sábado, 31 de maio de 2025

A Turma: HQ "Qual é o nome do filme?"

Em maio de 1995, há exatos 30 anos, era publicada a história "Qual é o nome do filme?" em que Cebolinha e Cascão aprontam com a Mônica na video-locadora. Com 8 páginas,  foi história de abertura publicada em 'Cebolinha N° 101' (Ed. Globo, 1995).

Capa de 'Cebolinha Nº 101' (Ed. Globo, 1995)

Começa com Mônica e Magali entrando em uma video-locadora para alugar um filme para assistirem, só que estão em dúvida qual escolher. Cebolinha é Cascão estão lá, ouvem as meninas e resolvem aprontar com elas. Magali pergunta para Mônica qual tipo de filme, Mônica responde um que combine com ela e Cebolinha grita "A pequena baleia" e logo emenda falando com o Cascão que é um filme muito bom. Mônica ouve e não percebe que estavam falando dela. 

Depois, Magali diz que tem que ser um filme que combine com as duas e Cebolinha grita "A magrela e a fera". Mônica vai até lá e pensa que os meninos também estão decidindo filme pra escolher. Mônica escolhe um filme, Cebolinha grita "Até que enfim, sua tonta" . Ela vai até lá e Cascão quer saber se a Julia Bobis trabalhou no filme "Até que enfim, sua tonta" ou no "Você é feia que dói". Mônica fala que não sabe e Cebolinha diz "Você sabe de nada, pamonha", emendando que foi o filme que a Julia Bobis fez. Cascão agradece e Cebolinha fala "Apesar de ser bobona e dentuça" e emendam que é outro nome de filme e que são especialistas no assunto.

Os meninos pedem ajuda para Mônica decidir qual dos dois conhece mais filmes, vão falando os nomes de filmes e ela decide quem sabe mais. Eles vão xingando a Mônica inventando que são nomes de filmes. Magali aparece, Cascão diz "Chegou a magrela xereta" e emenda que foi outro nome de filme. Mônica pergunta se eles têm certeza se são nomes de filmes, Cebolinha pega o Sansão e diz que lembrou do filme "Apertem os cintos, o coelho sumiu".

Começa correria na video-locadora com eles passando o Sansão um para o outro e falando nomes de filmes ao mesmo tempo, até que Mônica surra os meninos, falando a cada coelhada seus nomes de filmes que conhece a seu favor como "Fúria Indomável", "A vingadora" e a "Coelhada era a lei". Magali escolhe o filme enquanto eles brigavam, as meninas levam o filme e no final Cebolinha e Cascão também escolhem seus filmes para alugar e a atendente, vendo os meninos surrados, comenta que é uma cena lamentável e lembra o filme "Dança com os bobos" com Cascão falando que pior que eles já viram este filme de montão.

História legal em que Cebolinha e Cascão resolvem aprontar com a Mônica na video-locadora xingando e inventando que são nomes de filmes. Mônica à princípio acredita, mas depois dos vários xingamentos e eles pegarem o Sansão cai na real e consegue bater neles após perseguição na locadora dizendo seus nomes de filmes a favor dela. No final, Cebolinha e Cascão surrados faz com que a atendente lembre de filme. 

Mônica foi muito burra em não ver que aqueles filmes eram xingamentos para ela e que não existiam, pensava que era coincidência na conversa dos meninos, que, assim se aproveitaram para xingá-la a vontade sem apanhar, eles eram terríveis. Dessa vez sobrou até para Magali com eles xingando de magricela e xereta. Interessante que os filmes que falavam realmente se encaixavam nas situações de momento, fazendo a boba da Mônica acreditar. Ficou na imaginação dos leitores quais os filmes que escolheram alugar no final.

Foi divertido também ver as citações e paródias dos filmes criadas por eles e até fazer os leitores adivinharem quais filmes famosos que estavam parodiando. Alguns davam para perceber de cara, outros não foram parodiados, e também tiveram alguns que os filmes não existiam na vida real, eram realmente só xingamentos para a Mônica inventando que eram filmes. Foi hilário também a paródia de Julia Roberts como Julia Bobis e a situação de qual filme que ela trabalhou com xingamentos para a Mônica.

Legal também ver histórias envolvendo coisas datadas como ambientada em video-locadora, alugando filmes em VHS e nem existia DVD. Era um cotidiano da época, alugar filmes em locadoras era a única forma que tinham pra assistir filmes sem serem padsados na TV ou nos cinemas. Hoje não tem mais locadoras e nem VHS e DVDs, para assistir vídeos são em serviços de streaming como NetFlix, então tecnologia faz com que uma história assim não possam mais ser produzidas. Incorreta atualmente por isso de ter coisas datadas, fora aprontarem dentro de estabelecimento, meninos pegarem firme em xingamentos para Mônica e ainda serem surrados no final, autonomia das crianças irem sozinhas a uma video-locadora sem presença dos pais ou de adultos responsáveis.

Traços ficaram bons, típicos dos anos 1990. Os erros ficaram restritos às posições e cores das fitas VHS que estavam atrás deles que sempre variavam de um quadro par ao outro, o que é normal, não iam respeitar cores com demanda de muitas fitas juntas e para agilizar o trabalho. E também Cebolinha sem parte branca nos olhos abaixo das pálpebras no último quadro da história. Muito bom relembrar essa história há exatos 30 anos.

21 comentários:

  1. Já vi este filme várias vezes e, não enjoo! Muito menos Cebolinha e Cascão, que não cansam mesmo de assisti-lo, pelo contrário, são telespectadores assíduos, viciados no gênero "bullying-porrada 3D"...

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    1. Exatamente, não só assistem como participam do filme, sempre são tratados como bobos pela Mônica, apanhando após os planos fracassados. Sem dúvida viciados em levar porrada.

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    2. Além dos erros que identificou, Marcos, há também troca(s) de cores na caixa (ou capa de proteção) do filme que os meninos escolheram e no cartaz com preço da locação. Azul passa para roxo(a) e branco passa para rosa.

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    3. Realmente foram erros aí, a caixa do Cebolinha até se enquadra por trocas de cores de caixa que identifiquei, já o cartaz é outro diferente e não percebi ambos, talvez por tonalidades parecidas.

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    4. Ao lado do cartaz de preço há a divulgação de 'Risco Total', longa de 1993, estrelado por Sylvester Stallone - 'Cliffhanger' é o nome original.

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    5. Verdade, Zózimo, nem tinha reparado, sinal que não foi roteirizada muito tempo antes de lançarem o gibi, devem ter criado o roteiro no máximo no final de 1994.

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    6. Em seu acervo há o Almanaque do Cascão nº1, de 1979? Quiçá já perguntei se esse gibi faz parte de sua coleção, mas, o que não sabia é que tem cento e trinta e duas páginas. É isso mesmo, Marcos?

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    7. Tenho esse almanaque do Cascão Nº 1. Foram 132 páginas mesmo, nos anos 1970 os almanaques tinham essa quantidade de páginas, no início dos anos 1980 passaram a ter 100 páginas e depois na metade daquela década abaixaram pra 84 páginas.

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    8. Outro detalhe é que essa primeira seleção de HQs republicadas do Cascão inaugurou a 'Série Almanaque da Abril', com a segunda edição sendo o Almanaque do Pica-Pau nº1, ademais contendo cento e trinta e duas páginas.
      Faz algum tempinho que tive acesso ao conteúdo de Almanaque do Cascão nº1 (1979) e lembro que maioria das HQs são de edições de Cebolinha. O título do dislálico foi laboratório para o desenvolvimento gradativo do sujão. Diferente, por exemplo, de Magali, bem antes da chegada dos anos 1980, Cascão já ostentava uma significativa envergadura.

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    9. Sim, maioria foram histórias que saíram em gibis do Cebolinha com participação do Cascão. Nem tinham muitas histórias solo do Cascão
      ainda, mas ele tinha presença marcante com o Cebolinha, assim como a Magali que contracenava muito com a Mônica nos gibis dela desde os anos 1970. O Cascão passou a ter histórias solo com frequência nos gibis do Cebolinha a partir de 1979, quando estavam planejando criar revista pra ele.

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  2. Cebolinha, Cebolinha... não importa como, de um jeito ou de outro esse moleque sempre vai te encher. A qualquer hora, qualquer momento, qualquer lugar. É impossível esse moleque. Gostei da histórinha, os nomes foram criativos até, o da ''Magrela e a Fera'' e o ''Não Sabe Nada, Pamonha'' muito bom. Tudo para mexer com a tapada da Mônica, nem Magali escapou. Tapada mesmo, já deveria ter batido no segundo ou terceiro título. E cá entre nós, eu adoro ver o Cebolinha se ferrando, adoro mesmo. Faz por merecer o peste. E isso é o que torna tudo muito divertido.

    Boa trama. Nota 7,5.

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    1. Cebolinha não tem jeito, só sabe perturbar a Mônica. Os nomes dos filmes foram bem criativos e encaixaram bem nas cenas e Mônica nem percebia, até Magali não percebeu. Duas burras. Adorava também Cebolinha de dando mal, castigo.por tudo que apronta.l

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  3. Bons tempos os que íamos as locadoras aos fins de semana para alugar fitas VHS. Essa hq me fez relembrá-los. E o "dança com bobos" foi o melhor trocadilho de toda a história. Bom demais. Abraços, Marcos! Obrigado por trazer essa hq.

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    1. Legal que você gostou. Era muito bom ir a video-locadora e melhor que essa história era ainda em fitas VHS, mais nostálgico ainda. Novas gerações nunca vão ter essa sensação. Também achei engraçado o trocadilho "Dança com bobos", a cara dos meninos. Abraços.

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  4. O que a Panini usa de azul para entregar um céu realista, a Globo usou de rosa. Ah, esses tons de rosa...

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    1. Pois é, foram bastante capas com esse tom de rosa, um azul ficava melhor. Se bem que isso não era exclusivo da Globo e da MSP, já que gibis da Disney tiveram também muitas capas com esse fundo rosa assim.

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    2. Sim, não ligue para minhas implicâncias, na verdade é saudade

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    3. Saudades de tudo, da editora, das histórias, da locadora, da época. E eu ainda achava a minha vida complicada. Eu era feliz e não sabia...

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    4. Sem problema, dá saudades mesmo, era tudo simples e muito bom, claro que tinham coisas ruins em qualquer época, só o que a gente reclamava na época, vendo hoje coisas piores do que tinha, vira lucro.

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  5. O que mais deu saudade, além da idéia da videolocadora em si, foi a placa escrito "Locação R$ 2,00". Saudades do tempo em que nossa moeda valia alguma coisa....

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    1. É, a locação foi barata, devem ter colocado a média de preço que era na época, depois foi aumentando o valor.

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