quarta-feira, 9 de abril de 2025

HQ "Cascão, o bandidão"

Em abril de 1995, há exatos 30 anos, estava nas bancas o gibi com a história "Cascão, o bandidão" em que Mônica, Cebolinha e Xaveco pensam que o Cascão é assaltante de banco depois de ter visto um retrato falado do bandido na televisão. Com 12 páginas, foi publicada em 'Cascão Nº 215' (Ed. Globo, 1995).

Capa de 'Cascão Nº 215' (Ed. Globo, 1995)

Cascão pergunta para Mônica, Cebolinha e Xaveco se pode brincar de vôlei com eles, que não aceitam, só se parar de ventar ou tomar banho. Cascão os chama de bobões e egoístas, eles falam que é instinto de sobrevivência. Cascão derruba a rede de vôlei deles e vai  embora e Mônica fala que não tem culpa de Cascão ser um porquinho.

A turma segue o jogo de vôlei, Mônica ganha, Xaveco acha covardia dois contra a Mônica e vão tomar suco na casa da Mônica. Lá, veem noticiário na TV que ocorreu um assalto no banco do bairro do Limoeiro, bandido violento, dominou guardas, ameaçou clientes, uma diz que ele tinha revólver e estava com coceira no dedo e era feioso, baixinho e muito sujo.

Quando veem retrato falado do bandido, a turma pensa que era o Cascão e se desesperam, acham que o deixaram muito nervoso, se revoltou e partiu para carreira do crime e ficam tristes pelo amiguinho. Até que aparece o Cascão e eles se escondem assustados atrás de uma pedrona. Eles com medo procuram não contrariar o Cascão, que acha que estão arrependidos e pergunta se querem brincar com ele de mocinho e bandido e mostra segurando uma arma.

A turma volta para a pedrona, Cascão manda para virem perto dele, a turma diz que vai, mas não é para atirar. Cebolinha pergunta para o Cascão se eles sempre foram amigos. Cascão responde que mais ou menos, sempre foi forçado a participar de planos infalíveis contra a Mônica e sempre apanharam. Cebolinha diz que então o problema é com a Mônica e pode atirar nela. Cascão fala que atira em quem ele quiser porque ele é o Kid Cascão, o Justiceiro, o gatilho mais rápido, o mais temido e eles são uns ratos.

A turma concorda com tudo, Cascão fala que têm desafiá-lo senão, não tem graça. A turma não concorda, Cascão diz que está com coceira nos dedos e os três fogem para a pedrona. Aparece a Maria Cebolinha, eles acham que Cascão quer deixá-la como refém, imploram para ter dó, é só uma criancinha indefesa. Cebolinha corre até lá e leva a irmãzinha para a pedrona.

Para saírem da situação, o trio vai junto ao Cascão, se fazem de camaradas, enchem de elogios, conseguem prendê-lo e o leva para o guarda, dizendo que prenderam o assaltante do banco e que estão com a arma do crime. O guarda diz que estão ocupados, capturando o verdadeiro assaltante Cara-Suja.


A turma vê que é diferente do retrato falado e que a arma era de brinquedo e pedem desculpas ao Cascão que confundiram com bandido, que foi uma bobagem pensarem isso logo dele e convidam para brincar. Bate um vento forte, o cheiro do Cascão vai em direção a eles, derrubando todos e Cascão comenta que às vezes pode ser também muito perigoso.

História legal em que Mônica, Cebolinha e Xaveco acham que o Cascão era assaltante de banco ao verem um retrato falado na televisão. Ficam com medo do amigo bandido e com arma na mão e depois de um tempo conseguem prendê-lo e levá-lo para o guarda, quando descobrem que o verdadeiro assaltante era outro só um pouco parecido com o Cascão. No final, eles são derrubados pelo mal cheiro do Cascão, mostrando que ele pode tão perigoso quanto bandido de conseguir derrubar alguém.

Foram precipitados em achar que o Cascão era o assaltante só de ter visto o retrato falado, não era nem uma foto real. Se investigassem mais, veria que tinha nada a ver. Tinham consciência pesada que não deixaram o Cascão brincar por causa do mal cheiro e imaginaram que foi para o mundo do crime como revolta por causa deles. Como se Cascão ia fazer isso, estava pouco se lixando, já estava acostumado a ser rejeitado por ser sujinho. Engraçado que coincidiu com ele com arma e querendo brincar de mocinho e bandido, aí a turma ficou desesperada, principalmente da coincidência do Cascão dizer que está com coceira no dedo como também falou o bandido quando estava prestes a atirar.

Tudo indica que o Cascão viu a matéria do assaltante na TV e resolveu dar uma lição nos amigos pelo que fizeram com ele. Bem que podiam ter perguntado ao Cascão por que assaltou banco, ele ia negar e ver que ele não era o bandido. O medo era tão grande que nem conseguiam pensar. Sem dúvida, o fedor do Cascão derruba qualquer um, não foi à toa que ele disse que consegue ser muito perigoso que nem um bandido. Foi legal a presença da Maria Cebolinha, como Dona Cebola deixa Maria Cebolinha engatinhar sozinha na rua. Até que foi bonito gesto do Cebolinha salvar a irmã, mesmo achando que ela torra a paciência dele. 

Foi engraçado "pensando na morte da bezerra", Cebolinha mandar atirar na Mônica por causa de bater neles nos planos infalíveis fracassados. Interessante que dessa vez não colocou a Magali, deixando o Xaveco no lugar, foi bom que diferenciou.  "Sandra Canarinho" foi paródia da jornalista Sandra Passarinho. Considerando horário que estavam assistindo, provavelmente era o "Jornal Hoje" da TV Globo e, assim, o apresentador seria o William Bonner, que apresentava o jornal na época.

Cascão foi o personagem que mais teve tramas policiais, tiveram muitas com ele lidando com gangue de bandidos, tiroteios, assaltos a banco  a mão armada, sendo sequestrado, era quase uma característica fixa de histórias com ele. Os outros personagens podiam ter, mas com Cascão costumavam deixar tramas mais pesadas que o normal. 

É impublicável hoje em dia, sem chance de ter bandido nas histórias e muito menos personagem principal ser o bandido, além de Cascão aparecer de arma na mão, mesmo de brinquedo não pode mais e até envolver um bebê como Maria Cebolinha. Tanto que nunca foi republicada até hoje, deveria ter sido a partir de 2008, quando estavam republicando histórias de abertura do Cascão de 1995, mas como já estava na Panini e o politicamente correto consolidado, acabaram não republicando. Também mudariam TV de tubo para uma TV LED por povo do politicamente correto não gostarem de coisas datadas e expressões populares como "pensando na morte da bezerra".

Traços ficaram bons, típicos de histórias dos anos 1990. Esse gibi do 'Cascão Nº 215' teve data de expediente como março de 1995, sendo o terceiro gibi dele lançado naquele mês, mas saiu atrasado nas bancas, sendo lançado só em abril. Curioso que fiquei sabendo que assinantes da Globo não recebiam o terceiro gibi quinzenal de Cascão, Chico Bento e Magali, sempre recebiam dois no mês, aí em vez de 26 gibis de cada por ano recebiam 24. Muito bom relembrar essa história há exatos 30 anos.

73 comentários:

  1. Olá. Boa noite, Marcos. Eu sou JP, de Salvador-Bahia. Por gentileza, uma pergunta.: é verdade, que, o valor do preço, da Revista Turma da Mônica Jovem, ele irá voltar, com o preço antigo, de.: R$ 27,90, para R$ 25,90, a partir, do mês de Junho, do ano de 2025, ou, não?. Por gentileza, é verdade, que, o Almanaque dos Pets da Turma da Mônica, e, o Almanaque Histórias Para Colorir Turma da Mônica, eles irão sofrer um Reajuste, nos valores dos preços, a partir, da Edição #02, ou, não?. Por gentileza, é verdade, que, o Almanaque Histórias Sem Palavras Turma da Mônica, e, o Almanaque Histórias Curtas Turma da Mônica, eles irão custar R$ 13,90, ou, não?. Eu aguardo respostas. Abraços.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Se não teve erro de digitação no site, Turma da Mônica Jovem pode passar a custar R$ 25,90. Não sei sobre reajustes de preços desses almanaques. Abraços.

      Excluir
    2. Ok. Marcos, por gentileza, uma pergunta.: é verdade, que, o Livro MSP 90, ele terá as duas versões.: Capa cartão, e, Capa Dura, e, terá 164 páginas, e, terão umas HQS, feitas, pelos 90 artistas, e, ele estará disponível, nas Bancas de Revistas, e, Livrarias, das Regiões Todas, do Brasil todo, inclusive, Salvador, e, Bahia toda, inclusive, Online, é isto?. Por gentileza, é verdade, que, no final, do ano de 2025, terão as duas Edições, da Revista Mônica Especial de Natal.: Edições.: #18 (Primeira Temporada-Relançamento), e, #19 (Primeira Temporada), nas Bancas de Revistas, e, Livrarias, das Regiões Todas, do Brasil todo, inclusive, Salvador, e, Bahia toda, é isto mesmo?. Eu aguardo respostas. Abraços.

      Excluir
    3. Quanto a MSP 90, é verdade tudo isso, sim. E terá relançamento de Mônica Especial de Natal no final do ano. Abraços.

      Excluir
    4. Ok. Muito obrigado, então, Marcos.

      Excluir
  2. As pedras menores devem ser do núcleo do Bidu, pois, da forma como somem, significa que se instalaram equivocadamente no núcleo do Bairro do Limoeiro, do qual Bidu também é integrante e exatamente pelo cãozinho atuar em dois foi o que provavelmente as atraiu para o endereço errado e indica que o retrato falado impressionou mais... "gente"(?), ou melhor, impressionou "outras personagens", vamos por assim dizer, porque, se Dona Pedra é personagem, as duas, como repentinamente somem, não são inanimadas, pelo contrário, são bem animadinhas - beeem medrosas...
    Outro vacilo foi Cascão partir para cima de si mesmo para se autoimobilizar com ajuda dos amigos, esquizofrenia que podemos constatar no primeiro quadro da antepenúltima página. Tal atitude contra si próprio foi... de lascar... Significa que ele também viu o retrato falado pelo noticiário de TV e... acreditou que o que viu só podia ser ele mesmo e tal descoberta foi tão impactante que começa agir como se não tivesse visto... Tarja preta nele! Posto que, qualquer psiquiatra que presenciasse a cena... automaticamente piraria!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Tem razão, tudo indica que o Cascão ter visto a matéria do assaltante na TV e inventou essa brincadeira e a arma para dar uma lição nos amigos, até por essa parte de autoimobilizar, e ainda mais quando falou que estava com coceira na mão, não olhei para esse lado. Aí, mais um motivo pra eles perguntarem por que Cascão assaltou o banco pra ver como ele ia reagir. As pedras sumiram ao longo da história, só não sabemos se são da Turma da Dona Pedra do Bidu, realidade é que foi erro de desenhista.

      Excluir
    2. Mas você identificou o erro no primeiro quadro da antepenúltima página, Marcos? Seria um Cascão esquizofrênico por atacar a si próprio ou, seriam dois Cascões?
      E Cebolinha não aparece desferindo o sincronizado ataque para desarmá-lo e contê-lo. Se bem que pode ter sido ocultado pela nuvem de poeira gerada pela agitação e/ou velocidade dos botes simultâneos aplicados pelos três ou, pelos quatro(?). Até que esta justificativa... cola.

      Excluir
    3. Não postei erros porque não tinha achado. Identifiquei só agora você falando que desenharam o calção do Cascão no lugar do Cebolinha, erro bem bizarro, a impressão deu que seria dois Cascões, mas não foi. A justifica cola, Cebolinha poderia estar oculto na poeira, mas a intenção real seria ele no lugar do outro Cascão desenhado errado.

      Excluir
    4. É, eu até estava pensando assim: "Mas ali não tem nada de errado. O Cascão no meio, e, quem está atacando seria o Xaveco, Mônica, Cascão..." E depois eu pensei: "Epa! Cascão?!"

      Excluir
    5. Pois é, Julia R., erro assaz tosco que me fez lembrar de 'Septic Schizo', canção de Sepultura do álbum 'Schizophrenia', lançado em 1987, ano esse em que a banda ainda não gozava de projeção mundial. Ademais remete a 'Eu, Eu Mesmo & Irene', longa estrelado por Jim Carrey.

      Excluir
    6. Isquisito dimais o que arrumaro nesse quadraí. Nuésó cossão dele quitá no lugá da ropa do Çebolinha, teim os pé tamem, é o corpo do Cascão atacano o própro Cascão. Parece mesmo umaçâum o um ato diqueim teim isqizouflenia. Já ssisti esse filme, muintubão. Essatõr quiterpletô o Mascra, adorus filme dele.

      Excluir
    7. Vacilaram feio nesse erro, grande falta de atenção.

      Excluir
    8. Esse filme é hilário de cabo a rabo, Ethelvina Ebó com Farofa. Comédia de primeira categoria.
      Quanto aos desmaiados do quadro de encerramento, desenhista errou em não manter a ordem que consta no antepenúltimo quadro. Pela lógica, Xaveco deveria estar próximo ao centro do quadro e Cebolinha ocuparia o lado inferior esquerdo.

      Excluir
    9. Verdade, Zózimo, erraram as posições deles desmaiados no último quadro, outra falta de atenção.

      Excluir
    10. Requer ordem e lógica até para desmaiar.
      Compreendo que foi necessário para que Cebolinha tivesse seu momento de bravura, para divulgar seu heroísmo, no entanto, não deixa de ser estranho uma bebê zanzando pelo bairro e, depois de "salva", do mesmo modo como entrou em cena, segue rumo sozinha, assim denotando o paradoxo do "herói irresponsável" e, Dona Cebola, por ser dona de casa, vai ser descuidada assim... para lá de... Teerã(!). Medalha de ouro em irresponsabilidade materna.

      Excluir
    11. Só se eles ficaram rodando até desmaiarem pra justificar a posição diferente. Como o Cebolinha não estava tomando conta da Maria Cebolinha, a culpa é da Dina Cebola não prestar atenção na filha. Vai que a porta estava aberta e ela saiu, se tivesse tomando conta de fato dela não ia engatinhar até onde o irmão estava.

      Excluir
    12. Marco, comessa história trata de tema de bandidage até quiduma manera beim leve comparano com varas otras queu cunhesso purquê num isprora a figura do criminozo, tanto quele parece num quadro só seno rendido, daí quicocês acha daquela história co bandido fica todo cuberto de lama e a Mônica pensa quéu Cascão? Chegatè brincá de cazinha cuele. É praticamente oposto dessa daqui purmordequê Casção num participa, mais tem nome no titlo e tamem sitado pela Mônica no decorrê daistòria. Lembru ca rivistinha dessa historinha feis parte da coleçâum da minhirmã, num sei sainda fais. Tâum cunsigno lembrà quistória é essa ovôcês num cunhesse?
      O marco deve sabê qualè por tê mundaréu de rivista e o Zosmo queu num seisse cunhesse o se vai arrecordá.

      Excluir
    13. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
    14. Tiveram outras histórias envolvendo criminalidade mais pesada que essa da postagem, mas não deixa de ser meio pesada do que colocavam. Essa que você citou do bandido na lama é de Cascão Nº 79 (Ed. Globo, 1990). Apesar da Mônica pensar que era o Cascão na lama, ele não apareceu na história, foi bem curioso isso.

      Excluir
    15. Conheço essa, Ethelvina Ebó com Farofa. O tal João, de tão nanico, parece até anão, daí, todo coberto de lama, foi confundido com Cascão. Certo mesmo seria Mônica acreditar que se tratasse de um monstrinho da horda do Capitão Feio, pois é com isso que o sujeito ficou realmente parecido.
      E é mesmo curioso, Marcos. História de abertura de gibi do Cascão sem a presença dele.

      Excluir
    16. Zózimo, seria mais coerente ser confundido com monstrinho da lama, pode ser porque a Mônica tinha certeza que era alguém por baixo da lama. Poderia ter saído em gibi da Mônica, podem ter deixado no do Cascão por ele ser citado o tempo todo, se aparecesse, seria só no final como participação, não teria foco nele de qualquer forma.

      Excluir
    17. E a Ethelvina Ebó com Farofa tem razão, Marcos. Das histórias do tema, "Cascão, o bandidão" é uma das mais brandas que conheço e o pararelo que faz com essa do fugitivo de xilindró que passa maior parte da trama coberto de lama é outra sacada interessante, pois, na de 1995, no que tange aparição, o criminoso teve direito a apenas um quadro - quadrão, diga-se de passagem - já na de 1990, João é o protagonista, ao passo que Mônica, embora fundamental para o desenrolar do argumento e até dividir protagonismo, contudo, sua principal função é de coadjuvante e, de peso, lógico - sem duplo sentido.
      Essa HQ que abre Cascão nº79 da Editora Globo poderia ter encerrado a edição ou poderia ser de algum gibi da Mônica, fosse como abertura, como miolo ou como encerramento. No entanto, do modo como deixaram, deu um charme ímpar a esse número do Cascão.

      Excluir
    18. Sim, essa de 1995 é até branda comparada a de 1990 e até outras tramas policiais que tiveram. Porém, só o fato de Cascão segurar uma arma e pensarem que ele ia fazer uma bebê de refém o povo do politicamente correto ia chiar demais. Mesmo não aparecendo em Cascão Nº 79 ficou muito bem assim como deixaram, sem dúvida deu um charme maior.

      Excluir
    19. Voltando a falar da participação da irmã do Cebolinha em "Cascão, o bandidão", foi necessário vacilo da parte de Dona Cebola para que seu filho brilhasse, digamos assim. Até aí, tudo bem, totalmente válido, ponto positivo para quem escreveu. Entretanto, vacilo questionável foi deixá-la seguir rumo sozinha, ou seja, com base no que o trio equivocadamente acreditava, teoricamente a bebê foi salva e, logo em seguida, foi novamente deixada à própria sorte. Para que não tivesse incongruência, Mariazinha poderia ter ficado até concluir a trama. Assistiria os três atacando o Cascão, Xaveco pegaria arma e abordaria o policial, Mônica, forçuda, mais que suficiente para mantê-lo contido e, Cebolinha, aí, sim, com a irmã no colo e, desfecho, em vez de três, quatro desfalecidos.

      Excluir
    20. Pois é, a maria Cebolinha sumiu depois, subtende que seguiu caminho e eles nem viam ela saindo, foi um erro aí.

      Excluir
    21. Deixam evidenciado, no terceiro quadro da nona página (11), Maria Cebola saindo de cena. Conclui-se que o salvamento foi mais para Cebolinha ficar "bonito na fotografia", um ato de fachada que dá entender que ocorreu somente para atingir o número de páginas previamente estipulado. Ficaria da hora se a Mariazinha ficasse até o desfecho.

      Excluir
    22. Ah, sim, vi agora ela saindo, ideia foi essa de Cebolinha ser um herói e não admitir que fizessem mal à sua irmãzinha. Até o fim ficaria melhor mesmo.

      Excluir
  3. Internet archive tem várias revistinhas. https://archive.org/details/@orshabaal/lists/1/turma-da-m%C3%B4nica

    ResponderExcluir
  4. Nossa, que história boa!

    Quanto menos chance uma história tem de ser republicada hoje em dia, nestes bizarríssimos tempos modernos que vivemos, melhor ela é!

    Até a capa é atualíssima: pode ser encarada como uma crítica bastante pertinente às atuais obras de "arte" que são expostas em museus!

    Muito bom ver uma historinha com polícia predendo bandido, policiais usando armas de verdade (e não distintivos ou lagostas), criança brincando com arma de brinquedo, Cebolinha fazendo um ato de heroísmo e virtude (salvando a irmãzinha - heroísmo sim, pois para ele aquela arma era de verdade e o Cascão realmente havia virado bandido), traços bonitos dos anos 90, arte de verdade feita à mão e não por IA e nem com "copia e cola", entre outras coisas boas que infelizmente se perderam na turminha...

    Espero que um dia o pessoal se toque e volte a publicar historinhas boas como essa...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Aliás, bom lembrar: armas de brinquedo são vendidas até hoje e as crianças ainda brincam de "arminha". A humanidade ainda respira!

      Excluir
    2. Verdade, essas impublicáveis e as que nunca foram republicadas por causa da tosqueira do politicamente correto são as melhores. Se censuraram, pode crer que eram muito boas. Tudo fluía bem, todos esses pontos que destacou foram ótimos e as capas eram um show à parte, essa capa foi bem legal também. Pena que desaprenderam a fazer gibis, esses antigos que valem a pena. Ainda vendem armas de brinquedos, o que é menos mal, porém nos gibis não querem pra não incentivar essas coisas nas crianças.

      Excluir
  5. Em um tal de DCM (Diário do Centro do Mundo), que creio se tratar de um portal de notícias, consta seguinte manchete:

    'MAURICIO CONDENA IA NA TURMA DA MÔNICA E COGITA AÇÃO JUDICIAL'

    Dê uma olhada quando puder, Marcos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Já tinha visto isso, tem um monte de gente gerando histórias com personagens do Mauricio por IA e a empresa vai tomar providências quanto a isso, não estão gostando de personagens envolvidos nisso sem consentimento, direitos autorais, essas coisas.

      Excluir
    2. Quanto a isso penso que a MSP está em pleno direito de agir da maneira que vem anunciando. Por ser detentora dos personagens, pode defecar nas próprias crias - claro que sempre reprovei o que vem ocorrendo com os quadrinhos da TM clássica desde a década de 2000. Agora, abrir porteira para que qualquer um faça o mesmo, gente que nunca teve vínculo com a MSP, aí vira bacanal... E isso é bom que aconteça para que possamos refletir a respeito do tão aguardado domínio público que, certamente, é uma faca de dois gumes...

      Excluir
    3. Verdade, não dá pra qualquer um agasalhar obra do Mauricio. Ficam muito esquisitos nesses IA. Infelizmente quando entrar em domínio público vão acabar de vez com os personagens.

      Excluir
    4. E o lado positivo dessa faca de dois gumes é que, por exemplo, Mauricio de Sousa teve total liberdade para criar figuras como Frank e Zé Vampir e inseri-los na Turma da Mônica, graças aos personagens criados por Mary Shelley e Bram Stoker entrarem em domínio público, ou seja, toda essa parada de obras e de personagens entrarem para o dito domínio público, consegue ser de uma ironia ímpar... Se atualmente temos vários tipos de vampiros e várias versões de Conde Drácula, assim como várias versões do monstro que foi construído pelo fictício Dr. Victor Frankenstein, significa que, no futuro, muito provavelmente, haverão várias e diferentes versões oficiais de diversos autores, de medalhões como Popeye; Batman; Pica-Pau; Mickey; Tio Patinhas; Tom & Jerry; Mestres do Universo; Smurfs; Hulk; Super-Homem; Gaguinho; Betty Boop; Mafalda; Barbie; Bidu; Cebolinha; Mônica e, dá-lhe et cetera(s), ou melhor, dá-lhe ponto(s)-e-vírgula(s)...

      Excluir
    5. O lado bom do domínio público é que alguém vai poder fazer um "Turma da Mônica classic", retomando a turminha à sua glória anterior . O lado ruim é que vai surgir muita bizarrice

      Excluir
    6. Sim, isso aí, O Bardo da Névoa. Penso que as bizarrices oficiais irão predominar, assim, esmagadoramente... É possível que alguém tenha algum grau específico de sensibilidade e, legalmente, consiga resgatar configuração da Turma da Mônica clássica das três últimas décadas do século XX para adaptar aos quadrinhos de décadas como de 2080, de 2100, 2120, por exemplo. Caso algo assim ocorra, logicamente boa parte das pessoas que atualmente estão sendo gestadas ou geradas não conseguirá (não conseguirão) presenciar tal relativa (remota até) possibilidade de uma TM clássica nos moldes do século XX dando as caras em novas HQs - releituras e novos roteiros com as devidas incorreções, novas aventuras - publicadas entre décadas do final do XXI e do início do XXII.
      O que quero dizer é que, os possíveis efeitos disso futuramente, lado negativo, lado positivo, ainda se encontram num campo amplamente vago, incertezas são aos borbotões, e é muito provável que surjam novas leis pró-autores, pró-criadores, o tal, vamos dizer, protecionismo, pode vir a todo vapor...
      Já podemos presenciar uma pitadinha deveras superficial disso em relação ao que vem ocorrendo com Mickey Mouse e, tem mais, não descarto possibilidade da Disney conseguir virar esse jogo e isso servir de modelo para o "(Q)quintal do Tio Sam" - leia-se Brasil, América Latina e, até mesmo, o primo rico, conhecido por Canadá.

      Excluir
    7. Primeiro, fazer uma correção no meu comentário, o certo que queria dizer é: "não dá pra qualquer um avacalhar obra do Mauricio.". O corretor fez sair errado.

      Sobre domínio público pode ter essa vantagem de colocarem a turma no estilo clássico ou também podem afundar de vez, fica difícil prever como vão fazer, que estilo prevacelerá. De qualquer forma, não será versão oficial, o que fizerem de positivo ou negativo não teve dedo da MSP, aí não vejo como oficial. E o mesmo serve pra outros personagens clássicos que vão completar 100 anos a partir de agora e que também entrarão em domínio público.

      Excluir
    8. Futuras possíveis "versões oficiais da TM fora da jurisdição da MSP", caro Marcos, é dentro do seguinte raciocínio que exemplifico abaixo, vamos lá:
      Frank, integrante do núcleo do Penadinho, é ou não é oficial? E o Stein? Aquele guri biônico de pele roxa que integra a Turma do Arrepio, seria ele oficial ou, quem sabe, uma amadora paródia em versão infantil? Foram criados por Mary Shelley? Sabemos que não, todavia, ambas figuras foram abertamente, ou melhor, foram descaradamente inspiradas no que ela criou e tanto um, quanto outro, não estão inseridos no âmbito do amadorismo, não foram criados por diletantes, compreende?
      Não sei como funciona, por exemplo, no Tio Sam, já no Brasil, domínio público passa vigorar após completar setenta anos de morte do autor ou autora da obra. Exemplo que dá para considerar como recente, é Monteiro Lobato, seu falecimento ocorreu em 1948 - não sei precisar (detalhar) mês e dia - e, por conta disso, Sítio do Picapau Amarelo passou ao domínio público a partir de 1º de (J)janeiro de 2019.

      Excluir
    9. Todos foram inspirados no Frankstein, mas acabaram sendo personagens diferentes. Só se no futuro terão outros personagens inspirados na Turma da Mônica, mas seriam outros personagens de qualquer forma.

      Excluir
    10. Suponhamos que Mauricio bata a caçoleta aos cento e dez anos, lá para o início do segundo semestre de 2046. Daí, a (L)lei de (P)proteção dos (D)direitos (A)autorais automaticamente seria aplicada - na verdade, confesso que não sei se é automática ou se depende da família acioná-la - e ao término desse período, compreendido em setenta anos, de acordo como isso funciona no Brasil, Turma da Mônica passaria ao domínio público a partir de 1º de (J)janeiro de 2117, isto é, nesta suposição, a família perderia os direitos sobre a TM a partir da segunda metade da segunda década do próximo século.

      Excluir
    11. A Disney mesmo se aproveitou muito só domínio público em todas as suas proncesas

      Excluir
    12. Ainda bem que domínio público é só depois de 70 anos da morte do criador. Até lá já não estamos mais aqui e não veremos como vai ser e nem deva mais existir revistas em quadrinhos e desenhos animados, então Mauricio está salvo de usarem personagens deles pra isso.

      Excluir
    13. Parte do vertiginoso crescimento da Disney foi por ter nadado de braçadas em várias obras que, já naquelas épocas, há muito se encontravam em domínio público. Tacada de mestre de Walt Disney por se atentar a tudo isso que estava, em certa medida, "dando sopa" e, legalmente, se apropriar de boa parte.
      Hoje, Mickey, ícone máximo da empresa e um dos grandes símbolos que representa o modelo capitalista amplamente experienciado por maior parte do que se entende por Ocidente, se encontra às portas do domínio público, inevitável ironia...

      Excluir
    14. Tacada de mestre, sem dúvida, e agora seus personagens vão à domínio público, sorte dele de não estar vivo pra ver isso.

      Excluir
  6. Respostas
    1. Pois é, um simples assalto deu muita confusão para a turma.

      Excluir
  7. Que bobagem que alguém vai ficar violento por causa de arma de brinquedo em gibi da turma da Monica

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Bobagem demais, infelizmente é o que essa gente do politicamente correto pensa, e também pensam que crianças vão se traumatizar por isso.

      Excluir
  8. Eu li cascão e Cebolinha 76 .até que não achei ruins as histórias

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Menos mal, uma ou outra se salva, mas a maioria são fracas.

      Excluir
  9. Marcos, o que você entende disto? A Panini Comics não pôde utilizar o título Revista Parque da Mônica, pois esse nome já estava registrado pela Editora Globo... por isso que, na época, eles trocaram para: Turma da Mônica: Uma Aventura no Parque! Mas por que então a Editora Globo não confiscou os títulos Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e Chico Bento? Chegaram até a Panini Comics sem mexerem nos nomes dos gibis em si! E aí?

    E, por sinal, por que Mauricio de Sousa continuou colocando histórias no Parque da Mônica mesmo quatro meses depois de o Parque original ter se encerrado? Não podia ter mudado logo o título do gibi para: Turma da Mônica? Pois confesso que não entendi a respeito! Está ligado nisso?

    Se souber me esclarecer algo em torno disso tudo aí, ficarei bastante contente! Está bem assim na realidade?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Está tudo bem, sim. Revistas que foram criadas na Editora Globo com nomes elaborados em conjunto com a Globo não podiam ter mesmo nome na Editora Panini. Parque da Mônica foi criado na Globo, aí a Panini não pôde permanecer esse nome. Por isso também o "Coleção Um Tema Só" da Globo foi renomeado pra "Almanaque Temático" na Panini. Já títulos só com nomes dos personagens são fixos e pra qualquer editora que forem vão seguir iguais porque os direitos são do Mauricio e da MSP.

      Continuou com histórias do Parque esses 4 meses após ter fechado porque já tinham as histórias feitas e não iam querer descartar o material. Assim que acabaram as histórias do Parque deixaram a revista só como "Turma da Mônica".

      Excluir
  10. A questão e que Maurício tinha vontade de colocar seus personagens em livros didáticos alfabetização talvez por isso venha lá deixando bonzinhos demais

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não acho que é só isso, sempre tiveram livros com os personagens e eles eram incorretos. Isso se deve mais pra agradar a sociedade que apoia o politicamente correto e eles não comprarem e cancelarem por não gostarem de comportamentos ruins dos personagens.

      Excluir
    2. Certamente não, Miguel. Por mais que lá atrás possivelmente Mauricio tivesse isso em mente, seus personagens ficaram desenxabidos por pura e compelida pressão da nova ordem sociopolítica. Como o próprio termo já diz, ʕpoliticamente⁠ʔcorreto é uma ferramenta política. Sei que "pleonasmei", mas, é bom, digamos, de vez em quando, chover no molhado, isto é, é bom enfatizar o que parece óbvio, dado que não é todo mundo que assimila isso da maneira correta.
      Penso que se quase todo mundo em idade adulta entendesse o que o politicamente correto de fato representa, essa parada sucumbiria por constantes e massivos boicotes.

      Excluir
    3. É, se pessoal soubesse como politicamente correto estraga com tudo principalmente com a arte, com certeza não apoiariam. Merecia boicote de fato, só assim voltaria como era antes. Infelizmente é difícil, sociedade está contaminada, difícil mudarem de opinião.

      Excluir
  11. Essa fase anos 90 pra mim tem a melhor qualidade técnica...num paralelo com a editora abril ainda achava as cores meio borradas nos gibis da Disney.... atualmente que tá melhor e não e Mauá da abril

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A Editora Abril sempre foi mais precária em questão de cores. Mesmo que na Editora Globo viviam mudando estilo de cores, mas sempre foram superiores que na Editora Abril, com exceção no segundo semestre de 1987 que eram desbotadas demais na Globo.

      Excluir
  12. História muito boa, acho que tenho algumas coisas a comentar, então, lá vai:

    Eu estranhei o Cascão desse jeito, achei ele muito nervosinho, mas ficou bom e engraçado para o enredo da história. Achei engraçado a hora que o Cebolinha pega a Maria Cebolinha, parece que estava chutando o Cascão.

    Aliás, muito bom ver o Xaveco assim, natural, não o tempo inteiro reclamando de ser secundário, ninguém liga pra ele por causa disso, blá, blá, blá!

    Sobre mudanças, imagino que mudariam os polícias pra que eles segurassem os distintivos e um deles estaria com uma algema nas mãos. Eles mudariam a parte das armas, na minha mente, pra uma espada, sei lá. Não duvido de mais nada.

    Queria tanto que as histórias de hoje estivessem assim. Mas queria tanto. Eu poderia ir lá na MSP e chutar os computadores pra que quebrassem. Afinal, imagino que estejam fazendo deste jeito.

    Enfim, muito boa história.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Corrigindo: quis dizer policiais, não polícias como deu no corretor.

      Excluir
    2. Julia, verdade, Xaveco normal agindo como qualquer personagem melhor do que ficar dizendo que é secundário, muito melhor assim. O Cascão agindo assim foi coerente, foi bom. Acho que com guardas mudariam pra distintivos, descaracterizando o sentido do momento, é certo que não usariam armas agora. Seria ótimo que produzissem assim até hoje, não com esses traços digitais decadentes, infelizmente vão manter como estão, mais prático pra eles fazerem com pressa e acabar trabalho mais rápido.

      Excluir
    3. Gostei de ver, Julia R., ou melhor, gostei de ler!
      Legal conhecer seu lado hardcore de falar o que pensa. É bom desabafar assim de vez em quando... Tem mais é que chutar o pau da barraca mesmo, chutar o balde e os "maledetto computadore" que só produzem HQs desprovidas de qualidade, concordo com vossa excelência em gênero, número e grau!
      Personalidade do Xaveco do século XXI é outra nojeira que estou contigo e não abro! Prefiro ele assim, dichavadinho, conformado, sem recalque, descomplexado com o inerente secundarismo, sem histeria, dando suporte, opinando quando necessário, seja sugerindo, concordando e discordando, enfim, um escada orgânico, funcional e clássico.
      Pensem bem, se a própria (M)mãe (N)natureza, que está muito acima de nós, que é infinitamente superior à humanidade, não foi, não é e nunca será politicamente correta, por que nós, que somos uma fração dela, temos de ser? O que essa agenda ideológica almeja de fato é uniformizar a todos e, com isso, nos calar... Querem total inexpressividade, querem o gado, assim, 100% marcado...

      Excluir
    4. Mas, sabe, o problema do Xaveco é o seguinte: antes da Panini, o Xaveco era assim, normal, natural! Ele, claro, ficava reclamando disto e aquilo de vez em quando, mas não o tempo inteiro. Agora ele só sabe reclamar sobre seu segundarismo. Só isso. Parece que ele tem boca só pra reclamar agora. E a Denise atual... Ela tem um pouco de influência nisso, eu acho. Eu me lembro (ainda sobre o Xaveco), que, na história de abertura do gibi da Mônica número 51, ou 52, não lembro, o da Panini, os personagens haviam trocado de corpos. Então, a Milena estava no corpo da Magali. A Marina estava no corpo da Milena. A Magali no corpo da Dorinha. Depois, no final, eles ficaram em seus corpos originais, e a Mônica citou alguns que estavam normais, mas não citou o Xaveco. E daí, o Xaveco forçado nas alturas, disse: "ah, de mim ninguém fala né?"

      Que forçado! Eu também acho a Denise superforçada. As histórias que ela aparece só tem a ver com internet, não dá pra largar um pouco e viver? Tenho um gibi onde ele fazem um acampamento, mas era sem celular. O Cascão até comenta: "Nossa, que incrível, sem celular né?" E a Denise responde: "Sem celular e internet? isso é diversão ou sacrifício?" Forçando nas alturas também. Enfim, os dois atuais, são realmente muito forçados.

      Excluir
    5. Falou tudo, tanto Xaveco quanto Denise são forçados demais, fica tudo muito repetitivo. Xaveco não era assim, Emerson que o deixou assim e outros roteiristas seguiram o estilo visto que até hoje ele é assim mesmo não tendo mais histórias escritas pelo Emerson nos gibis. Denise, idem, supérfluos demais diálogos com ela. Tudo sem graça.

      Excluir
    6. Gosto do Xaveco genuíno e detesto o Xaveco bocó de mola à la Emerson Abreu.
      Denise, felizmente, tive a sorte de nunca gostar.
      Tudo que se mostra forçado, apelativo, gratuito e que ainda tem a pretensão de tentar ofuscar o consagrado por meio da artimanha das modinhas fugazes, por meio da constância do frívolo, do fútil, do superficial, vai contar somente com meu total desprezo.
      Titi das antigas, por exemplo, é autenticamente descolado. Núcleo da Tina nos bons e velhos tempos é outro que comunga da mesma pegada orgânica do cafajeste mirim. O conceito de descolado praticado pela Denise deriva de um modelo patológico, agrega absolutamente nada, nada mesmo, zero, nulo, vácuo, nada de positivo. O que essa personagem prega e o modo como se porta, falta contraponto da parte da mesma, falta carisma, falta coração, falta-lhe uma alma, transborda empáfia, age como se fosse um robozinho renitente, programada para desferir tiradas o tempo todo em todo mundo que lhe cruza o caminho, isso pode ser qualquer outra coisa, só não é comédia. Completamente desprovida de humor, mas, a própria, sempre acha que está abafando. E pior que seu comportamento reflete a conduta de boa parte da atual sociedade brasileira, acho que é por isso que consegue ter considerável aceitação por parte dos leitores jovens.

      Excluir
    7. Dessa vez, não estou aqui para defendê-la, mas como você escreveria a Denise tivesse poder ou fosse sua personagem, Zózimo? Só curiosidade.

      Excluir
    8. Com Emerson qualquer personagem ficava igual, bem forçados. Ele chegou a fazer histórias do Titi nos primórdios entre 1998 e 1999 e também agia assim forçado, eufórico, ficava bem diferente, as tiradas usadas fazia dar graça.

      Excluir
  13. Ótima história! Trama super bem bolada e maravilhosamente conduzida.
    Essa é uma daquelas histórias que fico sem lado com quem ficar. Tipo simpatizo com o Cascão, mas também entendo o ponto de vista da turma. Eles poderiam ter sido um pouco menos duros, no entanto. O que aconteceu foi um belo susto para eles, bateu o medo e o arrependimemento. A passagem com eles encontrando o Cascão com arma, se assustando com ele, foi muito engraçada. O ''sempre me envolve em planos e apanhamos'' e o ''atira na Mônica então'', ri a beça. Envolveu até a Maria Cebolinha! Cascão, mesmo sem saber, tava meio que bancando o bandidão mesmo, foi bem convincente. Ou talvez ele sabia, como você disse. Se sim, baita sacanagem com os amigos. A gente, como público, já sabia que ele não tinha roubado nada, mas a turma... tudo bem que eles mereciam um pouco, mas né.
    Final da história bem óbvio, descobrem que não tinha roubado nada e voltam todos a ser amigos. Porém, Cascão continua sendo Cascão né, mata qualquer um com sua catinga, bom que pelo menos admite o desavergonhado. Ainda assim, gostei de todo o climáx, com o ''falso Cascão'' indo preso e a turma se desculpando. Gostei mesmo.

    Grande história, nota 9.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito caprichada essa. Cascão aproveitou a notícia pra se vingar dos amigos e como estavam com culpa no cartório, acabaram acreditando. Não deixa de ser um plano infalível criado pelo Cascão e que deu certo dessa vez. Rachei de rir nessa parte do Cebolinha mandando atirar na Mônica, com certeza iria acabar com os problemas dele de serem donos da rua. A presença da Maria Cebolinha envolvida foi bem legal também. O fedor do Cascão mata qualquer um, bem comparado a uma arma de fogo, foi boa sacada.

      Excluir