domingo, 5 de agosto de 2018

Magali: HQ "A escrava"

Mostro uma história em que a Magali sem querer salvou a Terra de ser escravizada por extraterrestres. Com 6 páginas no total, foi publicada em 'Magali Nº 6' (Ed. Globo, 1989).

Capa de 'Magali Nº 6' (Ed. Globo, 1989)

Nela, 2 extraterrestres estão a caminho de um planeta azul à procura de um povo calmo, submisso e trabalhador para que sejam escravos no planeta deles. Logo é descoberto que eles estão indo a Terra para transformar todos em escravos. 



Chegando lá, eles lançam um raio transportador pra levar até à nave deles e um habitante aleatório. É mostrado uma visão dos habitantes da Terra e o narrador-observador comenta que a Terra tem 5 bilhões de habitantes e teria que ter muita sorte ou azar para ser atingido pelo raio dos extraterrestres. O raio acaba conduzindo a Magali até à nava deles. Ela não entende porque está subindo e para onde está sendo levada, quer ir para sorveteria e pede socorro.


Magali chega à nave e os Extraterrestres fazem análise do seu porte. Eles veem que ela é um filhote, sexo feminino, 6 anos de idade, boa massa encefálica, dotada de raciocínio, boa dentição e boa saúde. Não gostam que tenha só 2braços, mas alegam que os cientistas podem resolver. Magali não entende o papo e pergunta quem são eles e um ET diz que não é permitido escravo falar com os seus senhores. 

Magali os chamam de malucos e um deles diz que eles têm que resolver esse gênio indolente e um bom trabalho de condicionamento resolve isso. Os alienígenas levam a Magali para uma cápsula para testar a resistência dela. Magali resiste bem ao calor, ao frio e à umidade e eles concluem que os terráqueos têm boa capacidade de adaptação e darão bons escravos.


Em seguida, o estômago da Magali ronca alto e ela diz que está faminta por não ter ainda comido nada na historinha e eles acham que é uma ótima oportunidade para estudarem a alimentação dos seres da Terra. Um ET avisa que uma cápsula do pote de vidro gigante deles equivale a uma refeição. Magali corre em direção dele e toma todas as pílulas do vidro de uma só vez. Não fica satisfeita e corre pela nave atrás dos outros potes de pílulas. Os extraterrestres ficam desesperados com a Magali acabando com a dispensa deles e acabam tomando o pote da mão dela e ficam correndo pela nave para ela não pegar.


No final, os alienígenas devolvem a Magali para a Terra concluindo que não daria para manter escravos que se alimentam daquele jeito porque comeriam mais do que produziriam e eles saem da Terra com a nave à procura de outros seres para escravizar. Magali fica braba porque agora a historinha estava boa e aí acaba. Não satisfeita, ela vai para casa e pergunta mãe se demora muito para o almoço ficar pronto. Ou sejam as pílulas não foram suficientes para saciar a fome e precisa comer mais.


História bem legal, mostrando como extraterrestres queriam escravizar os humanos, dava tudo certo se não escolhessem a Magali com sua fome exagerada para fazer os testes. Eles pensavam que todos os humanos comiam do jeito que ela comia e desistiram de escravizar a Terra. Bastava fazerem testes com outras pessoas e veriam que nem todos tem a fome dela. Por outro lado, também poderiam ver que nem todos tem a saúde e a resistência da Magali, como eles desejavam. Cada um tem seu organismo.

Gostava de histórias com alienígenas, sempre rendiam boas aventuras e os personagens salvavam a Terra de acordo com a sua personalidade. Nessa, a gula da Magali que ajudou. Engraçado ver a Magali comendo todo o estoque de pílulas deles e ainda assim não ficando satisfeita. Ela comeu o suficiente pra alimentar boa parte da população da Terra e ainda queria mais. Falando em população, interessante ver que em 1989 a Terra tinha 5 milhões de habitantes, hoje em dia já somos mais de 7 bilhões. Além disso, o letrista errou ao colocar "milhões", devia colocar "bilhões". Apenas um ET que teve o seu nome divulgado, o Gorat da esquerda.


Os traços muito bons como sempre na época.  Interessante o narrador falar a palavra "azar" tranquilamente e hoje em dia ia ter alteração nisso, mudando para "má sorte" ou "falta de sorte" para atender o politicamente correto.

26 comentários:

  1. Adoro esse tipo de final, quando os personagens agem como se nada tivesse acontecido (bem típico das histórias de miolo do início da Globo).

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    1. Eu também gostava. Agiam normalmente após o acontecido. Muito bom.

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  2. Kkkkkkk História típica da Magali no início da era globo, onde geralmente tratava de sua fome exagerada que na minha opinião é bem melhor do que as de hoje que só tem tema de contos de fada.

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    1. Verdade. Quando Magali era Magali. Hoje em dia mudou muito os seus gibis, comida quase não se fala mais e quando tem não e mais com o exagero e absurdos que tinha

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  3. Bom dia! Essa capa faz referência ao mês anterior, onde a revista da Magali bateu as vendas da revista da Mônica. Um feito inédito desde o lançamento de Mônica 01 da Abril.

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    1. É verdade, mas é porque assim como eu, a criançada estava empolgada com o ar de novidade do gibi da Magali. Realmente comprávamos nessa época mais os gibis da Magali do que os outros da Turma. Acho que foi por isso, que uns dois anos depois, eu enjoei das histórias da Magali e parei de comprar o gibi dela, continuando ainda por mais alguns anos comprando somente os gibis da Mônica, Cebolinha , Cascão e Chico Bento.

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    2. É mesmo, uma capa histórica. Na verdade, foi a edição nº 4 de maio que bateu os recordes de vendas, superando até da Mônica que era a mais vendida.

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    3. Ricardo, interessante vc ter enjoado logo dos gibis da Magali. Questão de gosto. Eu até achei o gibi dela o melhor por muitos anos, mesmo depois da fase de lançamento e novidade. Gostava dos absurdos dela com a sua fome exagerada.

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    4. Ah certo! Obrigado pela correção! Fiquei muitooooo tempo sem comprar gibis da Turma da Monica! Tenho lembranças de ir com meu pai para compra-las! Voltei a comprar recentemente. Estou comprando só da Ed Abril e Globo em sebos! Da Panini só edições especias e numeros 1! Bons tempos ada Abril e Globo... Hoje as histórias estão realmente bem fracas! Abraço Marcos!

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    5. Roberto, os gibis da Panini são fracos mesmo, vale a pena ir em sebos pelos da Abril e Globo.

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    6. Fabiano, verdade. Naquela época tinham muitos títulos em bancas, não só Turma da Mônica assim como outros. Era difícil acompanhar tudo. Esses da Panini são chatos, não dá pra comprar, por isso não ter estímulo.

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  4. Marcos, que emoção em rever uma história deste gibi. Foi o primeiro gibi da Magali que comprei, na época eu ainda tinha poucos gibis, pois comecei a comprar em 1987 e nem sempre tinha dinheiro. Tinha que economizar muito para conseguir comprar. Empolguei muito com o gibi da Magali e deixei de comprar muito doce para tentar comprar todos os gibis da Magali a partir de então. Lembro que eu tinha quase todos do número 6 até o número 50. Ainda tenho boa parte, mas alguns não tenho mais, como esse da postagem, pois fiz algumas trocas de gibis para tentar conseguir gibis da Turma da Mônica da Editora Abril, pois eu gostava mais. Mas se eu achar este da Magali hoje em dia, com certeza compro. Obrigado pela ótima postagem!! Lembranças muito boas!!

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    1. Muito bom. Esse gibi é especial até por ter a história do batizado do Mingau e o resultado da promoção e mais essa capa clássica. E pra vc ser o primeiro gibi dela se torna mais especial. Eu até que nunca enjoei dos gibis da Magali enquanto eu colecionava, eu já achava o melhor. Valeu!

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    2. Falei mais desse gibi quando mostrei como o concurso do nome do Mingau. Aqui o link da postagem

      https://arquivosturmadamonica.blogspot.com/2014/07/o-concurso-do-nome-do-mingau.html

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  5. E mudando um pouco de assunto, vi os gibis da Turma da Mônica de julho deste ano e fiquei satisfeito em ver que o esquecido personagem Zé Luiz, que gosto bastante, apareceu em uma história de uma página do gibi do Cebolinha e apareceu também em uma história do Dudu do gibi da Magali. Acho que estão aos poucos, retornando com o personagem .

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    1. Pois é, eu vi também. Já é alguma coisa, já que ele tava muito tempo sumido. Pode ser que volte aos poucos pelo menos como participação.

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    2. Sim, espero que continue tendo histórias com o Zé Luiz. Marcos,
      essa semana fui a um sebo aqui de Belo Horizonte e encontrei gibis da Turma dos últimos anos da Editora Globo e, para minha surpresa, um gibi da Mônica da Editora Abril - número 98, de junho de 1978. E por apenas 2 reais!! Vou continuar procurando, até avisei ao proprietário do sebo para entrar em contato comigo se chegarem outros gibis da Editora Abril, avisei a ele que eu compraria todos. Tem este gibi na sua coleção, Marcos? Ele começa com a história " A árvore da Mônica ', em que a Mônica e depois, o seu pai, tentam impedir o derrubada da árvore que foi plantada no dia em que a Mônica nasceu, pois iriam fazer uma obra de duplicação da rua e a árvore estava impedindo a realização do projeto. O bom destes sebos é que costuma ser barato o preço das revistas e você verifica o estado de conservação antes de comprar.

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    3. Eu quando encontro gibis da Ed. Abril em sebos costuma ser barato mesmo, muitas vezes o preço de outros da Ed. Globo e Panini. Sempre muita sorte quando encontramos. Esse gibi eu não tenho, mas eu tenho essa história "A árvore da Mônica" republicada no Almanacão de Férias Nº 3 de 1988. Muito boa.

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  6. Com certeza não dá certo mesmo rsrs. Eu procuro colocar as edições originais sem ser da Coleção Histórica, tanto por causa das cores que não me agradavam na Coleção Histórica, assim como o risco de ter alterações ridículas que não deviam ter.

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  7. Lembrei agora de uma história da Magali onde o Mingau foge de casa e a Magali fica chorando três dias e até perde a fome! Conhece ou tem essa história?

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    1. Não to lembrando agora dessa história, ele fugiu algumas vezes de casa ou ficou sumido.

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  8. Marcos, desculpe a pergunta fora do post. Você tem alguma publicação sobre o gibi do Cascão 99 da editora Abril? Tentei pesquisar no seu blog mas não achei.

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    1. Apesar de eu ter esse gibi do Cascão, mas não falei nada dele aqui. Quando der, eu posto alguma coisa sobre ele.

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    2. Agradeceria. É um dos gibis que marcaram minha infância.

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  9. Tenho essa só não tem a capa...:p kkk

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