Mostro uma história em que o Astronauta teve que enfrentar um extraterrestre bandido que se passou por cachorro para fugir da prisão. Com 6 páginas, foi pulicada originalmente em 'Mônica Nº 186 (Ed. Abril, 1985) e republicada em 'Almanaque da Mônica Nº 36' (Ed. Globo, 1993).
Capa de 'Almanaque da Mônica Nº 36' (Ed. Globo, 1993) |
Mostra o Astronauta com solidão no espaço sideral, lembrando dos seus amigos, da sua namorada Ritinha e da vida na fazenda, quando de repente se depara com um cachorro espacial abandonado em um planeta. Astronauta acha bem dócil, leva o cachorro para sua nave para fazer companhia, dá comida e arruma um cantinho para ele dormir. Depois que sai para ter uma soneca também, o cachorro se transforma em sua forma real de extraterrestre e captura o Astronauta, que estranha o ET lá dentro da nave.
Ele se apresenta como Bargow, do planeta Orbow, que durante muitos anos foi considerado o maior vilão do espaço, assaltou todos os bancos de todos os planetas, mas um dia foi capturado por uma policial, aproveitando que seu ponto fraco era mulheres bonitas. Foi condenado a viver o resto da vida em um planetoide até que avistou o Astronauta e leu os pensamentos dele de solidão e se transformou em um cachorro, já que os habitantes do planeta Erbow são camaleões.
Com isso, Bargow deixa o Astronauta no planeta prisão para cumprir a pena no lugar dele. Só que Astronauta tem pensamento de um tesouro. Bargow lê o pensamento dele e exige que fale onde tá o tesouro. Astronauta fala que não tem nenhum e, assim, Bargow o leva para a nave para mostrar onde está. Astronauta pensa que tem tesouro em um esconderijo secreto, que era só apertar um botão. Quando Bargow aperta, leva um soco de uma aparelhagem de luva de boxe que o Astronauta tinha colocado na nave.
Astronauta se desamarra com outra aparelhagem com tesoura e se orgulha que sua nave é cheia de truques. Ele prende Bargow e o leva até o planeta-prisão que ele estava. No final, Astronauta comenta que tem que ter cuidado, pois tem vários planetas-prisões naquela região e vai sobrevoando com sua solidão e lembranças, quando de repente se depara com uma mulher perdida em outro planeta, dando a entender que é golpe e vai acontecer tudo de novo.
Uma aventura bem legal, o alienígena bandido se aproveitou da solidão do Astronauta e do dom de ler pensamentos e de ser camaleão se transformando em outras coisas para virar um cachorro e poder fugir da prisão. Ele passou sufoco por causa da sua solidão, um tema muito abordado em suas histórias antigas. Tanto o Astronauta sofreu por conta do extraterrestre ter se aproveitado da sua solidão, assim como o Astronauta se livrou do ET por causa da sua fraqueza por dinheiro. Com isso, a história deixa a mensagem de ficar atento às pessoas, não deixarem se aproveitar de você ao saberem de suas fraquezas.
Boa ideia de mostrar que as prisões de extraterrestres bandidos eram em planetas prisões, ficando lá solitários a vida toda. Legal ver a nave equipada do Astronauta, pronta para enfrentar qualquer perigo inesperado. Final ficou aberto para os leitores imaginarem como seria a sequência após. Sabe-se que a mulher que ele encontrou era outro bandido, mas o leitor imaginaria como ele ia se sair dessa de novo. Era muito comum finais abertos assim, principalmente nos gibis da Editora Abril. Impublicável hoje em dia por conta do alienígena ser bandido, coisa inaceitável nos gibis atuais.
Os traços muito bons, bem típicos dos anos 80, o universo espacial, a noite muito bem desenhado. Era bom os pensamentos com cores diferentes, com tons azulados e brancos, eu gostava dos pensamentos com cores assim para diferenciar que era algo passado, fora da realidade atual. E dessa vez a história do Astronauta teve título, coisa bem rara na época. Atualmente até que colocam títulos nas suas histórias novas.
Marcos,Pela Mais Pura das Curiosidades,eu Tenho uma Pergunta:
ResponderExcluirDos Personagens Principais(Mônica,Cebolinha,Cascão,Magali e Chico Bento)qual Você Mais Gosta e Qual Você Menos Gosta e Por que Motivo?
Eu gosto mais da Magali por achar engraçado a gulodice, os absurdos com ela comendo. E menos gosto seria a Mônica por ser a mais comum dos personagens principais,apesar da força exagerada dela. mas eu gosto dela também assim como os outros.
ExcluirMarcos,Retomando uma Antiga Conversa Nossa,Tenho Algo a Lhe Dizer:pra Ajudar Você a Ver as Tirinhas da TMJ com a CN,eu Retweetei todas as que achei no meu Twitter.Vê Lá.
ExcluirVi lá. As tiras com a Turma da Mônica normal foram melhores. Dessas aí gostei mais da festa do Atticus.
ExcluirUm raro título de fato de uma HQ do personagem,já que geralmente os títulos são sempre "O Astronauta".
ResponderExcluirEra muito raro mesmo, essa foi uma exceção.
ExcluirGostei muito de uma HQ dele em que ele chega num planeta em que tudo está pela metade,até o próprio planeta!
ExcluirO título,para variar, é "O Astronauta",só que desenhado/escrito com metade do nome chuviscado,sugerindo estar pela metade.
Tenho vaga lembrança dessa, não sei qual edição, parece ser boa.
ExcluirEle cai,só que fica suspenso no ar,no meio da queda,e conclui que caiu pela metade!
ExcluirÉ resgatado por dois habitantes de lá,que tem apenas um lado do corpo cada um,aí O Astronauta pergunta onde estava,e eles respondem:Num pá tropi,abençoá por De,e boni por naturê...
Bem criativa essa. Astronauta teve boas histórias.
ExcluirEu adoro as histórias do Astronauta,ele vive boas aventuras,tomara que ele não se engane de novo com a moça do último quadrinho.
ResponderExcluirAstronauta é um bom personagem, gosto dele. Tomara que ele tenha percebido logo que a mulher era uma cilada senão vai se dar mal de novo.
ExcluirSim é mesmo,e as aventuras espaciais são muito legais.
ExcluirEu gosto dessa, achei bem bolada.
ResponderExcluirDe todos os personagens criados pelo Mauricio de Sousa, o único que foi realmente sacaneado pelo criador foi o Astronauta! Fica perambulando sozinho pelo espaço desde os anos 1960, não sei hoje, mas, dos anos 60 até os 90, os personagens humanos de seu núcleo raramente apareciam, o Mauricio devia ter criado mais astronautas e/ou cosmonautas para lhe fazerem companhia, um cobertorzinho de orelha... entende, Marcos? Poderia ser uma astronauta humana ou uma astronauta E.T. humanóide, o Mauricio foi muito cruel com este personagem! Há quem diga que o cosmonauta e vendedor de travesseiros Marcos Pontes teve no Astronauta o seu muso inspirador. E segundo o próprio Mauricio, a primeira vez que o Astronauta saiu da Terra, ele partiu da base de Alcântara no Maranhão.
ResponderExcluirO núcleo do Astronauta sempre foi os extraterrestres. De personagens fixos seriam o computador da nave e a sua família e amigos do interior (mãe, pai, amigo Ditão e namorada Ritinha) quando ele vistava a Terra. Mas apareciam só de vez em quando.
ExcluirLá vai o Astronauta se estrepar com mulher bonita, a experiência que teve com o bandido parece que serviu de nada, se bem, vai que não é um metamorfo e sim um avião de verdade, ele vive na seca, mesmo assim pode ser uma golpista, quando a esmola é demais o santo desconfia. Pra ser astronauta, cosmonauta tem que gostar de meter a mão na cumbuca.
ResponderExcluirO comentário acima tem razão, o Mauricio foi cruel com o Astronauta, ele é a antítese do Rolo.
Sim, antítese do Rolo, que era bem paquerador.
ExcluirA Ritinha podia ser astronauta também, ou então ele poderia ter um relacionamento amoroso efetivo com alguma alienígena humanoide de preferência gata, do tipo que possui orelhas pontudas e quatro dedos em cada mão e em cada pé, poderia até ser verde ou de outra cor inumana, só que bela, ficaria bem legal, pena que não foi feito algo assim, desde quando foi criado está fadado a não ter chuva em sua horta, coitado!
ExcluirAstronauta até tentava ter relacionamento com as ETS de vez em quando, mas nunca dava certo, sempre tinha algum empecilho.
ExcluirUma pena, pois daria certo uma personagem do tipo efetivada no núcleo. Solitário o Astronauta é, porém, não vive na solidão, vive na solitude, ou seja, gosta de ficar sozinho, gosta de estar consigo mesmo, solidão é quando se sofre constantemente por estar sozinho, não é o caso do Astronauta, de vez em quando a solidão o pega, o que é normal.
ExcluirNo sentido literal, quem entende de horta é o Chico Bento, detesta horta seca, o oposto do Cascão que detesta horta molhada, também literalmente, claro!
Pois é, seria bom
Excluiro esquisito é que quando o astronauta pensa em um tesouro pra enganar o et, é impossível que ele não tenha pensado em ENGANAR o et , então, o et teria captado o plano dele
ResponderExcluirO ET poderia ter captado esse pensamento dele, pode ter ficado despercebido pelo ET.
ExcluirOi, Marcos, tudo bem? É o Daniel falando, depois de tanto tempo ausente no blog. Lembra-se de mim?
ResponderExcluirEu vim comunicar que mesmo tendo chegado só 4 anos depois da postagem, não posso negar que foi mais uma história interessante do Astronauta. Ele pode não ser um dos meus personagens favoritos da Turma da Mônica, mas não é por isso que eu deixo de acompanhar e nem sequer pulo suas aventuras, sobretudo as mais antigas, que davam uma emoção a mais, se é que você me entende. E simplesmente adoro como depois que ele enfrenta o bandidão, ele simplesmente não resiste a mulher bonitona em pleno espaço, dando conta que ele vai se meter em outra encrenca e dar pra gente um ar de "lá vamos nós de novo". A maioria das HQs dessa época eram assim, era algo super normal.
Pois bem, falaremos agora sobre a publicação original da história. Usando o bom, velho e confiável Guia dos Quadrinhos, eu descobri que ela foi originalmente publicada em Mônica nº 186, de 1985, principalmente porque lá dizia que a história tem exatas 6 páginas, então só pode ser essa, tenho certeza. E você acertou ao pensar que é uma HQ daquele ano, como é que você consegue ter tantas adivinhações assim? Relaxa, tô só brincando, hehehe!
Enfim, se ainda der tempo, espero que possa fazer a atualização na postagem e de nada pela minha ajuda mais uma vez. Tomara que eu encontre um pouco de tempo de sobra pra comentar suas outras postagens, pois como eu tenho passado diversos bocados na minha vida (até me formei da faculdade, inclusive), eu mal tenho tempo de comentar com você, mas não é por causa disso que eu ainda acompanho o blog. Então, assim que possível, apareço de novo por essas bandas, OK? É só ficar atento quando eu chegar.
Enfim, eu fico por aqui e desejo um ótimo dia pra você, velho companheiro. Um forte abraço, muita saúde, que o blog continue firme e forte e nos vemos na próxima vez, se Deus quiser!!!
Estou bem, Daniel. Lembro de você. Legal que se formou na faculdade, sem problema em não der pra comentar, comente quando der. Essa é uma história legal, bastante conflito. Vou atualizar a postagem com a informação da revista original da Mônica com essa história. Obrigado, um ótimo dia pra você também e continuamos aqui. Abraço.
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