em quando era legal histórias assim, depois a partir dos anos 2000 isso ficou frequente nas revistas da Magali, normalmente ela contando histórias de fábulas para o Dudu e aí ficou cansativo.

"A Bela e a Fera" teve um filme de animação em 1991 nos cinemas, então pode-se dizer também que essa história da Magali foi também mais uma das de paródias de filmes famosos que estavam investindo na época. O título nem teve paródia dessa vez, seguiu fie à obra, as vezes eles não parodiavam nomes de fábulas, filmes ou de artistas famosos. 

Os traços ficaram excelentes, bem encantadores. Interessante que dessa vez não teve personagem fixo principal, com exceção de participação do Mingau. Até o pai foi retratado por outra pessoa sem ser o Seu Carlito. As vezes acontecia de fábulas não ter personagens fixos, estrelados só pelo personagem principal para dar destaque a ele, gostava quando era assim. Muito bom relembrar essa história há exatos 30 anos.

33 comentários:

  1. Boa hq, tenho essa edição, nunca saiu no clássicos do cinema... uma pena! :p

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    1. Foi porque republicaram em Almanaque Temático de fábulas. Servia também pra Clássicos do Cinema, mas acharam melhor só pro Temático pra não ficar um repeteco de histórias. Se saísse na Clássicos do Cinema também seria bem vinda.

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  2. A bondosa, meiga e gentil Magali perde compostura diante de melancias, até que desta vez consegue se conter, só as devora depois que se familiariza com o "cachorromem" que, segundo ela, parece com o Mingau, claro, cara de um, focinho do outro, então está mais para "gatomem", nada se assemelha com um determinado amigo de Penadinho, também parece nada com uma espécie de criatura - da qual esse amigo é um espécime - que de quando em quando aterroriza Vila Abobrinha.
    Que família maravilhosa ela tem, irmãs invejosas e materialistas, pai que não luta pela filha, a entrega de bandeja em domicílio desconhecido, sem olhar para trás sai disparado preocupado em salvar a própria pele, pelo menos demonstra sofrimento, faz contrariado, já as irmãs devem ter comentado: "É bom que sobra mais comida, e também para de nos queimar com o papai, pois é desinteressada, desapegada, fica nessa de "ser", sendo que "ter" é muito, mas muito melhor mesmo! A bobalhona não sabe viver, não conhece o que é bom!". Vai "bem" de parentes, mais negócio morar com a fera.

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    1. Quando se trata de comida, a Magali perde a classe, vira outra pessoa. Se controlou ao máximo, mas não resistiu. O pai podia ter lutado pela filha, que deixasse o monstro se vingar, só não abandonar a filha. Na época de conto de fadas acontecia muito isso. Já as irmãs devem ter gostado da Magali ter ido, não gostavam do afeto do pai com ela, sabiam que a Magali era a filha preferida e tinham inveja.

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    2. Posso dizer que até hoje não conheço direito o famosíssimo conto de A Bela e a Fera, passei a ter rasa noção através desta paródia, Magali nº69 pela Editora Globo me pertenceu.
      O nariz da protagonista está redondinho no quarto quadrinho da sétima página (pág.9), muito raro tal erro com personagens da envergadura dela. Quanto aos narizes de Papa-Capim, Aninha e Zé Luís, são outro tipo de situação, não houve interesse em padronizar os aspectos físicos deles, faltou consenso.

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    3. Foi uma boa história essa do conto "A Bela e a Fera". Teve esse erro no nariz da Magali, era raro acontecer, mas as vezes tinha. Principalmente o Papa-Capim não era padronizado o nariz, variava de cada desenhista, mas do jeito que era desenhado, aparecia igual na história toda.

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    4. Rosinha é outra que em determinadas HQs antigas aparece com nariz diferente, notoriamente bem menos frequente que os dos três mencionados acima, há histórias em que está triangulado, estando assim em todo o decorrer, já em outras apresenta alternância, isto é, dois formatos dentro da mesma HQ. Casos distintos, erros são uma coisa, falta de padrão é outra, contudo, foi erro não padronizarem determinados personagens no quesito aparência apenas porque não fazem parte da linha de frente. Não considero nariz como detalhe menor ou menos importante que pode ser mudado de acordo com estilo ou preferência de cada desenhista.

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    5. Eu também prefiro padronizado, é característica visual dos personagens. De todos até hoje o Papa-Capim não tem padronização no nariz, já os outros estão normais, com narizes fixos. Alguns foram mudados deixando menos narigudos pra não dizer que é bullying com narigudos na vida real como o Chico Bento e Zecão. Isso não gostei, eram bem melhores narigudos.

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    6. Implicar com os narizes de Chico Bento, Zé Lelé, Zeca, Seu Cebola, Cafuné, Zecão e sei lá mais quem é idiotice típica de hoje em dia. Esses personagens são visualmente muito mais atrativos narigudos.

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    7. Pois é, todos esses muito mais bonitos com nariz grande, ficavam simpáticos e tinham a diferenciação e representatividade. Hoje querem ter padronização de beleza, até personagens gordos são mais magros. Lamentável.

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  3. "dessa vez não teve personagem fixo principal, com exceção de participação do Mingau. Até o pai foi retratado por outra pessoa sem ser o Seu Carlito".

    Diferente daquela do Chico de "A mesa,o papagaio e o cajado",em que Chico contracena com Zé Lelé e Zé da Roça sendo seus irmãos,e seu pai mesmo como pai.Também é de 1992.

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    1. Normalmente histórias assim de fábulas tinham os personagens da turma inclusos, principalmente os pais deles, mas essa foi uma das exceções. Dava pra colocar Seu Carlito como pai dela tranquilamente se quisessem, ia fazer bem o papel. Essa do Chico também era legal, estavam cheias de histórias assim na época e eram bem elaboradas que não ficavam cansativas mesmo sendo perto uma da outra.

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  4. Fala Marcos! Descobrindo seu blog agora, venho humildemente pedir sua ajuda.

    Tem uma história do Astronauta; dada pelo traço mais graphic ser bem recente, que há muito lembro de ter lido e queria poder vê-la de novo.

    O Astro virava participante/audiência cativa de um show de encontros onde o apresentador era um dragão robô, e eles viam vários universos paralelos onde o Astro ficava com a Ritinha.
    Encontrei uma pessoa que sabia dessa história e ela me contou que possa ser de uma edição de Abril do Cebolinha, ou de uma HQ da Magali onde ela fazia um pedido à uma estrela. Sabes dizerme se tens ou onde poderia achar esta?

    Grande abraço!

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    1. Prinny Henrique, bem vindo ao Blog, fique a vontade pra ler as postagens. Sobre essa história, não lembro dela, se é recente, é mais difícil saber porque eu não compro gibis novos. Se alguém souber, aí pode falar aí.

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    2. Boa Noite, Prinny e Marcos! Por acaso eu conheço essa! Se encontra em Cebolinha 51, dá primeira série da Panini! Porém acredito que essa história esteja dividida em dois gibis, já que logo na primeira página dela, aparece no rodapé "Capítulo II". Sendo assim, talvez tenha uma primeira parte lançada em Cebolinha 50, ou em Mônica 51! A história em Cebolinha 51 já começa meio apressada, por ser a segunda parte, mas dá pra entender o roteiro!
      Aliás, os desenhos e estilo de cores é pintura dessa HQ estão bem diferentes mesmo que o normal!

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    3. O astronauta anda tão abandonado .está história parece sobra dos anos 70 quando as histórias dele eram maravilhosas

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    4. Valeu por informar, Luan. Nunca ia saber, não tenho essas 3 edições e não fazia ideia. Resta saber a primeira parte, acho que mais chance ter sido em Cebolinha 50 mesmo. Acho que vai dar pra saber no site Guia dos Quadrinhos.

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    5. Miguel, nos primeiros anos da Panini ainda faziam histórias mais desenvolvidas do Astronauta e toleravam algumas coisas incorretas. Agora que anda bem fraco, maioria histórias curtas de 1 a 2 páginas bem bobinhas. Eram boas as aventuras, sobretudo as dos anos 1970, que eram feitas pelo Maurício a maioria.

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    6. Época da Globo eram muito boas as histórias dele

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    7. Miguel, era sim, eu curtia também.

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    8. Conferir no Guia dos Quadrinhos, e pelo visto, o início da história do Astronauta realmente está em Cebolinha 50! Aliás, coincidentemente em Mônica 50 também tem uma história seriada do Astronauta, se não me enano. Aquele gibi do Mistério cinquentão tem uma história do Astronauta que possui partes em outros gibis!

      Esse personagem é o único que vez ou outra costuma ter histórias divididas desse tipo! Além dessas citadas, tem também a saga da Ritinha, A origem do Astronauta, etc! Eu pelo menos não lembro disso acontecer em outros núcleos nos gibis.

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    9. Luan, de vez em quando faziam histórias seriadas com o Astronauta, sim. Foi o que mais teve, mas tiveram algumas assim com a Turma da Mônica mesmo como "Os Bruxinhos" e "Romeu e Julieta" na Editora Abril e "Game na Real" na Panini. Tina na Panini teve uma história de Caçadores de Enigmas que saiu desmembrada nas 4 primeiras edições dela. Acho que faziam seriadas as vezes para incentivar a comprar outros gibis pra conhecer o final.

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    10. Luan, você teria um scan dessas edições 50 e 51? Gostaria muito de ler este pequeno arco do Astro outra vez, mas não sei onde poderia achar. Entre em contato comigo pelo brewstice@duck.com se possível!

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  5. Gostaria de pedir ajuda pra descobrir o nome de uma história e/ou a edição onde ela saiu: a turma encontra um portão enterrado, e resolvem colocá-lo na cada de um deles. O portão é mágico, e recusa-se a abrir, até que a Mônica o arranca.

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    1. Essa eu conheço, e a história "Abre ou não abre?", abertura de Mônica 112 - Ed. Abril, 1979. Muito legal essa.

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    2. Essa mesmo! Muito obrigado pela ajuda.

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  6. A Magali sempre é encaixada em histórias com temas mágicos há um lado bruxinha nela até por conta da tia Nena....eu acho que nesse aspecto e uma das personagens do Maurício que não perdi força nas suas características pois o mundo da comida e meio mágico e sua gula Marte a encrencas ao contrário do cascao que meio que sujeira virou um pecado

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    1. Sim, inseriram um lado mágico com a Magali, por isso um número grande de histórias de fábulas com ela. Ainda assim acho que deviam também colocar com outros personagens. Cebolinha quase não teve durante sua trajetória. E antes da Magali quem tinha mais histórias de fábulas era o Cascão.

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    2. Faz sentido porque todo cozinheiro e siga-nos meio bruxo alquimista...a tia Nena cria várias coisas que viram confusões graças ao apetite da Magali..na turma jovem Magali vira bruxinha mesmo

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    3. Podem ter pensado nesse sentido pra criarem uma nova personalidade para Tia Nena.

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  7. Concordo com o comentário do Miguel acima. A Magali é a personagem mais ligada às coisas mágicas, tem várias histórias dela envolvendo bruxas. Talvez a tia Nena seja uma fada disfarçada, quem sabe? Lembro de uma história que ela dá de presente para a Magali 2 bonecos de gnomos que são, de fato, gnomos de verdade.
    Tem outra em que ela é feuta de refém por uma bruxa (o nome da história era "A Magali não mora mais aqui") que queria que ela experimentaste à força uma poção, eu acho. Tem uma em que ela é transformada em uma gata e se junta ao Mingau para conseguir encontrar a bruxa que a transformou e reverter o feitiço e por aí vai..

    Você publicou aqui no blog alguma vez a história que você mencionou neste post, a da Branca de Fome? Essa eu nunca li...

    magoeconomista.blogspot.com

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    1. Mago Economista, inseriram muito o lado mágico com a Magali, que virou outra característica dela, além de comilona. A Tia Nena hoje é uma bruxa do bem, tem poderes, mas fica o segredo, acho que só a Magali que sabe. A história Branca de Fome não publiquei aqui, é legal também, grande paródia com a Branca de Neve. Virou desenho animado depois.

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