quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

Cascão: HQ "O Terrível Papai Feio Noel"

Mostro uma história em que o Capitão Feio entra na casa do Cascão e planeja poluir o mundo na noite de Natal. Com 8 páginas, foi história de abertura publicada em 'Cascão Nº 35' (Ed. Abril, 1983).

Capa de 'Cascão Nº 35' (Ed. Abril, 1983)

Cascão e seus pais estão na ceia de Natal, quando ouvem risadas vindas da chaminé, Cascão pensa que é o Papai Noel descendo da chaminé e Dona Lurdinha pergunta ao Seu Antenor se não era ele quem ia se fantasiar de Papai Noel para o Cascão ou contratou outra pessoa para ficar no lugar dele.

Seu Antenor diz que contratou ninguém e chega perto da chaminé perguntando se Papai Noel existe mesmo e recebe um raio de sujeira deixando sujo e paralisado. Dona Lurdinha se aproxima e também fica paralisada com o raio de sujeira e Cascão descobre que é o Capitão Feio e diz que fã dele, mas não lhe dá direito de estragar o Natal dele. Capitão Feio olha para o Cascão e fica um mistério com o que ele planejou.

Enquanto isso, Papai Noel está entregando os presentes para a criançada, faltam poucos e o Cascão é o próximo e vai ganhar uma lata de lixo. Papai Noel entra na chaminé e descobre que ninguém foi dormir, estavam o esperando sentados na mesa, mas sem canções de Natal, sem festa, e o Cascão era um ser do esgoto. Capitão Feio manda os seres agarrá-lo e como são pegajosos, Papai Noel não consegue nem se mover.

Capitão Feio conta que quer o trenó e as renas emprestadas para entregar os presentes de pacotes de sujeira concentrada para a criançada e na hora de abrir os presentes será o Natal mais sujo do mundo. Quando Capitão Feio vai pegar o saco, cai um presente e quando vê era pra ele, um carrinho de lixo que sempre quis quando criança e comenta que nunca teve Natal, nunca ganhou presente e por isso odeia essa data.

Cascão deseja Feliz Natal para o Capitão Feio e lhe dá a sua lata de lixo, Capitão Feio se comove dizendo que não pode ser mal com quem lhe dá primeiro presente de Natal na vida, acha um ódio, faz os pais do Cascão voltarem ao normal e vai embora. Os pais querem saber o que aconteceu, Cascão diz que vai contar só que queria saber onde foi parar o Papai Noel. No final, mostra o Papai Noel no esgoto ajudando o Capitão Feio a montar a Árvore de Natal.

História legal em que o Capitão Feio entra na chaminé da casa do cascão, capturando todos e já sabendo que o Papai Noel iria para lá, planeja pegar trenó e renas para distribuir seus pacotes de sujeira para as crianças e poder sujar o mundo todo. Só que não contava que tinha presente de natal reservado pra ele, se comove e desiste de sujar o mundo no Natal e ainda comemora natal no esgoto pela primeira vez, a começar com Papai Noel ajudando a montar Arvore de natal que nunca tinha feito. 

Mostrou a regeneração do vilão na noite de Natal, revelou que nunca ganhou presente e nem teve festa de Natal, por isso que odiava tanto a data. Com espírito natalino até Capitão Feio pode mudar de planos, pelo menos uma vez por ano. Cascão até gostaria que o plano do Capitão Feio desse certo, desde que não estragasse a festa de natal dele, com tantas casas, o vilão foi parar justamente na casa dele, ainda bem que conseguiu ajudar a humanidade com a regeneração dele. Os seres de esgoto que não entenderam nada Capitão Feio montar Árvore e festejar Natal.

Foi engraçado Cascão reconhecer Capitão Feio pelos raios e cheiro vindos da chaminé, dizer que é fã do Capitão Feio, o grito de "Nããão!" do Cascão com o mistério do que ele ia fazer, Papai Noel dar lata de lixo para o Cascão, ser do esgoto disfarçado de Cascão, Capitão Feio dizer que a fama dele chegou no Polo Norte, imaginar como ia entregar os presentes e as crianças abrindo os pacotes de sujeira.

Mais uma vez foi citado que Papai Noel não existe pela visão dos pais, a intenção após a Ceia era o Seu Antenor vestir de papai Noel para dar presente par ao Cascão, com os pais não acreditando que Papai Noel existe e nem viram a presença do Bom velhinho na casa. Mesmo mostrando que ele existia, mas leitores podem descobrir que não existe e que são os pais que dão presente, eram muitas histórias nesse estilo.

Eram frequentes também histórias de Natal em que vilões e bandidos se regeneravam, tentavam estragar a festa, mas se arrependiam depois, eram boas histórias assim. Também tiveram bastante histórias de Natal com o Capitão Feio, sempre eram envolventes. Nos anos 1980 não tinha mais o conceito que o Capitão Feio era tio do Cascão, por isso ele disse que nunca havia comemorado Natal e ganho presentes. Se ainda fosse tio do Cascão na época, logicamente já teria ganho presente de Natal dos pais do Seu Antenor quando era criança. 

Até nos anos 1980 os monstrinhos de sujeira tinham estilo de traços diferentes, eram chamado de seres do esgoto e não falavam, só emitiam som "Blub! Blub!". A partir de 1989 que mudaram do jeito que conhecemos, passando a falar e serem chamados de monstrinhos. 

É incorreta atualmente por Capitão Feio estragar festa de Natal, ter planos de sujar o mundo (hoje são planos de dominar o mundo no sentido de ser rei e não tem mais essa ideia de poluição),  Cascão declarar ser fã de um vilão como Capitão Feio por causa da apologia de ver tudo sujo ao seu redor, Cascão ganhar lata d elixo e Capitão Feio, carrinho de lixo, e ideia de que Papai Noel não existe.

Traços muito bons, típicos de histórias dos anos 1980 com personagens com bochechas começando na altura dos olhos. era bom pensamentos em tons azulados para demonstrar que não era a realidade. Foi republicada depois algumas vezes em Almanaques de Natal, dentre eles, 'Mônica Especial de Natal Nº 1' (Ed. Globo, 1995) e 'Mônica Especial de Natal Nº 7' (Ed. Globo, 2004). Deixo aqui a capa da edição "Nº 1", que é a que eu tenho.

Capa de 'Mônica Especial de Natal Nº 1' (Ed. Globo, 1995)


FELIZ NATAL!!!

2 comentários:

  1. Quem diria!... Capitão Feio... ficou tocado, e foi desarmado pela comoção...
    Atmosfera da TM oitentista é demais! Intensa mesmo, visceral até, eu diria! Nesta HQ, por exemplo, sem exagero, meio que consigo entrar no ambiente, me vejo dentro da casa da família do Cascão, como se fosse uma experiência em 3D...

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    1. Pois é, era tão bem feito que é como se a gente estivesse no gibi junto com os personagens, era muito bom. Capitão Feio se comoveu por nunca ter tido carrinho de lixo, de ser lembrado alguma vez, só Natal pra conseguir comovê-lo, mas felizmente depois voltou a ser o velho vilão de sempre pra ter outras histórias maravilhosas.

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