Mostro uma história em que a Mônica fica com medo do Anjinho soprar o seu rosto ao fazer careta e ficar assim para sempre. Com 10 páginas no total, foi história de abertura publicada em 'Mônica Nº 50' (Ed. Globo, 1991).
Começa com a Mônica fazendo várias caretas em frente ao espelho quando sua mãe,Dona Luísa, aparece perguntando o que ela está fazendo. Mônica diz que estava vendo quantas caras gozadas ela consegue fazer e Dona Luísa responde que não devia fazer tantas caretas porque um anjinho pode ver e assoprar no rosto fica com a careta para sempre.
Capa de 'Mônica Nº 50' (Ed. Globo, 1991) |
Começa com a Mônica fazendo várias caretas em frente ao espelho quando sua mãe,Dona Luísa, aparece perguntando o que ela está fazendo. Mônica diz que estava vendo quantas caras gozadas ela consegue fazer e Dona Luísa responde que não devia fazer tantas caretas porque um anjinho pode ver e assoprar no rosto fica com a careta para sempre.
Mônica se imagina adulta com a careta após um anjinho soprar e fica desesperada por nunca terem falado isso com ela antes e fala que vai tomar muito cuidado para não fazer careta. Já na rua, ela encontra a Magali, que oferece melancia. Mônica não aceita e Magali abre a boca bem grande para comer a fatia da melancia inteira. Mônica diz que ela não devia fazer careta daquele jeito para comer, mas quando vai dizer o motivo é interrompida pelo Cebolinha e Cascão, que aparecem para xingar as meninas de linguarudas e fazem caretas para elas.
Magali faz careta para eles enquanto eles correm e Mônica diz que não é para fazer caretas porque a mãe dela disse que se fizer e aparecer um anjinho e soprar na cara, fica com a careta para sempre e por isso devem sempre fazer caras bonitinhas. Magali fala que só vai se preocupar quando ver um anjinho por perto e Mônica diz que nunca dá para saber quando estão por perto e por isso melhor não arriscar.
Enquanto elas conversam, Cebolinha e Cascão ouvem tudo e resolvem fazer um plano infalível a partir do que a Mônica disse. Após Magali ir embora, aparece Cascão com uma careta assustadora igual quando ele apareceu no início. Cebolinha parece e diz que um anjinho soprou e ficou assim. Mônica chora ao ver Cascão naquele jeito, acreditando ainda mais na história, e se toca que não era pra chorar daquele jeito porque podia aparecer um anjinho na hora e ficar com cara de choro.
Cebolinha começa a sacanear, perguntando o que disse, xingando de bobona e gorducha e Cascão, de baixinha e dentuça. Mônica faz cara de braba, perguntando o que eles disseram e Cebolinha diz que com a cara que ela fez, gostaria que um anjinho visse. Os meninos xingam a Mônica de novo e ela corre atrás deles com cara de felicidade pra não ter risco de fazer careta. Mônica não consegue se concentrar correndo com cara assim e não consegue bater nos meninos e acha difícil ficar sem fazer careta.
Nessa hora, aparece o Anjinho perguntando se está com algum problema e Mônica se assusta e diz que está tudo bem e com expressão ótima, quando dá uma ventania rápida e cai um cisco no olho da Mônica. Anjinho se oferece para soprar o cisco e Mônica sai correndo desesperada, já que se ele assoprasse ela iria ficar com aquela cara com cisco no olho pra sempre,
Os meninos estão rindo da Mônica e felizes que ela nunca mais vai ter coragem em bater neles, quando a Mônica aparece pedindo ajuda para eles. Primeiro, Mônica estranha o cascão sem a expressão de careta, mas logo ele faz e consegue contornar a situação. Mônica diz ao Cebolinha que precisa soprar o olho dela antes que o Anjinho apareça para soprar e ela ficar assim para sempre. Cebolinha diz que não seria mal, pois qualquer coisa seria melhor que a cara normal e que acha que um anjinho soprou careta dela desde que nasceu, além do Cascão dizer que olhando a feiura dela, ele até se consola.
Mônica fica uma fera e quer bater neles, mas Anjinho surge e ela fica desesperada, falando que faz qualquer coisa para escapar dessa. Cebolinha diz que ajuda na condição de que ela nunca mais vai bater neles, mesmo que eles a xinguem. Mônica diz é chantagem, mas com o desespero do Anjinho soprar ela aceita. Cebolinha sopra o olho da Mônica e ele xinga de novo.
Anjinho pergunta o quem está acontecendo e Mônica diz que ele não vai soprar cara dela. Mônica conta a história e Anjinho ri, falando que é tudo lenda, que as mães falam isso par aos filhos se comportarem e não faz sentido anjinhos saírem por aí encaretando as caras dos outros para sempre. Mônica vendo que era tudo mentira, bate no Cebolinha e no Cascão, e, com eles caídos no chão, pedem ao Anjinho, por via das dúvidas, não soprar neles naquele momento, terminando assim.
História muito legal mostrando uma crença de que anjos podem assoprar no rosto dos outros quando está fazendo caretas e ficar daquele jeito para sempre. Lógico que não é verdade, mas com a Mônica passou sufoco por acreditar nisso que a mãe falou. As mães não gostavam de filhos fazerem caretas e aí inventavam histórias assim. Hoje em dia já falam que é até bom para a saúde fazer caretas, estimula os músculos faciais.
Engraçado ver a Mônica assustada com isso e os meninos se aproveitarem desse medo para bolarem plano infalível para Mônica não bater mais neles. A cara que o Cebolinha fazia nos planos era muito boa. Dá para notar que eles eram bem mais perversos com a Mônica, faziam ela de boba mesmo, até ela descobrir o plano.
Os traços muito bons também, da fase consagrada da Turma da Mônica, com direito a olhos com curvas quando estavam muito brabos, oque eu gostava muito. As cores também muito boas, ficavam bem quando o papel do gibi era oleoso como foi nesse, até lembrava um pouco a Editora Abril. Era um tipo de cor e papel que podiam ter mantido, mas sempre viviam mudando de um mês para o outro, muitas vezes, na Editora Globo. Na capa, tinha uma etiqueta de preço por conta da inflação alta na época e então foi retirada e ficou a marca da cola. Era difícil tirar as etiquetas sem deixar marca porque não eram autoadesivas, eram colocadas com cola. Ou deixava ou tirava deixando marcas nos gibis.
Mais uma das revistas que tenho desde nova,engraçada demais essa história, ótima postagem. A cara de doido que o Cascão faz é sensacional. Realmente, essa revista veio com uma etiqueta de preço, pois houve um reajuste depois que a revista já tinha sido publicada.Eu até tentei tirar a etiqueta da capa na época, mas como eu vi que ia rasgar, eu desisti e deixei a etiqueta. Está lá até hoje, inclusive. Essa época, em 1990, eu tinha 11 anos e foi quando eu mais comprei revistas. Eu não era de comprar todas as revistas, até porque eu não tinha dinheiro para isso, mas no período dessa revista da Mônica, cheguei a comprar umas 12 edições seguidas. Aí tinha época que eu parava de comprar e alguns meses depois, voltava a comprar novamente.
ResponderExcluirFabiano, por isso não devemos comparar as histórias em quadrinhos com a vida real. Historia em quadrinho é ficção, realidade é outra coisa. Concordo com você, se for levar em consideração a idade dos meninos, se for querer trazer isso para a realidade, eles não poderiam nem sair na rua sozinhos. Ainda mais hoje em dia...
Exato, Fabiano! Eu também não sou contra mudanças, mas sou contra excessos. E está um excesso de dose do politicamente correto hoje nas histórias, o que tira muito o brilho e a graça. O desenho das expressões dos personagens hoje são de super mal gosto, são expressões exageradas e muito feias. Mas, uma mudança que achei legal é a de aparecer os créditos dos roteiristas e demais envolvidos no trabalho de criação das histórias. Isso já deveria ser assim a mais tempo, afinal é uma forma de reconhecimento ao trabalho desses profissionais, que passam a ter mais destaque entre os leitores.
ExcluirEm relação às cores do gibi, esta edição ficou mais clara do que os outros gibis da época, basta comparar.E corrigindo a informação, esta edição da Mônica não é de 1990, é de fevereiro de 1991.
ResponderExcluirMuito engraçada mesmo, adoro muito essa história. As etiquetas eram muito comuns na época, os preços já subiam quando chegavam nas bancas. As vezes nem colocavam preço na capa original, já sabendo que teria reajuste e botavam apenas a etiqueta logo. Já as cores viviam mudando, em tão pouco tempo, as vezes pra melhor, as vezes pra pior. Eu gostava era do papel assim.
ExcluirSim, esse gibi é de fevereiro de 1991.
ExcluirVerdade, até as caretas nos gibis antigos eram bacanas, bem desenhadas. E só teve caretas por conta da história ter esse tema porque não tinham costume de ter na época. Concordo também de que eles faziam coisas de crianças com mais idade, atualmente estão fazendo coisas que condiz com a idade, porém deixando tudo mais bobo e sem graça e típico de gibis voltados exclusivamente pra essa idade.
ResponderExcluirE quando vi essa história no Almanaque da Mônica, acreditei que era da Editora Abril por muito tempo! Depois que soube pelo site do Paulo Beck! Eu e minha irmã, até hoje damos risada quando comentamos ou lemos essa história, falando da cara que o Cascão usa para enganar a Mônica!
ResponderExcluirÉ, essa história até lembra o estilo da Abril. Muito engraçada.
ExcluirExcelente história, gostei principalmente dos olhos roxos e do fato de como cascao e cebolinha tiram proveito da situacao
ResponderExcluirq sumiram das hqs da turminha
Isso que era bom nas histórias, curtia muito.
ExcluirAs histórias de hj de planos infalíveis estão muito bobas ultimamente, ah achei curioso o Anjinho dedurar o plano e não o cascao como de costume
ResponderExcluirDessa vez o cascão não dedurou, mas quase estraga ao aparecer sem careta quando a Mônica volta pra pedir ajuda deles. Mas ele conseguiu consertar logo.
ExcluirEu já conhecia a história, que tinha sido repúblicada no Almanaque da Mônica nº 36 de 2012. E mais uma coisa, eu percebi que no quarto quadrinho da página 11, o Cebolinha falou certo quando disse a palavra "largar", e quando a história foi republicada, esse erro foi corrigido. Essa história é muito engraçada!
ResponderExcluirE, também na publicação original, no terceiro quadrinho da página 10, o Cebolinha falou certo: "Até que não seria mal!".
ExcluirNem tinha reparado nesse erro! Mas obrigada por avisar!
ExcluirEsses erros de letristas era bem comum na época e eu quase não reparava entretido na história. Até hoje não tinha reparado isso até vcs falarem agora. Infelizmente nos almanaques da Panini erros assim são corrigidos.
ExcluirMas isso não tiram o fato de que as caretas de hoje em dia são bem mais engraçadas, né? 🙄🤪🤩
ResponderExcluirBrunão, as caretas atuais não acho engraçadas, são fora de contexto, muitas vezes os personagens parecem monstros.
ResponderExcluirE que culpa eu tenho de achar graça?
ResponderExcluirBrunão, você tem culpa nenhuma, na minha opinião são feias caretas assim, já você gosta, cada um tem seu gosto. Eles sabem que tem gente que gosta, por isso fazem caretas assim.
ResponderExcluirNota-se que Mônica é ingênua o bastante pra acreditarem tudo que a mãe dela conta, e por sua vez, a dona Luíza já dá um mau exemplo em ficar contando esse tipo de mentira. Não sabe que isso pode traumatizar uma criança?
ResponderExcluirSim, o mau exemplo foi da mãe enganar a filha, se ela não contasse, nada teria acontecido.
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