Mostro uma história em que o Astronauta teve missão de reviver um planeta que estava destruído pela guerra. Com 7 páginas no total, foi publicada em 'Mônica Nº 20' (Ed. Globo, 1988).
Capa de 'Mônica Nº 20' (Ed. Globo, 1988) |
Nela, Astronauta está no Planeta Delta Oito e está dando informações para o comando galáctico através do seu transmissor, falando que o planeta está em ruínas, sem nenhum sinal de vida, sem vegetação nem inseto. Logo depois, encontra um riacho com água potável, só que sem nenhum peixe, fungo e nem bactéria e ele fica encucado com o que aconteceu com o povo do planeta. Em seguida, ele encontra um prédio que era uma biblioteca e lá tinha um cristal que tem a resposta para os mistérios.
Astronauta toca no cristal e aparece uma gravação de 2 cientistas do planeta contando que quando o visitante ouvir, não restará ninguém e nada do planeta. Lá era um lugar bom para se viver, cheio de água, plantas e animais. O povo sempre foi belicoso, desde os ancestrais com primeiras armas de pedra e pau para guerrear com os vizinhos. Ao longo do tempo foram aperfeiçoando as armas e passaram também a guerrear na terra, no ar e no mar.
Até que criaram uma arma que poderia destruir toda a vida do planeta e acabaram usando e explodindo o planeta todo, criando uma nuvem radioativa que espalhou por todo o planeta, não tendo nenhum vencedor da guerra, e, sim, vencidos. Eles estimam que iria demorar mil anos para o planeta se descontaminar da radiação e eles tem esperança que se concretize, quando a mensagem acaba.
Astronauta acaba seguindo a direção do seu sensor, que indica que ele tem que continuar a missão. Ele segue em frente e acaba encontrando uma nave imensa, totalmente lacrada e sem motor e deduz que não era para viajar,e, sim, para permanecer. Astronauta toca no cristal que estava ao lado e a nave se abre. Astronauta entra nela e encontra pessoas, animais dormindo e vegetais em cápsulas de suspensão, como se tivessem congelados até alguém entrar lá para despertá-los.
Astronauta toca no cristal que estava na sala e todos despertam após mil anos dormindo. Eles ficam felizes que o plano dos cientistas deram certo e finalmente, com a radioatividade nula no planeta, eles têm a segunda chance para recomeçar o planeta. Todos passam a cuidar do planeta para reconstruí-lo e já começa a brotar vida no planeta Delta Oito depois de mil anos e assim Astronauta vai a embora.
No final, Astronauta volta para a Terra e ao ver um navio de guerra, ele fica pensativo ao ver tanta guerra e tanto ódio na humanidade e se pergunta se vamos ter uma segunda chance ou se já tivemos uma.
Uma história muito bonita e filosófica discutindo e alertando sobre as consequências da guerra e da violência podem causar. Esse planeta Delta Oito vivia em guerra e a ganância da vitória acabou destruindo o planeta todo com a radioatividade de uma bomba atômica que os próprios habitantes criaram. Legal a solução dos cientistas do Planeta Delta Oito de criarem tipo uma "Arca de Noé", abrigando todos os habitantes congelados por mil anos para que pudessem recomeçar após a radioatividade passar.
Teve uma clara comparação do Planeta Delta Oito com a Terra e situação que ocorreu em Hiroshima na Segunda Guerra Mundial. Muitos planetas que o Astronauta visitava tinham alguma semelhança com a Terra. O final foi bem caprichado, deduzindo que o mesmo pode acontecer com a Terra se toda a guerra e tanto ódio permanecerem entre os humanos e se não tiver inteligência suficiente não terá uma segunda chance como foi com o Planeta Delta Oito. Como cada vez mais tem mais violência e crimes e as pessoas estão cada vez mais pregando ódio e até a favor de armas, não seria difícil isso acontecer em alguma guerra.
Os traços muito bons, com uma arte-final que era comum na época, detalhe da cor rosa ter um fundo voltado para o roxo, bem típico em alguns meses de 1988. Era normal também as cores terem uma palheta diferente quando mostravam pensamentos dos personagens ou algo antigo, como na parte dos cientistas contando a história do planeta. Gostava dessas cores diferentes nos pensamentos.
Interessante que dessa vez a história do Astronauta teve um título, coisa rara na época, já que o normal era só aparecer "Astronauta" no título e detalhe a arte do título com a letra "N" e as letras "S" e "C" se cruzando como se tivessem abraçados e unidos, até isso era mais caprichado nos gibis antigos.
postagem muito boa,como todas as outras!!
ResponderExcluirAs melhores histórias do Astronauta são as produzidas nos anos 1970 e 1980... Eu vejo que,nestas HQs,Mauricio emulava bastante o estilo de Arthur C. Clarke(Autor de 2001: Uma Odisseia no Espaço),Gene Rodenberry(criador de Jornada Nas Estrelas)e Rod Serling(criador de Além da Imaginação),além de uma pitada filosófica,à moda do Surfista Prateado,do agora saudoso Stan Lee. Tudo isto,é claro,temperado com muita brasilidade!
Verdade, nessa fase eram muito boas as histórias do Astronauta, bastante aventuras envolventes e essas misturas dava um toque a mais nas histórias deixando melhor ainda.
ExcluirUau...que HQ e que traços maravilhosos!! *-* rsrs
ResponderExcluirTraços excelentes, eles caprichavam na época. Roteiro nem se fala.
ExcluirGostei dessa hq... sem falar na capa dessa edição Kkkkkkk muito engraçada.
ResponderExcluirMe lembrei de uma HQ que eu li quando criança onde a turma foi para um lugar diferente, não sei se era um planeta ou nao, mas lá os habitantes eram vacas, bois que conversavam com eles e faziam sorvetes, sorvete sabor esterco, lembro que nesse lugar era muito popular esse sorvete sabor esterco... Era mais ou menos isso a HQ
Por acaso você já leu essa ou tem esse gibi na sua coleção ? Poderia me dizer em qual edição foi publicada ?
Essa capa muito legal mesmo. Sobre essa hq aí não to lembrando agora no momento, se lembrar te aviso.
ExcluirGosto destas histórias que fazem a gente refletir sobre um mundo melhor. Esta é bem emocionante. Reparem que os antigos traços do Astronauta dava a impressão que ele era mais baixinho quando estava com o traje espacial. Já nos traços atuais parecem ter corrigido este detalhe, o Astronauta agora tem pernas mais longas e o traje espacial é melhor distribuído pelo corpo do personagem. Esta modernização eu achei válida e bem feita.
ResponderExcluirHistórias filosóficas são boas. Provavelmente, eles fizeram essa mudança nos traços pensando nisso pra ficar mais coerente, mas ainda assim acho que ele ficava melhor nas histórias antigas dando impressão de baixinho dentro do traje.
ExcluirQuestão de gosto mesmo. Mas nestes traços o Astronauta fica parecendo um Kinder ovo, eu achava meio estranho. Abraços!!
ExcluirHistórias do Astronauta sempre foram boas, assim como Horácio com uma pegada mais filosófica, sempre gostei de histórias assim, sem falar nos traços muito bem desenhados.
ResponderExcluirVerdade, eram boas histórias filosóficas do Astronauta e do Horácio. Os desenhos são um show a parte.
ExcluirMarcos, olá!
ResponderExcluirEstou procurando loucamente uma história do Horácio que consta no gibi da Mônica nº 15/1988. Você teria essa revista? Poderia postar no seu blog, ou mesmo me mandar por e-mail, por favor?
Essa história é muito importante para mim. Ela mostra duas montanhas filosofando sobre os sentimentos e emoções do planeta e dos animais que lá habitavam. Para mim tornou-se uma história profunda e inesquecível, desde a minha infância.
Eu já procurei esse gibi para comprar, mas está muito difícil de localizá-la... Abraços e muito obrigada!
Eu tenho esse gibi, quando der eu posto essa história aqui no Blog.
ExcluirApesar de ser uma história do fim dos anos 80, continua bem atual!
ResponderExcluirBem atual mesmo. Certas coisas não mudam.
Excluirmelhor capa de todas kkkkkkk
ResponderExcluirEssa capa é engraçada demais... kkkk
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