A revista do Cebolinha passou a ter mais páginas agora a partir de maio de 2016, após 1 ano de ter reiniciado a numeração na Panini, passando de 68 para 84 páginas. Eu comprei essa edição do 'Cebolinha Nº 13' por ser a primeira revista dele com 84 páginas em sequência e comento sobre ela nessa postagem.
Cebolinha foi o único gibi que não teve aumento de paginas desde que foi lançado, em janeiro de 1973. Sempre teve 68 páginas com formato canoa de grampos. Os outros gibis principais tiveram aumento de páginas ao longo de suas trajetórias, com Mônica passando de 68 para 84 páginas em 1982; e Cascão, Chico Bento e Magali passando de 36 para 68 páginas a partir de 2003. Mas o Cebolinha nunca mudou isso, continuando assim até agora.
Até hoje apenas as suas edições comemorativas "Nº 100", de 1981, e "Nº 120", de 1982, ambas da Editora Abril, tiveram mais de 100 páginas e lombada. A "Nº 100" teve 100 páginas e foi basicamente republicações de histórias até 1976 com um gancho dos personagens comentando sobre as histórias antes de começar e ainda teve histórias de abertura e de encerramento inéditas; e a "Nº 120", comemorativa de 10 anos de lançamento da revista dele com história de abertura especial, teve 132 páginas porque republicaram junto a edição "Nº 1" quase todo na íntegra, sendo 2 gibis em 1.
Capas de 'Cebolinha Nº 100' (1981) e 'Cebolinha Nº 120' (1982) - Editora Abril |
Agora 'Cebolinha' volta ter lombada e com 84 páginas de forma definitiva, ficando de igual para igual com o gibi da Mônica. Segue o mesmo estilo, inclusive o preço, que passou de R$ 4,30 para R$ 5,40, já considerando o reajuste que os gibis tiveram em fevereiro de 2016. Como tem 84 páginas a partir de agora, a seção de cartas e os passatempos passam a ter 2 páginas cada, assim como as propagandas internas ocupam 6 páginas dos gibis contra 1 página de seção de cartas, 1 de passatempos e 4 de propagandas quando tinha 68 páginas. Tudo pra ficar igual como é no gibi da Mônica. Bem que todos os gibis podiam ter lombadas, mesmo os que tem 68 páginas. Bem melhor assim.
Capa de 'Cebolinha Nº 12' (2016): último gibi dele com 68 páginas |
Para anunciar a novidade nos gibis de abril de 2016, tiveram um anúncio na contracapa de todos os gibis mostrando um mistério que o Cebolinha tinha um plano infalível para comemorar 1 ano que os gibis reiniciaram numeração. E agora em maio, com o mistério desvendado, uma série de novidades. O Cebolinha interage nas imagens dos personagens que ficam ao lado do logotipo, aparecendo em todos os logotipos das revistas, inclusive do Chico Bento. Nas contracapas têm capas variantes, com a mesma base da capa principal do maior estilo "copiar/colar", só que fazendo uma piada com participação do Cebolinha; e as tirinhas de todos os gibis, o Cebolinha aparece, ou mencionado sobre a sua revista ou fazendo piada sobre isso. Folheando esses gibis, gostei bastante da tirinha do Chico Bento.
Anúncio dos gibis de abril/2016 e o que circula na internet em maio/2016 |
Não gostei dessa presença do Cebolinha nos logotipos, ficou muito estranho. E o pior ficou principalmente nesse gibi do Cebolinha com muitos personagens juntos poluindo o logotipo. Se ainda não aparecessem o Cebolinha e a Mônica, que também aparecem na cena principal, seria mais interessante porque aí estariam surpresos com o que aconteceu na cena.
O problema de mais páginas é aumentar mais ainda a enrolação nas histórias. Se com 68 páginas já tinha encheção de linguiça, imagine com 84. Provavelmente vão passar a colocar mais histórias mudas intermináveis, por exemplo, que só servem para enrolar. Por mim, os gibis teriam 36 ou então 52 páginas. Teriam histórias mais objetivas e direto ao ponto.
Contracapa (capa variante) da edição 'Cebolinha Nº 13' |
Sobre essa edição 'Cebolinha Nº 13', teve 12 histórias no total, contando a tirinha final. Na página 2 (assim como de todos os gibis do mês) tem um editorial, escrito pelo editor-chefe da Panini, Érico Rodrigo Rosa, falando sobre o Cebolinha e dessa mudança de mais páginas no gibi dele a partir de agora.
A história de abertura foi "Os anéis da sorte", escrita por Flávio Teixeira, desenhos de Jairo dos Santos e arte-final de Kazuo Yamassake (sim, agora todas as historias têm seus devidos créditos). Com 31 páginas no total e dividida em 3 capítulos, teve referência à revista do Cebolinha com mais paginas, ou seja, foi uma história especial em homenagem a isso. Na trama, a "Confraria dos Doze", com membros formados por personagens "azarados" famosos, em 1813, se reúne para acabarem com o azar deles. Cada um leva o seu talismã da sorte e o mago Petrus, o Gato transforma os talismãs em 12 anéis da sorte. Então, aparece o vilão Conde Nazarius que quer se apoderar dos anéis e em uma confusão os anéis acabam sendo teletransportados para o bairro do Limoeiro na nossa época atual e cada anel foram parar em diferentes núcleos dos personagens e coube ao Cebolinha e à Mônica resgatarem cada um dos anéis, antes que o vilão Conde Nazarius consiga.
Trecho da HQ "Os anéis da sorte" |
Nela, tem presença de personagens "azarados" famosos como Pato Donald, Zé carioca, Dick Vigarista, "Lilly e Hardy" e outros. Teve até o Bernardão, personagem esquecido da MSP, que se juntou a essa "Confraria dos Doze", mesmo ele sendo da MSP. Aliás, a palavra "azar" não é citada na história, apenas insinuando um "az" com outro personagem interrompendo para falar outra palavra que começa com "az" como "azia", "azucrinar", etc. É que a MSP é supersticiosa e agora não pode colocar a palavra "azar" nas histórias, mudando normalmente essa palavra para "má sorte" ou "sem sorte". Isso acontece, inclusive, em republicações de almanaques, alterando sempre que aparecia a palavra "azar" nas histórias antigas.
Nessa história, a turma só apareceu a partir da 2ª parte, na 8ª página da história (página 10 do gibi). Isso lembra até um pouco a Editora Abril que ficava um bom tempo só os vilões aparecendo para entender a situação e só depois os personagens apareciam. Com diferença que as histórias não eram divididas em capítulos. Teve presença também de vários secundários como Horácio, Piteco, Penadinho, afinal, Cebolinha e Mônica tinham que ir aos núcleos deles para buscarem os anéis perdidos. Chegou um momento para ser mais corrido que só mostrou em 1 página com qual personagem foi parar os anéis. O que foi uma pena porque não mostrou, por exemplo, como foram que Cebolinha e Mônica pegaram os anéis com a Tina ou com o Papa-Capim, por exemplo, ficando só na imaginação assim. Também não gostei de ter presença de Turma da Mônica Jovem e Chico Moço, meio desnecessário.
Trecho da HQ "Os anéis da sorte" |
Os traços dessa de abertura foram bons com contornos grossos. Normalmente quando as histórias têm arte-final de Kazuo Yamassake seguem esse estilo e costumam ser melhores. Porém, tiveram alguns olhos esquisitos e mal desenhados em relação a proporção, e uns olhos arregalados e caretas que não gosto muito, mas ainda está valendo. Como sempre as letras digitais é que estragaram muito, na boa, fica muito feio assim.
Já o resto do gibi foi normal para a atualidade com histórias do Penadinho, Piteco, Nico Demo, Do Contra e Astronauta, variando entre 1 a 4 páginas, e mais 5 historias com o Cebolinha. Os mesmos desenhos fracos, sem vida, parecendo carimbos, mesmas expressões do tipo "copiar/ colar", letras digitais, tudo que predominam atualmente. Se agora até as capas seguem o estilo digital, imagine histórias. A história "O Gênio" do Do Contra foi a pior em traços. Constrangedor ver desenhos assim.
Trecho da HQ "O Gênio" |
De destaque, histórias como "Irmãzinha cheia de manhas", em que o Cebolinha tem que tomar conta da sua irmã Maria Cebolinha enquanto sua mãe vai ao supermercado e aí a Mariazinha fica chorando o tempo todo, e a de encerramento "O mosquitão", em que um grande mosquito invade o bairro do Limoeiro, assustando todo mundo. Uma história de alerta contra o mosquito Aedes Aegypti. Capaz de ter mais histórias educativas daqui pra frente, se caso a revista "Saiba Mais" acabar, visto que anda com distribuição mais irregular ainda depois que passou da "Nº 100", só foram mostradas capa até da "Nº 102" até agora e são raros os lugares que chegaram. Aliás, o selo das capas de todos os gibis mudou de "Mauricio 80" para o Aedes Aeghypti a partir desse mês, depois de 1 ano de comemorações do aniversário de 80 anos do Mauricio.
Trecho da HQ "Irmãzinha cheia de manhas" |
Os outros gibis do mês de maio não comprei, pelo que folheei segue tudo normal. De destaque mesmo só da Mônica que tem uma história do Astronauta, escrita por Paulo Back, em homenagem póstuma ao cantor David Bowie que morreu em janeiro de 2016, que até ficou bem interessante, com participação de Tina e Rolo, mas não contracenando, apenas participando assistindo ao show do David Bowie na Terra. Fora isso, tudo normal, tanto como no resto desse gibi da Mônica, como nos demais do mês, com desenhos e letras digitais lamentáveis.
Então, esse gibi do Cebolinha vale pelo valor histórico de ser o primeiro gibi regular com lombada e 84 páginas, tem uma história de abertura boa e o resto tudo normal. Comprei mesmo por ser uma edição especial, Não é excelente, mas até que não é tão ruim como um todo. Fica a dica.
Gostei dessa idéia das contra capas. Será que vão manter nas próximas edições?
ResponderExcluirTambém gostei, dá uma certa piada em cima da história de abertura, embora a base dos desenhos foram iguais, mudando só expressões e alguns detalhes. Ajudou a gente perceber o que fazem agora nas história. Com os desenhos prontos, aí vão só mudando as expressões.
ExcluirAcho que contracapas assim vão ser só nessas edições e quem sabe façam outras de vez em quando.
Realmente a história de abertura foi acima da média atual. O que não gostei foi a comemoração com água tônica (completamente sem noção isso) e também não vejo graça em aparecer Mônica e Chico Bento jovens... Acho que seria mais divertida a história se em vez de passear pelos outros núcleos eles viajassem pelo mundo ou por épocas diferentes sei lá(acho que a proposta de viagens pelos núcleos dos outros personagens está um pouco batida já...) mas ainda assim foi uma história que valeu a pena.
ResponderExcluirMeio estranho, bem que podia ser guaraná. Mas deve ser o fato de refrigerante não ser bom pra saúde. Não gostei de aparecerem versões Mônica e Chico jovens. No lugar, podia ser outro personagem secundário da turma mesmo. Vê que Chico Bento criança não apareceu na história.
ExcluirSim, comprei por ser uma edição especial. Abraço
ResponderExcluirTambém na minha coleção...estranhei quando vi na banca..valor histórico tendes a ter na coleção de HQs de qualquer um como vi em muitas fotos por ai nas redes sociais..rsrs, fã ou leitor! xD
ResponderExcluirVerdade. Muita gente vai comprar pelo valor histórico. A 1ª revista dele com lombada e 84 páginas em sequência
ExcluirOutra questão surpreendente, ao meu ver, foi o aparecimento do Cascão dentro de uma lata de lixo, mesmo que em um retrato na parede, na oitava história "Bem que eu tentei..." de sua revista. Tenho a leve impressão de alguma alteração nas histórias, fugindo um pouco dos padrões repetitivos atuais.
ResponderExcluirNem reparei nisso quando folheei. Ao menos em um retrato ele pode aparecer dentro da lata de lixo rs. Deve é ter passado despercebido isso quando revisaram.
ExcluirPode ser, mas o Cebolinha também desenhou na parede na revista Cebolinha nº 12, de abril na primeira história. Realmente, como fã que sou, espero que a MSP esteja retomando, ao menos de leve, suas origens.
ExcluirSe bem que em Cebolinha nº 12, ele desenhou nas paredes do esgoto do Capitão Feio, aí se já lá é sujo não viram problema. Eles implicam mais com muros de rua.
ExcluirEu vi o retrato do Cascão na lata de lixo na revista dele. Muito discreto. Seria legal mesmo se a MSP revisse suas origens, tem muita coisa boba, sem importância nenhuma eles censurarem.
no último almanaque do chico bento replubicaram uma história em que o zé lelé achou que o chico tava virando um diabinho. Falaram "diabinho" mesmo. Será que eles não tão relevando certos exageros?
ExcluirAté porque eles não podiam alterar isso senão ia tirar o sentido daquela história. Pode ser que estejam sim revendo conceitos bobos que julgam incorretos.
Excluirah, sim, a republicação dessa história me deu certa esperança
ExcluirJá é alguma coisa. :D
ExcluirDepois de ANOS eu finalmente voltei a ter vontade de comprar um gibi da turma e foi justamente este. A turma tá realmente bem diferente do que era há um tempo atrás. Essa primeira história até que foi bacana, mas confesso que achei um pouco confusa, rs. Essa história do Do Contra tem um desenho muito esquisito, uns traços estranhos de se ver. Mas, no geral, gostei do gibi. E, pra mim, demorou pro Cebolinha aumentar a quantidade de páginas, ele merecia. O da Mônica, talvez, fique agora com 100 páginas, o que vcs acham? Se bem que agora e meio tarde, as hqs de até um tempo atrás seriam bem melhores em revistas de mais páginas
ResponderExcluirNo geral esse foi um bom gibi, visto do que sai atualmente, sendo a de abertura foi a melhor. Mas concordo que certos pontos ficaram confusos. A história do Do Contra foi pessimamente desenhada, deprimente ver desenhos assim, as outras também não ficaram bons os desenhos.
ExcluirNão duvido que ano que vem aumente o número de páginas da Mônica, até contragolpe dela do plano do Cebolinha da revista dele ter mais páginas ter dado certo rsrs. E posteriormente Cascão, Magali e Chico com 84 páginas também rs. Só acho que quanto mais páginas, mais enrolação nas histórias. Se tivesse sido pelo menos nos anos 90 ainda daria pra ter conteúdo .melhor.
Cara,a das logomarcas ficaram legais,poxa,sem reclamação
ResponderExcluir:D
ExcluirEu ja não gostei dessa primeira história dos anéis da sorte. Alias essas primeiras história tão ficando muito chatas e enroladas... misturam muitos personagens juntos e não acaba nunca, fica quase metade do gibi só na primeira história!
ResponderExcluirAh são as famosas enrolações. Até que colocam capas com grande impacto, bons temas, mas quando vai ler é só enrolação. E agora com mais páginas a tendência é aumentar a encheção de linguiça.
ExcluirMaria Cebolinha só falava "Ceboinha" e agora ela fala "Teboinha"? Ela é bebê, mas não é burra, mas querem que ela seja tambem
ResponderExcluirVerdade, bem lembrado. Talvez pra deixar um ar mais infantil e bobo.
ExcluirJá ficou bobo desde que eles foram pra Panini
ExcluirInfelizmente foi isso mesmo
ExcluirTenho certeza que foi o Emerson Abreu que teve essa estúpida ideia de pôr o Cebolinha em todos os logotipos. Pensa bem. Em tudo que é lugar das histórias dele, aparecem sempre os 3 mesmos personagens: Denise em primeiro lugar, Xaveco em segundo, e Cebolinha em terceiro. Na história da Bruxa Viviane, quem que contracena com a Magali? O Cebolinha. No gibi N°1(Segunda 'maldita' série) da Mônica, quem aparece? Começa com "Ce", e termina com "nha". Disse Cebolinha? ganhou o prêmio de um milhão de reais. E inclusive aparece "Cebolinha E Mônica em", mostrando que na história o principal é o Cebolinha. Pelo amor de Deus!
ResponderExcluirTalvez, só sei que ficou muito poluído esses personagens no logotipo. Podia ser só ele, ou melhor ainda nem ter personagens no logo.
ExcluirÉ uma pena q nunca mais comprei nenhum gibi , as últimas edições q tenho sao as de 2007 a 2011 mas tebho umas 3 de 2005 e sinceramente não vi mt mudança , so na censura das palavras mas vai ver eh pq eu não li as primeiras revistas.
ResponderExcluirNesse período as mudanças foram poucas, visto que já tinha politicamente correto na década passada.
ExcluirCara, tenho que discordar quanto à pichação de muros voltar nas revistas: você gostaria que pichassem os muros da casa em que você mora? Isso se chama vandalismo, além de todo o tempo, a paciência, o interesse, a disposição e o dinheiro gastos para ficar como era antes ! Agora, não sei por que também não acabam com as coelhadas (excessiva violência e tratada como se fosse algo legal em duplo sentido), a Magali comendo tudo o que vê pela frente (não tem que comer sem autorização, o que se trata de outro tipo de prejuízo) e o Chico Bento roubando as coisas do Nhô Lau (também não são dele, nem está autorizado)!
ResponderExcluirAgora, também não gostei do novo rosto do Do Contra, nem de porem os personagens da Turma da Mônica Jovem e do Chico Bento Moço em meio à Turma da Mônica clássica... mas fazer o que, não é verdade?
Ah, sim: fui eu mesmo o responsável em insistir com a funcionária do Mauricio de Sousa, a Daniela Gomes para incluir os créditos... apenas não fui creditado pela sugestão, mas, também, nunca fiz questão disso!
São só histórias em quadrinhos, apenas diversão e não precisa levar a sério como vida real. Tudo isso é permitido nos quadrinhos, se o medo as crianças imitarem os personagens, os pais que têm que educar. Aí muitos reclamam disso, por isso as histórias estão assim tão chatas e só educativas. Coelhadas estão raras hoje em dia, Chico Bento não rouba mais goiabas e Magali não come mais o que vê pela frente, perdendo completamente a graça das revistas.
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