quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Piteco: HQ "Tchum"


Mostro uma história em que o Piteco ficou curioso em descobrir como era a seita "Tchum". Com 6 páginas, foi publicada em 'Cebolinha Nº 54' (Ed. Globo, 1991).

Capa de 'Cebolinha Nº 54' (Ed. Globo, 1991)

Começa com Piteco vendo um grupo fantasiado de tigres animados exaltando e querendo ver o "Tchum". Piteco pergunta a um deles o que era esse tal de "Tchum". O homem estranha Piteco não saber o que era e ele simplesmente responde que Tchum era Tchum.


Piteco acha que o grupo era um bando de malucos, cada dia inventam um deus e não queria saber quem era Tchum. Fala isso da boca pra fora, pois, estava muito curioso e logo vai atrás do grupo da seita para saber onde vão e quem era Tchum. Ele chega ao templo e o segurança o barra de entrar.


Piteco diz que quer ver o Tchum e o segurança diz que para entrar tem que ter o traje dos Tchuns. Ele consegue a roupa e o segurança se banhar no lago sagrado Tchum. Piteco entra no lago, mas ao ver um monstro carnívoro volta à superfície. Ele pergunta se pode entrar agora e o segurança cobra 10 machadinhas para entrar.


Ele consegue entrar e chega bem na hora que o Sacerdote ia mostrar o Tchum ao grupo. O Sacerdote enrola um pouco, falando se eles querem ver o Tchum, que vão adorar vê-lo. O Sacerdote mostra o recipiente com água e uma tocha de fogo em uma na mão, ele coloca a tocha na água e o fogo, ao se apagar, descobre que Tchum não era um deus e apenas o fogo apagado ao cair na água, deixando todos surpresos, terminando assim.


Essa história é legal,  fica o mistério sobre quem ou o que é o Tchum que tanto endeusavam. Tanto o Piteco quanto o pessoal da seita, que ainda não tinham visto o Tchum, pensavam que era um deus, mas acabaram sendo surpreendidos que era apenas uma experiência de jogar fogo em um recipiente de água. Ficou até como uma forma de arrecadação de dinheiro para o povo que acreditava na doutrina só ver aquilo já que cada membro da seita tinha que pagar 10 machadinhas para ver o Tchum.


O final fica aberto para o leitor imaginar o que aconteceu depois de quando o Piteco e os membros da seita descobriram a farsa do "Tchum". Eu gostava de finais assim que podiam permitir imaginar o que vem depois. Foi bacana também ver o Piteco curioso e querendo descobrir a todo custo quem era Tchum. Eram boas as histórias do Piteco envolvendo as pessoas idolatrando um deus, como se fosse uma religião, sempre rendiam bons roteiros. Infelizmente hoje em dias histórias assim envolvendo deuses e religiões não são mais feitas.


Os traços muito bons, da fase consagrada dos personagens que dava gosto de ver. Curioso que dessa vez não teve prego na clava do Piteco. Na época, as vezes colocavam, as vezes não, mas depois foi aposentado o prego e hoje em dia até é raro o Piteco aparecer com clava na mão por ser uma arma.

13 comentários:

  1. Há!Há!Há! Tanto alvoroço porque eles descobriram o barulho da água.

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  2. Boa, Marcos! Enfim a antológica historinha do Tchum no blog. Espero não causar nenhuma polêmica por aqui, mas de uns tempos pra cá passei a fazer alusão do Tchum com Bolsonaro. Porque sua presença no Planalto se deve muito mais para evitar que uma sigla retome o poder do que pelas virtudes do atual presidente. Afinal, quais as virtudes de Jair Bolsonaro mesmo? Apenas ser contrário a uma ideologia detestada por muitos? Ter levado uma facada em plena campanha e se tornar um mártir? Até pouco tempo atrás poucos o conheciam. Da mesma forma que os habitantes de Lem cultuavam um certo Tchum sem sequer saber como o dito Deus era, se de carne e osso, ou de qualquer outro formato. Também aparecendo de uma hora pra outra para aquelas pessoas e do nada se tornando um salvador da Pátria. Muitas vezes a campanha para Bolsonaro, com dancinhas coreografadas e pessoas gritando "mito", se assemelhavam a seitas, assim como aparece na historinha. O que faz o tal Tchum ganhar tantos seguidores? O cidadão questionado por Piteco responde com "O Tchum é o Tchum, cara". Se você perguntar a um eleitor de Bolsonaro o motivo pelo voto no Capitão reformado, não duvido que a resposta seria semelhante... (além é claro do "tirar o petê"). Prometo não comentar mais política por aqui, Marcos! Muito obrigado pela postagem. É uma história que na minha visão dá pra refletir muito bem nossa atual situação.

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    1. Histórias assim do Piteco comparo mesmo com idolatria a religião ou a um santo, nem levo pro lado de política, embora a sua comparação pra esse caso até que é válida. Gente que idolatra esse cara não tem nada na cabeça, nenhum político quer o bem do povo, só visam seu interesse próprio e o povo que se dane, mas são cegos em perceber isso, sempre são mesmos argumentos bobos por não entenderem de política. Mito pra mim é mentira, assim como na história o ídolo "mito" deles foi mentira.

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  3. Fica na dúvida sobre o que eles fizeram depois da revelação. Será que bateram no sacerdote? Pegaram as machadinhas de volta? Choraram? kkkkkkkkkkkk

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    1. É, foi o famoso final de permitir a gente imaginar o que aconteceu depois, cada um imagina alguma coisa com o que fizeram ao descobrirem a farsa. Eu gostava de finais assim. Pra mim, eles bateram no sacerdote e pegaram as machadinhas de volta.

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  4. Lembro que a primeira vez que vi era bem pequena e fiquei sem entender nada! Depois que começou a fazer sentido comecei a achar graça! Virou um clássico pra mim

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    1. Verdade, a princípio é simples e crianças não entenderem muito, mas depois a gente vê que é bem legal e tem sentido.

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  5. Fez referência àquele comercial do barbeador, "a primeira faz tcham e a 2ª faz tchum!".

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