Compartilho uma história em que o Cascão teve que provar ao Titi que Papai Noel existe. Lançada há exatos 30 anos, em dezembro de 1989, tem 7 páginas e foi história de encerramento de 'Cascão Nº 76' (Ed. Globo, 1989).
Capa de 'Cascão Nº 76' (Ed. Globo, 1989) |
Começa com o Titi caminhando na rua, quando vê uma luz muito forte que atrapalha a sua visão e descobre que eram os olhos do Cascão brilhando com a proximidade do Natal e de poder ganhar um presentão do Papai Noel.
Titi fala que Papai Noel não existe e quem leva os presentes é o pai dele, que espera dormir para colocar nas pontinhas dos pés o presente debaixo do travesseiro. Cascão fala que não é o pai dele porque o Papai Noel coloca o presente nas meias dele. Titi fala que o Papai Noel velhinho daquele jeito não iria aguentar o cheiro da meia do Cascão, só o pai dele mesmo.
Cascão fica muito brabo, repetindo que é mentira o que ele está falando e Titi manda provar que Papai Noel existe. Cascão até tenta chamar a Mônica, que havia ganho presente também, mas Titi quer que ele traga o Papai Noel pessoalmente até lá.
Cascão vai à procura do Papai Noel e encontra o Cebolinha, que fala que o Papai Noel mora no Polo Norte. Cascão pergunta se é longe, Cebolinha acha que sim, mas Cascão deseja ir até lá assim mesmo. No ponto de ônibus, ele pergunta a um casal se lá passa ônibus par ao Polo Norte. Eles falam que deve estar fazendo confusão e perguntam o que ele quer fazer no Polo Norte. Cascão responde que quer falar com o Papai Noel. O casal dá gargalhada e diz que não tem ônibus para lá.
Em seguida, Cascão pede carona para um homem que estava de carro e ele pergunta aonde quer ir. Cascão fala que é para o Polo Norte e o homem avança o carro, jogando fumaça do escapamento nele e Cascão o xinga de grosso. Cascão está prestes a desistir de conseguir provar para o Titi que Papai Noel existe, quando ele vê um velhinho barbudo passando e ele acha que é o Papai Noel e corre para mostrar o velhinho ao Titi.
Chegando lá, Titi pergunta se o velhinho era mesmo o Papai Noel. Quando ele vê o brilho nos olhos do Cascão, ele revela que era sim, que só não ia falar para não dar alarde. Ele se despede das crianças, Titi se convence e abraça o Cascão e os dois ficam com olhos brilhando com a magia do Papai Noel e do espírito natalino. Quando eles vão embora, o velhinho encontra o duende, preocupado com o atraso dele. Então é revelado que ele realmente era o Papai Noel e sai com seu trenó com os duendes e as renas para se preparar para entregar os presentes na noite de Natal, terminando assim.
É uma história bem legal, mostrando uma bonita mensagem da fantasia da existência do Papai Noel para as crianças, como é importante para elas acreditarem no bom velhinho. O brilho nos olhos significava a felicidade de poder ganhar um presente do Papai Noel. Ela mostra que não se deve tirar a fantasia da criança falando que Papai Noel não existe, que deixa ela descobrir sozinha á medida que vai crescendo.
Na história quando o Cascão encontrou o velhinho, a princípio os leitores achavam que ele só se estava se fazendo por Papai Noel para não decepcionar o Cascão, mas acaba sendo revelado que era mesmo o Papai Noel para a surpresa de todos. Foi engraçado ver o Cascão querendo pegar ônibus e pedir carona para ir ao Polo Norte sem imaginar a distância que era, só para provar que Papai Noel existe. Eles gostavam de criar histórias de dúvidas se Papai Noel existe ou não, dependendo do roteirista, mas a maioria acabavam mostrando que existe para não tirar a fantasia das crianças.
Traços muitos lindos que davam gosto de ver nos gibis. Interessante o título aparecer no final da página, as vezes acontecia isso, não era padrão começar no topo da primeira página. As partes incorretas são Cascão falar palavra "Droga!", receber fumaça do carro poluído, pedir carona a desconhecido, tudo detalhes que não fariam de novo atualmente. Muito bom relembrar essa história "O brilho nos olhos de uma criança" há exatos 30 anos.
É ótima essa história! Mistura partes fantasiosas com partes engraçadas. E não podia faltar as partes incorretas, que realmente davam "brilho nos olhos de TODAS as crianças"... E saber que naquela época, a MSP dava atenção para o Natal e o Ano-Novo. Hoje em dia, parece que na Turma da Mônica, só existe o Natal, parecendo que o ano é sempre o mesmo. Ahhhhhhh, MSP...
ResponderExcluir"E não podia faltar as partes incorretas, que realmente davam "brilho nos olhos de TODAS as crianças"..."
ExcluirKKKKKK!!! Essa foi boa! Realmente, essas partes faziam toda a diferença e deixavam as histórias cada vez mais divertidas.
"E saber que naquela época, a MSP dava atenção para o Natal e o Ano-Novo. Hoje em dia, parece que na Turma da Mônica, só existe o Natal, parecendo que o ano é sempre o mesmo. Ahhhhhhh, MSP..."
Pois é, vou ter que concordar. Naquele tempo, eles realmente se importavam com o Natal e outras datas importantes, e se esforçavam tanto pra descrever as mensagens especiais contidas nas histórias. Hoje em dia, nem mesmo as HQs natalinas têm mais aquela magia e essência de antigamente, o que é uma grande pena.
Assim que era bom misturar emoção com humor na dose certa, não tem como dar errado. Adoro essa história. E com certeza o Ano Novo sumiu da MSP, nunca mais teve, ultima vez foi a da Tina Nº 20 de 2010, isso depois de muito tempo e em uma revista considerada pra adolescentes. Já no gibis normais da Turma da Mônica desde os anos 90 não vi mais. Pelo visto pra MSP é errado criança comemorar Ano Novo.
ExcluirHistória mágica, onde Titi e tantos outros representam a maioria sem fé.
ResponderExcluirAbraços!
Verdade, quem não tem fé e amor no coração agem como o Titi na história. Bonita mensagem ela dá, sem dúvida. Abraços
Excluireu tenho esse gibi. eu adoro os traços de quando algo brilhava. Esses tons amarelos eram muito bonitos.
ResponderExcluirEu também adoro esse gibi, foi todo natalino, todas as histórias em clima de Natal. Eu também gostava muito das cores pasteis assim, principalmente do amarelo.
ExcluirLinda e comovente história,o Maurício sempre nos fazendo acreditar que existe o Papai Noel,incentivar a deixar viva a criança dentro de nós,eu adoro o Natal.
ResponderExcluirEle fazia questão de manter viva a existência do pai Noel. Muito bom mesmo.
ExcluirPor isso que as histórias dele são tão boas.
ExcluirOutra história que foi inédita pra mim até então, nunca tinha lido antes. Eu também já fui uma criança que acreditava que o Papai Noel realmente existe e que sempre discordava quando alguém dizia que ele não existe. Ah, que saudade desses tempos...
ResponderExcluirMuito obrigado pelo post. Forte abraço!
Legal que gostou, Daniel. Essa parece que foi pouco republicada nos almanaques anuais de Natal, aí por isso você não conhecia. Sempre bom ter essa essência de acreditar em Papai Noel. Abraço
ExcluirNossa, eu tive este gibi e o perdi em algumas das infelizes trocas de gibis que fiz em 1992. Ou seja,tem 27 anos que eu não lia esta história. Mas me lembro vagamente deste roteiro, realmente eram histórias fantásticas. Como é legal essa magia do Natal e a inocência das crianças. Tenho um filho de 9 anos que ainda acredita no Papai Noel, quando algumas pessoas questionam isso comigo, eu respondo exatamente como no comentário do Marcos: eu deixo ele viver a magia e fantasia da infância, com o tempo, naturalmente ele vai crescer e vai saber que não existe. A infância passa muito rápido e eles tem que viver intensamente este periodo, que sem dúvida, é o melhor da vida. Então me pergunto: pra que vou estragar essa magia, essas coisas ingênuas que passam na cabeça do meu filho? Preocupo mais com a formação do carater dele, tem gente que detona essas coisas das crianças e não preocupa com a educação do filho, com o que realmente importa. Vai entender os adultos....
ResponderExcluirUma pena você ter perdido esse gibi, é excelente. Espero que consiga encontrar em sebo. E você está certo em manter essa magia com seu filho, é assim que tem que ser ter os costumes de criança, quanto mais tempo acreditar em Papai Noel e curtir a infância é melhor. Pais que tiram logo isso dos filhos querem que cresçam logo, não liga pra educação e caráter, estão pouco ligando, o que é uma pena.
ExcluirLembrei-me de uma do Cebolinha,que li num almanaque dele,e ele via um homem velho de barba branca e roupa vermelha,mas sem gorro,e pensava que ele era o Papai Noel,até que no final da história revelou-se que...tcharam...não era mesmo!
ResponderExcluirNão lembro muito dessa, muito vagamente, provavelmente seja da Abril. Eu já vi uma também meio que ao contrário que um velhinho de barba e roupa vermelha cai do teto bem na cama do Cebolinha, ele pensa que era o Papai Noel ter caído do trenó e ainda faz a turminha se fantasiar de duendes pro Papai Noel se sentir melhor, mas no final era revelado que não era o Papai Noel, era só um amigo do Seu Cebola consertando o telhado da casa.
ExcluirÉ essa mesmo!
ExcluirBoa! Muito legal essa. Você só confundiu no final, dessa vez não era o Papai Noel. Bom que as crianças acharam que era o tempo todo e o amigo do Seu Cebola deixou elas acreditando que ele era o Papai Noel quando foi embora. É de Cebolinha Nº 132 Ed. Abril, 1983 e Almanaque do Cebolinha Nº 15 Ed. Globo, 1991.
ExcluirMas eu disse que não era!
ExcluirAh, pelo jeito aí, deu pra entender que havia falado "não é que ele era mesmo". Talvez lendo rápido, entendi isso
ExcluirEu tenho essa história em um especial de natal.Muito bacana.A impressão que dá no inicio é que esse velhinho não era o papai noel kkkkk
ResponderExcluirPois é, foi uma grande surpresa ele ser o Papai Noel mesmo. História muito legal.
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