quarta-feira, 13 de maio de 2020

Os 50 anos da Revista da Mônica


A revista 'Mônica' está comemorando a marca histórica de 50 anos de gibis ininterruptos no Brasil. Nessa postagem mostro como foi a trajetória e curiosidades da revista da Mônica ao longo dos seus 50 anos de gibis e também como foi a revista "Nº 1" da Editora Abril.

O Mauricio de Sousa teve uma experiência  com o gibi do Bidu pela Editora Continental entre 1960 e 1961, só que por fata de tempo de criar histórias e poucas vendagens acabou o título sendo cancelado com apenas 8 edições. Durante os anos 1960, ele passou a criar novos personagens e divulgá-los em tiras e tabloides de jornais e com os mesmos já conhecidos, inclusive, já terem feito até propagandas de TV, Mauricio resolve arriscar de novo em revistas em quadrinhos em 1970. Resolve criar a Revista 'Mônica', personagem inspirada na sua filha em 1963 e já bem popular com o grande público. Assim, em maio de 1970 chegava às bancas a 'Mônica Nº 1' pela Editora Abril e todo em cores (era uma novidade, pois os gibis até os anos 1960 eram em preto e branco). A primeira propaganda da revista da Mônica anunciada em outros gibis da Editora Abril foi essa.

Primeira propaganda do gibi da Mônica que circulava nos outros gibis da Editora Abril (1970)

A revista sempre foi mensal e nesses 50 anos passou por 3 editoras diferentes: Abril, Globo e Panini, totalizando 607 edições até nesse mês de maio de 2020, somando as 3 editoras. A cada troca de editora, a numeração foi reiniciada. Na Editora Abril foi até ao "Nº 200" em dezembro de 1986. A partir de janeiro de 1987 se mudaram para a Editora Globo, durando 246 edições. Curioso foi que entre os anos 1997 a 2002, a revista teve 13 edições por ano, ao invés de 12, e, assim, acabou tendo 246 edições ao invés de 240, pois a revista ficou exatos 20 anos na Globo. Desde janeiro de 2007 está na Editora Panini, sendo que quando chegou a edição "Nº 100", em abril de 2015, resolveram iniciar numeração novamente na mesma editora, algo inédito até então, porque a MSP acha que cada geração de leitores deve ter uma edição "Nº 1" na sua coleção. 

Propaganda do gibi da Mônica que circulava nos outros gibis da Editora Abril (1971)

As capas sempre prevaleceram piadinhas com as características dos personagens, e de vez em quando algumas com referência à história de abertura quando elas eram importantes. Quando mudaram para a Editora Panini, todas as capas passaram fazer exclusivamente alusão á história de abertura, a partir da edição "Nº 3", de março de 2007, deixando de lado as piadinhas e  passaram a ter efeitos de sombra e luz para modernizar. 

O logotipo nunca mudou messes 50 anos, porém a partir da edição "Nº 200" de fevereiro de 2003 da Globo, os logotipos sofreram adaptação, ajustando o rosto da personagem ao lado do logotipo como uma forma de melhor identificação dos personagens nas bancas. Na 1ª série da Panini, mudaram os desenhos colocando também braços das personagens e na 2ª série a partir de 2015 o logotipo voltou a atingir a largura inteira dos gibis e colocam uma imagem da personagem de corpo inteiro já existente de revistas anteriores e em miniatura.

Propaganda do gibi da Mônica que circulava nos outros gibis da Editora Abril (1972)

Em relação a formato da revista, até a edição "Nº 117" da Editora Abril, de janeiro de 1980, tinha um formato maior na altura, medindo 13,5 X 20,5 cm, formato canoa e 68 páginas. A partir da edição "Nº 118", de fevereiro de 1980, o formato passou a medir 13,5 x 19 cm, seguindo a padronização de todos os gibis em circulação no Brasil, tanto os da Editora Abril quanto de outras editoras naquele mês. A partir da edição 'Nº 149', de setembro de 1982, passou a ter 84 páginas e formato lombada medindo 13,5 X 19 cm e continua assim até hoje. A edição "Nº 120", de 1980, teve lombada também, mas foi por causa que teve junto o relançamento de Mônica "Nº 1" em comemoração aos 10 anos da revista até então.

Capas "Nº 1": Abril (1970), Globo (1987), Panini (2007), Panini (2015)

Quando passou a ter 84 páginas na Editora Abril, a revista teve uma série de seções que ajudaram a incrementar o gibi e uma forma de não ter maior número de páginas com histórias apesar de mais páginas nos gibis. Além de passatempos e a seção de cartas "Vamos bater m papo?", que tinha desde 1975, a partir da edição "Nº 149", passou a ter as seções "Horóscopo da Mônica", contos "Mundo encantado dos animais" e "É fácil desenhar" que eram bem criativos e melhoraram ainda mais os gibis dos anos 1980. Quando foram para a Globo, essas seções foram extintas, ficando só as seções de cartas, renomeadas para "Mônica dá o recado", aí sim fazendo jus ao número maior de páginas com  histórias em cada gibi e segue assim até hoje. Na Editora Abril também foi marcada por brindes, como cartões, agendas, marcadores de livro, papéis de cartas, entre outros, que incrementavam mais as revista, Depois na Globo e Panini isso foram raros de acontecer.

Capas Nº 100: Abril (1978), Globo (1995), Panini (2015); Nº 200: Abril (1986), Globo (2003)

A revista também muitas vezes foi porta de entrada  para lançamentos de personagens novos, algumas vezes com chamadas na capa ou apenas estreando mesmo sem alarde. A MSP fazia questão de estrearem nos gibis da Mônica. Alguns deles foram Nimbus, Do Contra (MN # 92, de 1994), Marina (MN #97, de 1995), Luca (MN # 221, de 2004), Dorinha (MN # 222, de 2004), Doutor Spam (MN # 233, de 2005), entre outros. Curiosidade que a Tia Nena fizeram questão  de estrearem no gibi da 'Mônica Nº 26', de 1989, ao invés de gibi da Magali, para ver o potencial da revista da Mônica.

Os traços nas primeiras edições eram bem primários, desenhados só pelo Mauricio de Sousa, com personagens com bochechas pontiagudas e ao longo dos anos o público pôde acompanhar todas as evoluções de traços bem gradual, a ponto dos leitores nem perceberem que estavam sendo mudados os desenhos e já estavam bem diferentes no final dos anos 1970 e foram mudando ainda mais gradativo até chegar a fase consagrada dos anos 1980 e 1990. Apesar de manterem a base dos traços, ultimamente já encontra diferenças, deixando tudo digital e bem artificial, com desenhos sem vida e parecendo carimbo.

Algumas capas da Editora Abril

Em relação a histórias, a revista sempre englobou histórias de todos os seus núcleos de personagens criados até então, não são só histórias da Mônica, mas tendo mais destaque com as histórias dela. Histórias da Mônica foram focadas em mostrar absurdos da sua super força, saber qual o segredo dessa força, planos infalíveis do Cebolinha e outros meninos para derrotá-la e se tornarem os donos da rua, piadas sobre ela ser gorda, dentuça e baixinha, já que os meninos viviam a xingando assim, além de aventuras de contos de fadas, enfrentando vilões, cientistas malucos, monstros, extraterrestres, típicos em gibis infantis. E tudo intercalado com histórias de outros personagens, tanto histórias com personagens do seu núcleo como Cebolinha, Cascão, Titi, Jeremias, etc, assim como secundários como Turma da Mata, Tina, Penadinho, Chico Bento, Astronauta, entre outros.

Capas de edições especiais da Editora Abril

Nos primeiros números, a gente via uma linguagem bem culta nas histórias, empregos corretos de próclises, ênclises, etc, palavras mais difíceis, sempre quando precisavam colocar um termo mais informal, colocavam palavras entre aspas, e ao longo dos anos deixaram uma linguagem mais informal para se tornar mais agradável a leitura. Fora que nesses 50 anos, ainda teve duas reformas ortográficas, as de 1971 e de 2009, mudando a grafias da palavras como "êle", "êste","esfôrco", etc (reforma 1971) e outras como "para", "feiura", "autorretrato", etc (reforma 2009).

Algumas capas da Editora Globo

Também acompanhamos todas as evoluções de gírias em cada década, de comportamentos sociais, de culturas no cenário musical, artístico, brinquedos, moda, até evoluções das moedas e preços nas capas são interessantes observar, até chegar a inclusão digital nos dias de hoje. É que a MSP sempre teve preocupação em adaptar as histórias ao que acontecia na atualidade. Para ter uma ideia, até roupas e cabelos de personagens secundários e figurantes eram adaptados a cada década, mas os personagens principais seguiram com o seu estilo de roupa como foram criados já que eram as suas marcas registradas. 

O ponto negativo é que as personalidades das personagens também foram mudadas durante a trajetória, em especial a Mônica, a gente via que era bem esquentada, dava surra nos outros sempre que provocavam, seja quem quer que fosse, e agora está bem mais calma, quase não aparece ela batendo nem nos meninos, no máximo terminando histórias só correndo atrás deles sem mostrar sendo surrados, isso quando eles a provocam. Tudo para atender ao politicamente correto que predomina mundialmente nos últimos anos.

Capas de edições especiais da Panini

Sobre a edição "Nº 1", foram 6 histórias no total, ainda com grafia antiga antes da reforma ortográfica de 1971, com Cebolinha trocando as letras aparecendo entre aspas e quando precisavam colocar uma expressão informal, contra a norma culta da Língua Portuguesa, colocavam entre aspas também. E bem comum também ver personagens falando com boca fechada. A capa com a Mônica levantando o carrinho do Cebolinha para uma tartaruga passar. Depois chegaram a fazer releituras dessa capa em edições da Panini.

Abre com a clássica "Mônica é daltônica?" em que o os meninos criam um plano infalível inventando que estão com roupas de cores diferentes para a Mônica pensar que é daltônica e não possa exercer o cargo de dona da rua. Para não piorar a visão, Mônica teria que não fazer esforço e nem expressar sentimentos. No final, acaba ela descobrindo que era plano ao ouvir o Cebolinha dizendo que a camisa dele era verde, dá surra em todos e faz com que eles provem que ela está enxergando tudo com as cores normais. 

Vale destacar que quem bolava os planos nos primórdios era o Zé Luís, tinham até um clubinho para se reunirem e mostrava dando soco de forma explícita, sem onomatopeia. Com o passar dos anos preferiram colocar onomatopeia "POF" no momento em que ela batia nos meninos e depois apareciam surrados. Presença também do Manezinho, que era bem frequente, depois se tornou personagem esquecido muitos anos e hoje aparece de vez em quando.

Trecho da HQ "Mônica é daltônica?"

Em "O cachorro falante", com  8 páginas, um mágico tenta fazer o Bidu falar, mas ao Franjinha dar uma pedrada na cabeça no mágico bem na hora que ele estava fazendo a mágica, faz cm que ele troque de lugar com o Bidu, e, assim, o mágico fica no corpo do Bidu e o Bidu fica no corpo do mágico, dando muita confusão, com todos pensando que era o Bidu falando. Essa história teve roteiro original do gibi do Bidu N º 1 da Editora Continental, 1960, e aí foi redesenhada e colorida para sair nesse gibi da Mônica. Presnça também do Manezinho na história.

Trecho da HQ "O cachorro falante"

Em "O amor da Rita", com 7 páginas,  conhecemos a Rita Najura, formiga que era apaixonada pelo elefante Jotalhão, mas ele não dava nenhuma bola para ela. Enquanto isso, o formiga Saulvo era apaixonado pela Rita e ela nem dava confiança para ele. Saulvo tenta falar com Jotalhão para não namorar a Rita, mas Jotalhão fala que nunca teve nada com ela, impossível elefante namorar uma formiga e não é o tipo dele. Rita ouve tudo, fica decepcionada ao ouvir aquilo do Jotalhão e aceita Saulvo namorá-la, mas na condição de ele se fantasiar como elefante verde para se sentir mais tranquila. História mais de apresentação do personagens desse núcleo, com o tempo a Rita Najura foi investindo em planos para tentar conquistar o Jotalhão, sempre em vão, e o Saulvo voltou a aparecer esporadicamente outras vezes, hoje é considerado um personagem esquecido.

Trecho da HQ "O amor da Rita"

Em "O Soro da invisibiidade", de 11 páginas, Cebolinha toma uma fórmula de um cientista que encontrou no chão e acaba ficando invisível. Cascão se assusta com a situação e depois o Cebolinha volta ao normal aos poucos, primeiro só a cabeça, dando muita confusão para ele e no final volta ao normal por completo, só que pelado, constrangendo Mônica e Magali. Essa história foi uma série de tirinhas que juntas formavam um  história, aí a cada metade de página formava uma piada diferente. Destaque de Xaveco ter nome escrito como "Chaveco", o barbeiro que aparece é o Seu Antônio, pai do Mauricio de Sousa, e essa história virou desenho animado anos depois.

Trecho da HQ "O soro da invisibilidade"

Na história do Raposão, "A corrida",  de 7 páginas, mostra uma paródia da fábula da corrida da Lebre e a Tartaruga, sendo que  o Coelho Caolho era a lebre, Tarugo era a tartaruga e e Raposão, o juiz da corrida. Eles disputam corrida e acaba o Tarugo ganhando no final, pois Raposão interpreta que quando Coelho Caolho declarou que ganhava corrida quem chegasse mais cedo, o Coelho Caolho chegou as 6 da tarde e o Tarugo às 6 da manhã. Participação de personagens Tuta Tatu e Mico Lino, hoje ambos no limbo dos personagens esquecidos.

Trecho da HQ "A corrida"

Termina com a clássica "Cascão não quer sabão", de 12 páginas, em que o roteiro tem 2 fases interligadas. As 3 primeiras páginas da história é a Mônica implicando com o mau cheiro do Cascão e fazendo de tudo para que ele tome banho, só que em vão, com direito até Cascão bater nela para não tomar banho. Depois, o Cascão é desafiado por um patrocinador para fazer propaganda de sabonete e teria que tomar banho 90 vezes com a marca de sabonete. Cascão só aceita porque usaria um creme impermeabilizante do Franjinha que não deixava a água passar no corpo, mas ainda surgia medo no Cascão de ver a água o atingindo. Mesmo a Mônica dando vários socos no Cascão para ele não vê a água caindo do chuveiro, ele gasta o sabonete mesmo é fazendo bolinhas de sabão escondido enquanto fingia tomar banho com o chuveiro ligado.

As 3 primeiras páginas da Mônica implicando com o mau cheiro do Cascão  são do estilo de tirinhas adaptadas em uma história, com metade da página formando uma piada. Na fase do Cascão ter que tomar banho com sabonete, o patrocinador seria o Silvio Santos e foi a primeira vez que apareceu o Franjinha como cientista e criando invenções em seu laboratório, sendo que essa ideia era usada raramente e ficou mais frequente a partir de 1973. Davam preferência de histórias do Franjinha com  Bidu ou interagindo normal com a turma.

Trecho da HQ "Cascão não quer sabão"

Um gibi histórico com história muito boas. Dá pra ver que preferiram histórias mais longas nessa edição e deram preferência a uma mistura de personagens como Turma da Mata, Bidu, Cebolinha e Cascão. História da Mônica mesmo foi mais a de abertura e também com participação maior na última, já que esta prevalece mais como história do Cascão. Pelo visto foi para o púbico conhecer melhor os diferentes universos do Mauricio. Atualmente essa edição "Nº 1" é muito rara e colecionadores pagam uma fortuna pela Nº 1 original. Para se ter uma ideia na "Comic Con" de 2019, estavam vendendo por lá por quinhentos Reais e ainda pode até ser considerado barato porque podem  encontrar essa revista cobrando mil Reais. 

Teve depois mais 3 relançamentos. A primeira foi em 1980 como parte integrante da edição "Nº 120" da Editora Abril em comemoração ao 10 anos da revista até então. A edição teve lombada com 132 páginas, sendo a metade do gibi com histórias inéditas e no final a reedição da "Nº 1" sem as propagandas originais, mostrando só as histórias na íntegra. Depois foi lançado um livro em 2002 pela Editora Globo, disponível em livrarias. Esse foi o mais fiel com as cores originais, todos o erros de cores e mostrou as propagandas internas originais. De diferente da original é que teve lombada, capa cartonada e o papel interno foi do tipo couché ao invés de papel tradicional de gibi. E em 2007 relançaram como parte integrante da "Turma da Mônica Coleção Histórica", junto com as outras "Nº 1" de outros personagens, sendo que sem as propagandas originais e no lugar colocaram comentários do roteirista Paulo Back e corrigindo erros de cores originais.

"Nº 1" (1970) e reedições: Abril (1980), Globo (2002) e Coleção Histórica Panini (2007) 

A revista 'Mônica' chega aos 50 anos em 2020 sem edição comemorativa para a data. A edição atual "Nº 61" passou a data em branco, eu pensava que a Panini teria interesse de fazer essa edição especial. pelo menos podia ter uma capa comemorativa e um frontispício original ou um selo na capa, só que seguiu tudo normal, uma edição comum.

Sem dúvida uma marca histórica que a revista 'Mônica' atingiu, não é qualquer um que consegue ter 50 anos de gibis ininterruptos em circulação. Com o sucesso e aumento de equipe foi a porta de entrada para criarem gibis de outros personagens que também tinham potencial para estrelarem gibis. Tiveram muitas histórias e momentos inesquecíveis nesse meio século que sempre vão ser lembrados pelos fãs. Pena que a qualidade decaiu por causa do politicamente correto, mas os momentos bons prevalecem e tem todo um valor histórico sobretudo as edições dos anos 1970.Vida longa á revista da Mônica.

Termino mostrando as capas de maio a cada 10 anos, quando a revista estreou e quando completou 10, 20, 30, 40 e 50 anos, nos anos de 1970 a 2020, respectivamente. Ficou interessante e até uma forma de comparar quais as melhores e piores.

Capas de Maio: Abril: Nº 1 (1970), Nº 121 (1980); Globo: Nº 41 (1990). Nº 164 (2000); Panini: Nº 41 (2010), Nº 61 (2020)

43 comentários:

  1. Ótima resenha! Muito legal! Pena eu não ter essas revistas comemorativas, a única que possuo é essa mais recente, de 600 edições. Hoje até se consegue comprar qualquer uma na Internet, mas como o Marcos disse, cobram preços astronômicos. Cheguei a ver uma revista da Mônica número 1 de 1970 no Mercado Livre por 2.900 reais. Bem, pedir podem pedir o preço que quiserem, se vai vender, é outra história. Interesssnte ver também a evolução dos traços, eu não gosto desses traços do início dos anos 70, realmente eram bem primários, os personagens eram bem feios. Já na segunda metade da decada de 70(de 1977 em diante), a evolução dos traços já era notória e todos os personagens tinham uma aparência bem mais agradável. Nos anos 80, ficaram ainda mais bonitos, os traços a partir de 1983/84 até o final dos anos 90 são meus favoritos, considero muito bonitos. Maurício de Souza está de parabéns por tanta genialidade, não é pra qualquer um conseguir tanto sucesso por todo este período, ainda mais no Brasil.

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    1. Valeu, Ricardo. Um absurdo esses preços que cobram, como se a revista fosse de ouro. Podem cobrar o preço que for, agora comprar á é outra coisa. Se bem que tem uns loucos que ainda compram rsrs. Eu também gosto mais dos traços dos anos 80 e 90, sem dúvida, os melhores.

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  2. Que matéria linda e caprichada, Marcos. Parabéns. Ao ler a gente consegue viajar em todas as épocas e relembrar bem as fases da Mônica. Você tem a nº 1 da Abril? Nossa, quando voltei a colecionar já estava com preço absurdo, tem gente pedindo mais de 1200 reais por uma edição mal conservada, ai não rola. Espero um da ter a sorte de encontrar uma em ótimo estado e com preço razoável, tanto da Mônica quanto do Cebolinha, da Abril. São as únicas nº1 que me faltam.

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    1. Obrigado Marcelo. Intenção foi essa mesmo de relembrar toda as fases da revista dela. Eu não tenho a Mônica Nº 1 original, tenho só os relançamentos da Globo de 2002 e a Coleção Histórica Nº 1 de 2007.

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  3. Perfeita matéria... parabéns a revista da Mônica e também ao Marcos... pela postagem Kkkk ((:B

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  4. Detalhe para deixar registrado... tenho a Mônica original n.1 a da Globo e panini da coleção histórica e quem quiser vê é só chamar no face ou Instagram @xandrohq ;)

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    1. Legal. Muita sorte de ter a Nº 1 de 1970. É raro alguém ter.

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  5. A Turma da Mônica está em evidência desde a criação do Bidu em 1959, muitos cartunistas renomados não conseguiram o que o Mauricio de Sousa atingiu, mesmo com a TM clássica totalmente descaracterizada o cartunista não deixa a peteca cair quando o assunto é se manter no páreo, de todos os personagens oriundos do terceiro mundo, a TM é a obra mais divulgada mundo afora, compete de igual pra igual com personagens da mesma categoria que são oriundos de países desenvolvidos.
    Manter um título nas bancas durante 50 anos ininterruptos não é pra amador, principalmente em um país como o nosso, no Brasil, crises infelizmente sempre foram de praxe, Mauricio driblou todas e continua driblando, ou seja, nunca saiu do páreo, coisa de gênio!
    Parabéns pela magnífica postagem, Marcos! Será que sairá algo oficial sobre isto?

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    1. Valeu! De fato não é pra qualquer um ter 50 anos de gibis circulando todos os meses. Uma grande marca. Fora os tempos de tirinhas de jornais, que eles já eram conhecidos e contando isso já vão mais de 60 anos. Não sei se vai ter algum especial em relação á data, creio que não, senão á teriam divulgado na internet. Mas o melhor seria a edição de banca ter sido especial, nem que fosse uma capa comemorativa.

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  6. Meus parabéns pela postagem Marcos, realmente uma data histórica. Eu confesso que não pagaria esse preço mesmo na edição nº 1. Eu até gosto de uma raridade, mas acho que como esse gibi tem uma grande importância histórica, nunca deveria ser raro, mesmo que em fac smiles mesmo. Os gibis antigos eram melhores mesmo, pois como os roteiristas tinham mais liberdade poderiam haver muitas situações boas nas histórias, como situações envolvendo problemas reais, religião, personagens sofrendo, como o Chico Bento com sua irmã e o Astronauta com a Ritinha, etc.

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    1. Obrigado! Eu também não pagaria, já não pago nem os absurdos do mercado livre, quanto mais mil, dois mil reais em um gibi. Muita loucura quem paga. Antigos eram melhores, sem comparação. Eles tinham liberdade e podiam fazer qualquer coisa.

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  7. Ué, se a ed. 121 é de maio, então a ed. 120 da Ed. Abril saiu antes de completar os 10 anos efetivamente?

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    1. André, se você fizer as contas vai verificar que abril de 1980 foi o 120º mês do título, ou seja, cento e vinte meses correspondem a dez anos, com o título Cebolinha foi a mesma coisa, lançado em janeiro de 1973, comemorou dez anos em dezembro de 1982, lançados em agosto de 82, Chico Bento e Cascão completaram 120 meses de gibis em julho de 1992, em janeiro de 1999 foi a vez da Magali com dez anos na condição de titular, seu primeiro gibi foi lançado em fevereiro de 89, entendeste?
      Foi um erro da MSP não ter comemorado nos casos dos quinzenais.

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    2. Até hoje não entendi isso, sempre achei que tinha que ser no m~es de aniversário da revista. A Mônica pelo menos saiu em 1980, nos 10 anos da revista, mas Cebolinha Nº 120 saiu em dezembro de 1982, e os 10 anos seriam em janeiro de 1983.

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    3. Xeclinghe, na Globo eles não gostavam de misturar editoras, se fossem pra fazer tinham que citar a editora Abril. Tanto que as edições 500 do Cascão e Chico Bento de 2001 passaram em branco. No caso, mais culpa da Editora Globo.

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    4. Concordo, quando atingiram a marca de dez anos de gibis, Cascão e Chico Bento ficaram entre as duas editoras, se isso ocorresse teria que ser em julho de 1992, foi o 120º mês de presença contínua da dupla quinzenal nas bancas de jornais do Oiapoque ao Chuí.
      Se a MSP que é a detentora dos personagens quisesse comemorar, poderia haver indisposição? Será que foi estabelecido previamente em contrato?

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    5. Xeclinghe, acho que a MSP esqueceu dos 10 anos das revistas deles ou não fizeram questão de ter comemoração. Mas também acredito que teve algo contratual, não tinham edições comemorativas englobando 2 editoras. Se tivesse um Cascão e Chico 10 anos, não teria reedição da N° 1 da Abril inclusa, acredito eu.

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    6. Pra galera que ler meu comentário acima, venho aqui fazer uma correção pra que fique mais inteligível, quando digitei “se isso ocorresse” quis dizer “se as comemorações ocorressem”.

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  8. Que postagem maravilhosa, Marcos. Você demonstra todo o amor que tens pela turminha da Mônica. E, nós, só podemos te agradecer pelo seu belíssimo trabalho e dedicação. Parabéns!!! E parabéns pelos 50 anos de hqs da Turminha!!!

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    1. Valeu Roniere. Era uma data que não podia passar em branco, é uma marca histórica.

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  9. Obrigado, fabiano! Também tenho a Coleção Histórica, já vale, pois é o mesmo conteúdo. Foi uma pena a CHTM não ter durado mais tempo. E as mudanças atuais são lamentáveis, que fossem só inclusão digital, tudo bem, mas tudo na linha educativa e bons costumes, enche o saco.

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  10. Falando em politicamente correto,notei que em redes sociais russas e suas páginas isso simplesmente não existe!
    Fazem piadas e dão opiniões que o Ocidente sempre deu até os anos 2000.Nada mudou por lá.

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    1. Tem certos países que conteúdos na internet do Brasil são banidos. Vai entender.

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    2. Mudando de assunto,esse título "Mônica e sua turma" ficou só na primeira edição da Abril mesmo?

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    3. Foi só no primeiro número, acho que colocaram apenas pra fazer us ao quadrinho com personagens variados em cima da ilustração da capa, informar que aqueles personagens eram da turma dela.

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  11. Parabéns aos 50 anos da revista Mônica.Pena que no gibi deste mês não teve nada de especial e nenhuma comemoração.

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    1. Uma pena mesmo, mereceria algo comemorativo, nem que fosse uma capa especial. Vacilaram deixar a data em branco.

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  12. Fabiano, manda o link completo porque não estou conseguindo encontrar o blog assim. Aparece outro completamente diferente.

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  13. Tem uma quinta versão da número 1. Foi em 2013 e foi distribuída. Teve poucas diferenças da versão de 2007. Eu esperando ansioso por uma edição comemorativa de 50 anos e infelizmente não teve. Buuuaaa.

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    1. Essa quinta versão pra mim é novidade, Washington Brito! Como assim, foi distribuída gratuitamente? Pelo ano mencionado, deve ter sido por causa dos 50 anos da personagem, faz sentido, obrigado pela informação!

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    2. Parece que foi igual a CHTM de 2007, inclusive a capa, só foi distribuída em eventos, não comercializada.

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    3. Marcos, você tem Almanaque da Mônica nº15 da Abril? O nome correto é Almanaque da Mônica contra Cebolinha, entrou na contagem dos almanaques dela quando na verdade pertence aos dois, ele possui histórias até então inéditas junto com republicações?

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    4. Esse foi só republicações e entrou na contagem do Almanaque da Mônica porque ´tinham edições dos almanaques dela como temáticos, mas sempre seguindo numeração normal. Alguns até nem tiveram numeração como a Nº 5 - Os namorados.

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    5. Além dos temáticos, há uns nove ou dez atribuídos à Turma da Mônica que estão incluídos nos 31 almanaques da Abril junto com os da Mônica, ou seja, como se todos os 31 fossem da Mônica, dos da TM há um temático sobre brincadeiras.

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    6. Sim, tudo isso eles englobavam como Almanaque da Mônica, provavelmente por ter histórias de republicações dela. Já os do Cebolinha, Cascão e Chico só tinham histórias dos personagens pe principais em cada almanaque.

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  14. Eu não sou muito fã da Mônica, quer dizer, eu amo a Turma da Mônica, mas a Mônica não tem tanto carisma, diferente de outras personagens femininas conhecidas como a Mafalda, a Luluzinha, a Lucy Van Pelt e a Patty Pimentinha, que são verdadeiros ícones, enquanto Luluzinha tentava entrar no clube do Bolinha, Lucy era uma psiquiatra mirim e destemida, Mafalda era ativista e inteligente e Patty Pimentinha era moleca e atlética, Mônica é só uma menina comum que é forte, nas tiras mais antigas, ela tinha potencial pra ser uma personagem feminina brava e corajosa, mas aí, teve gente que reclamou e ela mudou com o tempo, até ser o que é hoje.

    O Maurício é muito passivo em relação à críticas, ele não deveria acatar a vontade dos pais tanto assim, se Charles Schulz, o criador do Charlie Brown e do Snoopy, tivesse acatado a vontade dos leitores racistas na época, o Franklin, o único menino negro da turma do Snoopy, não teria existido, em conclusão, se as pessoas aceitassem qualquer tipo de crítica, o Mundo não iria evoluir, sem falar que a personalidade antiga da Mônica não foi tão criticada em comparação à controvérsia que o Nico Demo teve.

    Mônica virou uma princesinha clássica, só bate quando é provocada, nas histórias atuais, ela é burra e tonta, Mônica nunca foi burra, ingênua? Sim, mas não ao ponto de ser idiota.

    Eu culpo os roteiristas atuais por transformarem a Turma da Mônica no que é hoje, repare que muitos roteiristas antigos deixaram a MSP ou até mesmo morreram(Rosana Munhoz) e o Maurício não faz nada, por que infelizmente a maioria do público gosta das mudanças.

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    1. Mônica era ingênua nas histórias de planos infalíveis, mas quando descobria era surra em todo mundo. Hoje, na verdade, ela não bate nem quando é provocada, é muito raro, procuram até alguma alternativa pra ela não bater. Tudo indica que o Mauricio acata a vontade dos pais porque são eles que compram os gibis para os filhos, se eles não gostarem acabam não comprando. Se bem que a maioria do público gostaram dessas mudanças do politicamente correto, acham sensato, como foi confirmado em comentários do Twitter quando mostraram o Cascão lavando as mãos, apoiando e até criticando quem falava mal disso. Aí quem gosta da turma raiz, com suas personalidades originais, acabam se afastando.

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  15. Atualizado. Tinha visto agora há pouco no blog do Marcelo.

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  16. "Termina com a clássica "Cascão quer sabão"."
    Oi, que história é essa do Cascão querer sabão? O título correto é "Cascão não quer sabão".

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    1. É a mesma, só foi digitado errado, já corrigido agora.

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  17. Ah... os brindes da época da Editora Abril..
    Teve tantos, tantos ... era um sonho completar a coleção de qualquer desses brindes.
    Lembro-me dos buttons fofinhos de 1978, das miniaturas de 1985, da agenda na edição n. 200 da Monica (1986) ... e das raríssimas mini-revistas (acho que eram de 1984). Tive três das mini-revistas - Monica, Bidu e Chico Bento. Acabei vendendo-as depois para outros colecionadores.
    Irritava-me que a Editora Globo praticamente nunca oferecia brindes.

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    1. Esses brindes eram excelentes, marcaram gerações. Hoje muito raro encontrar vendendo. Pena que na Globo era raro ter brindes.

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