Mostro uma história em que o Mingau viaja junto com a família da Magali de férias e fica todo estressado por isso. Com 15 páginas, foi publicada em 'Magali Nº 80' (Ed. Globo, 1992).
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Capa de 'Magali Nº 80' (Ed. Globo, 1992) |
Mingau afia as unhas na almofada e dorme. A família vai em direção ao carro para viajarem e Magali pega o Mingau, dizendo que quase iam esquecer dele e Seu Carlito fala que bem que podiam ter se esquecido do gato.
Magali põe cinto de segurança no Mingau, que se dá conta que entrou em um carro e lembra de que só o colocam no carro para levá-lo a lugares terríveis como tomar injeção do veterinário ou ir a casa das primas terríveis da Magali, a Júlia e a Juliana. Só que percebe que nunca saíram todos juntos e nem levaram tantas tranqueiras, até a tigela dele foi e pensa que estão de mudança.
Mingau pergunta para Magali por que vão se mudar de casa, gostava da outra, mas naturalmente Magali não escuta. Mingau diz que espera chegar logo porque o balanço do carro faz sentir algo esquisito. Magali vê o gato verde, pergunta para o pai se demora muito pra chegar e a mãe manda afrouxar o cinto para ver se melhora.
Mingau diz que sente enjoo, dor de cabeça e vontade de fazer xixi. Anda por baixo dos bancos do carro, vê só carpete e diz que precisar sair dali imediatamente. Mingau sobe na cabeça do Seu Carlito enquanto dirige, Dona Lili tira o gato e manda ficar quieto. Mingau mija dentro do carro, a família sente o cheiro e precisam parar o carro para limpá-lo.
Depois de limpo, voltam para o carro, Mingau pergunta se não enjoam andar de carro e acham que estão se mudando de país. Horas depois chegam, mas param na praia para Magali molhar os pés. Magali acorda o Mingau para mostrar o que nunca viu, ele acha que é a casa nova e depois vê o mar e desmaia de susto. Depois voltam para o carro, Mingau, dormindo, sonha se afogando no mar.
Chegam na casa de praia da Tia Zel. Mingau fala que eles são loucos de se mudarem para um fim de mundo, mas depois daquela água, qualquer lugar deve ser maravilhoso. Quando abre a porta, são recepcionados pela Tia Zel e as primas Julia e Juliana, que esticam o Mingau, disputam quem vai brincar com ele. Dona Lili avisa que as meninas vão poder brincar com ele todos os dias e Mingau se esconde debaixo da geladeira. Dona Lili diz que depois ele sai e todos vão se arrumar para irem à praia.
Mingau começa a relatar no seu diário como foram os dias na casa de praia. Sempre no refúgio debaixo da geladeira, vê a agitação de pés todas as manhãs, cheios de sacolas e meio pelados, e aí aproveita para esticar as pernas com segurança. Na hora do almoço, o barulho alerta que estão voltando, se esconde debaixo da geladeira, vê todos vermelhos, sujos de areia e suados, porém felizes, e acha que estão pirando.
Dormem a tarde inteira, mas é arriscado sair porque uma das gêmeas podem estar acordada. À noite brincam, inventam jogos e de madrugada, todos caçam mosquitos, inclusive ele. Uma vez tentou fugir, mas tinha um cachorro guardando a casa e acha que definitivamente lá não é o paraíso dos gatos e se pergunta se vai ficar o resto das sete vidas dele debaixo de uma geladeira, só que acha que hoje está um ar meio diferente, mais silencioso.
No lado de fora, Magali e os pais se despedem da Tia Zel e as primas e eles também vão partir. Esquecem do Mingau e Magali vai buscá-lo debaixo da geladeira. Seu Carlito fala que podiam esquecer o gato lá e Mingau diz que já assistiu a esse filme.
Durante a viagem de volta, transcorre sem problema, só uma paradinha depois do Mingau mijar no carpete do carro. Chegam em casa, Mingau fica feliz por ver sua casinha, seu pratinho, sua almofada e seu banheiro e, então, finalmente deita na almofada, decretando as suas férias.
História legal em que a família da Magali viaja de férias para uma casa de praia e levam o Mingau junto, tirando todo o sossego do gato, desde a viagem já sofreu e piorou quando realmente chegaram no destino. Só conseguiu sossego quando retornou para a sua casa e aí assim tendo as suas próprias férias.
O Mingau pensava que a família estava se mudando para um fim de mundo e que iam morar para sempre lá e para piorar junto com as primas gêmeas da Magali, aí ficou desesperado. Mudou toda a rotina dele que estava acostumado, Magali devia ter levado a almofada dele para sentir menos falta de casa.
Foi engraçado ver o desespero do Mingau no carro pensando que ia mudar de casa, pular na cabeça do Seu Carlito quando queria sair do carro para mijar e fazer suas necessidades dentro do carro, o grande susto de ver o mar e desmaiar e de ver as primas da Magali na casa, ficar debaixo da geladeira quase todo o tempo e ainda caçar mosquitos. Definitivamente passou grande sufoco e estresse nessa viagem da casa de praia.
História mostrou a visão de um bicho de estimação que vai viajar junto com os donos e fica longe do conforto do lar, mudando toda a rotina deles. Na vida real, os donos precisam viajar e não tem com quem deixar o seu pet e acaba levando. O bicho vai sentir falta tanto se saísse para outra casa quanto se deixassem sozinho ou na casa de outra pessoa enquanto viajavam, fica uma situação difícil, com gatos pior ainda, aí tem que deixá-lo de uma forma que fique mais confortável dentro do possível.
Foi bom que mostrou situações de cotidiano de um gato comum, como afiar almofada preparando local pra dormir, só fazer necessidades em um só local, se esconder em um local e ficar lá e só sair quando não tem mais perigo. Ficamos mais próximos de cotidiano dos gatos.
Tia Zel e as primas gêmeas Júlia e Juliana só apareceram nessa história, como era costume em parentescos da turma. Ficou retratado que a tia era a mãe solteira já que o pai das meninas não apareceu e que a casa de praia o Seu Carlito tinha cópia da chave porque eles saíram por último e ainda voltaram para abrir porta e tirar o Mingau debaixo da geladeira.
Teve absurdo de Mingau escrever diário como se fosse humano, eram engraçados esses absurdos. Na época já estava fixo do Seu Carlito implicar com o Mingau e ser alérgico, espirrando, por isso agiu assim com o gato, até desejando que tivessem esquecido nas casas. Magali não entendia o que o Mingau falava, porém depois nas histórias a partir do final dos anos 1990 só com os dois juntos até dava impressão que ela entendia o que o Mingau falava.
Incorreta atualmente por mostrar o Mingau estressado longe de sua casa e de sua rotina, enjoar ficando verde, ficar debaixo da geladeira tempo todo, família nem deu atenção a ele enquanto estavam na casa de praia, Mingau pular na cabeça do Seu Carlito enquanto dirigia, podendo causar acidente, os pais da Magali sem cinto de segurança no carro, Mingau achar injeção ruim, ser esticado com força pelas meninas, além de palavras e expressões populares com duplo sentido como "louco", "treco", "pegar praia", "não sou de ferro", etc.
Os traços ficaram muito bons, com contornos grossos, típicos do inicio dos anos 1990. Mingau ficava muito bonito desenhado desse jeito, ficava bem fofinho. Era legal a colorização diferente com tons azuis em pensamentos das personagens. Tiveram erros de Seu Carlito com camisa branca no 5º quadro da 4ª página da história (página 6 do gibi), orelha do Mingau com parte interna branca em toda 12ª página da história, olho direito branco em vez de azul no 3º quadro da última página.
História muito engraçada e legal. Muito engraçado o Mingau sendo apertado pelas gêmeas. Os desenhos maravilhosos. Mingau bem fofinho, assim felpudo. História maravilhosa, erros eu nem notei. Muito legal.
ResponderExcluirMuito boa essa, eu gostava quando o Mingau era desenhado assim, ficava bonito, os traços da história toda, aliás, muitos caprichados. Os erros que identifiquei foram esses de esqueci-me de pintarem partes, deixando branco como orelhas e olho do Mingau.
ExcluirHá um almanaque do Chico Bento que republicaram a "Lendas, mitos e confusões". Muito boa essa.
ResponderExcluirEngraçada essa história. É de Chico Bento Nº 66 Globo, 1989.
ExcluirHá uma alteração nessa história, que o homem que os avisa do lobisomem, na hora que ele fala "essa noite mardita" mudaram pra
Excluir"essa tar noite". Politicamente correto predomina no mundo atual, e tem gente que defende. Os mentes poluídas não defendem, mas se vêem o original, ficam falando. Que azar o nosso, né? Quer dizer, á sorte, porque azar não pode!"Kkk...
Pois é, eles mudam tudo que julgam que é errado, abominam até palavra maldito. Isso que estraga os almanaques, pior quando tiram sentido da história com essas alterações. E ia falar isso, falar azar, nem pensar nesses gibis atuais, cada bobagem...
ExcluirPalavras que imagino que irão sumir em breve:
ExcluirLaço (por dar duplo sentido de laço de fita e laço de cabelo)
Meia (por dar duplo sentido de meia de número e meia de pôr em pé)
Essas são as que me passam pela cabeça agora, mas sem dúvida terá outras.
Como tudo que é duplo sentido estão vetando agora, não duvido que aconteça, ainda mais depois de 2020 que ficaram mais paranoicos do que eram em relação a politicamente correto e nas alterações.
ExcluirTenho um gibi (não sei qual que é) que tem uma história do Franjinha, que ele usa expressões populares, mas ao em vez de ir sem aspas, foi com aspas.
ExcluirNão lembro dessa, pelo visto colocar aspas nas expressões porque era tema da história e destacar que eram expressões que queriam frisar. Nesse caso acho válido.
ExcluirO que achou da capa de 'Magali Nº 80' (Editora Globo, 1992). Achou essa capa engraçada?
ResponderExcluirAchei engraçada, sim, foi criativa apesar da piada já terem colocado em histórias até então, em capa foi inédita.
ExcluirMarcos, por que não tem como diferenciar a Ritinha (Turma do Chico Bento) da Ritinha (Turma do Astronauta) só de falar os nomes delas?
ResponderExcluirNote que tem quinze Zés na galeria de personagens do Mauricio de Sousa, mas eles não são chamados de formas idênticas: Zé Luís, Zé Lelé, Zé da Rosa, etc.
No caso, por que o Mauricio de Sousa não diferenciou as duas Ritinhas com sobrenomes, por exemplo?
Porque colocaram nomes delas sem sobrenomes, até hoje elas só tem nome diferente dos Zés que tem outro nome composto. Para diferenciar as Ritinhas, só pelo contexto da leitura.
ExcluirO que também dá para incluir no tema levantado por Sávio Christi são Cebolinha e seus pais se referindo à caçula da família por Mariazinha, dado que a namorada do Rubão atende por esse nome. Entretanto, é só diminutivo do nome de Maria Cebola, e só estou destacando isso por ter sido bastante utilizado em HQs antigas. Parece que já vi/li até Mônica e Cascão se referindo a ela por esse nome-apelido.
ExcluirZózimo, pelo menos a Mariazinha do Rubão ficou esquecida e muitos não lembram e acho que só passaram chamar a irmã do Cebolinha de Mariazinha a partir dos anos 1990. Agora por nomes de personagens teria essa confusão sim só mostrando nomes, diferenciaria só pelo contexto da história.
ExcluirTem um erro da mãe da Magali falar de boca fechada no quarto quadro da página 15.
ResponderExcluirVerdade, nem tinha reparado.
ExcluirMarcos, quem foi criado primeiro? Cebolinha? Ou Jeremias? Sabe me dizer?
ResponderExcluirAbração, nobre! Firmeza e tranquilidade?
Tudo certo. Jeremias foi criado primeiro, aparecendo já em Bidu Nº 1 da Editora Continental, em 1960. Cebolinha veio logo depois. Abraços.
ExcluirCertamente uma ótima história. Já li essa uma vez, e mal lembrava como acontecia. É realmente bem boa relendo.
ResponderExcluirPobre Mingau, foi uma história inteira sobre ''torturá-lo'', tadinho. Não tava com clima para viajar. Magali e seus pais, muito imprudentes de levarem um gato desse jeito (naquela época, não existia caixa de viajem, não? Mancada.) Podiam ter deixado ele com alguém, talvez Mônica ou Tia Nena. Mingau verde e enjoado, muito bom. Mijando dentro do carro, perfeito isso. Desmaiando vendo o mar, o ápice. Tudo ótimo até aí, mas a tirada do ''fim de mundo'' do gato arrematou. As primas gêmeas da Magali... simplesmente aqueles parentes irritantes que todos tem. Devem brigar para compartilhar tudo. Final satisfatório para o Mingau, sem dúvida, merecia um descanso, fiquei feliz por ele. Histórias de viajem com a turma são sempre bem boas mesmo, sair um pouco do cotidiano, do ver uma outra paisagem. Especialmente a Magali, que devia ter mais dessas assim, junto do Chico. Era ótimo, sem dúvida.
História extremamente incorreta, problemática, proibida, hoje poderia dar até processo por ''crueldade com bichos''. O tempo em que os quadrinhos eram livres e soltos, e as crianças tinham entretenimento de alta qualidade. E quando os pais respeitavam a inteligência e discernimento das crianças, muito correto. Grande época.
Tem como melhorar essa história? Acho que não, excelente simplesmente. Nota 9.9 (para não perder o costume, eu nunca dou 10 de fato).
Essa história é realmente muito boa, sorte que descobri o blog quando estava cansada de ler gibis da Panini...
ExcluirIsabella, o mais sensato seria deixar o Mingau com alguém. A caixinha também o deixaria com medo. Imprudência maior que achei foi Magali e os pais não derem um conforto para o Ningau depois que chegaram na casa, praticamente o ignoraram e fingiam que não tinham um gato lá. As irmãs foram engraçadas, por causa delas que ficou debaixo da geladeira pra ncruzar com elas. Pelo menos ele teve final feliz. Histórias de viagens eram boas, sem dúvida essa teria processo de mal trato a animais e crianças e os pais nem ligavam pra essas coisas, assim que era bom.
ExcluirJulia, gibis da Panini são cansativos, não dá pra acompanhar. Não abro mão dessas antigas, muito mais conteúdo.
ExcluirMarcos, sei que não tem a ver, mas poderia me dizer que filme seria que o Mingau comentou?
ExcluirFilme que o Mingau falou foi no sentido que ele já presenciou a cena antes de ser esquecido pela família quando iam viajar e depois seria colocado no carro pra viajar com eles. Um medo de acontecer tudo de novo e ir parar em um local pior que a casa de praia que estava.
ExcluirAta, então muito obrigado!
ExcluirDe nada, Julia!
ExcluirEu pensava que ele estaria falando de Esqueceram de Mim.
ExcluirNão. Ele apenas lembrou o "filme" que ele presenciou na viagem principalmente quando Seu Carlito disse que deviam esquecer o gato lá e pensou que aconteceria tudo de novo. Nada de filme famoso. Pelo visto mudariam hoje esse termo hoje em dia pra não ter duplo sentido.
ExcluirPois é, eu também me relacionei com o Mingau nessa história. Na verdade, se eu quisesse ser um mascote da Turma da Mônica, eu obviamente seria o Mingau. Eu também me sinto às vezes um pouco estressado quando eu preciso sair da minha zona de conforto e fazer algo que eu não quero fazer. Também gosto muito de relaxar e ficar de preguiça, trabalhar a mente e me reerguer. Também me sinto um pouco apreensivo e triste quando sinto falta da minha casa, o lugar aonde eu mais gosto de ficar e ainda por cima, é aonde eu moro. Eu pude perceber e entender perfeitamente, assim como o Mingau. Me senti meio que conectado com ele, como se ele fosse um irmão. Não é à toa que o coitado acabou sofrendo na casa das terríveis priminhas da Magali, 'tadinho.
ResponderExcluirEu também adoraria ter o Mingau como mascote. É muito ruim quando a gente sai da zona de conforto, não ter a nossa rotina, nosso cantinho, sem dúvida nós e muita gente se identificou com o Mingau.
ExcluirEu sempre gosto do Seu Carlito implicando com o Mingau, sempre fica engraçado!
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