quarta-feira, 15 de abril de 2020

Bidu: HQ "Atividade difícil"


Em abril de 1990, há exatos 30 anos, foi lançada a história "Atividade difícil" com o Bidu procurando um emprego com a sua personalidade. Com 5 páginas, foi publicada em 'Cascão Nº 85' (Ed. Globo, 1990).

Capa de 'Cascão Nº 85' (Ed. Globo, 1990)

Nela, Bidu chama o seu amigo Rick para fazer corrida atrás de algum carteiro. Rick fala que não dá porque agora é um cão de utilidades e está trabalhando como guia de cego. Depois, Bidu encontra eu amigo Trovão e pensou que estava preso e ele diz que está trabalhando como cão de guarda. Ainda encontra o Rex treinando duro para ser campeão de corrida e dar inveja a Aírton Senna e a amiga Lili sendo adestrada pelo seu dono.


Bidu acha legal seus amigos trabalhando, come um pouco e depois que vai para a sua casinha dormir, se dá conta que só ele que não faz nada e resolve procurar aprender alguma coisa. Primeiro, ele tenta ser cão de caça, fareja um tempo e só encontra uma cadela interessada nele. Depois resolve ser cão de guarda, fica rodando na área, aparece um gato e quando ele vai atacar, é o gato que dá surra nele.


Ao ver o Franjinha, quer ser um cão de luxo, mas acaba trombando no Franjinha, que xinga o Bidu por ter machucado. Tenta ainda ser cão de pesca, mas quase morre afogado ao entrar no rio. Assim, Bidu fica triste e deprimido por não servir para nada, se sentindo inferiorizado, como se tivesse diminuído de tamanho. Até que aparece um cachorro reconhecendo o Bidu como famoso personagem de histórias em quadrinhos e pede autógrafo por ser fã dele. Assim, Bidu reconhece que tem uma profissão, que é artista, terminando assim.


É uma história legal, simples e típica de miolo, mostrando o Bidu à procura de emprego depois de ter visto todos os seu amigos com alguma ocupação e depois de muita luta ele viu que sua vocação é ser artista de história em quadrinhos, que é o que ele sempre fez muito bem. Embora adaptada à vida de cachorros, ensina aos leitores que cada um tem uma vocação, não ficar deprimido se não encontrar logo, é só saber procurar a sua vocação que mais encaixa no seu estilo.


Mistura estilo de história do Bidu como cachorro comum com metalinguagem no final. Legal ver diferentes profissões de cachorros, como cão-de-guarda, cão-guia de cego, cão de caça, entre outros. Bom também ver o Bidu contracenando com outros cachorros diferentes que não estamos acostumados, todos esses só apareceram nessa história. Teve citação ao Ayrton Senna, apesar da leitura não ser parodiada, a grafia foi aportuguesada, diferente do que o nome original dele.


Traços muito bonitos e bem caprichados, principalmente os dos cachorros. Teve um erro do balão do Bidu ao aparecer na frente do Franjinha sem ser de pensamento, já que o Bidu só fala nas história deles de metalinguagens ou com outros cachorros, bichos e objetos, mas não na presença dos humanos. Gosto quando tinham esses erros. Os palavrões do Franjinha não seriam colocados atualmente. Muito bom relembrar essa história há exatos 30 anos.

30 comentários:

  1. Marcos, não vejo como erro o quadrinho que mostra o Franjinha xingando e o Bidu falando com os leitores, se o Franjinha ouviu, subentende-se que escutou algum "au, au, au!", compreende? A capa de Cascão 85 é engraçadíssma, o Anjinho rendia ótimas gags. A edição também é a 199ª contando com os 114 números da editora anterior.

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    1. Tem razão, a intenção do roteirista quis prevalecer o Bidu falando com os leitores e na cena o Franjinha não ouviu o Bidu falando, ma ainda assim acho que seria mais coerente o balão ter saído como pensamento enquanto ele estava com o Franjinha visto que o Mingau aparece com balão de pensamento, mesmo quando estava falando com leitores. Eu adoro essa capa do Cascão, muito criativa, capas com o Anjinho eram boas.

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    2. De qualquer jeito, Marcos, também não deixas de ter razão, um balão de pensamento ficaria mais adequado.

      Fabiano, a edição que tu mencionas é de dezembro de 1985, na história de abertura Cascão troca de lugar com o seu criador, o cartunista se lasca todo e no final o sujão leva umas traulitadas da dentuça, historinha espetacular!

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    3. Cascão 87 de 1985 essa aí. Uma capa muito boa e a edição é legal também. Vi a sua postagem lá, Fabiano.

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    4. Marcos e Fabiano, outra história excepcional dessa edição é sobre integrantes de uma máfia italiana que são mortos e vão parar no cemitério onde mora o Penadinho, a última é sobre a sociedade entre Cascão e Cebolinha, muito boa também e uma de miolo muito hilária onde Batman, Super-Homem, Homem-Aranha e Mônica apanham do Cascão.

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    5. Todas as histórias desse gibi são ótimas, racho de rir dos heróis e da Mônica apanhando do Cascão, principalmente a Mônica apanhar.

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    6. Verdade! Os personagens eram plenos, naquelas quatro últimas décadas do século passado a Turma da Mônica era uma abundante fonte de humor de altíssima qualidade!

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  2. Todos os cachorros domésticos tem a utilidade de latir na aproximação de estranhos na casa de suas famílias.

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    1. Verdade, isso é característico dos cachorros.

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    2. Fabiano, eu vi que mudou a data lá. De nada.

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  3. Tenho essa revistinha e digo que como quase todas da época, é muito legal. Essa história é muito boa, pois passa mensagem bem interessante. Aquelas histórias do Bidu conversando com pedra e com o Bugu enchendo o saco não eram minhas favoritas não. Gostava mais das histórias do cotidiano normal do Bidu, ora com o Franjinha, ou mesmo, com os outros cachorros, incuindo o Duque. Falando nos amigos do Bidu, sabe quando foi criado o Ze Esquecido, hein Marcos? Não me lembro dele em revistas anteriores ao ano 2000, parece o Ze Esquecido ser criação mais recente. Acho ele bastante engraçado.

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    1. Eu também não gostava de histórias com Dona pedra e com ele conversando com objetos, com raras exceções, essas eram bobas. O cotidiano de cachorro, metalinguagem eu gostava e também as com Bugu. Como Fabiano falou, o Zé esquecido foi criado nos anos 70, aparecia em tiras de jornais, aí depois a partir dos anos 2000 ele retornou nos gibis. Como ele aparecia só em tiras antigas, aí o grande público só pensou que ele estreou nos gibis dos anos 2000, eu fui um deles.

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  4. As histórias do Bidu são muito boas,ele tem o próprio estúdio onde ele faz as histórias dele,é demais,e o Franjinha nunca descobriu que ele fala.

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    1. Verdade, o Franjinha não sabia que ele falava. Era apenas nos universos solos do Bidu que ele falava, nunca na frente do Franjinha.

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  5. Oi Marcos, o título você colocou como "atitude difícil" mas a história se chama "atividade difícil". O Bidu é meu personagem preferido e suas histórias por mais simples que sejam, sempre traziam alguma reflexão. Essa por exemplo eu posso associar a um dia ter tentado fazer coisas que amigos faziam e eu não era apto (como skate por exemplo) mas eu caía na real que não era pra mim e focava no que eu gostava e era bom mesmo. Abraço

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    1. Agora que reparei, nem percebi isso do título na hora. Mudei, chato é que no link da postagem vai permanecer assim porque é fixo e não dá pra mudar link. Era bom quando ensinavam as coisas sem precisar ficar didático. o Bidu sofreu na história e a gente aprendeu da mesma forma. E com certeza ensina que não temos habilidade pra alguma coisa, mas pra outras sim.

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    2. Marcos, aproveitando o gancho do Marcelo Sanches, se tiver jeito e quando puder atualize seu rico post de 5 de abril de 2020, nele cê menciona que o Cascão foi criado em 1963, ele foi criado em 1961 não é mesmo?

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    3. Xeclinghe, é mesmo. Mudei lá.

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    4. Quando se trata de Turma da Mônica, os anos mais divulgados são 1959 e 1963.

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    5. Sim, por ter mais personagens criados nesses anos

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    6. Na verdade, Marcos, 1959 é o ano em que se inicia a carreira de cartunista do Mauricio, a criação do Bidu e o início de sua carreira são a mesma coisa, 1963 é o ano de criação da Mônica que é sua principal personagem. Da mulherada, qual foi a primeira a ser criada? Sei que a Mônica não foi, pensava que fosse a Maria Cebola, descobri que a Thuga foi criada antes dela e tem também a mãe do Franjinha que pode ser a primeirona.

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    7. A primeira mulher criada foi a Dona Elza, mãe do Franjinha. Agora a primeira menina foi a Mônica.

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    8. Não sabia que a mãe do Franjinha se chama Elza, pensava que a Maria Cebola fosse a primeira menina, acho que ela também foi criada em março de 1963. E o Salsinha? Por que será que o Mauricio desistiu dele?

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    9. Basicamente juntas então. O Salsinha talvez viu que não ia se encaixar bem nas tiras e histórias e acabou ficando de lado, até esquecerem dele por completo.

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    10. Ele poderia ter ficado como irmão gêmeo da Maria Cebola, creio que daria bastante certo mais um bebê para infernizar o Cebolinha. Marcos, vi em algum lugar, talvez vídeo ou texto virtual ou impresso, não me lembro bem, sei que dizia que a Mariazinha tem por volta de dois anos, crianças com essa idade já sabem andar, ela só aparece engatinhando, em carrinhos de bebês e balbuciando palavras, deve ter por volta de onze meses até um ano e dois meses, na verdade, ela é mais velha que eu uns quinze ou dezesseis anos.

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    11. Sim, ela é considerada oficialmente que tem 2 anos. Apesar de criança nessa idade não falar muita coisa, mas fala melhor que ela e já anda. Ela age como menos de 1 ano. Vale pela magia dos quadrinhos, mas de fato, não condiz com a vida real.

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  6. Se você já leu provavelmente foi nesse gibi ou então leu a história avulsa na internet, n]ao sendo esse gibi disponível pra download. Uma boa história sim, geralmente histórias do Bidu e Penadinho nos gibis do Cascão eram mais simples, mas não deixavam de ser boas assim mesmo.

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  7. Acho curioso a parte que o Bidu diz "O Airton Senna que se cuide". Quando eu li essa historinha republicada em um almanaque (Acho que era o especial do Bidu), ele dizia no mesmo quadrinho: "O Barrichelo que se cuide"

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    1. Como o Ayrton Senna havia morrido, aí eles mudavam pra ficar atual. Já aconteceu isso em outras histórias da Globo, como um dos primeiros casos de alterações mais graves que fizeram até então. Mas nada se compara às alterações que fazem na Panini.

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    2. Fabiano, então foi nesse Temático do Bidu que você leu. Uma boa edição também.

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