sábado, 13 de setembro de 2025

HQ "O sumiço dos pais do Cascão"

Em setembro de 1995, há exatos 30 anos, era publicada a história "O sumiço dos pais do Cascão" em que o Capitão Feio quer ser pai do Cascão e sequestra os pais dele para convencê-los a dar o Cascão para ele para adoção. Com 14 páginas foi publicada em 'Cascão Nº 226' (Ed. Globo, 1995).

Capa de 'Cascão Nº 226' (Ed. Globo, 1995)

Dona Lurdinha implora para o Cascão tomar banho, diz que vai ser bom pra ele e saudável. Cascão recusa, Seu Antenor fala que vai ficar sem jantar se não tomar banho e Cascão diz que então não vai jantar nunca mais. Dona Lurdinha pergunta ao marido se não foi severo demais com o filho e Seu Antenor fala que teve que ser senão ele toma jeito nunca e que ainda vai acabar concordando com o banho. A casa está sendo monitorada e quem vê fala que vão acabar conseguindo, não pode permitir e que vai ter que dar um jeito.

No dia seguinte, Cascão acorda com fome, barriga roncando, acha que o pai jogou duro com ele e pergunta para a mãe se pode tomar café, só que sem banho. Dona Lurdinha diz que só querem o bem dele e que devia conversar com o pai. Cascão diz que vai brigar com ele, Dona Lurdinha acha que pode estar calmo, está na sala lendo jornal. Cascão vai até lá e não vê o pai, nem no banheiro, nem no quarto e nem no quintal. 

Cascão avisa à mãe que o pai não está em casa, Dona Lurdinha diz que o carro está na garagem e ele estava de pijama e manda o filho brincar lá fora. Na rua, Cascão comenta com o Cebolinha que o pai sumiu e a mãe não viu e acha que ele sumiu por causa dele que não quer tomar banho. Cebolinha consola que não deve ter sido por causa dele porque se fosse, o bairro inteiro já teria se mudado e pergunta se vão brincar e Cascão sai porque está muito preocupado para isso.

Cascão volta para a casa e não encontra a mãe, procura por todo canto  da casa e vai para rua chorando e conta para Cebolinha e Xaveco que o pai sumiu e a mãe o seguiu e que agora vai procurá-los em todos os cantos do planeta e que vai se tornar Cascão Jones, o caçador dos pais perdidos. Ele procura pelo bairro todo, não encontra e acha que estão se escondendo dele até ele tomar banho. Vê um lago e corre para tomar banho, se é o jeito de ter os pais de volta só que um espião o segura e leva com um ajudante ao chefe deles aproveitando que desmaiou.

Quando acorda, Cascão está no esconderijo do esgoto do Capitão Feio, que o chama de filho. Cascão diz que ele não é pai dele e Capitão Feio fala que vai ser, é só uma questão de tempo, está cuidando da adoção dele. Cascão acha que os pais sumiram por que querem que o Capitão Feio o adote e ele diz que mais ou menos, mas que está quase conseguindo convencê-los. 

Cascão quer ver os pais, Capitão Feio reluta por não serem boa influência para ele. Cascão pede por favor chamando Capitão Feio de papai e aí ele deixa. Cascão vê os pais amarrados e torturados em cima de um caldeirão com essência de gambá e pergunta se vai machucá-los. Capitão Feio tortura um pouco mais os pais com essência de chulé  para convencê-los em dar o Cascão para adoção, eles recusam, Cascão pede para parar com isso. 

Capitão Feio diz que não será mais necessário porque será ele quem vai decidir com quem quer ficar e pergunta se quer ficar com os dois que não o compreendem, que não dão valor, que querem dar banho a todo custo e até deixam passar fome por causa disso ou ficar com ele, um pai lindão, que vai adorá-lo como é, que jamais vai obrigá-lo a tomar banho e vai querer vê-lo cada vez mais sujo, que vai brincar juntos, ensinar a poluir o mundo e reinar depois dele.

Cascão olha para os pais presos e prefere ficar com eles, dizendo que apesar das diferenças adora os pais e no fundo só querem o bem dele. Os monstrinhos de sujeira  perguntam se Capitão Feio quer que prendam o Cascão à força ou torturá-lo. Capitão Feio, de coração partido, fala para soltá-los e mandarem embora e quer ficar sozinho. Depois, Capitão Feio lamenta que queria ter um filhinho sujinho e um monstrinho apresenta a irmã dele e Capitão Feio fala que pensando bem, tem tempo para isso e quem sabe um dia o Cascão mude de ideia.

Em casa, Cascão fala aos pais que nunca vai mudar de ideia e os adora. Seu Antenor pede desculpa pelo mau jeito e pergunta ao filho sobre o banho. Cascão diz que vai tomar em um dia bem distante e não sabe quando, como e por quê. No final, Dona Lurdinha comenta com o marido que o Capitão Feio tinha razão que ó Cascão é um filho de ouro, só precisa de uma polidinha enquanto o Cascão brinca na lama todo feliz.

História legal em que o Capitão Feio sequestra os pais do Cascão para torturá-los e convencê-los a aceitarem de ele ser o novo pai adotivo do Cascão. Aproveita que os pais queriam dar banho no Cascão para mostrar que não queriam bem dele e fazer com que Cascão o escolhesse como pai. A tentação de escolher o Capitão Feio foi alta, para não ter mais alguém perturbar para tomar banho e conviver na sujeira, mas a razão falou mais alto, preferiu ficar com os pais que sempre cuidaram dele, apesar de tudo, deixando Capitão Feio de coração partido.  

Capitão Feio mais sentimental, queria ter um filho sujinho como ele e aliado, escolheu o Cascão, mas precisava dos pais dele aceitarem a adoção. Seu Antenor pegou pesado de ameaçar Cascão de se não tomar banho fica sem jantar. Deu pena no Cascão passar noite com fome e ainda pedir autorização para mãe para tomar café-da-manhã. Ele poderia ter dado outro castigo mais leve. Ainda assim, ficou preocupado com o sumiço dos pais, tinha amor por eles, apesar de tudo, teve até coragem para tomar banho no lago para vê-los de novo, precisando o monstrinho de sujeira impedir. Teve um mistério inicial de quem estava monitorando a casa e quem sequestrou os pais do Cascão, só revelado quando Cascão foi capturado e parado no esgoto. E interessante como Capitão Feio instalou câmeras na casa sem ninguém ter percebido.

Teve cenas engraçadas como Cebolinha consolar Cascão que não deve ter sido por causa dele que os pais sumiram porque se fosse, o bairro inteiro já teria se mudado, Cascão procurar os pais em locais que eles poderiam estar, inclusive dentro de lata de lixo e dentro de um carro, Cebolinha perguntar se planeta tem cantos. Cascão imaginar as situações enquanto o Capitão Feio falava como dentro do presídio passando fome sem jantar, Capitão Feio jogando lixo nele, ensinando a poluir o mundo e virando rei como ele e o monstrinho apresentando a irmã dele para o Capitão Feio com intenção de ter  filho com ela. 

Na época ainda não tinha ligação que o Capitão Feio era tio do Cascão e irmão do Seu Antenor. Na verdade, esse parentesco foi retratado na história de estreia do Capitão Feio de 'Mônica Nº 31' da Ed. Abril, 1972, e teve outra menção em história publicada em 'Mônica Nº 117', de 1980, depois tiraram isso dos gibis e só retornaram o parentesco na Editora Panini. E os pais do Cascão nessa trama, prova que não eram só as crianças que viam o Capitão Feio, ele era real e podia aparecer para qualquer um.

Incorreta atualmente por envolver sequestro, Seu Antenor negar janta para o filho, apologia á sujeira, Cascão mexer com lata de lixo e ficar brincando na lama no final. Tiveram alguns erros como o de continuidade de Seu Antenor sumir de casa de pijama e aparecer no esconderijo do Capitão Feio com roupa comum e sapato que estava no dia anterior, Dona Lurdinha sem lábios com batom em alguns quadros, Seu Antenor com sujeirinhas no 3º quadro da página 12 do gibi, Capitão Feio sem sujeirinhas em alguns quadros e Cascão sem sujeirinhas no lado direito no 5º quadro da última página da história.

Traços ficaram bons com personagens com bochechas mais arredondadas, típicos dos anos 1990. A colorização muito bonita, começada na segunda quinzena de agosto de 1995, com todos os quadrinhos com fundo em degradê, sejam locais abertos ou fechados, além de gramas, pisos, casas, muros, etc. Até quando o fundo era branco, deixavam os balões coloridos em degradê. Gostava das cores assim, melhor que as escuras do primeiro semestre de 1995 e foi o primeiro gibi do Cascão com cores assim. Esse recurso marcou nova fase de cores na Editora Globo já que mesmo depois que deixaram de ter degradê em todos os quadros, ainda usavam em alguns quadros pontuais em locais abertos até o final da fase da Globo em 2006. 

A história foi interrompida por propagandas em papel tipo capa fina entre as páginas 10 e 11, o novo recurso de disponibilizar anúncios inseridos nas histórias, dessa vez com a propaganda do biscoito "Passatempo" com passatempo para fazer e outra anunciando gibis da Turma da Mônica no geral. Muito bom relembrar essa história há exatos 30 anos.

23 comentários:

  1. Olá. Boa noite, Marcos. Eu sou JP, de Salvador-Bahia. Por gentileza, uma pergunta.: você irá comprar, as Edições #87, e, #88 (Edições #257, e, #258-Terceira Temporada), das Revistas, Todas, da Turminha, das duas Quinzenas, do mês de Setembro, do ano de 2025, por causa, dos cartões de vacina, dos pets, da Turminha, e, por causa, do cenário, da Primavera, da Turminha, ou, não?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    1. Não vou comprar essas edições por causa disso. Abraços.

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    2. Ok. Marcos, por gentileza, uma pergunta.: qual dia, o Restante, das Capas Provisórias, das Revistas Todas, da Turminha, do mês de Novembro, do ano de 2025, elas serão divulgadas, pelo site, da Loja PANINI COMICS Brasil, sim?. Por gentileza, eu quero tirar uma dúvida.: é verdade, que, terão umas Edições Comemorativas, falando, sobre, as 100 Edições, das Revistas Todas, da Turminha, da Terceira Temporada, das Revistas Todas, da Turminha.:
      Mônica; Cebolinha; Cascão; Magali; Chico Bento, e, Turma da Mônica Edições #100 (Edições #270-Terceira Temporada), da segunda quinzena, do mês de Março, do ano de 2026, é isto?. Por gentileza, uma informação, sobre, a possível Quarta Temporada, das Revistas Todas, da Turminha.: é verdade, que, terão as Oito Revistas.:
      Mônica; Cebolinha; Cascão; Magali; Chico Bento; Milena; Jeremias, e, Turma da Mônica, a partir, das Edições #01, da Quarta Temporada, pela Editora PANINI COMICS Brasil, e, as Seis Revistas, Todas, da Turminha, elas irão resetar, as Edições, na Quarta Temporada, sim?. Por gentileza, e, a Revista Turma da Mônica Jovem?. Qual edição, a Revista Turma da Mônica Jovem, irá até qual Edição, na Terceira Temporada?. 100 Edições, na Terceira Temporada, e, ela terá uma possível Quarta Temporada, também, é isto mesmo?. Eu aguardo respostas. Abraços.

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    3. Não sei quando vão divulgar capas de novembro no site da Panini. Podem ter edições comemorativas de 100 edições da terceira série e podem resetar numerações se tiver quarta série. Se tiver, pode ter título fixo da Milena e deixarem Jeremias com mais histórias na revista Turma da Mônica (ele já está com mais histórias nesse título nos últimos meses e pode ser um indício disso). Não sei até que número vai essa série da Turma da Mônica Jovem, talvez até nº 100, mas nada confirmado. Abraços.

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    4. Ok. Muito obrigado, então, Marcos.

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  2. "Filho feio* não tem pai" ou "filho feio* tem Capitão Feio como pai"? Mas, o protagonista é filho sujo e, não é órfão. E o vilão se superou, não?
    **Na primeira metade da década de 1970 Cascão era tido como o feio dentre as crianças do núcleo, que ainda estava longe de ser denominado por Bairro do Limoeiro. "O feio adormecido" ilustra bem essa antiga pecha e abre Cebolinha nº3, de 1973.

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    1. Capitão Feio se superou, se Cascão fosse órfão, tudo bem, mas não era o caso. Mesmo o Cascão sendo considerado feio como na história de 1973 não é premissa de que o Capitão Feio era pai dele, apesar de que na época os pais do Cascão ainda não tinham aparecido nos gibis.

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    2. Ficam mais absurdas as pretensões do malfeitor em "O sumiço dos pais do Cascão" se considerarmos como estreou na Turma da Mônica e, posto o abandono de parentesco, um "ex-tio" que, por consequência, detém outras duas condições do tipo e uma delas é tão excêntrica quanto a primeira citada, sendo "ex-irmão" e "ex-cunhado"* dos progenitores do protagonista e que, por meio de invasão de privacidade (monitoramento, espionagem), analisou a situação e concluiu que deveria intervir e adotar o "ex-sobrinho". Pelo desaforo por não ser mais tio, de uma vezada só quis ser pai e mãe do Cascão, e como faria para exercer os dois papéis? Decerto haveria alternância. Seria necessário se travestir para melhor desempenhar as funções maternas, para ficar mais convincente e transmitir mais... "autoridade"? Peruca, batom, saia, sutiã, modificar o jeito de falar, afinar a voz, caminhar sutilmente requebrando as cadeiras, essas coisas... Será que tudo isso surtiria o efeito esperado?
      *Fora do ficcional, dos quatro "ex" acima mencionados, ex-cunhados e ex-cunhadas são tão comuns quanto cunhados e cunhadas, portanto, não há excentricidade em Capitão Feio se enquadrar em tal condição, já deter uma "ex-consanguinidade" e ainda pretender adotar o guri que "pulou fora do parentesco", aí, sim, dá-lhe excentricidade...

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    3. Na época dessa história já tinham abandonado a condição de que Capitão Feio era tio do Cascão, por isso foi válido ele fazer isso, agora se ainda fosse tio não daria para ele assumir essa adoção e ainda confrontar irmão e cunhada pra ter a guarda do Cascão. E em um processo de adoção legal, ele teria que arrumar uma companheira para ser a mãe do Cascão, teria mais chance de conseguir adotá-lo do que ser um pai solteiro e também não revelar que é um malfeitor que quer poluir o mundo e vive no esgoto que aí não conseguiria seu objetivo de adoção.

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  3. Eu cheguei a ficar com pena do Capitão Feio no final. (Não sou à favor de vilões, ok?)

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    1. Ele terminou bem, não? Fez um draminha mexicano, mas, parece que foi mais para ficar bem na fotografia. Deveria ter acabado pior, teria de passar por um couro, faltou a dona da rua, ela se encarregaria disso. Cascão o machucou por dentro e, Mônica, o machucaria por fora... ☜A penúltima frase ficou até... romântica...

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    2. O Capitão Feio foi rejeitado por quem gostava e considerava como filho, aí o castigo foi ficar de coração partido. O machucado foi só por dentro, sem ser físico, o que pode ser pior. Dá uma certa pena, mas o lugar do Cascão seria com os pais mesmo, antes ele não tivesse essa ideia de adotar o Cascão, aí não sofreria.

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  4. Ótima histórinha. História típica do Cascão, envolvendo banho e pais tentando forçá-lo, mas ainda muito divertida como sempre. Também achei que Antenor exagerou ao deixá-lo sem jantar, um pouco demais (aqui pelo menos, nos Estados Unidos dizem que é uma punição recorrente), mas Cascão precisa de pulso firme mesmo. A parte que o pai some foi engraçada, Cascão se culpando deu pena mesmo. Cebolinha tentando consolá-lo, ''Senão todo bairro já teria se mudado'', nota zero para ele aqui, reprovado em consolar pessoas. Depois a mãe também... o desespero do Cascão foi palpável, no lugar dele eu também ficaria. E irônico que esse plano do Capitão Feio quase tenha feito o Cascão tomar banho, ele ia mesmo pular na água para ter os pais de volta... Capitão Feio, querendo adotar Cascão de verdade certamente é um passo a frente, mas eu meio que sempre esperei algo assim dele. Bom que Cascão ama e valoriza os pais e sabe que eles só querem o bem dele, e fez a escolha certa, não que duvidássemos que ele faria isso. E o final foi feliz para todo mundo, menos o Capitão Feio, que se sentiu rejeitado, deu até um pouco de pena dele dessa vez. É raro eu sentir pena dos vilões.

    Sempre achei interessante essas histórias mostrando esse ''apego'' do Capitão Feio ao Cascão, parecendo ter um afeto muito genuíno por ele. É uma relação complexa entre vilão e mocinho que eu gosto quando é explorada. E isso do Capitão Feio ser tio do Cascão torna ainda mais fascinante. Ninguém mais da turma tem esse tipo de conexão com vilões, então é um tema muito interessante de se explorar. Pelo menos é o que eu acho.

    Boa história. Nota 8.

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    1. Seu Antenor exagerou, dava pra dar um outro castigo de pulso firme tirando algo que ele goste como videogame ou não sair ora jogar futebol. O Antenor sumindo deixando só jornal e pantufa foi engraçado, assim como o consolo do Cebolinha, esse não tem jeito pra ser psicólogo. Impressionante que quase tomou banho se não fosse o Monstrinho, mostra que fazia tudo pelos pais. Como era vilão, não dava para o Capitão Feio se dar bem mesmo ele sendo sincero que gostava do Cascão pra ser filho dele. Era bom afeto com Capitão Feio, mostrava um vilão humanizado.

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    2. Pois é, pessoal. Uma sacada em relação ao Capitão Feio que, sem sombra de dúvida, não é exagero classificar como tacada de mestre, foi permitir que não se restringisse à órbita do Cascão. Isto o transformou numa figura de envergadura elevada. Embora, por questão óbvia, em determinada medida continuou a orbitá-lo e isto sempre foi batuta, sempre foi maneiro, a ampliação de atuação do Capitão Feio em antagonizar com outros integrantes da turma do bairro o favoreceu consideravelmente. Sendo estabelecida já em sua primeira (ou segunda*) aparição nos quadrinhos, da qual Cascão participa como introdutor e se encarrega da piadinha de desfecho, de resto, toda a ação, toda a aventura da trama se concentra em Anjinho, Mônica e Cebolinha focados em como combatê-lo.
      *Confesso que até hoje ainda tenho certa dúvida se a HQ citada neste comentário trata-se mesmo da estreia do vilão, porque lá pela segunda página, assim que a transformação do tio do Cascão se conclui, diz algo como: "Finalmente livre! Capitão Feio volta a atacar!" - clichê vilanesco, frases de efeito indicando que naquele momento já tinha alguma estrada e que tal histórico não teria sido evidenciado pelos leitores da época, mas, também, a(s) fala(s) em questão pode(m) indicar um passado conhecido do público de até então, isto é, algo que eventualmente fora publicado, quem sabe em jornais, por meio de tiras que não seriam piadas, formando uma trama seriada e essa memorável aventura que, conheci pela CHTM, seria sua segunda aparição. Às vezes parece que já tirei esta dúvida aqui, porém, como ainda persiste e minha cachola é um tanto frenética, pode ser mais uma de minhas confusões de memória(s)...

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    3. Zózimo, o Capitão Feio não ficou restrito ao Cascão apesar de envolver sujeira, o que foi bom pra poder variar. Muitas vezes apenas um ou 2 personagens que enfrentavam em cada história e podia ser qualquer um, não só com Cascão junto. A história "Mônica contra o Capitão Feio" foi a primeira dele, pelo menos em gibis, não sei se chegou a aparecer em tiras ou série de tiras de jornais, mas acredito que não, mesmo ele dizendo na história de 1973 que volta a atacar. Não tem registros de tiras, nem pela MSP citando. Pode ter dito para indicar que ele se transformava em vilão em contato com poeira, mas não quer dizer que já havia aparecido em outra história antes daquela, só deixou subtendida a transformação outras vezes sem mostrar.

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    4. Exato. São muitas as histórias com Capitão Feio em que Cascão não participa e isso foi positivo para ambos.
      Uma pequena correção: "Mônica contra o Capitão Feio" teve primeira publicação em 1972, (N)novembro ou (D)dezembro. Final de ano, normal confundir, errou por pouco.
      Se tem alguém cuja envergadura se equipara à do principal vilão da TM, esse cara é o Louco, entretanto, a tacada de mestre no caso dele foi exatamente o oposto, isto é, quanto menos interação com a turma, melhor. Orbitar exclusivamente o Cebolinha foi o que o deixou na dose certa. Contudo, as exceções concedidas depois que o laço entre os dois foi estabelecido, são todas da hora, como o perturbado mental nas companhias de Bidu, Seu Cebola e Mônica, para ficar em três exemplos. E claro que me refiro ao personagem retrô, da versão dos 90's para trás, pois aquele arremedo que trata o Cebolinha por "Abobrinha" não chega aos pés do original, até as sapatilhas do antigo, assim, sozinhas, paradinhas embaixo da cama, conseguem ser mais engraçadas que sua versão atual. O Louco vigente parece deter mais sanidade do que eu.

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    5. Cascão quando não participava era muito bom também. Verdade, é de 1972, apesar de ser mais para o final do ano, mas ainda 1972, leve engano meu. O Louco, no início, aparecia para a Mônica nos gibis dela e com o Cebolinha nos gibis dele e algumas vezes par ao Bidu, depois que padronizaram com o Cebolinha foi melhor, sem dúvida, se encaixou perfeitamente. Com o Seu Cebola foi algumas vezes já na Globo e com a predominância do Cebolinha, e algumas outras vezes com outros personagens, era só pra variar. Louco chamar o Cebolinha de Abobrinha já foi a partir dos anos 2000 e aí já começou o declínio nas histórias dele.

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  5. Nunca tinha percebido a câmera escondida no vaso de flores na primeira página.

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    1. Também não havia percebido, inclusive, agradeço pelo comentário, Warrior of Light, ainda bem que o li!
      Provavelmente foi um dos asseclas inumanos do Capitão que, disfarçado de algum tipo de profissional, sei lá, talvez se passando por encanador, a colocou posicionada ali e, diga-se de passagem, impossível que não seja à prova d'água. Bem, a não ser que as flores sejam de plástico e, vai que quem a colocou no vaso foi o próprio vilão e, lógico, devidamente disfarçado.

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    2. Também não tinha percebido. Seja onde fosse, tinha câmera na casa para ele monitorar no esconderijo e fica a dúvida como colocaram lá sem ninguém ver. Pode ter sido o Capitão Feio ou até um monstrinho, um deles disfarçado ou até entrando pela janela quando tinha ninguém em casa, afinal personagens adoravam deixar janela aberta no bairro.

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  6. Outra historinha da minha infância..essa renderia um ótimo desenho animado....o cascão limpo louco tomando banho e depois explodindo sei lá porque me matava de rir

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    1. Sim, daria um ótimo desenho animado essa história, perderam chance de criar. Quem sabe um dia criam.

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