Mostro uma história em que a turma vai assistir a um filme de terror na casa da Mônica e Cebolinha aproveita para jogar sapo na Mônica para assustá-la. Com 18 páginas, foi publicada em 'Cebolinha Nº 129' (Ed. Globo, 1997).
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Capa de 'Cebolinha Nº 129' (Ed. Globo, 1997) |
Escrita por Emerson Abreu, a turma assiste a um filme de terror na casa da Mônica, que fica com medo e resolve sair para a cozinha, dando desculpa que vai ver se a torneira da pia ainda está na pia e planeja voltar só na hora dos comerciais, quando ouve uma voz, pensa que era o monstro do filme, mas era o pai, Seu Sousa, que foi verificar quem estava ali.
Seu Sousa diz que sabia que não devia deixá-los assistir à sessão de terror, agora é tarde demais, avisa que ele vai voltar para cama e manda desligar a TV e durmam na sala mesmo quando o filme acabar e avisa que monstros só existem nos filmes.
Entra o comercial, Mônica volta para a sala, Cebolinha diz que o filme está da hora e conta a parte que o monstro foi atrás da pobre menina do campo que estava de costas e viu o reflexo dele no lago, enquanto a turma repara que a bunda estava com uma forma volumosa diferente.
Cascão avisa que tem uma coisa mexendo no bolso do Cebolinha, que disfarça e diz que tem que ir ao banheiro e quer que o Cascão vai junto para ajudá-lo a desenrolar papel higiênico para ele. Cascão pergunta se disse isso sem querer ou realmente tinha pensado antes de falar.
Cebolinha leva Cascão para o banheiro obrigado. Lá, mostra que trouxe o sapo Godofredo com ele para assustar a Mônica, aproveitando que ela estava impressionada com o filme e jogar o sapo em cima dela. Como ele está saindo do bolso, Cebolinha resolve escondê-lo dentro da privada. Cascão acha isso nojento e Cebolinha diz que sapos são nojentos e joga o Godofredo na privada.
Os meninos voltam para sala, bem na hora que o monstro vai até a casa do bibliotecário no filme, quando coincide com alguém batendo na porta da casa da Mônica. No filme, diz que é para o bibliotecário fugir que o monstro está abrindo a porta, quando alguém abre a porta da casa da Mônica e a turma fica com medo.
Era o Do Contra, que gosta da recepção diferente. Mônica pergunta o que está fazendo lá, ele diz que foi para assistir ao filme, Mônica diz que era para chegar às 9 horas, Do Contra fala que não era para chegar junto com todo mundo, iria parecer uma excursão e como fica a fama dele e quer ir ao banheiro. Cebolinha e Cascão lembram do Godofredo e diz que ele não pode ir ao banheiro. Mônica e Magali querem saber por que não pode, os meninos falam porque não é um lugar agradável e deixam o Do Contra ir, avisando que faça o que fizer, não dê descarga, sendo a isca para o Do Contra ir para dar a descarga.
Cebolinha e Cascão vão atrás, chegam quando o Do Contra deu descarga e diz que tinha nada lá dentro. Cebolinha e Cascão se perguntam onde foi parar o Godofredo. Na sala, Mônica acha que os meninos estão esquisitos e que algo não cheira bem, Magali fala que é que o Do Contra foi ao banheiro, quando Mônica vê o sapo na cabeça da Magali, se assusta e diz que tinha um monstro verde na cabeça da Magali.
Magali diz que a Mônica está assustada com o filme, Cebolinha confirma e vai procurar o Godofredo com o Cascão e a Magali leva a Mônica para o banheiro para lavar o rosto, quando se assustam com um monstro enrolado de papel higiênico e Mônica desmaia. Magali pergunta o que o Do Contra está fazendo e ele diz que está desenrolando o papel higiênico para usar a outra ponta.
Enquanto isso, os meninos procuram o Godofredo, não encontram, Cascão senta no sofá para voltar a assistir ao filme e esmaga o sapo que estava debaixo do assento. Os meninos querem fazer um enterro bonito para o Godofredo, resolvem jogá-lo na privada e veem o Do Contra. Cebolinha acha que era a Morte que veio buscar o Godofredo. Cascão pergunta por que Do Contra acendeu o lampião e ele responde que é para iluminar. Cascão fala que lampião só se acende quando acaba a luz e ele responde que se acabar a luz, como é que vai achar o lampião e Cascão corta a conversa.
Cebolinha e Cascão se preparam par ao funeral do Godofredo no banheiro, Cebolinha pega folhas secas no quintal porque todo funeral tem folhas secas voando. Eles dão a descarga, a privada entope e Cebolinha pega um desentupidor. Mônica acorda do desmaio, Cebolinha consegue tirar Godofredo da privada, está vivo e cai em cima da testa da Mônica, que fica apavorada que o monstro verde a pegou, corre e ao ver o Do Contra enrolado no papel higiênico e lampião na mão, ela desmaia.
Mônica acorda e fica aliviada que o Godofredo não era um monstro e Magali desmaia que era um sapo. Do Contra avisa que também não é monstro. Mônica se toca que era tudo um plano dos três para assustá-la e corre atrás dos meninos pela casa para bater neles, gritam, acordando os pais da Mônica. Seu Sousa comenta que as crianças não percebem que monstros só existem nos filmes, quando Cebolinha cai no quarto do casal depois de levar surra, respondendo que é o que o senhor pensa.
História engraçada em que a turma assiste filme de terror na casa da Mônica e Cebolinha leva seu sapo Godofredo para assustá-la ainda mais percebendo que ela estava com medo do monstro do filme. Quis esconder o sapo na privada para escondê-lo e Mônica não perceber, mas o sapo sai de lá e os meninos procuram pela sala. cascão senta no assento do sofá onde Godofredo estava, pensam que ele morreu e resolvem fazer funeral jogando na privada, mas ele estava vivo, cai em cima da Mônica, que desmaia depois vendo o Do Contra como múmia, e quando volta a si descobre que foi tudo um plano infalível para assustá-la e corre atrás dos meninos para bater neles.
O sapo deu trabalho para o Cebolinha, como a Mônica não podia saber que ele tinha levado o Godofredo, resolve jogá-lo na privada, mas não contava que ele ia sair de lá e voltar para a sala. Depois pensa que morreu ao Cascão sentar e queria fazer funeral par ao sapo dando descarga na privada e ainda consegue entupi-la. Mônica pensava que era um monstro custou a perceber que era um sapo, demorando a perceber o plano, mas pelo menos descobriu no final e deu surra em todo mundo. Que sofrimento o sapo teve, de fato podia morrer já dentro da privada, imagine dando descarga com ele dentro, felizmente nada de mau aconteceu com ele.
Do Contra chamou bastante na trama, primeiro entrando na casa e eles pensarem que era um monstro coincidindo com a trama do filme no momento, chegar depois para não chegar junto com todo mundo, depois fazer questão de dar descarga só porque o Cebolinha disse que não podia, se enrolar todo no papel higiênico parecendo múmia porque tinha que usar primeiro a outra ponta do papel e usar lampião para não usar a energia elétrica da casa. Fez jus à sua fama de contrariar, ser sempre diferente de todo mundo. E curiosamente dessa vez Do Contra correu da Mônica para não apanhar, o que não era muito comum, já que ele costumava elogiá-la, escapando das surras. Apanhou por ter a assustado com a múmia de papel higiênico.
Teve mistério inicial do que estava mexendo na bunda do Cebolinha, permitindo leitores imaginarem até que ele cagou na bermuda. Tiveram alguns absurdos de irresponsabilidades de pais da Mônica dormirem e deixaram as crianças sozinhas assistindo filme até tarde, como deixam a porta de casa aberta de noite, qualquer um pode entrar como o Do Contra fez, e que prejuízo que meninos deram para os pais da Mônica com o Cebolinha e Cascão entupindo privada e Do Contra estragando rolo de papel higiênico inteiro. E Cebolinha apareceu descalço por que estava sentando no sofá debaixo das cobertas.
Foi engraçado a Mônica com medo do filme de terror, o volume da bermuda do Cebolinha com os amigos pensando maldade, Cebolinha dizer que quer ajuda do Cascão para desenrolar papel higiênico no banheiro, Cascão dizer que não tem vontade de ir ao banheiro com Cebolinha, a turma com medo com a chegada do Do Contra coincidindo com a trama do filme, Do Contra querer apertar a descarga quando pediram para não apertar, enrolado com o papel higiênico como múmia, Cebolinha pegar folhas secas para o funeral do Godofredo e Mônica desmaiar de medo com o Do Contra de múmia e ser comparada por monstro pelo Cebolinha no final. Boa também a paródia do ator Brad Pitt como "Bredi Pite".
Seguiu o estilo de histórias do Emerson com personagens sarcásticos, debochados, eufóricos, meio bobos, com grande frequência de personagens com língua para fora ou com cara de surpresa e em posições de braços esticados e pernas inclinadas quando o outro personagem falava bobeira ou piada infame. Chama mais atenção as gags do que o roteiro em si. O Emerson entrou na MSP em 1996, sendo que histórias dele com esse estilo começaram a partir de julho de 1997, então, essa foi uma das primeiras histórias seguindo esse estilo próprio dele já que esse gibi é de agosto de 1997, aí o público já começava a ver algumas diferenças desde então. De qualquer forma, apenas as histórias do Emerson que eram diferentes, as dos outros roteiristas seguiam como estavam nos anos 1990. Só essas linguinhas de fora o tempo todo já notava diferença, sem dúvida melhor que as caretas exageradas que adotou ao longo dos anos 2000.
Incorreta atualmente por maltrato a animais, jogar sapo na privada e dar descarga, fazer cena de funeral para o sapo, insinuações maldosas de duplo sentido como o volume da bermuda do Cebolinha e Cebolinha e Cascão irem sozinhos para o banheiro fazer o quê, errado pais dormirem e deixaram as crianças sozinhas assistindo filme até tarde e mandar dormirem na sala depois, Do Contra desperdiçar papel higiênico, Cebolinha aparecer surrado e parar longe no quarto dos pais da Mônica com a surra dela, além de palavras e expressões de duplo sentido proibidas como "Droga!", "Graças a Deus", "entrou pelo cano", etc.
Traços ficaram bons, característicos do estilo começado em 1997 com personagens com bochechas mais redondas e mais fofos que marcaram a segunda metade dos anos 1990. O nariz do Do Contra ficou diferente em formato "C" em vez de "^". Tiveram erros de Cascão falar de boca fechada no 3º quadro na página 12 do gibi e Do Contra sem nariz no penúltimo quadro da página 15 do gibi. A história foi interrompida por propagandas em papel tipo capa fina entre as páginas 10 e 11, estilo diferente de mostrarem anúncios começado em 1995, dessa vez com as propagandas do picolé Comics Mickey da "Nestlé Yopa" e do CD-ROM do Chico Bento "Um dia na roça", da "Melhoramentos".
Falando do Emerson, voçe tem a revista do Cascão com a história "tem uma estranha no meu banheiro"? Além do mais, voçe Acha essa história impublicável atualmente?
ResponderExcluirNão tenho esse gibi, mas li essa história na Internet e acho impublicável, sim, bastante coisas incorretas pelo que lembro.
ExcluirO Emerson passou dos limites com essa historia, ne?
ExcluirEssa história nunca foi republicada el algum almanaque?
ExcluirÉ, passou dos limites nessa. Nunca foi republicada em almanaques, apesar de que as últimas da Globo de Cascão, Magali e Chico Bento foram poucas republicadas no geral. Porém essa virou desenho animado depois, então de alguma forma foi lembrada.
ExcluirAte o episódio foi banido
ExcluirNão sabia. Caso então de que quando criaram o desenho não eram tão radicais no politicamente correto, ainda aceitavam certas coisas, e depois acharam inadmissível e baniram.
ExcluirEstá disponivel apenas no Pluto tv
ExcluirEntendi. Nem sabia.
ExcluirEstão na casa de quem? Da família da Mônica ou da (M)mãe Joana? Pais de pijama e camisola, recolhidos para dormir e a criançada em pleno vapor, aprontando todas...
ResponderExcluirMomento meio hitchcockiano o do proeminente movimento no traseiro do moleque, sugeriu que estaria excretando um toletão... Pobre batráquio! Duas vezes tratado como se fosse um cagalhoto... Por esta, Cascão e Cebolinha mereciam ter os nomes colocados na boca do... Godofredo(!!)...
Estão na casa da família da Mônica, porém os pais deixaram rolar, foram dormir e pronto, sem nem ligar pra bagunça da filha e dos amigos. Irresponsabilidade total deles. Na bunda do Cebolinha primeira coisa que lembra é que ele cagou, ainda bem pra ele que não foi. Verdade, mereciam mesmo.
ExcluirAcredito que se o(s) argumento(s) de "Monstros da noite" fosse(m) de autoria do Robson ou do Rubão, teríamos uma HQ bem mais interessante para debatermos...
ExcluirPor favor, prezados comentaristas e caro anfitrião, o que digo não é implicância gratuita pelo autor ser o Emerson Abreu, longe disso, estou apenas sendo analítico, apenas constatando.
Do Contra, por exemplo, não encaixou plenamente na trama. Bobo demais o que Cascão diz no último quadro da quinta página (7), poderia(m) ter elaborado melhor esta fala. Os meninos comportam-se como típicas crianças criadas em condomínios fechados e, as meninas, até que não ficaram totalmente ruins, salvam-se alguns pontos em como foram conduzidas, está claro que, no todo, se mostraram mais autênticas que os três.
Sim, com eles teria uma outra narrativa com mesmo tema. Afinal, histórias de outros roteiristas continuavam no mesmo estilo naquela época. Com o Emerson todos os personagens ficam bobos, por isso agirem assim, inclusive o Cascão nessa cena que você citou. Interessante que muitas histórias do Emerson eram ambientadas em lugares fechados, com eles dentro de casa, sem ser na rua, aí até justifica crianças criadas em condomínios fechados como você falou.
ExcluirInfelizmente, histórias como esta foram ensaios. Na segunda metade da década de 1990 a cachola do Emerson Abreu foi uma espécie de laboratório para definir a "nova Turma da Mônica", permitindo vislumbrar como seria a média das HQs de personagens como os do Bairro do Limoeiro e, também, como ficariam as dos demais núcleos, a partir do, até então, próximo século.
ExcluirCom Rubão ou Rosana, seria 'Marcado Para Morrer' Parte 2, ou 'O Plano Sangrento' Parte 2.
ExcluirSeria por aí mesmo, Pedro Benoliel... Será que Rosana conseguiria fazer com que Emerson se tornasse um argumentista dentro do compasso? Me refiro, logicamente, somente às suas "contribuições" para os quadrinhos da TM clássica, porque não acompanho TMJ e nem os outros segmentos da MSP, pelos quais dizem que ele atuou, ou ainda atua roteirizando. E, não sei, não, às vezes acho que romantizo a figura de Rosana Munhoz... Poderia rolar uma química positiva entre ela e ele, assim como poderiam entrar numa espécie de competição dichavada. Conjecturas e mais conjecturas...
ExcluirExato, as histórias do Emerson na segunda metade dos anos 90 foram como experiências, ver o que dava certo ou não com esse novo estilo e como deu certo esse ensaio, depois aperfeiçoou e deixando como ele realmente queria e com total liberdade.
ExcluirSe essa história tivesse esse estilo das histórias que o Pedro citou, seria ainda mais engraçada. Na verdade, o Emerson foi contratado pra suprir a falta de Rosana, se ela tivesse viva, talvez nem seria contratado ou se fosse pra ser ele estar na MSP, entraria depois de alguns anos. Na suposição de os dois estarem juntos no estúdio, não acho que teria competição, cada um seguiria seu estilo de acordo com aprovação do Mauricio, mas a Rosana teria uma preferência maior para o Mauricio por ter mais tempo de casa.
E acho que a Rosana iria adorar fazer histórias da TMJ, principalmente envolvendo romances, visto que com ela os personagens crianças eram muito pra frente da idade deles em relação a casos amorosos. Como tinham muitas reviravoltas na turma clássica, as sagas de romances na TMJ seriam verdadeiras novelas com ela.
É, não havia conjecturado sobre Rosana na TMJ, e acho que, para quem não curte esse segmento, seria negativo, pois o segmento original e/ou principal poderia ficar "parcialmente abandonado" por um talento de elevado calibre. Conjecturas, conjecturas...
ExcluirJá que tocou no assunto, nas décadas de 1960 e 1970, Titi era só um dentre os primeiros quatro amigos do Franjinha. Essa de enveredá-lo no movimento prafrentex e fazer dele um cafajeste mirim foi ideia da Rosana ou do Mauricio?
Tem roteiristasque fazem histórias pra Turma Clássica e pra Jovem, o próprio Emerson fez isso, então conciliando bem, daria para a Rosana ficar nas duas. Mesmo que ela não ficasse fixa, provavelmente alguma coisa na TMJ ela faria só pra ter algum material dela no título. O Titi cafajeste não foi criado oelo Mauricio e acho que também não foi pela Rosana, acho que surgiu mais com o Robson ou Rubão.
ExcluirTendemos a exaltar as contribuições de Rosana Munhoz, o que faz todo sentido, problema é que, por conta disso, às vezes, sem que percebamos, a superestimamos e, isso, é romantização, portanto, não é positivo. Tendo a nutrir que Rubão e Robson foram tão importantes quanto ela dentro do dream team e, como, graças a Deus, não tiveram fins trágicos nos ápices de suas carreiras, felizmente não os glamourizamos.
ExcluirE quanto ao Reinaldo Waisman? Esse é outro que marcou época. Além de ter sido a inspiração para que fosse criado o Reinaldinho, sabe de alguma outra contribuição importante dele? Falo em relação a qualquer personagem e a qualquer núcleo.
Acho engraçado como o estilo do Emerson funcionava muito melhor na TMJ. As histórias dela da Turma Jovem tinham terror, suspense, ação, uma boa dosagem de comédia, e fizeram o maior sucesso entre os leitores, inclusive eu. Era mesmo muito bom. Isso prova que ele se sairia muito melhor se encontrasse o melhor nicho para ele.
ExcluirNa TM clássica, o Emerson geralmente pensa primeiro nas piadas, nas gags envolvendo os personagens, e depois idealiza a história (sendo que o certo é fazer o contrário). As histórias dele aqui parecem mais Coyote e Papa-Léguas ou Tom e Jerry, e acho que ele se daria melhor como roteirista de desenhos animados.
Gostei da história, bem engraçadinha e umas boas tiradas. Os pais da Mônica, uns irresponsáveis de deixá-la e os amigos assistirem filme de terror até tarde, e não se importarem com a bagunça. O plano dos meninos, bem previsivel e genérico, bem algo que eles fariam. Mas o Do Contra, tem que ser ele para zoar com tudo. Sensacional ele nessa história, com o negócio do banheiro, e do papel higiênico, e do lampião. Ótimas passagens com ele. Mas a Mônica boba de confundir um sapo com um monstro de verdade, mesmo que ela estivesse impressionada com o filme, mas tudo bem, é característico dela ser tonta assim mesmo. No final, mesmo não saindo como eles queriam, o plano deu certo: Mônica ficou desesperada e achou que era mesmo um monstro, o susto rolou. A parte dos meninos fazendo 'velório' no vaso foi viajada, mas ainda assim divertida de se ver. E o final foi típico mas bom, com a Mônica descobrindo tudo e dando uma boa lição nos meninos, como eles sempre merecem (menos o Do Contra, que foi inocente, realmente fez nada nesse plano). E o Cebolinha fechou com chave de ouro, com a tirada do monstro.
ResponderExcluirNas primeiras histórias do Emerson, sentia que os personagens ainda eram pelo menos 70% caracterizados, não era muito exagerado. Nessa os personagens estão mais debochados e levemente hiperativos, mas ainda não extrapola e ainda agem mais como em outras histórias. Mônica boba, Cebolinha peralta, Magali sensata. E você pode comprar que eles estão desesperados com a situação, por isso a maior inquietação. Seria bom se ele tivesse mantido assim, não ficaria muito distante das outras histórias.
Boa história, nota 7.5.
Os pais muito irresponsáveis deixarem crianças assistirem filme de terror até tarde e sozinhas na sala, não é à toa que arrumaram confusão. Não foi um plano mirabolante, tudo previsível, sim. Do Contra ficou engraçado, apesar de bobo, deu pra rir com ele. Não daria pra confundir sapo com monstro, até pelo tamanho e Mônica poderia se assustar com sapo normalmente porque ela tinha medo de sapos. Teve o susto como eles queriam, só não escaparam de apanhar, menos mal. Viajaram com o velório, mas foi engraçado e no final até sobrou para o Do Contra, apesar de não ter planejado assustá-la com sapo, mas assustou com a múmia e ela pensou que isso também fazia parte do plano do Cebolinha e Cascão. Apesar de diferença de comportamento, os personagens não estavam descaracterizados, infelizmente nos anos 2000 passaram a descaracterizá-los drasticamente. Se mantivessem assim, tanto em comportamento quanto traços seriam legais as histórias dele no geral.
ExcluirHistorinha bem 1997-98. De facto foi aqui que se começou a notar uma diferença marcada nas histórias, com diálogos menos naturais e mais prolongados, afirmações bobas de tão exageradas, e maior ênfase em gags soltas do que no roteiro, como você observou, Marcos. Era um estilo mais desenho animado. No fundo, eram piadas com uma história como pretexto, enquanto que antes era uma história com piadas inseridas.
ResponderExcluirEsta foi também a fase em que deixei de ler gibis novos, não por ter 12 para 13 anos (leio até hoje) mas porque este novo estilo de história não me apelava, achava demasiado exagerado e sem o ritmo de que eu tanto gostava nos clássicos da Turminha. É claro que ainda existem histórias excelentes (a da festa-surpresa do Cebolinha a meio da noite, aquela em que eles passam o aniversário dele no sítio e o avô cai de pára-quedas, 'O Filminho da Marina', 'O Episódio Um', aquela em que todos jogam um jogo de tabuleiro do 'Berro Nas Estrelas', 'O Grampeador' (do Chico Bento) e várias do Parque da Mônica, como 'As Quatro Estações' ou 'O Despersonalizador'. Mas no geral, um estilo bem mais infantilóide, e que aliena os leitores mais velhos - algo que, como sabemos, apenas viria a piorar nos anos seguintes...
Aliás, em Agosto de 1997, eu completei 12 anos, e não 13.
ExcluirEu também parei de colecionar nesse período por achar que já estavam diferenciando o estilo de histórias assim. Embora histórias de outros roteiristas ainda seguiam normais, mas como histórias de miolo eram carro-chefe dos gibis e chamavam mais atenção, quando via essas histórias achavam mais infantiloides como você. Essas que você citou não são do Emerson, acho que só do filminho da Marina que seja dele, por isso que você deve ter gostado mais, já que cada roteirista tinha seu estilo.
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