Nessa postagem eu compartilho uma história de um garoto fascinado por jogar videogame que foi ao Parque da Mônica pela primeira vez. Ela tem 13 páginas no total e foi publicada em 'Parque da Mônica Nº 45' (Ed. Globo, 1996).
Capa de 'Parque da Mônica Nº 45' (Ed. Globo, 1996) |
Nela é apresentado o Gabriel, um menino vidrado por videogames e filmes e que passava o dia inteiro na frente da televisão jogando ou assistindo filmes. Sua mãe cansada de vê-lo o tempo todo na frente da TV, desliga o aparelho, falando que vai ficar corcunda e ele pergunta se igual ao "Notregueime". A mãe manda Gabriel brincar lá fora, só que ele vê seus brinquedos eletrônicos e fica brincando. A mãe vê e leva pra fora de casa mandando jogar bola com os amigos dele.
Gabriel, já no lado de fora, fala que não tem amiguinhos e se lembra que está na hora do seriado "Capitão Droid contra os monstros siderais". Ele tenta pular a janela para entrar no seu quarto, quando ouve a Turma da Mônica se preparando para sair de carro do Seu Sousa, pai da Mônica, não vendo a hora de chegar no lugar para brincar o dia inteiro, mas não falando que era o Parque da Mônica. Gabriel pergunta aonde tá passando todos aqueles filmes e Magali diz que não é filme e, sim o lugar mais legal do mundo,
Gabriel fica animado, querendo saber que lugar era aquele que era melhor que os filmes a que ele assistia. Mônica diz que tem um ingresso sobrando e pergunta se o Gabriel quer ir com eles. A mãe ouve e diz que ele vai para distrair um pouco. Dentro do carro, Gabriel pensa que a mãe quer se livrar dele. Magali diz que é impressão dele, que é porque ele ainda não tinha visto o Parque.
Chegando no Parque da Mônica, Gabriel se espanta com o Atrium, o robô gigante da entrada. Ele pensa que é uma televisão gigante e fica eufórico para arrumar um videogame para jogar na tela daquele tamanho. Cebolinha diz que não é uma TV, era só a entrada do Parque e que os brinquedos estão lá dentro.
Gabriel não entende como vão brincar, se os brinquedos não se mexem. Cascão estava brincando no "Fórmula Zum" e chama o Gabriel para pilotar junto. Gabriel reclama que os carrinhos não se parecem com a "Belali" e "Maquilarem" e Cascão explica que são eles que fazem os carrinhos se movimentarem. Gabriel se atrapalha todo, mas gostou do brinquedo, falando que foi a primeira vez que ele corre sem ser na tela do computador.
Depois eles vão aos "Balões" e Gabriel acha que cansa ficar pedalando para ver os balões subirem. Mesmo cansando, também achou divertido. Em seguida, vão a "Tumba do Penadinho" e Gabriel acha que os filmes da saga "Massacre do Serrote Gasto" são mais assustadores. Nessa hora, Cebolinha e Cascão aparecem vestidos de fantasmas com lençóis e dão o maior susto no Gabriel.
No "Brinquedão", ele se diverte para valer escalando redes e descendo no escorregador, mesmo que reclamando que as suas mãos iam encher de calos. No "Cinema 3D", ele fica pulando, tentando pegar os peixes porque acha que estão realmente saindo da tela. Já no "Carrossel do Horácio", ele estranha que os dinossauros não se parecem com os computadorizados do filme "Parque Juriátrico". Mesmo assim adora brincar no carrossel.
A partir daí, Cebolinha e Cascão têm ideia de xingar a Mônica de balofa e então eles correm pelo Parque inteiro para não apanhar dela. Primeiro, se escondem nas piscinas de bolinhas do "Brinquedão", depois correm até a "Casa do Louco" e vão ao "Brinquedinho dos Amazônicos", aonde o Gabriel estranha que não vê os controles dos triciclos. Cascão explica que os brinquedos não funcionam sozinhos, confundindo a palavra interativo por integral. E Gabriel consegue derrubar os meninos.
Com a correria, Gabriel se cansa e vai até a "Lanchonete da Magali" para comer um lanche, falando que não sua desde quando jogou videogame no verão. Mônica aparece com raiva, reclamando que o Gabriel estava ajudando os pestes dos meninos, e ele dá um beijo nela, agradecendo que faz tempo que ele não divertia tanto assim. Gabriel não perde tempo e corre para brincar de novo.
Já no final da tarde, o monitor avisa que o Parque está fechando e está na hora de eles irem embora. A turma encontra o Gabriel dormindo na piscina de bolinhas do "Brinquedão", exausto de tanto brincar. Eles o levam para casa e já na sua cama, Gabriel acorda com a Mônica avisando que eles se encontram de novo no Parque. Gabriel, então, enche o saco dos pais para ir de novo ao Parque, com a mãe mandando ele ficar quieto que quer ver novela e o pai reclamando que não fica quieto e assiste televisão, terminando assim.
Uma história legal protagonizada por um secundário que conseguiu largar a sua mania de jogar videogame o tempo inteiro graças a Turma da Mônica que levaram para o Parque da Mônica. É até interessante a situação se invertendo no final, com o Gabriel curado e os pais querendo que ele fique quieto. A gente ainda confere alguns brinquedos do Parque da Mônica antigo.
O Parque da Mônica quando criado não tinham brinquedos tecnológicos, só manuais que não funcionavam sozinhos e eram as crianças que tinham que correr, pular e se divertir. A proposta era essa de fazer as crianças se movimentarem porque ficavam muito presas em casa, só jogando videogames ou brincadeiras paradas. Foram feitos para as crianças brincarem como se estivessem nos quadrinhos, como se fosse um quintal perdido, como o Mauricio de Sousa se referia ao Parque nas entrevistas de inauguração. Então, essa história mostra a real proposta do Parque da Mônica e esse contraste de uma criança que só quer saber de tecnologia pela primeira vez brincado em um parque.
O Parque da Mônica quando criado não tinham brinquedos tecnológicos, só manuais que não funcionavam sozinhos e eram as crianças que tinham que correr, pular e se divertir. A proposta era essa de fazer as crianças se movimentarem porque ficavam muito presas em casa, só jogando videogames ou brincadeiras paradas. Foram feitos para as crianças brincarem como se estivessem nos quadrinhos, como se fosse um quintal perdido, como o Mauricio de Sousa se referia ao Parque nas entrevistas de inauguração. Então, essa história mostra a real proposta do Parque da Mônica e esse contraste de uma criança que só quer saber de tecnologia pela primeira vez brincado em um parque.
Os traços ficaram muito bacanas, bem no estilo que prevalecia nos anos 90. Na postagem a coloquei completa. Legal ver nomes parodiados como "Corcunda de Notregueime" (Corcunda de Notre Dame), "Belali" (Ferrari), "Maquilarem" (McLaren), "Parque Juriátrico" (Jurassic Park). Curioso colocarem a palavra "videogame" com grafia brasileira. Acho que colocaram para facilitar a leitura das crianças. Hoje é consagrado a palavra "game" estrangeira. Outro detalhe que a Magali e o Gabriel não aparecem com cinto de segurança dentro do carro e isso seria alterado se republicassem essa história hoje em dia.
Vale lembrar que esse personagem só apareceu nessa história. Eles podiam ter colocado o Teveluisão no lugar do Gabriel, mas quiseram dar um foco a um menino vidrado em vieogame e não apenas assistindo a programas de TV. Quando o Teveluisão foi criado não existia videogame e não quiseram fazer adaptação ao personagem jogar videogame, achando mais conveniente criar um personagem novo. Também não focaram em jogos de computador porque em 1996 poucos tinham computador em casa e acesso à internet (que era recém-lançada) e não existia jogos online. Se fosse publicada hoje, provavelmente fariam essa adaptação também e poderiam colocar o Bloguinho no lugar no Gabriel.
A capa desse gibi ficou muito legal, apesar de fazer referência à hq de abertura, tem certa piadinha do Gabriel vendo aonde ficava a tomada dos "Balões". Só o cabelo que foi colorido marrom, diferente do miolo da história.
Muito boa Marcos..não tinha lido está HQ antes...enfim pena que o personagem só ficou nesta edição e só!! xD
ResponderExcluirÉ, ele podia ter aparecido em outras, mas ficou só nessa mesma. Era normal ter personagens secundários q apareciam em só 1 história.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirParabéns pelo maravilhoso trabalho analítico e de resgate do blog!
ResponderExcluirValeu Ed! Obrigado por estar gostando do blog.
ExcluirNa Globo uma vez ou outra mostravam uma criança secundária indo ao Parque. Nos últimos números da Panini isso foi muito frequente e tudo de forma repetida, q se tornava cansativo. As hqs do Parque na Globo eram melhores, q tinham personagens secundários visitando (Jotalhão, Astronauta, Tina, etc), paródia de filmes, tinha uma agilidade legal.
ResponderExcluirQuanto a volta da revista agora não sei informar, não vi nada oficial, fora no site de assinatura falando q teria Parque da Mônica disponível para assinar. Tbm vi isso, q iam lançar assim q o Parque novo inaugurar, mas pelo jeito não vão lançar por enquanto. Se for, devem aproveitar o título "Turma da Mônica" como foi na série passada.
Abraços
Marcos você tem o gibi Chico Bento 77 da editora Abril? Eu consegui ele em um Sebo e vou te dizer, é um dos melhores gibis dele que eu ja li, pois a história de abertura é muito boa e com traços excelentes, se chama "Operação Micro infernal", onde um diabo chefe encolhe um dos seus assistentes e o manda para o corpo do Chico Bento com a intenção de deixá-lo doente. Os traços são serrilhados e muito bons, além dos quadrinhos estarem desenhados com muitos detalhes. A segunda parte dela se chama "A Batalha final" e é melhor ainda que a primeira parte, e foi publicada no final da revista e não logo depois da primeira parte. Nela o diabinho dentro do corpo do Chico, o agente meia meia meia, coloca seu plano em ação, indo ao cerebro do chico, enquanto isso a doença do Chico piora No final os Glóbulos brancos expulsam o diabinho do corpo do chico e ele se salva. A história é épica, pena que não seria republicada atualmente, pois é incorreta demais, pela presença de diabos, o Chico muito doente a ponto do médico chegar a dizer que desiste, além dos de váras vezes mostrar a anatomia interna do chico, como esqueleto, cerebro e sistema circulatório. O aquadrinhamento é um pouco diferente, com muitos quadrinhos grandes, alguns ocupando a página inteira, mas sao bem detalhados e bonitos, eu gostei. As outras histórias do gibi ão legais também, mas não superam essa. Se você a tiver, tem como falar dela no blog? Pra mim foi um das melhores histórias do Chico. Além desse gibi também consegui o 75, 76 e 78 da editora Abril.
ResponderExcluirInfelizmente eu não tenho e nunca li essa hq do Chico nº 77. Pela sinopse parece q não foi republicada nos almanaques da Globo. Parece ser ótima. Gibis de 1985 tinham muitas hqs assim sobrenaturais.
ExcluirJá os gibis do Chico Nº 75, 76 e 78 também não tenho, mas conheço as hqs de abertura delas republicadas em almanaques. Muito boas, principalmente aquela do CHB 76.
Vc tem Instagram? Se tiver mande aqui eu posso te marcar lá se vc ainda quiser ver essa historinha, vi ela lá num Instagram de gibi, muito boa mesmo.Obg...
ExcluirUnknown, eu consegui depois essa revista do Chico Bento 77 com essa história. Muito boa, sim, o desenho do Diabo é sensacional.
ExcluirOlá,Marcos.Essa postagem você publicou no mesmo mês que o parque foi reaberto e no mesmo mês que o filme Pixels será lançado.O parque ser reaberto foi planejado.Mas o fato da história ser de um gamemaniáco,fez referência ao filme Pixels.Você planejou isso também ou foi coincidência?
ResponderExcluirA única coisa planejada foi colocar uma hq do Parque da Mônica no mês q foi reinaugurado. Do filme Pixels foi coincidência.
ExcluirFabiano, tinha lote no Mercado Livre? Fiquei curioso. Vinham quantos gibis e era quanto?
ResponderExcluirTive esse gibi na minha infância e por isso gostei muito dessa postagem. Adorava essa história e sempre achava muito engraçado o Cascão se achando ao explicar sobre os brinquedos "integrais". É uma história muito divertida. Parabéns pela postagem.
ResponderExcluirÉ uma hq legal sim. Gostei tbm dessa parte do cascão. Obrigado por ter gostado.
ExcluirE olha que na época dessa HQ, o mercado de consoles de games tava em fase de transição: o Super Nintendo e o Mega Drive estavam saindo de cena e o PS1, o Nintendo 64 e o Sega Saturn já estavam na ativa e tinha ainda o Master System e os "Dynavision" da vida...
ResponderExcluirÉ mesmo, bem lembrado. Gostava do Master System :D
ExcluirLocalizei esse lote no Mercado Livre. De fato, não tem nenhum do Chico agora. Pena. Até q o preço tá razoável, o frete dependendo da quantidade, não. E tem q ver também estado de conservação. pelo q vi alguns não estão bons.
ResponderExcluirTem alguns q ficam muito escondidos q podem ter uma pegadinha na conservação. Por serem da Abril, os preços estão bons. Realmente aparecem oportunidade legal quando não dá pra comprar. Tomara q em uma próxima oportunidade de aparecer coisa boa vc tenha grana. Abraço
ResponderExcluirQuando vi esse personagem logo lembrei de um anjo da guarda que apareceu numa revista do Chico, é bem parecido em aparência e.... Gosta de tecnologia! E quando eu fui ver o nome do anjo... Também era Gabriel?..
ResponderExcluirDeve ter alguma relação, né? O personagem morreu ou algo assim? hasuhasha... Ele aparece em Chico Bento Panini 17 e 18. O que acha? (Não lembro se dentro da história eles fazem referencia a essa história do parque) https://pedemacarrao.files.wordpress.com/2013/08/chico-bento-2007-2013017-20130810turma-da-mc3b4nica.jpg?w=683&h=961
Não, são personagens diferentes e por coincidência se chamaram Gabriel. Nessas histórias do chico não fazem referência a essa do Parque.
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