quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Cebolinha Nº 137 - Editora Abril

Em maio de 1984 era lançada pela Editora Abril a revista 'Cebolinha Nº 137'. Nessa postagem faço uma resenha de como foi a revista.  

Com 68 páginas e 11 histórias no total, a capa tem referência à história de abertura, como era de praxe nos gibis do Cebolinha da Editora Abril. Na verdade, era o tema da história na capa, mas não necessariamente mostrar cena que realmente aconteceu na história, muitas vezes era uma piadinha em cima da história de abertura. Foram poucas revistas do Cebolinha na Editora Abril que tiveram piadinhas normais sem ligação com à história de abertura como era nas dos outros personagens e deixaram mais piadinhas nos últimas revistas dele de 1986.

Começa com a história "O bebezão", de 9 páginas. A mãe da bebê Maiú deixa o Cebolinha tomando conta dela enquanto vai dar um telefonema no orelhão. Após Maiú apertar os olhos dele, Cascão coloca o Sansão que havia roubado da Mônica no carrinho da Maiú. Cebolinha não deixa para não sujar a Maiú com o coelho encardido. Mônica vê e dá surra nos meninos e Cebolinha vai embora porque a surra fez a Maiú chorar. 

No caminho, Cebolinha cai em um buraco e quando sai, vê que o carrinho da Maiú sumiu. Logo vê no meio do trânsito e corre para buscá-la. O carrinho vai em direção a uma rampa formada por madeira e pedra e volta para a praça inicial, assustando um velhinho no banco, ficando paralisado, e a Maiú cai direto no colo da sua mãe que havia saído do orelhão. Ela leva a filha para amamentar e depois chega o Cebolinha e vendo o carrinho vazio resolve se passar pela bebê para a mãe da Maiú não ficar preocupada e não levar palmadas dela. 

A mãe da Maiú encontra o carrinho e estranha o Cebolinha lá dentro como bebê e ele chora para disfarçar, mas sem saber que Maiú já estava com a mãe. Ela chama Cascão e Mônica e pergunta por que Cebolinha está no carrinho imitando a filha dela. Mônica acha que ele endoidou depois da última surra e vai até o carrinho fingindo que era a Maiú e chama de bebê linda. Cebolinha acha que Mônica não sabe de nada e aproveita para puxar o cabelo dela, apertar nariz e pegar o Sansão. Ela deixava, pois não podia contrariar o Cebolinha por estar louco. Cebolinha vê a Maiú no colo da mãe e sai do carrinho para abraçar a menina e aliviado que está tudo bem com ela. Mônica vê que ele não estava louco e dá uma surra. No final, a mãe da Maiú tem que que cuidar de 2 bebês chorando, Cebolinha e Maiú, falando que ser mãe é padecer no paraíso. 

Muito engraçada essa história com Cebolinha se passando por bebê. É de rachar de rir vê-lo como bebê e a cara que ele fazia para aprontar com a Monica era demais. A parte do carrinho percorrendo o trânsito e a rampa pareceu desenho animado e legal ver orelhão de rua, algo raro de se ver hoje em dia, mas era a forma na época do pessoal telefonar na rua. A mãe da Maiú não teve nome, elas apareceram só nessa história e o Cebolinha pensou trocando "R" pelo "L", como de costume na época, hoje eles colocam pensando sem trocar letras. Tiveram erros de cor de dentes da Mônica vermelhos em alguns quadrinhos e personagens falando de boca fechada, coisas normais na Editora Abril. Com isso, pode observar que a capa não mostrou o que aconteceu na história, já que em nenhum momento a Mônica ficou empurrando o Cebolinha bebê na rua, foi apenas uma piada em cima do tema principal que era o Cebolinha fingir ser bebê.

Em seguida vem Rolo com a história "Meu irmãozinho", de 5 páginas. Uma garota fica incomodada com tentativa de paquera do Carlão, ela até aceita as flores dele, mas tinha uma abelha que morde o seu nariz e ela corre atrás do Carlão para dar surra. Depois, Rolo a paquera convidando para tomar sorvete; Ela aceita, só que teria que levar seu irmão junto. O menino morde a perna do Rolo, toma sorvete todo de uma vez e faz pirraça para comprar outro, senta no meio do banco para empatar o namoro, dar uma volta no banco que estavam sentado e volta para o lugar que estava e não aceita dinheiro do Rolo para sair para comprar doce.

Rolo se cansa e fala que não sai mais com ela de novo por ter levado aquele pestinha. A garota pergunta para o irmão por que ele sempre atrapalha os namoros dela. No final, o menino avisa ao Carlão que a irmã está sozinha e ele volta a investir nela, que fica incomodada e se perguntando como ele sempre sabe quando ela está sozinha. É mostrado o irmão dela com dinheiro. Muito boa essa. Típica história do Rolo se dando mal com suas paqueras, dessa vez com um irmão da namorada impedindo que eles namorassem em troca de dinheiro, já que o Carlão pagava o menino para atrapalhar os namoros da irmã e avisar sempre quando estava sozinha para tentar paquerá-la. 

Em "O tocador de tambor", de 4 páginas, Cebolinha ganha um tambor da sua tia Luísa. Seu Cebola telefona para ela reclamando que não tinha nada que ter dado tambor para o filho, ia acabar o sossego e o manda ir tocar na rua. Cebolinha tenta tocar em frente da casa da vizinha Sílvia, mas ela não deixa para não acordar o filho que tinha acabado dormir. Em frente a uma loja de instrumentos musicais, o vendedor não aceita porque ia espantar os clientes. Na praça, o homem não deixa tocar porque ia espantar os pombos, os meninos porque ia espantar concentração no jogo deles e muitos fazem cara feia vendo o Cebolinha com o tambor. No quintal da sua casa, ele toca e todos passam a aplaudi-lo, vendo que ele tinha dom para tocar tambor. 

Mostra que todos tinham preconceito com o tambor, que ia ser barulhento, mas mudaram de ideia quando o viram tocar. Descobrimos que o Cebolinha teve uma tia Luísa, provavelmente irmã do Seu Cebola, mas não teve aparição física, foi apenas citada. Pombos incorretos nas histórias de hoje em dia por serem animais sujos.

Depois vem Astronauta com sua história sem título e ocupando 9 páginas da revista. Astronauta está chegando a uma zona de asteroides, coloca a nave em piloto automático com campo de força e para dar um salto estelar através da zona e resolve dormir em sua cama de hibernação automática enquanto a nave percorre a zona de asteroides. Enquanto dorme, um meteorito cruza a nave, mas é desviado pelo campo de força. Aparentemente não prejudica a alvenaria da nave, mas lá dentro a cama do Astronauta teve rachadura.

Quando Astronauta acorda, vemos que ele virou um velho. Sente dor na coluna quando levanta, mas só descobre que virou velho quando se olha no espelho. A princípio pensa que era um espião alienígena ou um bandido espacial, mas logo percebe que era ele mesmo. Ele descobre que sua cama de hibernação estava rachada e deduz que a nave se chocou com alguma coisa e lamenta ficar velho sem se casar ainda e a Ritinha não vai mais querer saber dele. Astronauta tenta ver como fazer voltar no tempo com o computador, que fala que não tem mais jeito e que o vovô está mais frito que peixe na Semana Santa.

Astronauta fica arrasado e bate a cabeça no botão da nave e fica desgovernada e em alta velocidade e acaba atravessando a barreira do tempo. Depois, ele vê Astronauta jovem dormindo na cama e descobre que voltou no tempo antes do meteorito chocar com a nave na zona de asteroides. O meteoro choca, mas no momento que estava rachando a cama, ele coloca um esparadrapo na rachadura, impedindo do Astronauta ficar velho e então ele some, ficando só o jovem. Astronauta acorda, como se nada tivesse acontecido, se olha no espelho e enquanto toma banho diz que essa vida é uma chatice de rotina, que tem a impressão que já tinha feito tudo aquilo hoje.

Excelente história de aventura com Astronauta ficando velho por conta de um meteoro ter cruzado forte a nave. É bem envolvente ver o Astronauta velho e ver como ele iria sair daquela situação e voltar ao normal. Interessante o novo e o velho juntos após atravessar barreira no tempo e bom que conseguiu resolver a tempo de acontecer tudo. Naquela época, ele ainda era namorado da Ritinha, ela ainda não havia se casado com o Bonifácio, coisa que aconteceu só na série de histórias de 1989 da Globo. Ela, inclusive, apareceu por pensamento do Astronauta. Seriam 8 páginas, se não tivessem propagandas inseridas nos rodapés das páginas, coisa bem comum na época.

Em seguida vem "Alegria, Alegria!", de 2 páginas, com os pais do Cebolinha cheios de elogios e agrados com o filho, falando que era bonitinho, estava com roupa bonita, servem café maravilhoso para um filho maravilhoso. Na rua, elogiam o clima e o caminho até chegarem na clínica do doutor para o filho. Tudo era uma desculpa para disfarçar que Cebolinha teria que tomar injeção. Mas depois que os pais veem a conta alta, acaba a lindeza de tudo e eles ficam tristes enquanto o Cebolinha fica feliz. Muito boa essa, nunca foi republicada até hoje. A seguir, mostro essa história completa.

Em "O corte", com 5 páginas, Titi corta o cabelo, mas todos os seus amigos ficam zoando, perguntando se entrou na faculdade ou se está com piolho por ter raspado cabeça, e o chamam de orelhudo e que fica melhor de costas quando Titi fala que ficou mais bonito. Titi vai embora falando que estão com inveja enquanto eles estão aos risos. Quando vê Mônica, ela fala que não conversa com estranhos, por não ter o reconhecido. Quando ele diz que é o Titi, ela fala o que fizeram com ele por estar tão magro e abatido. Franjinha e Bidu também ficam rindo do cabelo dele.

Titi vai ao barbeiro pra ver se consegue o cabelo de volta, mas o barbeiro já tinha varrido e difícil recuperar com cabelos misturados de outras pessoas. Depois aparece a Aninha falando não estava feio para não magoar, mas deu o gorro de presente a ele porque realmente estava feio pra ela.

Engraçada essa história, Titi tinha mitas histórias solo e acontecia de tudo, quando não era ele agindo incorreto, era seus amigos sendo politicamente incorretos com ele e dessa vez até sua namorada entrou na pilha. Impublicável hoje por conta de bullying pesado. Curioso que apareceu a Aninha com um cabelo bem diferente e personalidade também. A Aninha tinha estreado em 1983 como namorada fixa do Titi, só que a cada história aparecia desenhada de um jeito diferente, só ganhou a forma que estamos acostumados a partir de 1985 e ainda assim com certos detalhes diferentes no cabelo no início.

Em "A inspiração", de 5 páginas, Cebolinha quer desenhar, mas todos ficam atrapalhando e ele tem que ir pra outro lugar para tentar desenhar. Primeiro, a sua mãe limpa o quarto dele, depois na mesa da sala, ele é interrompido pelo pai que tinha que datilografar o trabalho em casa, já embaixo de uma árvore, Magali atrapalha jogando as maçãs que estavam comendo na cabeça dele. Ele ainda leva bolada na cara ao desenhar em frente a uma pedra perto da partida de futebol dos meninos e no banco da praça todos atrapalham sentando ao lado dele e fazendo barulho, com ele saindo aos palavrões. No final, em casa, a mãe limpou o quarto e ele tenta desenhar no quarto, mas fica sem inspiração e acaba dormindo.

Foi mais uma história do Cebolinha sendo impedido de fazer as coisas por casa dos outros, uma foi de tocar tambor e agora de desenhar. Era um tipo de roteiro que costumava ter. Chama a atenção do Seu Cebola trabalhar com máquina de escrever e datilografia, completamente datado hoje em dia, mas na época era comum. Sempre bom ver essas coisas do cotidiano datadas retratadas nos gibis antigos e perceber as diferenças. Orelhão na história de abertura e agora máquina de escrever.

Em "Floquinho", com 5 páginas, cai uma moeda dentro do Floquinho após Cebolinha tirar moeda do cofrinho para comprar algodão-doce. Com o amontoado de pelos, Cebolinha não consegue tirar e resolve pegar um imã para tirar a moeda e acaba é tirando um carro dentro do Floquinho. Depois levanta o Floquinho e acaba caindo uma bigorna dele. Depois ele entra no Floquinho e sai de lá um jacaré querendo atacar o Cebolinha. Nisso, o tempo todo o Floquinho estava dormindo e quando Cebolinha desiste aos palavrões, o cachorro acorda, se sacode e a moeda acaba saindo tranquilamente.

Uma história que mostra o absurdos de coisas que podem achar dentro do Floquinho. Por ele ser um cachorro cheio de pelos, roteiristas gostavam de história assim de tudo ficar dentro dele, até coisas absurdas como carro e jacaré nessa história. Era uma personalidade do Floquinho isso de coisas estranhas dentro dele.

Em "Hora da boia", de 4 páginas, um tigre-dentes-de-sabre acorda faminto e resolve atacar Afrodite, a sobrinha do Piteco, que estava dormindo. Ela levanta os braços e acaba derrubando o tigre, que estava vindo por trás. Em seguida, ela abaixa para pegar uma flor e o tigre bate a cabeça na pedra gigante. Afrodite vê o tigre, pensa que era pele morta e resolve levar para o seu tio Piteco. Ao ver uma cobra, taca o tigre em cima da cobra, impedido tanto cobra e tigre atacá-la. Por ter estragado a pele de tigre, ela o deixa para lá. O tigre resolve atacá-la por trás e Piteco tenta salvar, mas ele cai no chão de tão cansado. Piteco dá bronca na sobrinha e quando vão embora, o tigre diz que está em uma maré de azar e resolve comer peixe, mas ao colocar a mão na água surgem várias piranhas prestes a atacá-lo.

Nessa conhecemos a sobrinha do Piteco, a Afrodite, que sem querer se livrou de ser atacada por um tigre azarado. que se deu mal até no final com as piranhas. Piteco fez apenas figuração rápida, história foi mais com ela e o tigre. Afrodite apareceu só nessa história, só era para ficar com ele naquele fim de semana. Incorreta hoje por ter personagem contracenando com bichos selvagens como tigre e ainda mais querendo atacar uma criança e o tigre falar "azar", palavra proibida hoje nas revistas. 

Termina com a história "O trabalho dignifica o homem", de 5 páginas em que um ladrão tenta roubar um banco, mas o gerente só tinha dinheiro no cofre e que abriria daqui 5 horas e ai o ladrão vai embora soltando palavrões. Depois tenta assaltar um homem na rua, mas ele diz que chegou tarde porque o BNH, SABESP, TELESP  e EletroPaulo chegaram antes. Depois tenta assaltar o carro de uma mulher, mas o carro não tinha gasolina.

Em seguida, vê a família do Cebolinha, com Seu Cebola chegando em casa, Cebolinha e Dona Cebola o recebendo, família jantando, depois Cebolinha tira as meias do pai, Dona Cebola liga a TV pra ver novela e Seu Cebola conta que trouxe o dinheiro para pagar a despesa e prestação da casa. O ladrão não tem coragem de assaltá-los e volta para o seu esconderijo pensativo. Resolve procurar um emprego no dia seguinte porque se convence que o crime não compensa. No dia seguinte, ao procurar emprego tem uma fila grande de candidatos pra conseguir a vaga desanimando o ladrão.

História de reflexão para mostrar que não compensa a vida de crime, mas que também é difícil conseguir emprego e vida digna fácil, além de refletir sobre desemprego no país. Legal também ver o homem dizendo que havia sido assaltado por empresas como TELESP, SABESP, etc, de tão caras eram as contas para pagar. Cebolinha e seus pais fizeram apenas figuração, mas que foi importante na história para regenerar o bandido vendo o cotidiano de uma família tradicional. Impublicável por ter bandido armado tentando assaltando os outros e essa reflexão e crítica mais adulta também não é bem vinda em gibis infantis. Nunca foi republicada até hoje. 


Não teve tirinha final. Nos gibis da Editora Abril nos anos 1980 a página final eram reservadas para propagandas em geral ou então o que aconteceria na próxima edição. Então, no lugar da tirinha foi reservada uma propaganda da revista do Pica-Pau da Editora Abril. Ainda sobre propagandas, a revista teve 4 páginas com uma propaganda com história em quadrinhos do "Instituto Universal Brasileiro" e que poderia ter pelo menos 1 história da MSP no lugar. Era comum ter propagandas em quadrinhos do IUB ocupando várias páginas e como não diminuíam o número das outras propagandas, acabava tendo mais páginas de propagandas que o normal.

Como pode ver, foi uma revista bem divertida, teve comédia, aventuras, absurdos, reflexões, deu pra agradar todos os gostos e idades, as revistas eram assim, só para se divertir. Palavrões estavam em alta, foram 3 histórias com personagens falando, tudo incorreto hoje. Os traços em todas foram muito bons, cada uma com seu estilo de desenhistas. Muito bom relembrar essa revista.

* Em tempo: Atualizei a postagem da história "Parece Outro" com o Chico Bento mostrando imagens da história completa. Quem quiser ver, segue o link: Chico Bento: HQ "Parece outro"

36 comentários:

  1. Que gibi fantástico, tá na cara que qualquer história dele é ótima, a única que conheço é a de abertura, as histórias do Titi, Astronauta e Cebolinha tentando tocar tambor são as que mais me chamaram atenção.
    Até as piores edições da TM pela Editora Abril são ótimas.

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    1. Sensacional, uma melhor que a outra. Naquela época as mais simples, sem grande importância, davam de mil a zero em relação às atuais.

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    2. Não havia a cultura do mais ou menos, do mediano, menos ainda a cultura do ruim, atualmente o horrível é lei quando se trata de Turma da Mônica.

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    3. Infelizmente uma triste realidade o horrível dominar atualmente.

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    4. Marcos, muitas edições da Turma da Mônica dos anos 80 pela Abril possuem tiras de encerramento, as ausências delas nesse período que você destacou não foi uma regra, concorda?

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    5. Não vou ver isso sozinho!
      https://i.pinimg.com/564x/27/6d/15/276d152708e2026dab3f6fe44cb1d309.jpg

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    6. Zózimo, no período entre 1982 a início de 1986 forma poucos gibis que tiveram tirinha final, mas alguns tiveram como os primeiros números de Cascão e Chico Bento.

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    7. Julio Cesar, chega a ser ridículo essas coisas.

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  2. O dono do Floquinho deveria ser o Louco, que disparate, um carro dentro de um cachorro, indica que "dentro" do universo nonsense dois corpos podem ocupar o mesmo espaço, deixa o Einstein saber disto, se sabe, sua caveira deve estar sacolejando, e se seu espírito tomou conhecimento assim que foi publicada a edição, são mais de trinta e cinco anos de remelexo cadavérico.

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    1. É, era cada absurdo. Impossível mesmo um carro dentro do cachorro, bem forçado, mas a graça era essa, entrar no mundo da fantasia. Hoje tiraram essas coisas absurdas das revistas.

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    2. Maravilhosos absurdos, a menina pré-histórica é uma espécie de Mônica das cavernas, faz coisas que o tio não faz.
      A história final tem todo jeito de ser muito boa, pois nem precisava, só os dois quadrinhos onde o cidadão fala para o assaltante que a Sabesp, Eletropaulo, Telesp e BNH chegaram antes dele já valeu a história toda, e fora o Banco Nacional de Habitação, que paulistismo, não é mesmo?

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    3. Verdade. Deixaram bem paulista a história do bandido, pra ninguém duvidar que o bairro do Limoeiro era lá. E a Afrodite sem dúvida agiu como Mônica e mais valente que o Piteco, que muitas vezes era medroso.

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    4. Interessante também a truculência do moleque que lasca os dentes na coxa delgada do Rolo, selvageria infantil era bastante comum nesse tempo.
      Fico imaginando como o carro foi parar dentro do Floquinho, devia estar urinando em um dos pneus e se desequilibrou indo de encontro com o automóvel e o tragou, tomara que tenha sido o carro da família do Cebolinha.

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    5. Grande selvageria, um verdadeiro pestinho aquele garoto. Se não era o carro da família do Cebolinha, eles ganharam um carro novo.

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    6. Se ganharam, o problema é quem perdeu. Dá para uma pessoa morar dentro do bicho se não fossem as pulgas, deixar o Floquinho andar sozinho pelas ruas é complicado porque pode acidentalmente trazer objetos para casa onde mora e Cebolinha e seus pais passarem por ladrões, também pode ser perigoso o pós-banho dele, os cães se sacodem bruscamente depois dos banhos, no caso dele podem ser ejetados objetos pesados e objetos afiados ameaçando a integridade física de quem estiver próximo, antes do banho tem que ser sempre averiguado minuciosamente, ou seja, o Floquinho é uma dócil ameaça pública.

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    7. Essa de o carro sair dos pelos do Floquinho deve ter se baseado no CAPITÃO...CAVER...NAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!

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    8. Talvez, mas não tenho certeza. O Capitão Caverna foi criado nos anos 1970 ,com mais visibilidade em "Os Flintstones e companhia" em 1980 no quadro da Wilma e Betth como jornalistas, e histórias do Floquinho assim foram mais frequentes a partir do anos 1980, aí seria uma possibilidade.

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    9. Graças ao seu comentário, Marcos, me foi resgatada a memória do jornalismo pré-histórico imparcial, investigativo, bem abalizado de Betty Rubble e Wilma Flintstone, seu blog é um túnel do tempo, obrigado! Capitão Caverna teve também uma série animada só dele, lembram-se?

      Engraçado o Cascão reparar nas orelhas do Titi com cabelo que a vaca lambeu, além de suas orelhas serem entupidas de cera, são bem maiores que as do Titi, um orelhudo e dois carecas depreciando seus cabelos e orelhas, era para o Titi se sentir bem e não se abater com inveja alheia. Antigamente pessoas "ocupadíssimas" adestravam pulgas, quando criança ouvi muito falar sobre circo de pulgas, Cebolinha deu sorte de nunca ter tido piolhos pelo simples fato de ninguém ter tido a ideia de adestrá-los, no caso dele só piolhos equilibristas. Quem se lembra dos famosos pentes finos?

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    10. Sim, o Capitão Caverna tinha uma série só dele, foi criado primeiro e depois que passou a aparecer com Os Flintstones, que foi onde mais eu vi. A série solo dele eu vi pouco. E ainda teve participação dele em Flintstones no Anos dourados com os personagens crianças.

      Com o cabelo baixo, as orelhas do Titi ficaram maiores por isso a piada do Cascão, mas é esse lance de zoar o outro, mas esquece de enxergar a si próprio rsrs. Pente fino pra piolho era de lei.

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    11. Curioso esses bichinhos gostarem preferencialmente de fazer morada em couros cabeludos infantis, a calvície nos adultos abrange boa parte dos homens, mulheres com mesmo problema são um número ínfimo, então calvície não é a resposta pois muitos adultos não passam por isso, acho que gostam de sangue novo, me lembro das lêndeas que são os ovos dos piolhos, antigamente realmente representavam um grande problema, atualmente o que não faltam são xampus eficientes, uns caros e outros nem tanto, o império dos piolhos já passou.

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  3. Realmente esse gibi é muito bom, as histórias são boas,os traços são muito bons, tudo era perfeito.

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    1. Verdade, muito perfeito. Traços, então, nem se fala. Tudo era desse nível na época.

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  4. Já li essa "O Bebezão" em um almanaque.

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    1. Sim, foi no Almanaque do Cebolinha 17 de 1992. Muito engraçada essa.

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    2. "Maiú", será que a criancinha chama-se Maria Lúcia? Parece que tanto a bebê quanto a mãe foram inspiradas em pessoas reais, parentes de algum(a) profissional que trabalhou na MSP, ou alguma profissional que foi mãe na época serviu de inspiração.

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    3. Não sei dizer, mas pode ser que elas foram inspiradas em alguém da família ou amigas conhecidas do roteirista. Eles gostavam disso de inserir parentes e amigos nas histórias, principalmente Rosana.

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    4. Sim, era habitual essa prática, são inúmeras histórias assim, o nome-apelido da criancinha e os traços diferenciados do rosto da mulher são o que me fizeram cogitar a possibilidade de ser mais uma história do tipo.

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  5. Esse gibi tem histórias que são muito boas,adorei! Além de ler gibis antigos eu também gosto de ver várias vezes os filmes antigos da Turma da Mônica.

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    1. Muito legal esse gibi, é bem antigo mesmo. Os filmes também eram muito bons.

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  6. Marcos,onde eu posso encontras as capas de setembro e outubro da turma da monica?

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    1. As de setembro tem no site da Panini e já disponíveis nas bancas, as de outubro não sei.

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  7. Excelente revista, os gibis do Cebolinha da Abril eram muito bons, Ma Cascão e Chico também não ficavam atrás. As de hoje nada vale a pena, tudo descartável, nem compro. Pelo que vejo folheando, Mônica anda bobo demais, uma das piores mesmo, mas os outros também com nada que agrade.

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  8. Primorosa! Eu tive essa edição quando criança, e me lembro vividamente dessas histórias! As fases da Abril e da Globo são absolutamente IMBATÍVEIS!! A fase atual, no entanto, é um verdadeiro cemitério criativo, com pouquíssimas e raras exceções, como os crossovers MSP/DC , do Cebolinha com o Batman, do Chico Bento com o Superman e a Mulher Maravilha e os da TMJ com a Liga Da Justiça.

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    1. Nem perco tempo comprando revistas novas, só as consideradas especiais. Quando querem fazem edições boas, mas no geral são tudo educativas e bobas.

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  9. Pessoal, tirando os almanaques cheios de alterações que ainda republicam bastante histórias do século XX, comprar edições da Turma da Mônica clássica com histórias inéditas há muito se tornou sinônimo de rasgar dinheiro.

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  10. Não vale a pena mesmo as revistas novas, perda de tempo e dinheiro.

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