quarta-feira, 4 de junho de 2025

Magali: HQ "À beira da falência"

Mostro uma história em que a Magali foge de casa pensando que dá prejuízo financeiro para os seus pais por comer demais. Com 6 páginas, foi história de miolo de 'Magali Nº 21' (Ed. Globo, 1990).

Capa de 'Magali Nº 21' (Ed. Globo, 1990)

Magali acorda ouvindo o seu pai conversando com a mãe que vão precisar fazer cortes, só em alimentação foi gasto um bilhão de dólares este ano, vão à falência desse jeito e vão precisar fazer outro empréstimo para pagar os juros das dívidas. Magali deduz que estavam falando dela, fica triste que não pensava que dava tanto trabalho para os pais e resolve fugir de casa. Dona Lili pergunta se a filha não vai tomar café, Magali diz que está sem fome, Seu Carlito fala que começa a ter esperança e Magali foge mais triste ainda, sem ouvir "Também com essa eleição...".

Na rua, Magali se esbarra com a Mônica, conta que está fugindo de casa porque o pai gastou alguns bilhões com ela e pergunta se pode ficar na casa da Mônica por uns tempos. Ela fica sem graça, tenta dar desculpa que não e Magali diz que vai se virar, não nasceu quadrada. No caminho, ouve dois homens comentando que foi absurdo e lamentável que foram 21 bilhões de dólares e ela acha que o pai espalhou notícia para todo mundo e ainda aumentam e que nunca mais vai saber encarar seus amiguinhos e que é o fim.

Magali vê que levou só uma banana na trouxa, come e fica com fome. Olha para o menino comendo sanduíche, que cai no chão. Depois fica olhando um casal comendo no restaurante no lado de fora, o homem não gosta e o garçom a expulsa de lá. Magali desmaia de fome, Seu Carlito aparece e ela diz que os problemas dele acabaram, que ouviu falando com a mãe que ia à falência por causa dela. Seu Carlito ri, diz que estava lendo o jornal e que a filha foi a melhor coisa que teve na vida. No final, voltam para casa, Seu Carlito não come, fica só assistindo a Magali comer.

História legal em que a Magali ouve conversa dos seus pais que foi gasto bilhões de dólares com alimentação e que está á beira da falência e Magali pensa que estão endividados por causa da comilança dela e foge de casa para não dar mais problemas para eles. Só que passa fome por não ter levado comida e desmaia na rua, o pai encontra e explica que foi só notícia do jornal que estava lendo.

Tem gente que se pergunta de quanto Magali gulosa dá prejuízo para os pais, como conseguem sustentá-la e vimos que isso já foi retratado em história. Realmente do jeito que a Magali ouviu, dava para pensar que foi com ela, ouviu conversa pela metade e não viu o pai com jornal e tudo coincidia como o pai ter esperança que a gula ia acabar quando disse que estava sem fome e os homens que diziam que foram 21 bilhões. A verdade bilhões de dólares era o valor gasto no Brasil, enfrentando inflação exorbitante e dívidas externas. Magali nem imaginava que era isso, sentia culpa por ser gulosa e já pensou que era com ela por não ter ouvido o papo completo. Apesar de dar um certo prejuízo para os pais por comer demais, mas também não seria nesse nível de bilhões de dólares. 

O final foi bonito, mesmo sabendo que a Magali dá prejuízo, o pai sempre vai achar a filha a melhor coisa da vida, não importa quanto gaste com a comilança dela, sempre vai amá-la e é satisfação vê-la feliz comendo. Esse seja um motivo dos pais atenderem todas as vontades dela, nunca terem repreendido a gula Magali, não terem levado para terapia e sempre compravam tudo que ela queria comer e fazerem banquetes em casa. Sempre era bom ver a inocência das crianças diante dos problemas de adultos, nem ter noção quanto vale um bilhão, como nem ter noção quanto vale bilhão. 

Foi engraçado a Magali achar que precisava de tesoura para cortar falência, dar desculpa que estava sem fome e coincidir a fala do Seu Carlito que começa a ter esperança que a gula da filha ia acabar, Mônica dizer que tudo que tem "ão" é grande e não querer que a Magali dê prejuízo na casa dela não querer, coincidência dos homens que Magali deu prejuízo de 21 bilhões, o olho grande da Magali fazer cair o sanduíche do menino e ela ser expulsa do restaurante e desmaiar de fome pensando que morreu.  

A inflação no Brasil era assustadora na época e tinham esperança que ia melhorar depois da eleição para presidente que iria acontecer, a primeira após a Ditadura Militar. Provavelmente foi roteirizada em 1989 em época de campanha eleitoral e conseguiram encaixar só nesse gibi de 1990, por isso de citarem sobre eleições no papo. 

Incorreta atualmente por ter assunto adulto de economia que povo do politicamente correto acha que não é apropriada para crianças, Magali fugir de casa e ser colocada como filha que dá prejuízo aos pais,  além de implicarem com expressões populares de duplo sentido como "a situação está preta" e "não nasci quadrada", Magali com tesoura com pontas na mão e não duvido que implicariam também com jornal, que apesar de ainda existir hoje, quase ninguém compra mais.

Traços ficaram bons típicos de histórias de miolo de final dos anos 1980 e início dos anos 1990. Essa revista teve terrível etiqueta de preço por causa da mudança inesperada de moeda no Brasil de Cruzado Novo para Cruzeiro em março de 1990 e precisaram colocar etiqueta com a moeda Cruzeiro atualizada em última hora. Há versão sem etiqueta e com o preço em Cruzado Novo que seria do primeiro lote e esse exemplar foi do segundo lote. Não gostava dessa etiqueta era bem grande atrapalhando o visual da capa. Aconteceu isso também nas edições de 'Cascão Nº 84' e 'Chico Bento Nº 84' da primeira quinzena de abril de 1990.

45 comentários:

  1. Que tesoura o quê!! Vai cascando fora, Magali!! Você só dá... prejuízo!!!
    "Quem pariu Mateus que o embale", ao menos era assim que se dizia antigamente, pois, bem fez a "melhor amiga" em negar guarida (ou guarita) para a protagonista, porque, trouxas, nesta trama, é a que Magali arruma para fugir de casa e mais... Seu Carlito(!). Este respeitável cidadão, infelizmente, com muito orgulho, ostenta diploma de trouxa...
    A gorducha diz que tudo que tem "ão" é grande, aí eu pergunto: e anão, Mônica?

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    1. Tesoura não resolveria. Que grande mui amiga é a Mônica, isso porque é considerada melhor amiga, não podia negar abrigo mesmo que a Magali comesse tudo da casa dela. Seu Carlito prefere a felicidade da filha por isso releva a comilança dela. A Mônica não se tocou em anão, não dá pra generalizar ess terminação, o que é certo que ela não conhece o numeral bilhão

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    2. Aí, não, Marcos. Mônica é a melhor amiga, mas, decerto gosta mais dos pais do que dela. Magali come para um batalhão. Seu Sousa, por exemplo, chega cansado do serviço e se depara com a despensa vazia, já pensou? E a Dona Luísa ter de cozinhar para ela como naquela HQ do período Abril em que assim que a filha comunica quem convidou para almoçar ou jantar, a coitada desfalece por alguns segundos. Portanto, "vá embalar Mateus quem o pariu". Mônica foi sensata, pois valoriza seus progenitores, bem diferente de Magali, que não dá o devido valor para Dona Lili e Seu Carlito, só faz comer e beber o tempo todo, come, come, come... e eles que se virem para sustentá-la...

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    3. Olhando por esse lado, tem razão, a Mônica não quis contrariar os pais, não seria justo dar prejuízo pra eles por causa da Magali, fora a bronca que a Mônica podia receber dos pais levando amiga pra lá.

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    4. Deixo claro que a Magali top de linha é a da versão extremamente incorreta, é aquela menina esfomeada, egoísta, no que tange dividir o pão e que adora filar guloseimas e boias - os jantares e almoços das casas dos amigos. Contudo, o fato de ser entusiasta da boa e velha guria original em nada me impede de, volta e meia, tecer críticas à sua, "estomacalmente" falando, conduta autocentrada.
      "Ah! Mas aí soa esquizofrênico, soa ambíguo! Porque, afinal, ou lá, ou cá! Decida-se!"
      Observem que as exclamações do segundo parágrafo exprimem com exatidão como que o pessoal histérico - essa gente desocupada que problematiza quadrinhos - lê, enxerga, interpreta determinadas questões, ou seja, pela enviesada ótica binária.

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    5. Sem dúvida a Magali incorreta, egoísta, que rouba comida dos outros, que faz planos infalíveis pra conseguir tomar o que os amigos estão comendo é infinitamente melhor e que dá graça nela. Embora não seja bom exemplo, é isso que fortalece personagens senão viram pessoas comuns e nada relevante, então nunca critiquei essa atitude da Magali, quem dera se ela fosse assim até hoje.

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    6. Eu critico, não obstante, com devida coerência, porque, incorreções são os combustíveis para que personagens como Magali, Cascão, Chico Bento, Mônica, etc, etc, etc funcionem plenamente. Por exemplo, só de dar razão à Mônica em não abrigar Magali em "À beira da falência", automaticamente estou criticando a protagonista, o que é totalmente plausível para um entusiasta de incorreções que compõem personalidades de seres lúdicos, seres fictícios. Longe de ambiguidade ou esquizofrenia, compreende?
      Agora, "planos infalíveis para tomar o que os outros estão comendo", é "Ceboli", é "Magalinha" ou, o quê? Resultado de algum experimento mal-sucedido do Franjinha? Um amálgama? Confesso que desconheço essa faceta da dita-cuja. Nesse ponto Magali das antigas sempre foi objetiva, toma na cara-dura e, pronto. Até onde sei, ela não é de arquitetar, não queima pestana nesse sentido. Sei lá, acho que não, ou, se já vi/li HQ(s) do tipo, não lembro...

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    7. Tem uma em que ela se passa por umas primas dela de outros países pra ganhar mais comida. Não sei se você já viu, mas tem aqui também.

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    8. Puxa, Julia R., que notícia! Então, nossa pantagruélica favorita outrossim é chegada em tramoia, maracutaia, cambalacho e, como pessoal do Hermes & Renato dizia: "um tiquinho de falcatrua", é isso mesmo?
      Quase certo que não estou equivocado, isto é, não deve ser mais uma de minhas memórias falsas. Lembro que foi veiculado em TV aberta um comercial da Embratel com Bugu falando para fazer um 21 - 'Faz um 21' era slogan dessa empresa. "Entonce", com base nisso, Magali já fez um... 171 (um, sete, um ou um-sete-um), seria isso? Bem, já que é assim, como não há algo melhor para fazer, a HQ que indicas, por estas bandas, procurá-la-ei*. Grato pela informação!
      *Peço que relevem esta... "mesoclisada".

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    9. Sim, Zózimo, ao defender a Mônica, automaticamente está criticando a Magali, mas não deixa de ser divertida as atitudes de ambas, isso que deixava as histórias boas. Essa que a Júlia falou é um bom exemplo de plano infalível criada pela Magali, foi muito boa, se chama "Comilonas do mundo todo" de Magali 125 de 1994.

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  2. Achei bonitinha a história. Magali, que surpresa, primeira vez que vejo ela se preocupar em dar trabalho e prejuízo aos pais. Achei fofo isso. Tadinha, deu pena dela também. Sozinha, se sentindo indesejada. Mas ô cabeça para não pensar nem em levar comida de verdade. Essa parte foi meio forçada. Mas o final foi legal, com o pai achando e levando ela para casa, e orgulhoso da filha, mesmo que ela dê mesmo muito trabalho. Fechou bem. E a mãe também pelo visto concordou.

    História legal. Nota 7.

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    1. É dessa vez a Magali pensou nos pais, coisa que normalmente não acontecia. Deu pena mesmo, acho que ela não levou mais comida pra não dar mais prejuízo para os pais. No final a mãe concordou com o marido, tanto que ficou também assistindo a Magali comer. Mesmo com trabalho, amam a filha do mesmo jeito.

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    2. "(...)ô cabeça para não pensar nem em levar comida de verdade. Essa parte foi meio forçada.(...)"

      Sabe que até que não, Isabella? Magali saiu transtornada, certo? Isto é, envergonhada, ressentida e às pressas. Como foi fuga, logicamente não queria ser notada, ser vista pelos pais, daí, sai na surdina. Portanto, como provisão, pegou o que deu, pegou o que estava ao alcance. Provavelmente o que levou foi tudo que havia de comestível que havia no quarto, percebe? Como esfomeada que se preza, tende a dormir próxima de determinados alimentos. Tipo, ao passo que Mônica dorme com coelho de pelúcia, por sua vez, Magali, dorme com barras de cereais e pacotes de biscoitos por baixo do travesseiro, frutas, como maçãs e bananas, acomodadas na gaveta do criado-mudo e também dispostas em cima desse tipo de móvel, o mesmo valendo para as ditas porcarias, como caramelos, balas, pirulitos, pipoca doce, batatinhas fritas entre outras espécies de salgadinhos dispostos em saquinhos, essas coisas...

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    3. "(...)tudo que havia de comestível DISPONÍVEL no quarto,(...)"
      Dois "havias" na mesma frase, um seguido do outro, soa demasiado esquisito... Perdoem o vexame!

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    4. Faz mais sentido isso de não ter levado comida pra poder sair na surdina, se fosse na cozinha pegar mais coisas podia ser percebida pelos pais e se fosse pra cozinha precisando passar na sala, aí sem chance mesmo. A banana já devia estar no criado-mudo, na cabeceira da cama, dormiu antes de comer e deixada caso acordasse de madrugada com fome.

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    5. Tamem acho que fais sintido. Pega só as gulozema e as fruta que tarra no cuarto. Num tinha como ipra cuzinha e pegá mais alimento pra pô na troxa seno ca mãe e pai tarra tomano café naquele cõmodo.

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    6. Pois é, Ethelvina. Por isso fez mais sentido da Magali ter levado só a banana. No máximo poderia ter levado dinheiro da mesada se tivesse com ela no quarto, mas do jeito que ela é, deve gastar toda a mesada com comida no dia que recebe.

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  3. Teim que batê na cangaia pro burro intendê. Oia que o pai dela nem bateu, mais ela terpletō assim.
    A sequênssia que pega do cuarto quadrim até o sesto quadrim da sigunda pagina foi qnum guentei…. gargaiei com gosto……

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    1. Pior que é verdade. Só assim para Magali acordar - ainda que momentaneamente - do inerente autocentrismo. E Seu Carlito que, deveria, não bateu na cangalha, mas, por uma interpretação equivocada, ela se dá conta de que seu custo, isto é, o "custo Magali", é uma dura realidade para seus pais...
      Parece que há um erro na sequência que Ethelvina Ebó com Farofa destacou. Repito: parece, pois não há como ter certeza. Imagino que entre tirar camisola e colocar o vestido tenha levado uns dez segundos, dado que ao ouvir o chamado do pai ou da mãe e responder que está... sem fome(!!)*, aparece de camisola e, no quadro seguinte, ao ouvir o pai exclamar, está trajada com o tradicional vestido amarelo. Caso afirmação de Seu Carlito foi proferida a partir do primeiro segundo após resposta da filha, aí, trata-se de um erro, entretanto, caso tenha demorado um pouquinho, seis, sete segundos, aí, não há erro na transição de roupas do quarto para o quinto quadro(s) da segunda página.
      *Dizer que está sem fome, pela lógica, aguçaria curiosidade do casal e, provavelmente, aguçou. Considerando que se prepara(va) para fugir, "Já vou, mãe!", "Já vou, pai!", seria bem mais coerente se respondesse assim, porém, a resposta que o/a argumentista escolheu ficou melhor, bem melhor, porque, falar que está sem fome é cretinice, portanto, é cômico, é hilário.

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    2. A Magali nem recebeu castigo do pai, deve ter ficado com pena da culpa que ela estava sentindo. Essa sequência foi engraçada, ri muito dela também. Dá pra entender que a frase do pai foi logo em sequência, sem espera de segundos, então ela aparecer sem camisola é considerado erro. E falar que está sem fome foi pra dar graça, já que sem fome que ela nunca ficaria.

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    3. pRaivitá erro o praivitá dúvida se teim o num teim erro ti nhac tá cuvistidim no corpo au falà que tarra sem fome.
      Otra parte legau foi fitá uquiu garoto tá cumeno e o lanche cai no châum. Voti falá viu,,magricela dzòi gordo nè briquedonâum…..

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    4. O olho gordo da Magali faz até cair comida da mãos dos outros. Era legal isso.

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  4. Essa história da Magali fugindo de casa lembrou uma do Cebolinha fugindo de casa. bem engraçada, tinha em um almanaque do Cebolinha .

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    1. Uma cucebolinha foge de casa queu cunhess0 é dos ano 80. Na capa da rivistinha teimté ilicópitro no incausso dele, mais num parece ilicópitro naistória.

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    2. Não estou lembrando dessa do Cebolinha fugindo de casa, podendo ser essa de Cebolinha 149 da Abril que foi republicada depois em Almanaque do Cebolinha da Globo, só não dá pra confirmar se é essa. Quem gostava muito de fugir de casa é o Cascão, tiveram várias assim e era engraçado.

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    3. Eu me lembro de um desenho animado em que o Cascão foge de casa porque sua mãe queria que ele tomasse banho, e depois ele e a Mônica vão na casa dele pra fazer a mãe do Cascão sentir falta dele. Engraçado quando a Mônica pergunta se ela não sente falta de nada e ela responde: "Ah! Da antiga novela das seis, a que colocaram é um horror!"

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    4. Normalmente quando o Cascão fugia era por causa de banho que queriam dar nele. Parece que essa do desenho foi baseada em história de gibi do Cascão Nº 455, de 2005, é engraçada essa tirada.

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  5. Discupa terfiri mais meu palpite é quele troduzil a marina por pressâum da japoneza mãe dela e dos otros dois que serviro de baze pro Du cronta e pro Nimbo. Marido que teim juízo é aquele cobedesce a esposa.

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  6. "Marido que tem juízo é aquele que obecede a esposa?" Discordo, o certo numa relação de casal é nenhum mandar no outro. Nem homem mandar na esposa, nem mulher mandar no marido. Uma relação saudável de casal deve ser baseada na igualdade e no respeito mútuo, sem uma hierarquia de domínio ou submissão.

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  7. Discupa intâum ô Wariorr Ligt! Falei brincano…..Mais tenho essa tioria sabe? Su Maurisso numceitasse colocà Marina e os otro personage bazeado nos fidela acho cupau ia cantá, qicocê acha? Muleres japoneza tudo sabe lutá essas tau de arte marciau…..

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  8. Interessante a questão que vossas senhorias trouxeram à baila... Mauricio de Sousa teria introduzido Marina, Do Contra e Nimbus na Turma da Mônica por livre e espontânea... pressão?!?

    Ah! Então é brincadeira, né, senhorita?! Humpf!!
    Embora concorde plenamente com Warrior of Light, ademais não discordo de Ethelvina Ebó com Farofa. Epa! Esquizofrenia? Até que não, sabem por quê? Quando vivi em matrimônio, inúmeras vezes, minha digníssima (ex-)esposa teve de se dirigir a mim de... joelhos(!?!)... É que, quando "bicho pegava" entre nós, me abrigava debaixo da cama e, ela, ficava assim, ajoelhada, para "falar" comigo...

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  9. Eu particularmente acredito ser invenção essa história de que o Maurício se baseou na Mariângela para criar a Maria Cebolinha. Como o colega acima disse, a Maria é só uma bebê normal, não tem nada de diferente. Por mais que ele possa até ter se baseado na Mariangela quando era bebê também tinham as outras filhas que eram bem mais novas e mais próximas dessa fase do que ela naquela época. Me parece mais que o Maurício inventou isso por "obrigação" de ter um personagem pra cada filho dele.

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  10. Mauricio de Sousa sempre afirmou que sua primogênita o inspirou na criação da irmã do Cebolinha, porém, a questão que Sávio Christi levanta merece discussão, Matheus Diniz. Maria Cebola é só uma bebê, não conta com alguma característica marcante. Portanto, concordo com vossas excelências, o (principal*) criador da Turma da Mônica se viu na obrigação de criar personagens baseados em todos os seus dez ou onze filhos e isso foi, vamos dizer, "paia", foi "paioso". Seria muito mais sensato não ter embarcado nessa bobagem e de fato sugere que teve dedo de Alice Takeda, ou seja, parece que teria sido ela a fomentar esse padrão descaradamente piegas, essa... "igualdade" - só três contempladas é injusto*. Mônica e Magali são pesos-pesados, Maria Cebola cumpre direitinho a função para qual foi criada e, Do Contra, até passa na minha peneira, já o resto, bem... o próprio termo já diz... é resto!!
    *Capitão Feio, Mingau e Rolo, por exemplo, são alguns personagens importantes que não foram criados por quem os assina.
    *Injusto foi gradualmente cagar na Turma da Mônica clássica por conta desse bendito desencargo de consciência...

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  11. Sávio, Magali comer tudo que vê pela frente era característica dela, até que eu gostava. O Mauricio criou a Maria Cebolinha porque precisava de personagens femininas e viu nas filhas essa solução. A característica da Maria Cebolinha era ser bebê comum porque sua filha era bebê , não tinha uma personalidade ainda por isso. Com os gibis que os roteiristas adotaram característica nela como perturbar o Cebolinha enquanto ele tomava conta dela. Magali mesmo quando criada nem tinha personalidade, só depois de 3 anos de criada que Mauricio colocou como comilona porque via que a filha verdadeira, já mais crescida, gostava de comer muito, principalmente melancia. A Marina verdadeira filha do Mauricio já tinha personalidade de gostar de desenhar desde criança e antes de virar personagem, por isso ficou essa característica principal na personagem inspirada na filha.

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  12. Marcos e os outros a darem moral para as coisas que comento, eu mesmo entendo como falta de bom senso e juízo alguém (seja quem for...) sair criando personagens fictícios baseados em pessoas reais sem que estas saibam e consintam!

    Mauricio de Sousa se aproveitou de que as três filhas ainda eram muito pequenas, e não podiam dizer na época se concordavam ou não com essa ideia toda!

    Eu, pelo menos, pergunto às pessoas que conheço primeiro se posso ou não criar personagens a partir delas! Tem gente que não gosta de exposição ou acha que os personagens não vão ficar legais! Estão ligados nisso?

    Tenho três protagonistas femininas fictícias de algumas histórias em quadrinhos e livros (sou quadrinista e escritor...), e as três inspiradoras (pessoas reais) dessas três personagens amam e adoram essas minhas referências! São minhas três melhores amigas (daqui, de Vitória, Espírito Santo mesmo), e as três protagonistas são de comédia dramática, pastelão e maluca no caso!

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    1. Sávio, de fato o Mauricio teve sorte que as filhas aceitaram de boa depois que tiveram conhecimento porque senão podiam ficar com raiva a vida toda se não tivessem gostado. A Monica Sousa e a Magali Spada, embora muito pequenas e não terem noção da grandiosidade, até podia o Mauricio perguntar antes pra elas se aceitavam, já a Mariângela que inspirou a Maria Cebolinha não dava, afinal era só um bebê. Se Mauricio fizesse isso com o Marcelinho teria briga porque por muito tempo ele não queria virar personagem em quadrinhos, por isso que demorou a ser criado.

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    2. Com base na personalidade de Do Contra, outro filho que provavelmente não deve ter feito questão de entrar para Turma da Mônica foi o que inspirou a criação desse personagem.

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    3. Zózimo, não sei se o Mauricinho não quis virar personagem, se precisou o pai Mauricio insistir para o filho aceitar, mas acredito que ele aceitou de boa. Quem agiu como verdadeiro do contra foi o Marcelinho, sem dúvida.

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    4. A questão levantada pelo ilustre Sávio Christi analisada por essa ótica, óbvio que é válida, é legítima. Entretanto, também é coerente analisarmos por outro prisma, caros colegas de bancada virtual... Se Mauricio de Sousa; Daniel Azulay; Ely Barbosa; Chico Anysio; Renato Aragão; Monteiro Lobato; Charles Schulz; Marjorie Henderson Buell; fenomenal parceria entre Jack Kirby e Stan Lee; antológica parceria de William Hanna com Joseph Barbera; excepcional parceria Barks-Disney; E. C. Segar; Mort Walker; Jim Davis; Peyo; Quino; Chespirito; Cantinflas; Chaplin; Walter Lantz; Shigeru Miyamoto; Milton Caniff; Len Wein; Rob Liefeld; Frank Miller; Spielberg e lá vão umas mil et ceteras... Já imaginaram se todos esses talentos dependessem de permissões, de consentimentos, anuências de pessoas das quais foram fontes inspiradoras para criarem seus personagens e suas obras? Se esse critério fosse, digamos, seguido à risca para que seus sonhos deslanchassem, certamente o século XX teria sido bem menos exuberante, bem menos pujante, enfim, bem menos marcante no que tange entretenimento baseado no lúdico, baseado no ficcional. Percebam que, nesse sentido, certas flexibilidades, determinado nível de astúcia e, até mesmo umas pitadas de malandragem, foram, são e continuarão sendo tanto essenciais, quanto fundamentais...

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    5. Concordo, Zózimo, eles não conseguiriam criar personagens se dependessem de permissões e acredito que naquela época de anos 1960 e 1970 ou antes nem tinham leis pra isso. Então, o Mauricio se enquadrou que não precisava de permissão quando criou Mônica, Magali e Maria Cebolinha e até outros personagens como Cebolinha, Chico Bento, Vó Dita e outros que foram inspirados em amigos e familiares que convivia na época. Não necessariamente pediu permissão pra todos eles.

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    6. Existe alguma lei brasileira que contempla pessoas que foram fontes inspiradoras para criações de figuras fictícias e, que tal suposta/possível lei não existia naqueles tempos? Será que atualmente haveria algo assim em nossa legislação?
      Caso sim, caso não, por questão de precaução, seria sensato se na época Mauricio de Sousa omitisse, isto é, não revelasse publicamente que se inspirou em familiares, amigos e colegas para criar e desenvolver determinados personagens. Logicamente que isso lhe seria perguntado em inúmeras entrevistas e seria só dizer que não, que ninguém em específico o teria inspirado para criar e desenvolver qualquer personagem que fosse, simples assim. Seu "olhar clínico" para com a sociedade que teria sido sua única e exclusiva fonte de inspiração - se sempre mandasse um caô como esse nas entrevistas, estaria de bom tamanho, não pegaria mal, não ofenderia ninguém e, paciência, sempre nesse padrão, sempre nesse ritmo, próxima pergunta e... vida que segue...

      Por exemplo, o Tio Patinhas. Para criá-lo, teria Carl Barks se inspirado em alguém especificamente ou, teria usado como fonte apenas o tipo de caráter, o tipo de personalidade em questão? Afinal, em qualquer sociedade, seja oriental, seja ocidental, existem multibilionários sovinas, muquiranas, avarentos e que passam por cima de tudo e de todos para alcançarem seus objetivos. Quiçá não pareça, mas esta indagação é assaz pertinente.
      Assim como em qualquer sociedade encontraremos pessoas geniosas e agressivas, pessoas turronas, pessoas dissimuladas, pessoas realmente bondosas, gente extremamente vaidosa, gente extremamente gulosa, etc, etc, etc... O que quero dizer é que é totalmente plausível criar personagens baseados em padrões comportamentais, nem todos os personagens de quadrinhos, de desenhos animados, de novelas, etc, etc derivam de pessoas reais e, vamos dizer, individuais*, com nomes, sobrenomes, endereços fixos e tudo o mais que compõem os ditos indivíduos*, com suas especificidades, peculiaridades e particularidades. Pois, para criar personagens para quaisquer segmentos do chamado entretenimento, parece mais seguro e mais coerente se inspirar em características que fazem parte da(s) coletividade(s)* do que se inspirar em características dos indivíduos*.
      ****Caso possa soar como tal, este comentário não descamba para o campo político. Individualidade(s), coletividade(s), nada tem a ver com (D)direita e (E)esquerda.

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    7. Seria uma alternativa boa se o Mauricio omitisse quem ele inspirou as personagens, mesmo se perguntassem. Acho que ele fazia questão de falar pra dar um ar familiar nas personagens. De fato, muitas personagens foram inspirados por alguém e só não revelam, tudo na arte vem de de alguma inspiração, inclusive roteiros, alguns ficam evidentes, outros não, e não precisa ninguém saber a real fonte de inspiração dos autores e acho que estão certos quem não revela.

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    8. Tem razão. Fica evidente o marketing* ao explicitar essa questão em diversas ocasiões e de todas maneiras possíveis (rádio, TV, mídia impressa, internet), pois boa parte dos leitores passaram se interessar mais pelos personagens por causa dessas informações. Sobretudo aqueles que não liam HQs da MSP e que passaram a ler exatamente por descobrirem que determinados personagens derivam de parentes e de pessoas* que lhe foram muito próximas*.
      *De certo modo, o lado empresarial sobrepondo o lado artístico, o que não vejo problema algum. Eu, no lugar dele, não faria diferente.
      **Sorte que ao expor essas informações, parece que ninguém reivindicou. Por exemplo, o cara que foi inspiração para o Cebolinha poderia chegar para ele e dizer: "E aí, Mauricio? Como fica $minha$$$parte$ nessa bagaça?". Não descarto possibilidade de algo assim ter acontecido...

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  13. Marcos, poste a história de: "A Turma em: Férias de Verão", que é uma em que Cascão e Do Contra salvam Maria Cebolinha da correnteza!

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