Compartilho uma história simples e muito divertida de quando o Papa-Capim quase foi enganado por uma dupla de pilantras. Com 4 páginas no total, foi publicada originalmente em 'Chico Bento Nº 89' (Ed. Globo, 1990).
Capa de 'Chico Bento Nº 89' (Ed. Globo, 1990) |
Nela, Agnaldo e Deoclécio, 2 malandros, vão à selva para tenta negociar com os índios os seus pertences, que chamam de bugigangas. Para eles, os índios têm muita riqueza e seria fácil enganá-los trocando o que eles tem com as coisas valiosas dos índios.
Deoclécio carrega a caixa sozinha enquanto Agnaldo procura os "selvagens", até que se esbarram com o Papa-Capim usando um colar amarelo e Agnaldo percebe que é ouro. Papa-Capim não gosta de eles ficarem cochichando e reclama que quem cochicha, o rabo espicha. Agnaldo diz que o colar dele é muito lindo, mas não tanto como eles têm. Papa-Capim estranha porque eles não estão usando colar nenhum e Agnaldo diz que estão todos na caixa que estão carregando e aí mostra o que tem dentro.
Papa-Capim fica admirado, achando muto bonito os colares e Deoclécio ainda diz que eles têm anéis, pulseiras, pentes, espelhos. Papa-Capim diz que adoraria ter algum colar e Agnaldo diz que os colares da caixa são muito valiosos e se quiser faz troca com ele. Papa-Capim comenta que a tribo toda tem aqueles colares amarelos e Agnaldo manda chamar todos para lá que troca todos os colares dos índios com as coisas que eles têm.
Os índios aparecem, formam fila e fazem as trocas, com os índios felizes achando que os colares dos caraíbas eram mais bonitos e mais leves. Os malandros comentam que os índios são bobocas, que trocaram toda a fortuna de ouro com ele com as bugigangas que eles tinham e vão embora carregando a caixa muito felizes por estarem ricos. Papa-Capim e Cafuné comentam sobre os colares novos e se perguntam o que os caraíbas vão fazer com aqueles colares amarelos que eles tinham. Aí, no final, eles vão até aonde estão o índio Tatu Gordo e falam para ele fazer mais colares de pedra pintadas de amarelo porque os caraíbas adoraram. Ou seja, não era ouro nenhum e os pilantras se deram mal.
Uma história muito legal querendo mostrar que os índios são bobos e os homens é que são espertos e sabem tapear os índios, mas quem acabou se dando mal foram os próprios pilantras. Eles não chegam a ser considerados bandidos, só queriam dar golpe nos índios. Mesmo Papa-Capim e sua turma se passando por inocentes, acabaram se dando bem com os colares deles. Podiam prolongar mostrando como foi a reação dos pilantras quando descobriram que os colares eram apenas pedras pintadas, ficando isso só na imaginação dos leitores. Como era gibi quinzenal do Chico Bento, tinham que ser mais objetivos e ficou bem melhor assim do jeito que ficou.
É tipo de história que podia ser protagonizada pelo Zé Fuinha e Zé Furão, os pilantras da mata, que aí só fariam adaptação para o núcleo da Turma da Mata, mas preferiram colocar dois secundários em uma história do Papa-Capim. Até porque em 1990 a dupla Zé Fuinha e Zé Furão já estavam no limbo do esquecimento. E como de praxe, Agnaldo e Deoclécio só apareceram nessa história, que na postagem a coloquei completa. Aliás, ficou provado que a aldeia do Papa-Capim fica na Selva Amazônica, muitos têm dúvida onde fica a localização exata.
Gostava de histórias do Papa-Capim contracenando com caraíbas. Os traços também ficaram muito bons, sendo dessa vez o Papa-Capim ficou desenhado diferente como era na época, com nariz em formato "acento circunflexo" em vez de formato "c" e ficou mais magro que o costume. De acordo com o desenhista, ele tinha essas variações de vez em quando. Atualmente, o nariz do Papa-Capim prevalece assim se parecendo um acento circunflexo.
Também gosto, quando ele contracena com os caraíbas serve pra dar uma variada nas histórias. Os 2 tipos são boas.
ResponderExcluirHehe, muito legal. Gosto desse tipo de história em que os pilantras se dão mal, principalmente com o Chico Bento.
ResponderExcluirEu também gostava, não vejo problema até porque se davam mal no final.
ExcluirPercebi que essa capa se parece bastante com a capa da edição n'217 Cebolinha editora globo!
ResponderExcluirVerdade, mais um daqueles casos de capas semelhantes. Sendo que a do Cebolinha foi mais correta porque foi tirado o pneu do carro do pai dele. Nessa do Chico ele roubou o pneu pra brincar. :)
ExcluirVerdade! :)
ResponderExcluir:D
ExcluirVerdade! :)
ResponderExcluirEssa eu tenho, legal postar uma história do Papa-Capim, é um dos personagens que eu mais gosto, e os pilantras se deram mal, huehuehuehue.
ResponderExcluirEu também gosto do Papa-Capim, é um personagem muito legal. Pra variar, os pilantras se deram mal mais uma vez rsrs
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