sexta-feira, 9 de julho de 2021

Tirinha Nº 82: Bidu


 Mostro uma tirinha com o Bidu conversando com um arquivo de escritório, que tem superpoderes e ao gritar "Shazam!" se transforma em um disquete. 

No tempo que a tecnologia e internet estava engatinhando e começando a se popularizar no uso doméstico, teve essa brincadeira em que todos os documentos em papel contido no arquivo iam caber em apenas um disquete. Hoje, disquete é um dispositivo extinto por ter várias outras mídias com capacidade infinitamente superior de armazenamento. Fora que na vida real não daria todos aqueles documentos digitalizados em um disquete, não teria capacidade para isso, precisariam de vários disquetes. Se a tirinha fosse feita hoje, colocariam, no mínimo, o arquivo se transformando em um pen drive ou em um cartão de memória. Para ver como a tecnologia avançou de 1998 para cá.

Eu não curto muito a característica do Bidu conversando com objetos, nas histórias de gibis ficam chatas, a grande maioria, eram melhores ele conversando com objetos nas tirinhas, que costumavam ter umas piadas rápidas com boas críticas e bem inteligentes. Era comum também personagens do nada com poderes de Shazam, super-herói da DC, e se transformando em alguma coisa de acordo com a sua característica, se dando mal ou não. Normalmente aconteciam em tirinhas ou em histórias de 1 página. Nos créditos tem 'Revista Parque da Mônica' em vez do Bidu porque, por padrão, colocavam o nome da revista no alto independente de qual personagem protagonizasse a tirinha.

Tirinha tirada de 'Parque da Mônica Nº 67' (Ed. Globo, 1998).


53 comentários:

  1. Tira meio deslocada, parece trecho de história, mesmo assim não é ruim, um abarrotado e pesado arquivo gritar "Shazam!" e se transformar em disquete é notória criatividade, encaixaria melhor em tabloide, ou mais quadros para que a tira ficasse melhor elaborada.
    Então Bidu descobre o alter ego do trambolho da burocracia, legal!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Acho que a intenção foi ser tira mesmo, deve ter sido uma nova leva de tiras de jornais que aproveitaram para o gibi. Foi criativa, também não seria ruim ter sido no formato tabloide um pouco mais desenvolvida no caso. Os personagens tinham o dom de poder de Shazam, tiveram outras boas como Cascão gritar Shazam e virar guarda-chuva ou Cebolinha virar Mônica e até mesmo uma cebola se transformar no Cebolinha. Não tinha explicação, eles simplesmente tinham o poder e pronto. E você gostava desses poderes Shazam dos personagens?

      Excluir
    2. Sim, considero geniais as paródias relacionadas ao Capitão Marvel que não pertence à Marvel, lembrando que também tem herói homônimo na editora do saudoso Stan Lee (já há tempo nas mãos da Disney), embora não chegue a 30% da projeção do bobo e inesquecível personagem da DC.
      Tira que conheço é com Cebolinha gritando "Shazam!" e transformado num baita cebolão, existe tira que mostra o oposto?

      Excluir
    3. Eu também gostava dessas paródias e achava criativas. Curiosamente, ele não pertencia à Marvel, e, sim, da DC. Sim, além do Cebolinha virar um cebolão, teve também cebola virar Cebolinha, grandes absurdos bem legais. E você gostava do Bidu conversando com objetos?

      Excluir
    4. No Brasil a projeção do Capitão Marvel da Marvel é de fato muito baixa, não chega aos pés das projeções da Garota Marvel (Jean Grey, primeira figura feminina dos X-Men) e das Misses Marvel ou Capitãs Marvel, inclusive, vale ressaltar que a primeira heroína com este ou estes codinomes foi uma negra, Monica Rambeau, não tenho 100% de certeza, até onde sei, Monica foi ou ainda é Capitã Marvel, sem variação no codinome e não é versão feminina do Capitão Marvel da espécie kree, já a loira Carol Danvers é denominada por Ms./Miss Marvel como por Capitã Marvel e embora humana, é versão feminina do herói alienígena que me parece ter empacotado de vez, não foi ressuscitado como vários heróis e vilões da categoria, ainda que por ventura tenha voltado à vida e eu esteja por fora, certamente em popularidade não chega aos pés de seu xará de codinome da DC que faz parte dos clássicos da editora. Certamente a disparidade nas projeções dos dois não se restringe ao Brasil.
      O que relato é com base apenas nos quadrinhos, não me ligo em filmes, séries e séries animadas, pois distorcem as sínteses originais dos personagens.

      Quanto ao Bidu, Marcos, a faceta pautada em dialogar com objetos, plantas, pedras, nuvens, etc, não considero a mais atrativa do personagem, também não chego a achar chata, tanto em HQs como em tiras a característica rende boas piadas.

      Excluir
    5. Nos quadrinhos são melhores, sem dúvida. E o Bidu conversando com objetos pra mim tinham algumas boas, mas tem as mais fracas. Dentre o universo dele é o que menos chama atenção.

      Excluir
    6. Não gosto é do Mister B, é mesmo o Bidu fantasiado ou é cachorro semelhante? Ou que se supõe semelhança, já que aparece sempre mascarado.

      Excluir
    7. O Mister B tem a forma do Bidu, mas depois foi revelado que era o Bugu. Eram fracas as histórias mesmo.

      Excluir
    8. Engraçado, Bugu mais parece ovo do que cachorro e através de fantasia conseguiu a silhueta do Bidu, máscara ainda vai, curioso é o corpo completamente diferente, absurdos dos quadrinhos.
      Como deve ser Bugu de coleira, hein? Já vi usando cinto.

      Excluir
    9. São os absurdos dos quadrinhos sem explicação de roupa no formato do Bidu caber no Bugu. Nunca o vi de coleira, apenas andando de 4 patas como os outros cachorros.

      Excluir
    10. Nos 1970 aparece muito sobre quatro patas, não sei se estreou com essa postura.
      Essa década foi (ou é) berço de personagens marcantes: Zé Lelé, Capitão Feio, Seu Juca, Maria Cascuda, Louco, núcleo da Tina e (O)os Souza (atualmente grafa-se "Sousa") que meio fazem parte do núcleo da bela quatro-olhos. Bugu também foi criado nessa estupenda década?
      Do ponto de vista artístico não há exagero em adjetivar os saudosos 1970 como estupendos.

      Excluir
    11. O Bugu quando foi criado andava sempre com 4 patas, só depois que mudaram. Ele estreou na história "Olha eu aqui, gente!", de Mônica Nº 32, de 1972.

      Excluir
    12. O título da HQ até então denota o que viria pela frente, faz jus ao personagem que adora aparecer. Agradeço pela informação, Marcos!
      Certamente Bugu é o primeiro personagem de Mauricio de Sousa em que a pentelhice é uma de suas fortes características, caracterizando-se também por ser ator não reconhecido e por ser um tanto convencido é extremamente invasivo, querendo exibir seu talento custe o que custar, custando-lhe inúmeros pontapés, o convencimento deve ser tática consciente ou inconsciente para driblar a frustração.
      Minha teoria em relação à faceta do Bidu que o denota como ator, grande astro e patrão se deve ao surgimento de Bugu, daí a nescessidade de criação de um assistente: o contrarregra Manfredo.

      Excluir
    13. Parece que quem criou o Bugu foi o irmão do Mauricio, o Márcio. Com certeza por causa do Bugu incentivaram a criar a característica de Bidu ator e metalinguagem com Manfredo.

      Excluir
    14. Em criatividade o irmão se equipara(va) ao cartunista, diferença está na quantidade, Mauricio criou muito mais.

      Excluir
    15. Ele era criativo também, criou o Bugu, Louco, o Rolo e alguns outros nos anos 70. Mas com certeza o Mauricio criou mais, todos os dos anos 60 foram crias dele.

      Excluir
    16. Descobri que quem criou Denise foi Rosana Munhoz, ela também criou Mingau?

      Excluir
    17. Zózimo, foi ela quem criou a Denise, o Mingau, o Dudu, o Quinzinho, a Tia Nena e o Tio Pepo, os personagens considerados da Turma da Magali.

      Excluir
    18. Criou então todo o núcleo (ou subnúcleo) da comilona, exceto os pais dela, deve também ter criado os pais do Dudu e o padeirão português, o pai de Quinzinho.
      Infelizmente não chegou a presenciar Denise após o festival metamórfico. Quem definiu o aspecto físico dela foi o tão aclamado e criticado Emerson Abreu? Parece que o aspecto comportamental da personagem é de autoria dele, ou seria de Paulo Back?

      Excluir
    19. Os pais do Dudu e o pai do Quinzinho, Seu Quinzão, também foi a Rosana. Já a personalidade com direito a gírias e tudo e os traços da Denise atual foi coisa do Emerson. De vez em quando até aparecia a Denise meio metida com roteiro da Rosana, mas não tanto como o Emerson deixou, era na medida certa e só em alguns roteiros enquanto Rosana escrevia.

      Excluir
    20. Rosana faz muita falta, certamente não conseguiria impedir o politicamente correto, mas quem sabe sua influência o atenuasse? Não há como saber... Acredito que com a presença dela a qualidade visual não cairia tão drasticamente. Vejo essa profissional como o fiel da balança da MSP, partiu e o negócio degringolou em relação à TM clássica, pode ser apenas coincidência, acredito que não.

      Excluir
    21. Rosana foi a melhor roteirista. Hoje infelizmente ela teria que ceder ao politicamente correto, mas acho que ainda suas histórias ainda teriam algum diferencial nos roteiros, seriam as menos piores. Sobre desenhos acho que seria a mesma coisa porque ela não estava mais desenhando nos últimos anos, só fazendo roteiros. Parece que as últimas histórias desenhadas por ela foi em 1991, no máximo início de 1992, mas acho que nem isso, parece que desenhou até em 1991 mesmo.

      Excluir
    22. Pensava que tivesse parado de desenhar assim como parou de roteirizar, pela precoce interrupção de sua estada neste plano, parou bem antes então.

      Excluir
    23. Em relação a desenhos parou antes, talvez a demanda grande de histórias pra roteirizar não dava tempo de desenhar também. Quem sabe uma ou outra especial ela desenharia.

      Excluir
    24. Podem ter ocorrido exceções, de vez em quando retornava aos desenhos, ou largou de vez mesmo, mas quem é desenhista profissional e não está exercendo a função, dá umas escapulidas quando pode. Saber sobre bastidores é sempre positivo, pois se desmistifica, se desconstrói, mesmo quando se toma conhecimento de fatos negativos é sempre agregador.
      Exaltar a figura da profissional apenas por ter falecido é um tanto piegas e certamente uma bobagem, exalto por claramente constatar a funcionalidade dela na MSP, o bem que fez por lá. Também não acho que Emerson seja menos talentoso que ela, o que realmente acho é que o talento dela do modo como foi canalizado para a Turma da Mônica clássica foi aproveitado ao máximo, é unanimidade que só agregou, só contribuiu positivamente, enquanto o dele no mesmo segmento foi mais nocivo que benéfico, pelo menos dividiu opiniões, muitos reprovam e muitos aprovam.
      Rosana não presenciou a fase facetada da MSP que se inicia com o surgimento da TMJ onze ou doze anos após passar desta para melhor, empreendedora versatilidade que permite maior facilidade para realocar profissionais, ainda assim, em 1996 a empresa já possuía vasta experiência em animações.

      Excluir
    25. Pois é, difícil saber motivo da Rosana não desenhar suas histórias ao longo dos anos 90. Pelo menos não identifiquei nenhuma história desenhada por ela após 1993, quando á começou a vingar o estilo de traços da década. Difícil saber como seria histórias da Rosana com o politicamente correto em vigor, palpite que daria caída também como foram com os outros roteiristas. Ela teve sorte de além de ter talento e não ter isso quando escrevia e tinha mais liberdade de criar.

      Excluir
  2. Isso me fez lembrar de uma HQ do Chico Bento:"O Anticomputador".
    Eram dois computadorezões do tamanho desse arquivo(ou maiores) conversando entre si e trazem para a presença deles o Chico por teletransporte por ser um grande foco de resistência à tecnologia,uma trama que remete a "O Exterminador do futuro".

    Aqueles computadorezões seriam naturalmente "exterminados" hoje pela chamada nanotecnologia.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito boa aquela história, Chico se abaixou e evitou de ser destruído. Eram os mainframes e acabaram sendo extintos pelos microcomputadores e agora notebooks, tablets e smartphones prevalecem.

      Excluir
  3. Historias do bidu são chatinhas mesmo. eu pego o gibi no momento que tem historia do bidu, eu passo pra frente e pego outra historinha

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu lia, mas não era das minhas preferidas. Não gostava as com ele contracenando com objetos e ele como ator, com raras exceções. Já as de metalinguagem, bastidores de quadrinhos, as como ele um cachorro comum e com Bugu até que gostava. As mais engraçadas eram as que tinham o Manfredo.

      Excluir
    2. Ele é bigu pra mim é o melhor ...gostaria de ver eles falando num desenho um dia

      Excluir
    3. É, Miguel, não lembro de desenhos solo com eles, bem que podiam fazer. Histórias para basearem não faltam. Quem sabe um doa façam.

      Excluir
  4. Oi. Tudo bem? Vc irá fazer um post sobre o gibi do Chico Bento 60 anos?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Irei. Comprei essa edição e em breve sai a postagem.

      Excluir
    2. Legal! Também estava interessado nesse tema. Ainda não comprei a edição.

      Excluir
    3. resiak74, boa edição, vale nem que seja pelo valor histórico.

      Excluir
  5. Transformação digital reduzida em 3 quadrinhos! Escritório grita Shazam e se transforma em home office, shopping grtia Shazam e se transforma em Aliexpress, restaurante grita Shazam e se transforma em ifood e assim por diante.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pois é, tudo isso são evoluções do que existiam. Dariam certo em tirinhas também.

      Excluir
  6. Fui conferir agora e esse título Parque da Mônica durou bastante, 165 números mensais de 1993 a 2006. Nunca comprei essa revista, nessa época já tinha parado de acompanhar as revistas da Turma, só pegava um ou outro número especial.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim, durou bem, fora as edições na Panini até 2010, quando o Parque fechou. Histórias no Parque eram só as de abertura, com raras exceções. Eram boas, teve época até que eram as melhores do mês para muitos. Ainda assim preferia as normais.

      Excluir
    2. O Bacana e que essa titulo ficou de herança a revista turma da Mônica que e como se fosse um título extra. ..olhando bem as histórias da Globo eram mais simples com menos páginas ja na panini tem histórias de abwrurad mais longas porém a fase Globo foi o auge creio em vendas e popularidade. ...um outro gibi que eu tinha que sempre tinha histórias no parque com os brinquedos era o almanacao de férias porém eu so gostava do tamanho da revista e pulava os passtempos

      Excluir
    3. Miguel, o título Turma da Mônica parece mais uma revista Mônica com menos páginas. Só agora que estão diversificando mais os personagens. Nos Almanacões eram histórias de republicações normais sem ser no Parque, uma vez ou outra, envolvendo brincadeiras ou viagens. O único Almanacão de Férias que teve histórias do parque da Mônica foi o Nº 18 em que republicaram histórias dos 4 primeiros números do Parque da Globo.

      Excluir
    4. Acho que foi o que tive com a foto de brinquedos do parque

      Excluir
    5. Provavelmente foi esse Almanacão de Férias 18 de janeiro de 1996, a capa era com eles no Parque formando uma roda e os brinquedos no fundo.

      Excluir
    6. Isso tinha aquela coelhao gigante. .nossa que nostalgia. .eu na época vendo os dois almanacors que tinha.estava desapegado da turminha. .minha vizinha rasgou alguns gibis e minha mãe parou de comprar

      Excluir
    7. Uma pena ela ter rasgado, era mais caro e pra rasgar naturalmente não compraria. As republicações eram boas nele, eu também não ligava para os passatempos, comprava por causa das histórias.

      Excluir
  7. É boa. Não lembro de ter visto algo na época em relação a disquetes, quem sabe teve. A princípio seria apenas uma piadinha tecnológica.

    ResponderExcluir
  8. É mesmo, a série da Globo parou em setembro de 2006, mas voltou logo em janeiro de 2007 com a mudança para a Panini.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Isso aí, não entendi por que parou em setembro e não em dezembro, mas pelo menos voltou na Panini enquanto o Parque estava funcionando.

      Excluir
  9. Tenho muito carinho pelo gibi Parque da Mônica... eu gostava muito quando era pequeno.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu também gostava. Eram boas as histórias do Parque.

      Excluir
  10. Acho que Fabiano pode estar certo, isto explica a impressão que tenho sobre esta tira soar deslocada, mais parece trecho de história.

    ResponderExcluir
  11. Zózimo, talvez foi, mas não lembro.

    ResponderExcluir